Há um exagero da mídia quando o assunto é bullying, diz psicóloga

por MARIANA NADAI


Nas últimas semanas, matérias sobre bullying ganharam destaque na mídia. Notícias sobre o estudante australiano que reagiu aos ataques que sofria na escola, ou da garota que foi agredida por denunciar que sofria bullying em faculdade brasileira e até da adolescente norte-americana que virou sucesso na internet por postar um vídeo mostrando ao mundo seu sofrimento em sala de aula foram exploradas na imprensa do mundo todo.

O tema se tornou tão frequente, que o bullying passou a ser a explicação para diversos tipos de abuso: se não deixaram a adolescente participar de um grupo na sala de aula é porque ela sofre de bullying, chamaram o garoto de nariz de palhaço, ele sofre a violência na escola. E, pior, está tão na moda nomear tudo de bullying, que a mídia tenta justificar atitudes extremas, como a chacina na escola do bairro do Realengo, no Rio de Janeiro, como uma resposta da possível violência que o assassino teria sofrido na escola. “Acredito que a imprensa tem que ser mais responsável com o que noticia.

Não dá para generalizar e dizer que tudo é bullying, como tem acontecido. Por exemplo, ser ignorado é um tipo de agressão, mas não configuraria essa violência. Mas, infelizmente, hoje generalizam tudo, porque o assunto está na moda”, diz Maria Isabel Leme, psicóloga especialista em Psicologia escolar. Mas, ao que parece, o momento é de complexidade. Pelo menos para a psicóloga Maria Isabel. “Por mais que pareça exagero, tem que noticiar sim. Há 13 anos eu estudo a violência na escola e, de lá para cá isso só tem piorado. Acho que uma sociedade menos intolerante à violência pode ser bom”, comenta.

Para a psicopedagoga Maria Irene Maluf, existe uma tendência das pessoas em diagnosticar tudo e falar sobre bullying dá muito ibope, por isso o tema é recorrente. “Há um certo exagero da mídia sim. Ficou bonito falar de bullying. As pessoas aprenderam o que é essa violência e, aproveitando que a questão chama muita a atenção, a imprensa acaba taxando tudo de bullying. Isso é muito ruim, porque, entre outras coisas, prejudica o diagnóstico dessa agressão”, afirma.

Maria Irene acredita que muitas vezes a mídia quer forçar a barra para explicar determinadas situações. O caso do homem que matou doze crianças na escola do Rio de Janeiro é um deles. “É uma possibilidade dizer que o atirador matou por conta de bullying, mas também querem forçar um pouco a barra. Não sabemos nada sobre essa pessoa. Isso acontece, pois sempre esperam achar uma resposta para atos impensados, para grandes tragédias”, explica a psicopedagoga.

Bullying é mais do que uma brincadeira de mau gosto

O conceito de bullying é muito amplo, entretanto é possível de ser diagnosticado. “O bullying é muito mais do que o apelido que o seu filho recebe na escola. Se esse apelido ultrapassar a brincadeira, ele pode ser considerado uma ameaça. Quando a criança passa a ser discriminada, humilhada, perseguida por isso, aí é bullying. Se é apenas uma encheção não podemos dizer que é a violência”, diz Maria Irene Maluf. A psicopedagoga afirma que, em alguns casos, também pode ser considerado bullying a exclusão de uma pessoa dentro da sala de aula. “Entretanto, se um estudante se isola por vontade própria e acaba criando uma inimizade com os demais não podemos considerar como bullying”, diz.

FONTE: http://guiadoestudante.abril.com.br/home/

Botafogo e Flamengo fazem jogo decisivo no Engenhão


Botafogo e Flamengo entram em campo neste domingo (10), às 18h30, no Engenhão, pela sétima rodada da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca. As duas equipes precisam de vitória para seguir na briga pela vaga nas semifinais.

Na tabela da Taça Rio, o Flamengo tem 12 pontos e ocupa a segunda posição do grupo A. O Rubro-Negro pode perder a vice-liderança caso perca para o Botafogo e o Americano vença o Fluminense.

Já o Botafogo, ocupa a segunda posição do grupo B, com 11 pontos. Se vencer, a equipe pode empatar na liderança com o Olaria, que tem 14 pontos e nesse sábado (12) que ficou no 0 a 0 com o Volta Redonda. Mas o Fluminese também tem 11 tentos e pode embolar a disputa pelas duas vagas da chave.

Para a a partida de hoje, o Fogão não terá Márcio Azevedo, que está suspenso. O técnico Caio Júnior deverá escalar Somália para a lateral-esquerda.

O Flamengo deverá entrar em campo com Deivid no ataque, ao lado de Ronaldinho Gaúcho. O jogador, que vinha sendo criticado pela torcida, ganha uma nova oportunidade de começar como tiular.

Escalações:

BOTAFOGO: Jefferson, Alessandro, João Filipe, Antônio Carlos e Somália; Marcelo Mattos, Arévalo, Bruno Tiago e Everton; Herrera e Loco Abreu. Técnico: Caio Júnior

FLAMENGO: Felipe, Léo Moura, Welinton, David e Rodrigo Alvim; Maldonado, Willians, Renato e Thiago Neves; Ronaldinho e Deivid. Técnico: Vanderlei Luxemburgo

FONTE: http://www.oreporter.com

Menos messiânico, U2 faz show irretocável em São Paulo

Bono Vox já declarou que um dos objetivos da “360º Tour” é a intimidade em larga escala. Em outras palavras, dá para dizer que o U2 quer que seus fãs se sintam à vontade. Assim, antes da já habitual “Space Oddity”, de David Bowie, com a qual o quarteto sobe ao palco, os alto-falantes fizeram “Trem das Onze”, de Adoniran Barbosa, ressoar em um estádio do Morumbi completamente lotado na noite deste sábado, 09 de abril.

O show começou com “Even Better Than The Real Thing”, música do álbum “Achtung Baby” que a banda resgatou durante as apresentações em Buenos Aires. Um presente para os fãs mais fervorosos. “I Will Follow”, da estreia “Boy”, veio em seguida, lembrando que o U2 sempre soou grandioso e destinado a ser uma das maiores bandas de todos os tempos.

Um dos segredos da magnitude e longevidade do U2 é sua capacidade de passear por diversos estilos. “Mysterious Ways”, também remanescente de “Achtung Baby”, provou que um estádio de futebol pode, muito bem, se transformar em uma pista de dança, graças ao riff simples da guitarra de The Edge e ao baixo circular e envolvente de Adam Clayton.

E aí Bono fica sozinho no palco com The Edge, interpreta uma versão acústica de “Stuck In a Moment You Can’t Get Out Of” e toda a grandiosidade do espetáculo é vista por outra perspectiva. É óbvio que o palco em forma de garra impressiona logo ao se colocar os pés no estádio, a parafernália visual chama a atenção, mas despida de efeitos a canção realça o que, no final, realmente importa: o U2 é uma das poucas bandas capazes de compor melodias sentimentais que soem ao mesmo tempo universais e únicas.

Em comparação com sua última turnê, que passou pelo Brasil em 2006, o messianismo demagógico de Bono fica bem reduzido nesta “360º Tour”. Se antes havia a Declaração Universal dos Direitos Humanos sendo transmitida no telão, agora o foco parece ser mais a música.

Mesmo a emocionante “Miss Sarajevo” passa incólume pelo discurso pacifista do cantor, que só vai aparecer no final da primeira parte do show, após o hino de protesto “Sunday Bloody Sunday”. Bono celebra a libertação, em novembro do ano passado, da líder de Burma Aung San Suu Kyi, presa em domicílio por 21 anos por fazer oposição ao governo do país asiático.

O arcebispo sul-africano Desmond Tutu aparece em um discurso no telão antecedendo o bis, que chega com “One”. “Where The Streets Have No Name” traz então toda genialidade de The Edge, capaz de preencher um estádio com poucas notas e efeitos grandiosos.

Ainda há tempo para “With Or Without You” antes de Bono lamentar a tragédia ocorrida na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio, na quinta-feira, 7, e dedicar a derradeira “Moment Of Surrender” a todos as 12 crianças mortas, que tiveram seus nomes mostrados no telão.

Não é à toa que o U2 conquistou o posto de maior banda de rock do mundo. Com 35 anos de estrada, os irlandeses pavimentaram uma história íntegra e ousada, sem se deixar seduzir pelas fórmulas do sucesso fácil, se reinventando a cada disco e propondo desafios sonoros aos fãs. Chegaram ao ponto do mega estrelato, do espetáculo de massa, mas sem deixar que a megalomania visual ofusque a mensagem sonora. É tudo planejado para que cada fã se sinta parte especial do todo. A banda se apresenta ainda duas vezes em São Paulo, neste domingo, 10, e na quarta, 13. Faça o possível e o impossível para não perder.

FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/

Começaram as filmagens de “O Hobbit”!

 Dez anos fizeram bem ao cineasta Peter Jackson que, juntamente com sua equipe, está de volta a Nova Zelândia para dar vida a “O Hobbit”, livro de fantasia escrito por J.R.R. Tolkien em 1937, prólogo de O Senhor dos Anéis. A foto da direita foi divulgada por Jackson em seu Facebook na semana passada, para marcar o inicio das filmagens, depois de muito drama e episódios dignos de uma novela mexicana.
O inicio das gravações estavam agendadas para janeiro de 2010, mas desde que se cogitou levar o livro às telas (em 2008), a lista de dificuldades foi aumentando. Primeiro, foram as brigas judiciais entre os herdeiros de Tolkien e a New Line Cinema, por conta de lucros não pagos da Trilogia Lord Of The Rings. Em seguida, veio a falência da MGM, que detinha parte dos direitos autorais. Seguiram-se a desistência do então diretor Guilhermo Del Toro, o boicote dos sindicatos que regula a indústria cinematográfica na Nova Zelândia, discussões sobre filmagem em 3-D e a internação de Jackson para tratamento de uma úlcera.
Na história de “O Hobbit”, o feiticeiro Gandalf (Ian McKellen) e os 13 anões que formam a companhia contratam Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) para uma jornada até a Montanha Solitária, onde tentarão recuperar os pertences dos anões que foram roubados pelo dragão Smaug (voz de Bill Nighy). É nessa aventura que Bilbo encontra o Um Anel que desencadeia O Senhor dos Anéis.
Apesar da história se passar décadas antes da trilogia, as presenças de Galadriel (Cate Blanchett), Frodo (Elijah Wood) e Sméagol (Andy Serkis) estão garantidas. Peter Jackson dirige a partir do roteiro que ele escreveu com Fran Walsh, Philippa Boyens e Guillermo del Toro. O primeiro O Hobbit estreia em dezembro de 2012 e o segundo em dezembro de 2013. Especula-se que os filmes vão se chamar The Hobbit – There and Back Again e The Hobbit – An Unxpected Journey, mas não há nada confirmado por enquanto.
Fonte: Omelete

NOVOS CHATOS – VC É UM DELES?

 Escrito por Xico Sá.
Sem nenhuma pretensão de atualizar a brochura “Tratado Geral dos Chatos”, que o escriba Guilherme Figueiredo pôs no mundo há meio século, cá estamos com uma nova lista destas criaturas capazes de nos subtrair a paciência e nos deixar tão inquietos quanto as vítimas do Pediculus púbis, como são conhecidos cientificamente os insetos homônimos que atacam as partes mais baixas e indefesas de um cristão de fé.
Bons e inocentes tempos aqueles em que os chatos se resumiam aos tipos agrícolas, como o chato-pra-chuchu, ou às criaturas crentes na meteorologia, como os prevenidos chatos-de-galocha. Haviam ainda os menos ofensivos, como os da espécime aforismática – sempre com uma filosofia de pára-choque na ponta da língua para importunar a vida alheia.  
Enfim, só nos resta ser mais chatos ainda, o que tentamos com engenho e arte, e fazer + uma lista destes maçantes modernos:
Macunaemo – tem a preguiça do Macunaíma e a choradeira de um roqueiro Emo.
Stand-up chato – seja profissional da comédia, amador ou simplesmente colega de firma, ele está sempre fazendo uma graça em pé. Melhor esperar sentado que um dia o piadista sem graça te dê sossego.

Mega-super-ultra-hype – o mais veloz do Oeste, gente atualizadíssima do mundinho. Sabe a nova gíria dos modernos de Londres e curte no Facebook a última faixa do DJ paquistanês pós-electro-cool-de-cu-é-rola que será a sensação na próxima semana em NY. 
Mario de Andrades digitais – gente que escreve e-mails enormes, como as famosas cartas do gênio modernista. Esse Mario matou muitos pobres e desnutridos carteiros de tanto fazê-los gastar sola de sapato,  pois se correspondia com o país inteiro. Embora desse a impressão a cada interlocutor que aquela troca de cartas embutia uma linda e única afinidade eletiva. Todos os anos vem à tona um novo carregamento de missivas do gênero. Escreveu para escritores, tocadores de coco do Nordeste, índios, mitos amazônicos, gorilas…
Fêmea sitcom – nem tem mais graça, de tão datada, mas trata-se do tipo metropolitano que acha que a vida é um seriado americano, um decadente Sex and City sem fim, século seculorum. Adora vernissages.
Chatos de época – rabugentos, inconsoláveis, sempre a resmungar pelo borogodó que se foi. “Bom era no meu tempo”. Saco!
Garçonete-cabeça – Aqui encarno um rápido chato de época para lembrar o tempo em que garçom vestia preto e branco, gravatinha borboleta, e perguntava “o de sempre?”, O uísque era mais chorado que enterro de marido rico, ele sabia o resultado do futebol e ainda nos servia de ombro para uma bela dor de corno. Linda, gostosa e descolex, a garçonete-cabeça é uma graça, mas pode passar a noite a discorrer sobre o neo-cinema paquistanês e a peça do Antunes, em vez de cumprir à risca, no salão dos bares, um dos ofícios mais importantes do mundo.
Vamos aumentar a lista, deixando ai nos comentários os novíssimos tipos de cri-cris e malas. E que esta segunda-sem-lei lhe seja leve. P.S.-Não,este post não é uma homenagem ao Rogério Ceni,que já foi eleito pelos colegas de profissa, como o boleiro mais chato do planeta. Hoje o goalkeeper tricolor só merece festa.

TORCIDA LEVA CAIXÃO COM CORPO DENTRO PARA JOGO NA COLÔMBIA…

 
É normalmente de bom tom realizar o último desejo de um morto, mas um pessoal na Colômbia foi longe demais neste domingo. Um grupo de torcedores do Cúcuta levou ao estádio, durante o jogo contra o Envigado. pelo campeonato colombiano um caixão de um torcedor de 17 anos, que teria sido assassinado a tiro na noite anterior.
O comandante da Polícia Metropolitana de Cúcuta confirmou o ocorrido nesta segunda-feira, explicando que o grupo conseguiu entrar no estádio quando faltavam 15 minutos para o fim da partida e os portões foram abertos para que a torcida começasse a deixar o local.

– No momento em que se abriram os portões, faltando cerca de  15 minutos para o fim do jogo, um grupo de 200 a 300 pessoas entrou no estádio com o caixão – disse o policial Álvaro Pico.
Segundo relata o jornal colombiano El Tiempo, alguns torcedores informaram que tinham autorização da família para realizar o inusitado velório e que esta era a última vontade do morto. Para completar, o Cúcuta perdia por 1 a 0 para o Envigado e, com o caixão na arquibancada, conseguiu o empate. Esperamos que a moda não pegue…
QUEM ME CONHECE SABE O QUANTO SOU LOUCO PELO MENGÃO, MAS MEUS AMIGOS POR GENTILEZA… ESSA É UMA PÉSSIMA IDÉIA!!!

FONTE: Globo

Faroeste Caboclo

   
Faroeste Caboclo, a adaptação ao cinema da música da Legião Urbana, atualmente procura locação nos arredores de Brasília para as suas filmagens. A produção publicou na rede um vídeo com essa busca – é o primeiro material oficial da divulgação do filme. 
As filmagens vão acontecer em Brasília este ano. Fabrício Boliveira faz o protagonista João de Santo Cristo, Ísis Valverde vive Maria Lúcia e Felipe Abib é Jeremias. A saga retratada na música foi escrita por Renato Russo em 1979, apesar de ter sido incluída apenas no álbum de 1987 da Legião, Que País É Este.
Faroeste Caboclo acompanha a história de João de Santo Cristo, que sai de Salvador e vai para Brasília, onde começa a traficar drogas. Em Brasília, ele se apaixona por Maria Lucia e se envolve em uma disputa com Jeremias, outro traficante. O roteiro foi escrito por Marcos Bernstein (O Outro Lado da Rua) e Victor Atherino.
A direção é do estreante em longas René Sampaio. A produção da Gávea Filmes e da Globo Filmes será distribuída pela Europa Filmes, em data ainda não definida.
Confira abaixo as imagens dos protagonistas da saga de João de Santo Cristo:
 Fabrício Boliveira é o personagem principal, João de Santo Cristo.
O papel da Maria Lúcia, a menina linda, caberá a lindíssima atriz Isis Valverde.
 Jeremias (maconheiro sem vergonha), será vivido por Felipe Abib.

Nota de agradecimento / Convite

JOSÉ ARAGUARINO DE MONT’ALVERNE (02.11.1920 – 23.01.2011)

Os familiares de JOSÉ ARAGUARINO DE MONT’ALVERNE, ainda imersos na profunda dor causada por seu falecimento ocorrido no dia 23 de janeiro, vêm de público agradecer a todas as pessoas que, indistintamente, os confortaram diante desta perda irreparável.

Informam ainda, que a missa de sétimo dia será celebrada na Catedral de São José, na Rua General Rondon no dia 29 de janeiro, às 19 horas.

Agradecem antecipadamente a todos os que comparecerem a este ato de fé cristã.

Maria Helena Mont’Alverne, filhos, netos, bisnetos, genros e noras.

A revolta contra Rogério Borges (o idiota goiano) continua

Amapá, uma abstração? – Por Kelly Tork
 
Já dizia o pensador chinês Confúcio: “A ignorância é a noite da mente: mas uma noite sem lua e sem estrelas”. Ninguém é obrigado a saber tudo. Tudo bem. No entanto, a maior virtude do ser humano é, ao se deparar com a falta do saber, buscar a luz do conhecimento.
 
Em tempos de internet 2.0, o que não dá é pra incorporar a síndrome de Gabriela: “eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim…”. Ainda que não se queira utilizar as tradicionais (e alguns até diriam, chatas) fontes de pesquisa, como sites de notícia e enciclopédias, outras possibilidades existem, como o divertido e colorido “Orkut”, os amigos virtuais do “MSN”, ou o até a febre do momento, o “Twitter”. Na falta disso, vale apelar para os antiquados meios de comunicação como TV, rádio ou jornal.
 
Mas o que não dá pra aceitar mesmo é que uma pessoa que repassa suas impressões, (de)formadora de opinião, transmita a escuridão de seus pensamentos para aqueles que o rodeiam. Eu, jornalista que sou, estudiosa dos fenômenos da mídia (e por isso busco observá-los da maneira mais imparcial possível), senti vergonha ao ler um texto sobre o Amapá escrito por Rogério Borges e veiculado no Magazine Popular, de Goiânia.
 
Não, não. Não se antecipe em pensar que fiquei horrorizada com algum fato narrado que por aqui se passou. Antes fosse, mas nada disso. Minha decepção foi ao ver o nobre colega dizer que não acredita que o Amapá exista simplesmente porque ele não o conhece ou porque a Globo nunca fez uma minissérie sobre o Estado.
 
Rogério e leitor, se me permitem, vamos pegar uma pequena lanterna e clarear alguns fatos. A despeito do que afirma o ilustre colunista, o Amapá já foi sim notícia em várias grandes emissoras de TV, como SBT, Record e até (pasmem!!) a Rede Globo. Sim, correspondentes nacionais da “toda poderosa” já estiveram no Estado algumas vezes para Globo Repórter, Globo Esporte e Globo sei lá mais o que. E não é de hoje que os fenômenos naturais como o Equinócio e a Pororoca chamam a atenção do Brasil e do Mundo para a região.
 
Bem, se você pesquisou um pouco mais, pode até argumentar esses espetáculos não são privilégio exclusivo do local. De fato, não são. Mas a Fortaleza de São José, maior fortificação portuguesa construída no Brasil, é. E digo mais, sabiam que ela (ao lado do Cristo Redentor, do Maracanã e outras mais) foi eleita uma das 7 maravilhas do Brasil?
 
Em 2008, a Escola de Samba do Rio de Janeiro Beija-Flor foi campeã com um enredo que relatava o que mesmo?? Ah, aquela cidade às margens do maior rio do mundo localizada sobre uma linha imaginária que, segundo Borges, não existe. O que? Vai dizer que, porque nunca viu, o Rio Amazonas também não existe? Nesse caso, serei obrigada a lhe apresentar um senhor que sabe de muitas coisas chamado “Google”, dele você ouviu falar, não?
 
Tá certo que nossa exportação não é assim tão expressiva, mas exportamos sim. Exportamos minérios, soja, pescado e até talentos. Já assisti, mais de uma vez, Fernanda Takai, vocalista da Banda Pato Fu, declarar que nasceu em Serra do Navio. Fora alguns outros talentos que vez por outra aparecem nos grandes programas de entretenimento – Convenhamos que qualquer outra coisa fora do eixo Rio-São Paulo- Bahia recebe menor atenção da mídia. O que não quer dizer que eles não existam. Aqui temos grandes músicos, poetas, escritores, pintores, artistas de uma forma geral.
 
Voltado ao amigo de Goiás, sinceramente, fiquei em dúvida se o que presenciei foi pura ignorância ou apenas uma tentativa infeliz de autopromoção. De qualquer modo, se ainda duvida da existência do Amapá, é só sair da comodidade do seu mundinho e vir tomar açaí, comer maniçoba, dançar marabaixo e sentir a hospitalidade de um povo que recebe a todos de braços abertos. Vou dar a dica: nem precisa pedir pózinho da fada Sininho, as companhias aéreas já operam pra cá.
 
Ah, já ia esquecendo…quanto ao Sarney, eu me rendo, devo admitir que esse sim é uma lenda. Um mistério que ninguém consegue compreender.
 
*Jornalista, especialista em Comunicação e Política, professora do curso de comunicação.

Eu adoro futebol

                                                                                                         Por Elton Tavares

Mengão campeão, muita emoção, alegria e birita – Bar do Francês/2009
Eu adoro futebol, uma paixão sem igual. Quem não gosta, nunca entenderá. Respeito os caras que torcem por outros times (os vascaínos e são paulinos são chatos), mas quem não é, nunca saberá o prazer de “Ser Flamengo”. É engraçado, em Macapá, a cidade para quando o Mengão decide um título, se ganha então, é carnaval.

Nosso futebol profissional ainda é fraco, eu sou Ypiranga, mas também torço pelo Paysandú e Flamengo. Afinal, torcer para muitos times é coisa de amapaense. Já faz um tempo que não vou ao Estádio Glicério Marques, como fazia nos anos 80 e 90, na companhia do meu saudoso pai, mas acompanho como posso.

Como todos sabem, o Campeonato Brasileiro foi ótimo, o melhor que já vi no sistema de pontos corridos. Nós nos divertimos, sofremos, rimos e choramos, foi paidégua! Acho que bebemos demais, sempre no Bar do Francês, o boteco mais rubro-negro de Macapá. Tomara que 2010 seja, pelo menos 50%, do que foi o ano passado para nós, flamenguistas. Aí vai o texto de Artur da Távola:

Ser Flamengo

“Ser Flamengo é ser humano e ser inteiro e forte na capacidade de querer. É ter certezas, vontade, garra e disposição. É paixão com alegria, alma com fome de gol e vontade com definição.É ser forte como o que é rubro e negro como o que é total. Forte e total, crescer em luta, peleja, ânimo, e decisão.

Ser Flamengo é deixar a tristeza para depois da batalha e nela entrar por inteiro, alma de herói, cabeça de gênio militar e coração incendiado de guerreiro. É pronunciar com emoção as palavras flama, gana, garra, sou mais eu, ardor, vou, vida, sangue, seiva, agora, encarar, no peito, fé, vontade. Insolação.Ser Flamengo é morder com vigor o pão da melhor paixão; é respirar fundo e não temer; é ter coração em compasso de multidão.

Ser Flamengo é ousar, é contrariar norma, é enfrentar todas as formas de poder com arte, criatividade e malemolência. É saber o momento da contramão, de pular o muro, de driblar o otário e de ser forte por ficar do lado do mais fraco. É poder tanto quanto querer. É querer tanto como saber; é enfrentar trovões ou hinos de amor com o olhar firme da convicção.

Ser Flamengo é enganar o guarda, é roubar o beijo. É bailar sempre para distrair o poder e dobrar a injustiça. É ir em frente onde os outros param, é derrubar barreiras onde os prudentes medram, é jamais se arrepender, exceto do que não faz. É comungar a humildade com o rei interno de cada um.

É crer, é ser, é vibrar. É vencer. É correr para; jamais correr de. É seiva, é salva; é vastidão. É frente, é franco, é forte, é furacão. É flor que quebra o muro, mão que faz o trabalho, povo que faz país.”