Música de hoje

A n d r é M o n t’ A l v e r n e
Antes de chegar na música, resolvi falar um pouco sobre a artista que canta na “Música do dia” de hoje. Acho que é válido.
Seguinte… uma voz aveludada e potente que lembra demais as cantoras do soul music americano. Ela parece se preocupar com o tom de cada sílaba que sai da sua boca. Estou falando da cantora inglesa Adele, de 23 anos, que está no topo das paradas dos Estados Unidos, Reino Unido e em vários outros países com o álbum 21.

O nome completo dela é Adele Laurie Blue Adkins. A cantora é pós-graduada pela Universidade Britânica de Arte e Tecnologia – mesma escola onde estudaram Kate Nash, Jessie J e Amy Winehouse.

Conheci Adele esse ano, ou melhor, conheci “Rolling in the deep” através dos vários covers que existem no YouTube. É uma música-hino, linda, forte e que fala de amor pra quem gosta de fechar os olhos e sentir o som penetrando na alma, como a maioria das canções de Adele.

Em uma entrevista para a revista OUT!, ela afirmou que não se considera uma cantora. “Eu sempre digo que eu sou uma mulher que canta, em vez de uma cantora. ‘Cantora’ é uma palavra muito grande pra mim. Minha interpretação de uma ‘cantora’ é Etta James, Carole King e Aretha Franklin”, conta Adele.

As comparações com a Amy Winehouse pipocam nas revistas, sites e no mundo da música em geral, o que eu posso dizer, é que ela parece ser mais sóbria e é muito… muito mais bonita.
Eu estou gostando tanto de Adele, que já me refiro a ela com o carinhoso apelido de “AMINHA”.
Com vocês, ASUA e ANOSSA…

ADELE – “ROLLING IN THE DEEP”


Música de hoje



Segunda-feira Triste

Composição: Gilbert / Morris / Sumner / Hook

Como é a sensação de me tratar do jeito que você me trata?
Quando você pôs as mãos em mim
E me disse quem você é
Pensei que estava enganado
Pensei ter ouvido tuas palavras
Me diga como eu me sinto
Me diga agora como eu me sinto

Aqueles que vieram antes de mim
Viveram suas vocações até o fim
Do passado até sua compleição
Eles não virarão mais as costas
Eu ainda acho tão difícil
Dizer o que preciso dizer
Mas tenho total certeza de que você vai me dizer
Exatamente como devo me sentir hoje

Vejo uma embarcação no porto
Eu posso obedecer e obedecerei
Mas se não fosse por sua infelicidade
Estaria me sentindo divinamente bem hoje
E eu pensei que estava enganado
E eu pensei ter ouvido você falar
Me diga como eu me sinto
Me diga agora como eu me sinto

Agora estou aqui, em pé, a espera…
Pensei que tinha dito a você para me deixar
Enquanto desço a pé até a praia
Me diga como é a sensação
Quando esfria o seu coração

Uma análise do Coringa

Vou tentar me ater apenas à sua personalidade mais marcante eternizada em A Piada Mortal e revisitada em O Cavaleiro das Trevas.

Pode-se supor que algumas características de sua personalidade foram atenuados com a loucura e que seus lampejos de insanidade o levaram até o acidente que deixou ele daquela maneira.

Não devia ser muito ganancioso, talvez chegando ao ponto de só se dar conta que precisa do dinheiro quando ele realmente fizesse falta.

Muito emotivo, na grande maioria dos casos, ele não teria controle sobre os seus sentimentos, agravando sua impulsividade.

Não deve ter tido muitos amigos, mais por falta de iniciativa própria do que por qualquer outro motivo. Isso pode acabar levando-o a ter seu relacionamento com mulheres quase todo resumido à prostitutas, o que talvez o tenha levado a ter um contato mais freqüente com o submundo de Gotham.

A aparência, caso não tenha sido originada pelo acidente químico, é a personificação do medo que ele poderia ter por palhaços na infância. Já sua violência e a predileção por facas e armas de combate corpo-a-corpo devem ter vindo após isso, como um alimento para seu lado mais sádico e como um amplificador da sensação de medo que o Palhaço do Crime poderia gerar.

A característica de “ser como um cão perseguindo carros, que não sabe o que fazer quando os alcança” ou em outras palavras, alguém que age por impulso, sem planos deve ser uma das coisas que formavam o homem antes do coringa.

Uma pessoa impulsiva, provavelmente humorada que demorava muito para perceber o que fez foi certo ou errado, já que era a adrenalina quem comandava suas ações.

Infância violenta pode ser a responsável pela tendência a encarar tudo como uma piada, característica essa que também deve ter sido sufocada pela timidez.

Com certeza usava isso tudo para mascarar suas timidez e insegurança.

E é disso que provavelmente é e foi formada a mente de um dos mais icônicos e importantes vilões da história dos quadrinhos.

As coisas que acontecem na internet a cada 60 segundos

As coisas que acontecem na internet a cada 60 segundos
Mais de 13 mil horas de música são tocadas através do Pandora.
Mais de 1.200 novos anúncios são postados no Craigslist.
370.000 minutos de conversa por voz no Skype.
São criadas mais de 320 novas contas no Twitter e 98.000 tuítes são publicados.
São criadas mais de 100 novas contas no LinkedIn.
Um novo artigo é publicado no Associated Content do Yahoo.
Mais de 6.600 imagens são enviadas para o Flickr.
O WordPress é baixado mais de 50 vezes. São mais de 125 plugins baixados no mesmo tempo.
Mais de 695.000 atualizações de status são publicadas no Facebook. Dentre elas, 79.364 postagens no mural e 510.040 comentários.
O Firefox é baixado mais de 1.700 vezes.
São feitas 694.445 buscas no Google.
São enviados 168.000.000 de emails.
Mais de 60 blogs são criados e mais de 1.500 posts são publicados.
Mais de 70 novos domínios são registrados.
Mais de 600 vídeos são enviados ao YouTube totalizando mais de 25 horas de conteúdo.

Perguntas são feitas na internet: mais de 40 no Yahoo Answers
Mais de 13.000 aplicativos são baixados para o iPhone.


Mais de 20.000 novos posts são publicados no Tumblr.
Uma nova definição é adicionada ao Urban Dictionary.
Mais de 1.600 leituras são feitas no Scribd.
(Infográfico da Shangai Web Designers com informações dos EUA.)

Nostalgia

Antônio Prata – Folha de São Paulo – 15/06/11

A nostalgia não é um dos sentimentos mais em voga na praça. Talvez porque, como já escrevi noutra crônica, ela seja uma espécie de caldo Knorr emocional: um tempero artificial, mistura de esquecimento com saudade, que garante cor e sabor a situações que, quando vividas, lá atrás, nem foram assim grande coisa.

Há também, acredito, outra razão para a desvalorização da nostalgia: por voltar nossos olhos ao passado, ela atua como uma âncora, impedindo o movimento “para o alto e avante”, direção na qual nos empurram os impulsos mais de acordo com o nossa época: a ambição, a ganância, a curiosidade.

Eu tenho cá minhas ambições, minha ganância, muita curiosidade, mas confesso que levo sempre no bolso dois ou três tabletes de nostalgia. Não por pensar que o passado seja melhor que o porvir -torço pelo contrário; acredito no contrário-, mas porque o passado é a matéria da qual somos feitos; é só o que temos. Se pudermos optar, melhor conservá-lo mergulhado em poesia do que protegido por naftalina, não?

Ao contrário do que alegam seus detratores, a nostalgia -pelo menos, a vertente que eu pratico- não é necessariamente uma visão empobrecedora da vida. Fellini nada em rios de nostalgia e, no entanto, ninguém pode acusar “Amarcord” ou “8 e «” de edulcorarem a infância, pode? A violência está lá, a confusão, o desamparo. Mesmo assim, tudo é belo, trabalhado pelas mãos do grande artista.

Pragmático leitor, sejamos nostálgicos! Se não estivermos um tanto bêbados, de vinho ou poesia, como sugeriu Baudelaire, a vida vira um mero trajeto do pó ao pó, com escalas por unhas encravadas e planilhas Excel. Sem um mínimo de trapaça no olhar, nada resiste a um exame mais apurado. Roma é uma gritaria em meio a ruínas. Napoleão, um baixinho nervoso. Marilyn, uma bêbada chata. Muito provavelmente, Fellini nunca teve um tio doido e narigudo que subiu numa árvore, os bolsos cheios de pedras, gritando “Eu quero uma mulher! Eu quero uma mulher!”, até ser resgatado por uma freira anã. Por isso temos a arte, para isso a nostalgia; para transformar o Miojo sem graça de nossas existências em algo mais próximo das “fotos ilustrativas” das embalagens, enfiando douradas coxas de frango e tenros filés onde havia somente farinha de trigo e gordura vegetal hidrogenada.

Penso essas coisas todas porque, em algumas semanas, mudo-me deste apartamento. Agora mesmo, enquanto escrevo, percebo-me melancólico como o diabo, olhando as paredes ou os vasos da varanda como uma paisagem da janela de um trem.

Passei aqui uma década. Cheguei com 23 anos -um aparelho 3×1 que ainda rodava as fitas gravadas na adolescência-, saio com 33 – previdência privada e alguns fios de barba branca. Debaixo deste teto, escrevi quatro livros, briguei com um amigo, fiz as pazes, tive o coração partido e colei seus pedacinhos.

Aqui, reencontrei o amor, casei e daqui me mudo, para uma casa maior, como convém, com um quintal e um gramado, onde correrão meus futuros filhos e os rios de nostalgia que, em seu devido tempo, brotarão por entre as plantas.”

Conan – O Bárbaro

Conan – O Bárbaro (Conan – The Barbarian) ganhou o seu primeiro comercial de TV. Se a ideia era encher o vídeo de informação, a Lionsgate começou bem. Veja:

No filme inspirado na criação de 1932 de Robert E. Howard, Conan parte pelo continente de Hibórea em busca de vingança pelo assassinato de seu pai e a destruição de sua vila. No elenco estão Jason Momoa (Conan), Rachel Nichols (Tamara), Stephen Lang (Khalar Zym), Rose McGowan (Marique), Bob Sapp (Ukafa), Ron Perlman (Corin) e Leo Howard (Conan jovem).

Marcus Nispel (Sexta-Feira 13) dirige a volta ao cinema de Conan, que está marcada para 19 de agosto nos EUA e 16 de setembro no Brasil.

FONTE: http://www.omelete.com.br

Homem solteiro à procura

Quarentão romântico. Situação financeira boa, artista de inteligência aguçada, magro, cabelos e barba ruivos (rala) pretendendo morar em Hollywood para dirigir filmes daqui a cinco ou seis anos.

Apaixonado, bem-dotado, procura uma companheira inteligente, careta, trabalhadora, sedutora, sem preconceitos, adulta intelectualmente e com vivência do mundo contemporâneo. Não importa que tenha filhos, pois serão meus também. Tenho de vez em quando uma cruz (+) na glicofita e saúde quase perfeita. Ansioso para nessa idade encontrar uma companheira para vivermos juntos e felizes.

Espero resposta pela Caixa Postal m. 743.

Raul Seixas

O Baú do Raul – Revirado, pág 184, Ed. Ediouro

“Nós Vamos Invadir Sua Praia”- Andréa Ascenção

Entre as primeiras músicas que me lembro de tentar cantar quando criança estão “Nós Vamos Invadir Sua Praia”, “Inútil”, “Marylou” e “Independente Futebol Clube”. Todas essas faixas estão contidas na estreia dos paulistas do Ultraje a Rigor em 1985. Lá pelos 6, 7 anos eu ficava ali enchendo o saco das minhas irmãs mais velhas enquanto elas desvendavam o rock nacional junto com a sua turma de amigos. Diversão garantida para um pentelho de plantão.
O Ultraje comandado pela mão forte de Roger Moreira teve uma grande influência em toda a constituição do rock nacional dos anos 80 e, por conseguinte (ainda que em menor escala) do que se formatou depois. Com um disco inicial que não pode ganhar outra alcunha senão matador, o Ultraje vendeu muito e com a sua verve bem humorada e crítica cravou algumas pequenas pérolas da história do rock brazuca. Faltava alguém contar essa história para os mais novos.
A jornalista Andréa Ascenção (ela mesmo uma jovem nascida em 1986) resolveu contar a história da banda e o resultado é o livro “Nós Vamos Invadir Sua Praia” que tem 352 páginas e ganha lançamento esse ano pela Editora Belas-Letras. Para tanto, Andréa mergulhou na literatura disponível sobre o movimento da época, assim como em reportagens de jornais. O extenso trabalho contou com entrevistas, idas a shows e fuçadas em curiosidades e novidades.
O projeto gráfico do livro elaborado por Celso Orlandin Jr. é muito bem realizado. Colorido ao extremo e com diversas fotos espelha bem a imagem divertida que a banda sempre passou (por mais que às vezes pareça meio revista “Capricho”). Mostra também a capa dos discos, as músicas que fazem parte e espalha as letras no final da obra. Como a carreira do Ultraje nunca foi fértil em discos, essas inclusões acabam ajudando mais do que atrapalhando no final.
Mesmo com os pontos bacanas que o livro traz, nem tudo é só alegria. A condução do texto incomoda em algumas passagens pela quebra de ritmo e a inclusão de muitas vírgulas, o que prejudica a agilidade em que o texto funcionaria melhor. Algumas páginas também poderiam ser suprimidas, pois trazem informações pouco relevantes como a narrativa de um programa de perguntas e respostas na MTV. Por mais que a intenção seja boa, não consegue dizer para que veio.
Os pequenos detalhes negativos, no entanto, não diminuem muita coisa em “Nós Vamos Invadir Sua Praia”. Com a participação ilustre de Kid Vinil e Lobão, Andréa Ascenção passeia bem por todas as formações do grupo e expõe, ainda que em segundo plano, um perfil do líder e fundador Roger Moreira que guiou a carreira da banda acreditando nas suas concepções e sem abrir muita margem para aquilo que não gostava, o que convenhamos é coisa bem rara de se ver.

Parabéns Fernando Canto!

Hoje é aniversário do escritor, compositor, poeta e sociólogo Fernando Canto. Parafraseando Vinícius: O branco mais preto do Laguinho, bairro de Macapá que ele adora descrever. O “Barba”, como o chamo carinhosamente, é um amigo que admiro. Costumo brincar dizendo que, se um dia eu escrever 25% do que ele escreve, estarei realizado como jornalista. Orgulho-me de freqüentar sua casa e ter a amizade dele, de sua esposa e seus filhos.

Funcionário da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Fernando também faz parte do Grupo Pilão, lendária banda amapaense. Ele já venceu muitos festivais de música com suas composições magníficas. Foi parceiro dos principais compositores do Amapá e publicou diversas obras literárias. Paraense de Óbidos, o Barba é amapaense de coração.

O homem possui a prosa na ponta da língua e a poesia nas mãos. Em todos os churrascos e cervejadas que participei em sua residência, o Barba sempre levantou assuntos interessantes, pois possui um papo muito legal. Malandrosamente, sempre tem uma boa sacada ou colocação inteligente e engraçada sobre qualquer tema.

Não faz muito tempo que o jornalista Renivaldo Costa disse: “Fernando Canto é nosso maior poeta!”, concordo plenamente. Em seus fantásticos escritos, o Barba poetiza, satiriza e relata as peculiaridades do Amapá, seja sobre amigos, histórias do Boêmios do Laguinho (sua escola de Samba do coração), do próprio bairro, homônimo a escola ou sobre o Bar do Abreu, reduto de intelectuais que adoram “molhar a palavra”.

Já li o livro “Adoradores do Sol”, de sua autoria, diversas vezes. Fernando deu o seu quinhão para a cultura amapaense, ele inventou e desinventou, musicou e escreveu, sempre esbanjando poesia e talento incontestável. Trocando em miúdos, Fernando Canto é PHoda! Não é á toa que costumo dizer que sou um grande fã dele. Feliz aniversário, mestre Barba!

Elton Tavares

“Os patos”, de Rui Barbosa – por Zeca Baleiro

Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:
“- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina nada.”
E o ladrão, confuso, diz:
“- Dotô, eu levo ou deixo os pato?”
Zeca Baleiro, faz essa mesma citação em sua música “Vô Imbolá”, mas num contexto diferente que pode-se aplicar muito bem ao nosso dia-a-dia, principalmente aos bucéfalos anácronos:
“- Como é por ignorância transito, mas se fosse unicamente para menoscabar de minha alta prosopopéia, dar-te-ia um soco no alto da sinagoga que por-te-ia mais raso do que solo pátrio!”

HOJE: RADIOPHONE NO BAR DO FRANCÊS.

Com um repertório “cover”, que vai de indie rock, brit pop, alternativo e outras vertentes do rock, a banda Radiophone arrebentou na semana passada. Pra quem não viu, hoje tem de novo.
Ouvir um som bacana, conversar com os amigos e tomar uma cerveja gelada é uma boa depois de um cansativo dia de trabalho.
Pra quem não sabe: O Bar e Pizzaria do Francês fica na esquina da Jovino com a Ernestino Borges, no centro de Macapá.
Mas que horas começa? às 21:00 hs
Vai ser legal… Bora lá!

Governo estadual inicia obras da rodovia Norte/Sul em Macapá

Foto: Márcia do Carmo

O governador do Amapá, Camilo Capiberibe, participou, nesta quarta-feira, 25, da solenidade que marcou o início da obra da rodovia Norte/Sul, que interligará a zona Sul à zona Norte de Macapá. O objetivo da pavimentação é melhorar o tráfego dos moradores da zona Norte que precisam atravessar a capital amapaense diariamente.
A autopista consiste em sete quilômetros de via dupla, moderna, com todo aparelhamento de infraestrutura, ciclovia, canteiro central e iluminação. O valor da obra, que será dividida em duas etapas, é de R$ 40 milhões. O dinheiro é fruto de um convênio do governo estadual com o Ministério das Cidades. O investimento do Estado é de R$ 5 milhões.
De acordo com o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio La-Roque, a previsão de conclusão da primeira etapa, iniciada nesta quarta-feira, 25, é de 180 dias, onde serão executados dois quilômetros de rodovia. A segunda parte dos serviços contará com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), na ordem de R$ 35 milhões, que serão liberados após o término da primeira fase.
“Essa obra marca um novo momento no setor viário de Macapá. Ela só foi possível pelo esforço e boa vontade política do governo, que tem se empenhado para não perder recursos federais”, pontuou Sérgio La-Roque.
Para o titular da Secretaria de Estado da Infra-Estrutura (Seinf), Joel Banha, que trabalha em conjunto com a Secretaria de Estado de Transporte (Setrap), a rodovia irá dinamizar o trânsito na capital amapaense.
“Em somente cinco meses de governo, nós estamos mostrando para a população que com vontade as coisas podem ser executadas, é a capacidade de ação do governador Camilo Capiberibe. A rodovia vai desafogar o trânsito na zona Norte”, destacou Joel Banha.
Segundo o governador, a obra é muito importante para a capital amapaense. Camilo Capiberibe explicou, durante o seu pronunciamento, que está trabalhando para organizar o Estado em todas as frentes.
“Queríamos fazer mais do que somente iniciar a rodovia Norte/Sul aos cidadãos de Macapá, gostaríamos de discutir o eixo viário da capital amapaense, assim como estamos fazendo com o município de Santana, mas ainda não tivemos resposta para essa nossa sugestão. Não tem problema se não quiserem trabalhar conosco, no segundo semestre nós vamos asfaltar Macapá, independente dessas questões”, enfatizou o governador.
Descaso da gestão passada
O projeto da rodovia Norte/Sul está pronto há anos, mas por falta de vontade política, a licitação da obra nunca foi realizada. Após adequações no projeto original, a Setrap, em parceria com a Seinf, finalmente executam a obra.
“Essa iniciativa que tomamos em fazer a rodovia poderia ter sido tomada antes, e não foi. Mas, não interessa porque eles não o fizeram, o importante é que nós estamos fazendo”, afirmou o governador.
O reconhecimento do Judiciário
O juiz federal, João Bosco, elogiou a gestão do governador Camilo Capiberibe. Conforme o magistrado, a coerência e atitude do Executivo, que está trabalhando integrado com as demais instituições, firmando parcerias e respeitando as atribuições de cada um dos poderes, faz com que obras como a rodovia Norte/Sul se concretizem.
“Estamos vivendo uma nova dinâmica. Não tenho dúvida que o governador Camilo Capiberibe transformará o nosso Estado em um grande canteiro de obras, gerando empregos e desenvolvimento social. O Amapá terá dois momentos, antes dessa gestão e depois deste governo. Estamos virando a página da ineficiência”, disse o juiz federal.
Prestigiaram a solenidade, além do juiz federal João Bosco, a primeira-dama do Estado, Cláudia Capiberibe, o deputado estadual Aguinaldo Balieiro e parte do secretariado do governo estadual.
Elton Tavares
Assessor de Comunicação Social
Secretaria de Estado da Comunicação Social

Governador visita obra da Hidrelétrica de Ferreira Gomes

foto: Márcia do Carmo
O governador do Amapá, Camilo Capiberibe, visitou, nesta terça-feira, 24, o canteiro de obras da Hidrelétrica de Ferreira Gomes, localizada no município homônimo. O objetivo da ação foi inspecionar os serviços e conhecer as atividades do Grupo Alupar, que é subsidiário da empresa Ferreira Gomes Energia, que é responsável pela construção da usina. Cerca de 200 pessoas trabalham na edificação da barragem
O governador conheceu o local acompanhado pelos prefeitos de Ferreira Gomes, Valdo Isackson e de Porto Grande, Antônio Bessa, e os secretários de Estado da Receita Estadual, Cláudio Pinho, do Planejamento, Juliano Del Castilo Silva, do Transporte, Sérgio La-Roque, Segurança, Marcos Roberto e do chefe do Gabinete Civil, Kelson Vaz. Eles foram recebidos pelo presidente do Grupo Alupar, Paulo Godoy.
De acordo com a empresa responsável pela Hidrelétrica, as análises da água do Rio Araguari, feitas em laboratório, comprovam a qualidade do produto, atendendo às exigências da Agência Nacional da Água (ANA).
Para Camilo Capiberibe, a Hidrelétrica, com capacidade para atender uma cidade de até 700 mil habitantes, é fundamental para o desenvolvimento do Amapá, já que ela produzirá 252 MWh de energia elétrica. Depois de concluída, com a previsão para 2015, a usina oportunizará a instalação de indústrias no Estado.
“Um dos principais gargalos do nosso estado hoje é a Energia Elétrica. Essa barragem vai produzir a quantidade de Energia para que as empresas se instalem no Amapá, pois as indústrias não virão para cá enquanto não poderem funcionar por conta dessa deficiência. Estamos conversando com a empresa responsável para minimizar os impactos que essa obra causará”, explicou o governador.
O prefeito de Ferreira Gomes afirmou que, com a ajuda do Governo, foi montado um Fórum de discussão com profissionais da área ambiental para resolver possíveis casos de impacto ambiental.
“Um empreendimento deste porte trará o desenvolvimento para o nosso povo. Tomaremos todas as medidas necessárias para que nossos cidadãos não sofram conseqüências de impactos ambientais, se eles ocorrerem”, afirmou Valdo Isackson
Capacitação.
O prefeito de Porto Grande disse que, em parceria com a Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete), cadastrarão os moradores dos dois municípios para cursos de capacitação para as áreas profissionais que a usina precisará. Conforme Antônio Bessa, a Hidrelétrica abrirá vagas para cinco mil novos empregos.
“Formalizaremos um Termo de Cooperação com o Governo, por meio da Sete, para capacitar os munícipes de Ferreira Gomes e Porto Grande para trabalharem na Hidrelétrica. Queremos que nossos habitantes ocupem o máximo das vagas de emprego que a Usina oportunizará”, Antônio Bessa.
Plano Básico Ambiental
O Governo do Amapá trabalhará em parceria com as prefeituras de Ferreira Gomes, Porto Grande e com a Ferreira Gomes Energia para implantar o Plano Básico Ambiental. A ação consiste em 36 programas socioambientais que abrangerão reforço à Saúde, Educação e Segurança nos referidos municípios.
A medida também apoiará a qualificação de mão de obra entre os habitantes das duas cidades, incentivo ao Turismo, projetos esportivos e culturais.
Elton Tavares
Assessor de Comunicação Social
Secretaria de Estado da Comunicação Social

QUEM É BOB DYLAN?

Por Marcelo Nova
24 de maio e Bob Dylan faz setenta anos. Como é possível?
Conheci Bob quando ouvi Like a Rolling Stone no rádio da casa da minha tia Dayse em 1965. Ele tinha vinte e quatro anos e eu quatorze. De 1965 até 2011 numa velocidade que nem Michael Schumacher nas suas melhores voltas conseguiria superar, encontro-me fuçando papéis antigos e logo me deparo com um texto que escrevi sobre Dylan em 1997 e penso que continua válido:
Fazendo o check-out às 4:30 da manhã, caído num sofá de napa num lobby de hotel vagabundo, numa cidade no meio do nada, vejo Natalie, um pequeno anjo magro, aproximadamente 14 anos, rosto talhado e os olhos incisivos, que ao invés de dormir na presumível segurança e conforto do seu lar, mente para os pais a fim de estar na companhia de integrantes de uma banda de rock and roll. Ao ver meu CD Infidelsnas minhas mãos, ela dispara: “Marceleza, quem é Bob Dylan?”. Imediatamente alguém grita: “Todos pro ônibus!”. E eu tenho tempo apenas para dizer: “É o melhor, o melhor de todos…”. Já esparramado na poltrona, ligo o walkman e coloco meus óculos escuros para poder ver melhor o nascer-do-sol. E quando ele surge terrível, cego e indiferente como somente os deuses sabem ser, a pergunta ainda reverbera e se multiplica nos meus ouvidos. Quem é Bob Dylan? O que ele fez? O que estará fazendo agora?
Penso na enorme dimensão do seu trabalho, assim como na inequívoca qualidade (a quantidade não seria tão significativa, se não fosse impregnada de tanto talento).
Centenas de livros já foram escritos sobre ele, que também escreveu o seu Tarantula, aos 23 anos. Fez filmes, desenhos e pinturas, alguns exibidos em público, outros ainda não. Mas acima de tudo estão as apresentações ao vivo. Dylan e seu “torrencial fluxo de trabalho” (a expressão é de Roland Penrose, referindo-se a Picasso) têm através dos anos deixado o público impactado e atônito. Lembro-me de duas apresentações realizadas em agosto de 1991 no Palace, em São Paulo, quando ele foi massacrado por críticos que não conseguiam identificar exatamente quais canções ele desfiava, alterando melodias e cuspindo palavras. Agindo assim, Dylan tirou-lhes o ponto de referência e expôs-lhes verdadeiras, porém incomuns, facetas da arte.
A música, o ritmo e o drama que envolvem uma performance se desenvolvem num momento específico no tempo. É apresentada do ponto de vista do artista, para ser compartilhada no mesmo instante em que é criada. Mas os críticos, acostumados com artistas menores cuja única preocupação é agradar a qualquer preço – mesmo que isso signifique padronizar e banalizar seus próprios trabalhos – não souberam como classificar Bob Dylan. Imersos há muito tempo no oceano da mediocridade, esqueceram que a arte que não destrói o convencional, que não contesta o que a maioria acredita e não nos sugere outras hipóteses de vida, é apenas melodrama ou mero exercício de boas intenções. Sem tentar estabelecer contato com o público que não fosse através da reinterpretação da sua própria obra, Dylan não dirigiu sua palavra nos intervalos das canções, nem esboçou estímulos físicos, tais como gestos ou mesmo palmas para conseguir a tão almejada interação artista-platéia. No final da apresentação, disse apenas: “Merci, merci…”. E as luzes se apagaram enquanto ele voltava para o escuro dos bastidores.
Quem é esse Man In TheLong Black Coat, garoto que fugiu de casa aos 18 anos Like a Rolling Stone? O primeiro punk, aquele que inseriu não apenas vigor poético, mas densidade emocional e guitarras elétricas na folkmusic dos anos 60.
O pacifista inquisidor, cujas respostas ainda hoje são sopradas pelo vento. O soldado que desejou a morte dos MastersOfWar. O cristão que bateu na porta do céu e foi perdoado por Jesus num SlowTrainComing. O errante HandyDandy ainda hoje em busca de dignidade sob o sol vermelho.
O mesmo sol que queimava meu rosto através da janela do ônibus e que me trazia a lembrança da pergunta da pequena Natalie. Quem é Bob Dylan? Como posso lhe dar uma resposta exata, Natalie, se ele nem mesmo se chama Bob Dylan… Nesse momento, uma canção chamada “I and I” vem até meus ouvidos, via walkman: “Eu já fiz sapatos para todos, inclusive para você e no entanto continuo descalço”.
Pedras que rolam não criam limo. Mr. Bob Dylan 70 anos hoje. Que ele continue rolando por aí.

E viva o Rock And Roll!!