Cazuza faria 60 anos hoje – Viva o gênio!


Se vivo, hoje Agenor de Miranda Araújo Neto, o “Cazuza”, completaria 60 anos de idade. Lembro bem daquele 7 de julho de 1990, quando ele morreu, pois estava de férias com minha família em Natal (RN). O gênio da poesia tinha somente 32 anos.

O artista, filho de João Araújo, produtor fonográfico, e de Lucinha Araújo, nasceu em berço de ouro e conviveu, desde muito cedo, com grandes nomes da cultura brasileira. Foi influenciado por Cartola, Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, Noel Rosa, Maysa e Dalva de Oliveira. Cazuza foi um privilegiado, por causa de seu pai, cresceu convivendo com grandes nomes da MPB, Gilberto Gil, João Gilberto, Novos Baianos, Caetano Veloso, Elis Regina e Gal Costa.

O cara participou de peças teatrais no Circo Voador, local que aglutinava a nata da cultura cênica e musical do Rio de Janeiro, na década de 80. Mas Cazuza apaixonou-se pelo rock and roll quando morou em Londres, em 1972. Alguns anos depois, juntou-se a Roberto Frejat (guitarra), Dé Palmeira (baixo), Maurício Barros (teclados) e Guto Goffi (bateria), nascia o Barão Vermelho, uma das maiores bandas do rock nacional.

O produtor musical Ezequiel Neves gostou do som da banda e convenceu o pai de Cazuza a lançar o Barão. O grupo estourou mesmo quando Ney Matogrosso (namorado de Cazuza), gravou, “Pro Dia Nascer Feliz”, “Maior Abandonado”, “Bete Balanço” e “Bilhetinho Azul”.

O artista, sedento por fazer música em outros estilos, saiu do Barão. Sua carreira solo também sólida e foi fantástica, Cazuza flertou com a MPB, a misturou ao rock e gravou as canções “Exagerado”, “Codinome Beija-Flor”, “Ideologia”, “Brasil”, “Faz Parte Do Meu Show”, “O Tempo Não Pára” e “O Nosso Amor A Gente Inventa”. O resto é história.

Em 1989, declarou ser soropositivo, a Aids o levou. Cazuza foi um dos maiores artistas da música brasileira. O cara foi um símbolo de rebeldia, pelo seu talento e sua loucura. Este post é uma pequena homenagem ao gênio da poesia.

Não sei o que ele teria feito se tivesse mais tempo. Com toda certeza, muito mais pela música e arte nacional. O artista foi um dos nossos heróis (ainda tem quem não goste ou reconheça, mas paciência). Viva Cazuza!

Elton Tavares

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