Conselho de Sentença acolhe tese do MP-AP e condena réu por tentativa de feminicídio, em Macapá

Conselho de Sentença do Tribunal do Júri realizado na última quarta-feira (30), no Fórum de Macapá, acolheu a tese do Ministério Público do Amapá (MP-AP) e condenou o réu Gerson Cordeiro Leal Cordeiro, de 41 anos, conhecido como “Parente”, por tentativa de feminicídio duplamente qualificado pelo motivo fútil e ataque surpresa. O condenado tentou assassinar a ex-companheira, Raissa Viana Rocha.

O MP-AP foi representado pela titular da 2ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri, promotora de Justiça Klisiomar Lopes no processo Nº 0014960-70.2018.8.03.0001. A sessão foi presidida pela juíza da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá, juíza Lívia Simone Cardoso. O crime ocorreu em 2018.

Entenda o caso

De acordo com as investigações, no dia 1º de abril de 2018, por volta das 19h, na residência da vítima, localizada na Avenida Terra, nº 1524, no bairro Jardim Marco Zero, em Macapá, o condenado deferiu dois golpes de arma branca na vítima, no momento que a mesma entrava em sua casa.

Ainda segundo o inquérito, Gerson Cordeiro, de posse de uma faca de cozinha, esfaqueou Raissa Viana duas vezes, pelas costas, causando-lhe lesões corporais graves e sérios problemas psicológicos posteriores ao crime. Inclusive, a arma ficou cravada no peito da vítima. O outro ferimento foi no braço da agredida.

Conforme as investigações, o feminicídio somente não consumado pelo motivo que a vítima foi imediatamente socorrida e encaminhada ao Hospital de Emergências de Macapá, para atendimento médico.

As lesões corporais sofridas pela vítima foram confirmadas nos laudos periciais juntados nos autos do Processo e o Conselho de Sentença reconheceu que Gerson teve a intenção de matar a vítima, não consumado o delito por circunstâncias alheias à sua vontade.

O crime se deu após mais de dois anos do término do relacionamento entre vítima e agressor. E, ainda, por motivo fútil (ele queria saber a razão dela chegar tarde em sua casa), sem chances de defesa da vítima.

“O MP-AP está empenhado em dar uma resposta para a população e subsidiar o Judiciário para que a Justiça seja feita. O condenado não deu chance alguma de defesa à vítima, conforme se demonstrou através das provas nos autos. Mais uma vez, o Ministério Público cumpriu seu papel. Seguiremos realizando nosso trabalho com a responsabilidade que essa atividade exige”, frisou a promotora de Justiça Klisiomar Lopes.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Elton Tavares
E-mail: [email protected]
Contato: (96) 3198-1616

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