“O MEU VELHO, VINHO!” – De Bruno Cavalcante para Armando Cavalcante

Por Bruno Cavalcante

De fato, ninguém é feliz sozinho.

Olhando pelo prisma da garrafa, sempre temos um amor, um amigo, uma taça de vinho.

Olhando o velho Chico a experimentar chapéus, músicas e sensações diversas, percebo, que, estas, despertam no meu velho pai o sabor do aprazimento de uma noite cultural.

A melodiosa canção, suave, como um merlot que se confunde com cabernet, seu gosto, o do meu pai, balanceado e suave, adoça, a esperança do olfato outrora abalada.

O sentido que me permite apreciar e, que me apetece o coração é quando se mira no semblante fagueiro dele.

-Vejam, olhem para mim, vocês são os meus, estou bem, vivo e álacre. Guardado por minha santa, sinto-me ledo e exultante.

Bruno e Armando. Queridos amigos deste editor. Foto: arquivo familiar de Bruno.

Como é bom te apreciar assim, velho vinho, uma safra de casta de uva tinta, garantindo rótulos de longevidade, harmonizando com a carne e a boa alma.

Que assim seja, até o último sorvo, que os sentidos se façam sempre presentes e as noites atuais com as lembranças do futuro.

*De Bruno Cavalcante para seu pai, Armando Cavalcante. Dois velhos e queridos amigos deste editor. 

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