Fugindo rumo ao estar de regresso!
Pudesse extrairia seu coração para escondê-lo da saudade…embora sabendo que cedo ou tarde ela ia encontrá-lo.
Porque os rastros que deixasse na areia da estrada
…seriam evidentes demais para não serem seguidos
E o silêncio dos meus passos não abafaria o som dos seus tic-tacs, e o perfume que a paixão evapora quando se afasta em busca de esconderijo, são enormes, e ela vive se esquecendo que esconder-se segura é se esconder em si mesma…
…e calar
Qualquer grito aflito que signifique lhe chamar.
Finja que não ouviu…
Finja que o tic tac do relógio marcando o tempo como se desenhasse asas, a nada leva.
E se imagine sempre recomeçando, e se flor se arranque as pétalas, se beijo se interrompa, se sonho se prolongue, e se assuste com o cheiro do café correndo em direção as suas narinas…
Para atingir a alma…só lágrimas
Alma não se mata, apenas se tortura com saudades.
E essas são permanentes…
Tente escondê-las…procure um lugar no infinito do infinito…onde não chegam nem palmas, nem gritos.
Porém, só de tentar fazê-lo já as ressuscitou.
2 Comentários para "Poema de agora: …Fugindo rumo ao estar de regresso! – Luiz Jorge Ferreira"
Caro Luiz Jorge
Envie essa saudade nas asas de uma gaivota
Para dançar um carimbo no ver o peso em uma noite estrelada. Lembre-se; saudade é bichinha teimosa e um dia voltará em forna de poesia.
Obrigado Phera!