Hoje…Agora…Aqui
Minha mãe me doou um óvulo dela para que eu pudesse existir.
E Tom Jobim fez… Esta chovendo na roseira…para que eu pudesse ouvir e me alegrar.
E eu corri pelas ruas do Laguinho sem destino para sentir no rosto o açoite do vento trazendo cheiro de peixe lá do rio empurrando suas margens não plácidas… flácidas.
Eu ganhei pele, ganhei pelos, ganhei poros, ganhei passos e ganhei pisadas e ganhei horizontes e auroras…
Nossa mãe!
Como ganhei coisas!
Ganhei sons que se agasalham nos meus ouvidos como cristais brilhando atônitos frente aos clarões do Sol.
E ganhei frases que tu disseste, que agora são recordações cristalizadas na memória.
Eu estou inteiro mas parece que estou em pedaços…
Parece que estou fragilizado, parece que estou descolorido, desavisado dos rumos …
Mas não, não é isso que se passa, talvez fosse o sal espalhado pelas Praças que me fizesse ter tanta sede, talvez fosse o Sol guardado em uma pintura de Van Gogh que fizesse sentir tanto calor.
Talvez fosse a poesia de Thiago de Melo tentando tanto buscar a liberdade..
Mas não há o que buscar mais do que agora.
Eu estou sentado dentro do meu carro estacionado com o Celular a mão com o aplicativo de gravar…falando tudo isso…lá fora chove na roseira.
3 Comentários para "Poema de agora: Hoje…Agora…Aqui – Luiz Jorge Ferreira"
Nossa mãe
você fez Luíz brilho de luz e de luar
mas também fez esse cantor
que canta a dor e o amor
e também esse som que vem de Macapá
sabe mãe Acho que você fez uma grande obra mas por aqui eu fico para não dizer que falei muito
só posso dizer mãe que te amo por essa luz que ê Luiz
Maravilhoso poema. Impagável.
Os amigos, e seus dons de incentivo são os maiores aplicativos para que continuemos pondo nas letras, a alma!