O JARDIM
É tempo de saudade em meu jardim,
Pétalas caídas de tantas flores
Falam-me de primaveras de dores
Ao mesmo tempo breves e sem fim.
O cheiro de Margarida está em mim,
O de Rosa também, com seus temores;
De Camélia, o sabor dos dessabores
De mais uma flor a arquejar “é o fim”!
Violeta se fechou de madrugada,
Marcela foi roubada ao fim do dia,
Yasmim morreu de sede, coitadinha.
Despetalou-se Hortênsia, transtornada;
Dália afogou-se de melancolia.
Hoje, há só cardo, espinho e erva daninha.
Ori Fonseca
1 Comentário para "Poema de agora: O JARDIM – Ori Fonseca"
Muito obrigado, querido!