Poema de agora: Quando praguejar é uma prece! – Luiz Jorge Ferreira

Quando praguejar é uma prece!

Meça seu passos
Calcule que se fosse ruflar de asas terias alcançado cume cobertos de gelos eternos.
E trocando passos não saístes nem longe do teu bairro…e a sensação de estar só começa a te alcançar…e o incômodo de estares expostos ao perigo que ronda quem se perde não se mede por pânico, nem suor abundante nas mãos.

Imagina as crianças órfãs das guerras expostas a todo o tipo de medo, surpresas a todo o tipo de modos, estranhas a todo tipo de gente.
Sem sono, sem sonhos, com sede, com fome, sob as garras dos fantasmas homens que se divertem se as matam.

Meça seu passos, meça suas tardes, meça suas pegadas na areia, suas migalhas sob a mesa, suas estranhas vontades repletas de enredos, erga seus dedos em direção ao Cruzeiro do Sul, estranhamente ao Norte.

Eu me abrigo em minhas ideias como um canguru no Marsúpio de sua mãe.
Meço meus passos desde os primeiros passos de Adão…
Em vão, que não chego.
Cuspirei um Oceano sobre vários.
Ofenderia os Orvalhos se os molhasse com ele.
Ofenderia Deus se pedisse que os protegesse ..
Em paz com as crianças vitimas das guerras que atiram pedras quando passam os vassalos…
Eu enormemente ínfimo…atiro pragas !

Luiz Jorge Ferreira

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