Poema de agora: Quimera – Naldo Maranhão

Quimera

Quem mais me amou e mimou, mais me estragou.
Quem mais me odiou e me fez mal, mais me elevou.
E não venha dizer:
PORQUÊ.
Porque ainda não terminou.
Às razões; as emoções:
Os sentimentos, que daí vem, vem com tudo meu bem e vem sem medo, pois, em terreno inclinado sou eu que escolho; descer, subir ou ficar parado.
Amor e ódio, duas caras na mesma moeda.
Se recebo em soberba, pago então com a outra face.
Tomo por ser muito séria esta brincadeira de roer os ossos e olhar nos olhos daqueles que devoro ou dos que por quem sou devorado.

Naldo Maranhão

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