Poema de agora: Valete de Espadas – Luiz Jorge Ferreira

Valete de Espadas

Estou feliz com a minha felicidade
Não preciso gritar em Mandarim
Para não assustar o Guaxinim estampado na folhinha.
Julho vem aí, ja escuto os seus passos…
Sobre a neve dos Andes
Os pássaros na gaiola, os que libertei em um Dezembro destes , estão de volta e de dentro da gaiola sem portinhola…
Lêem meu olhar risonho
Nos meus pés de tantos mil passos…sobem lentamente as três tartarugas…
Impedem assim que eu retorne a andar sem rumo…
O cão deitou lá no portão
Perto das aranhas criando teias e as lagartixas esperando as ceias

Estou feliz…há um silêncio entre as folhas verdes que se embriagam de clorofila e Sol.
Eu farei alguma nova data…
Brindarei com minha sombra na parede da sala…
Depois ensaiaremos um monólogo…
Eu a ensinarei a postura…
Ela me imitara a dicção postada.
Por fim eu a abraçarei…
Trarei um calice de saliva, o que sobrou do esforço de declamar…
E lhe oferecei.. como um que cuida, como o Pequeno Príncipe.

Poderia lhe ofertar a flor do vaso, vermelha e rutilante…mas alérgica a poléns agradecera.

Então voltarei a Julho que pula com dificuldade pela janela entreaberta junto com o frio.

Ambos a vêem…respeitosamente dizem alô…
Mas Julho comenta em alta voz…
Olhando a sombra de cima a baixo.
…Nossa!…Como você engordou.

Luiz Jorge Ferreira

  • Valete de espadas
    Vale cada palavra mastigada
    E jogadas na gaiola
    Onde um Passaro feliz canta
    Celebrando a primavera
    Esse Luiz macapaense
    Belenense
    Maranhense
    Universal
    É um poeta
    Cantador
    Das belezas da vida
    Manoel Santana Câmara Alves

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