Solidão
A rosa do deserto
Era amorosa flor
Charmosa
Um doce
Nunca solitária
Na areia quente
Ou frio noturno
Flor de amor sofisticado
Estilosa
Como peça
Da tecelagem de kyoto
Coração
Desenhado à unha
Fio a fio
Flor amor
Alinhado
Por suaves mãos
Como um papel de kyoto
Impressão oriental
De libido
Desenhada
Na fibra dos sentimentos
Minha rosa do deserto
Fusão de energia e dor
Tem um amor por companhia
É ilustre
De fabril delicadeza
Que nem o cravo percebeu
A rosa do deserto
Fincou espinhos
Delicados
Como seu perfume
No coração
Da seda
De Kyoto
Rosa açucena casou, morreu
No universo
De amálgama e mágoas
Das dores
Ausência
Solidão milenar
Do amor das flores
2 Comentários para "Poesia de agora: Solidão – Jorge Herberth"
Aí, o poeta se revelou com profundidade.
Muito obrigado, Elton e Fernando. Abraço