Por Gabriel Penha – Texto e fotos
Extensa programação religiosa, cívica e cultural vai marcar os 248 anos de fundação da vila de Mazagão Velho, que deu origem ao Município de Mazagão, na próxima terça-feira, 23 de janeiro. O evento é realizado pela comunidade local, em conjunto com o Governo do Estado e Prefeitura de Mazagão. A data será saudada com alvorada festiva, a partir das 5h.
Para as 8h, está marcada missa campal, na área em frente ao cemitério São Benedito. Após as celebrações religiosas, acontece a tradicional solenidade cívica, marcada pelo hasteamento das bandeiras do Brasil, Portugal, Marrocos, Estado do Amapá e Município de Mazagão, além de homenagens póstumas aos primeiros mazaganisas (colonizadores da região), com salva de tiros pelo Exército Brasileiro e atiradores de São Tiago.
Às 10h30, acontece uma exposição cultural na sede Mocito Ayres. Na ocasião, a comunidade local prestará homenagem à Banda Placa, pelos 20 anos de contribuição com a cultura local, em especial com a celebração do aniversário de Mazagão Velho. Das 12h30 às 17h, haverá programação no balneário às margens do rio Mutuacá, organizada pela Prefeitura, e que terá como atração principal a cantora Taty Taylor.
PROGRAMAÇÃO/248 ANOS DE MAZAGÃO VELHO:
5h – Alvorada Festiva;
8h – Missa campal, no campo de futebol em frente ao Cemitério
09h – Solenidade cívica;
– Cântico do Hino Nacional (banda de música da PMAP);
– Cântico do Hino de Mazagão (Vera Nunes);
– Hasteamento das bandeiras do Brasil, Portugal, Marrocos, Estado do Amapá e Município de Mazagão;
– Homenagens póstumas aos primeiros mazaganistas (colonizadores), com salva de tiros pelo Exército Brasileiro e atiradores de São Tiago;
– Corte do bolo;
– Pronunciamentos: representante da comunidade, representante da bancada federal, representante da Assembleia Legislativa, presidente da Câmara de Mazagão, governador do Estado e prefeito de Mazagão;
– Cântico da Canção do Amapá (banda de música da PMAP);
– Encerramento com apresentação de marabaixo;
10h30 – Exposição Cultural e homenagem à Banda Placa, pelos 20 anos de contribuição com a cultura mazaganense (sede Mocito Aires);
12h30 – Programação no balneário às margens do rio Mutuacá
– Diversas atrações. Atração principal: Taty Taylor;
17h – Rufar dos Tambores (abertura das apresentações culturais)
17h15 – Grupo de dança Sensação Mazaganense
17h40 – Grupo de dança Simbauê
18h05 – Raízes do Marabaixo Infantil
18h30 – Grupo São Thomé (Comunidade do Carvão)
18h55 – Batuque Mururé
19h20 – Batuque Mãe de Deus da Piedade
19h45 – Batuque da Gungá
20h10 – Grupo Folclórico do Ajudante
20h35 – Foliões de São Sebastião
21h – Flores do Marabaixo
21h25 – Irmandade São Benedito e Santa Maria
21h55 – Grupo São Sebastião
22h – Grupo Raimunda Cabeleira
22h45 – Raízes do Marabaixo
23h15 – Banda Placa
0h30 – Finéias Nelluty
1h15 – Josy Santos
Às 17h, o Rufar dos Tambores marca a abertura das apresentações culturais. Como já e tradição, grupos dança, marabaixo, capoeira e batuque da própria comunidade dividem o palco com grupos de outras localidades, como Carvão, Ajudante e Mazagão Novo. A previsão é que a programação encerre por volta das 3h já do dia 24, com a apresentação da cantora Josy Santos.
“É uma data importante para os mazaganenses, pois marca a criação da vila onde tudo começou. Mazagão Velho guarda uma história de heroísmo, uma ligação histórica com Portugal e Marrocos, que resultou na criação de uma rica identidade cultural. É a data para saudar e honrar a memória desses heróis”, diz o prefeito de Mazagão, Dudão Costa.
A cidade que atravessou o Atlântico
A história de Mazagão Velho é marcada por um capítulo pouco conhecido do Brasil Colonial, quando uma colônia portuguesa no Marrocos foi desativada e transferida para Amazônia brasileira. No final do século 18, por volta de 1769, cerca de 160 famílias – aproximadamente 1022 pessoas, entre brancos e escravos – vieram do Marrocos, desembarcando no Amapá, mais precisamente às margens do rio Mutuacá, na região sul.