Debate decisivo?

                               Por Elton Tavares
Imagem – Portal Amazônia.

É hoje, logo após a novela Patetone, na Rede Globo (TV Amapá), acontecerá o debate com os candidatos ao governo do Estado, que disputam o segundo turno das eleições 2010, Camilo Capiberibe (PSB/PT) e Lucas Barreto (PTB).
Para muitos, quem se sair melhor no debate, vencerá o pleito. Bom, veremos. Só tenho uma certeza, levando em conta o horário político dos dois candidatos, o negócio será pesado.

Para ser sincero, já estou afim que esse período político acabe, já deu no saco! A blogsfera do Amapá está um nojo, cada um puxando a sardinha para o seu lado. O Twitter então, fofocada total.

Espero que vença o melhor. Assistam o debate, é bom para os indecisos definirem seu voto. Só não votem nulo ou branco, nunca! Abraços na geral.

Promessas

                                                                                            Por Elton Tavares

A política local e nacional estão pegando fogo. Bandeiras, cartazes, mantras numéricos, passeatas e promessas, muitas promessas. Ofensas, acusações, cores, carreatas e promessas, muitas promessas. Alianças, traições, acordos e promessas, muitas promessas.
Discursos acirrados, paixões, devaneios coletivos, fé, descrença e promessas, muitas promessas. Fofocas, fatos, brigas, brincadeiras e promessas, muitas promessas. Projetos, programas, lideranças e promessas, centenas delas.
Só espero que o vencedor (seja qual for) lembre que:

“A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. A gente não quer só comida, a gente quer bebida, diversão, balé. A gente não quer só comida, a gente quer a vida como a vida quer. A gente não quer só dinheiro, a gente quer dinheiro e felicidade. A gente não quer só dinheiro, a gente quer inteiro e não pela metade. A gente quer saída para qualquer parte….”

*Trechos da música “Comida”, da banda Titãs – Composição: Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Britto.

Ereções 2010

No mais duro debate travado nesta campanha presidencial, a petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra trocaram ataques neste domingo (10) e usaram estratégias diferentes. Enquanto a ex-ministra da Casa Civil acirrou as críticas, em especial à gestão do adversário no governo de São Paulo, o ex-governador se esforçou para conciliar propostas e ataques, nos quais acusou a rival de ser incoerente.

A preferida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas, também mirou a gestão de Serra nos ministérios do Planejamento e da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso. O tucano evitou criticas diretas ao mentor da candidatura de Dilma, mas retomou o tema aborto, dominante na primeira semana após a votação de primeiro turno, em 3 de outubro.
Os ataques mais duros foram trocados no primeiro bloco do debate da TV Bandeirantes. Dilma acusou a campanha do rival de promover “mentiras e calúnias” contra ela. Serra indicou que a petista busca a “vitimização” e questionou sua fé – um aspecto que promoveu mudanças no programa da ex-ministra no horário eleitoral obrigatório para atender o eleitorado religioso, que se afastava dela.
O tucano também afirmou que é atacado indevidamente por simpatizantes da petista. “São blogs com seu nome. Fazem ataque à família, amigos. É uma campanha orquestrada, que trata de ideias que não tenho”, disse.
Quando a temática parecia se inclinar para temas ligados a religião e saúde –assunto que fez Serra acusar a rival de ter “duas caras”-, Dilma se concentrou nas privatizações feitas durante a gestão tucana no Palácio do Planalto. Mais tarde, o segundo colocado nas pesquisas ironizou a adversária pelo tom inédito em debates por parte dela.
“Tenho que confessar que eu estou surpreso com essa agressividade, esse treinamento da Dilma Rousseff, que esta se mostrando como é de verdade”, afirmou.
Além das privatizações, a petista fez ataques nas políticas de educação e de segurança do governo Serra em São Paulo, Estado onde os dois tiveram votação próxima no primeiro turno. Dilma acusou o PSDB de ser favorável a privatizações e centrou suas perguntas e respostas nesse assunto nos segundo e terceiro blocos do encontro, que, de acordo com a Bandeirantes, teve picos de 6 pontos de audiência.
Privatizações e incoerência
Durante o segundo e terceiro blocos do primeiro debate do segundo turno das eleições presidenciais, Dilma e Serra trocaram acusações sobre privatização. A petista se esforçou para cravar a pecha no adversário, que viu incoerência da ex-ministra por ter elogiado a abertura do capital da Petrobras, feita no governo FHC.
A petista comparou a saúde financeira da Petrobras durante os governos FHC e Lula e sugeriu que Serra seria a favor da privatização da empresa. O tucano disse que a gestão atual aumentou a presença de capital privado no Banco do Brasil e privatizou dois bancos regionais. A petista preferiu concentrar as críticas nas posições de tucanos sobre a Petrobras e a exploração do petróleo do pré-sal.
“[A Petrobras] teve um processo de capitalização que arrecadou US$ 70 bilhões”, afirmou Dilma, sobre a recente operação conduzida pela estatal. “Vocês só conseguiram arrecadar US$ 7 bilhões”. Serra respondeu que “é só chegar a campanha eleitoral e o PT vem sempre com essa história”. Na votação de 2006, o assunto ampliou a vantagem de Lula, candidato à reeleição, sobre Geraldo Alckmin (PSDB).
“No caso de venda de empresas públicas, eles reclamam que venderam ações no governo passado, mas não falam do Banco do Brasil, que colocou [ações] em Nova York”, disse o tucano.
Dilma criticou o adversário por vender a Nossa Caixa, banco paulista que foi repassado ao governo federal. E levantou suspeitas sobre se Serra não faria o mesmo caso seja eleito presidente, ao comentar sobre programas educacionais que Serra terminou depois de assumir o governo deixado por Alckmin.
Políticas, ataques e aborto
Depois de dizer que quer uma política educacional na qual “professor não seja tratado a cassetete”, em ataque indireto ao rival, a petista questionou Serra com uma acusação. “Eu acho que a sua campanha procura me atingir por meio de calúnias, mentiras e difamações. Essas calúnias têm sido muito claras”, disse.
“Tenho visto o seu vice, Índio da Costa. A única coisa que ele faz é criar e organizar grupos, até aproveitando a fé das boas pessoas, para me atingir, em questões religiosas. Essa forma de campanha que usa o submundo é correta?”, questionou.
Serra começou com tom ameno, mas endureceu o debate aos poucos. “Me solidarizo com quem é vítima de ataques pessoais. Tenho recebido muito ataque e muita calúnia, até antes da campanha”, disse. “Mas nós somos responsáveis por aquilo que pensamos e aquilo que falamos. A população cobra programa de governo, mas cobra também conhecimento sobre os candidatos.”
Em seguida, o tucano acusou a petista de mudar de opinião sobre a legalização do aborto. O tema interessa a muitos dos eleitores que em 3 de outubro votaram na evangélica Marina Silva (PV) para a Presidência. A candidata verde somou quase 20% dos votos válidos e seu apoio é disputado pelos dois presidenciáveis.
“Na questão do aborto, você disse isso no debate da Folha, no UOL, que era a favor do aborto. Depois, disse que era contra. Isso não é estratégia de adversário”, disse. O tucano afirmou ainda que a petista “não sabe bem se acredita ou se não acredita” em Deus. “E depois vira uma devota”, disse, para depois emendar ataques a Erenice, demitida por suspeita de ilegalidades na Casa Civil.
“Seu braço direito organizou um grande esquema de corrupção. Você não tem nada a ver, é tudo alheio a você”, disse, em tom de ironia. Depois dessa resposta, Serra ouviu a adversária dizer, como fez em vários momentos do debate, que ele tem “mil caras”.
Depois disso, Dilma criticou Serra por acusar sua campanha de ter ligação com vazamentos de sigilos fiscais na Receita Federal. “A última mentira e calúnia contra mim: vocês diziam que a minha campanha tinha aberto sigilo fiscal. Hoje o juiz te denunciou e você é réu. Você se cuida, porque está dando os primeiros passos para entrar na questão da ficha limpa”, afirmou.
“Tem uma campanha contra mim. Você regulamentou o acesso ao aborto no SUS [Sistema Único de Saúde]. Eu concordo com a regulamentação. Entre prender e atender, eu fico com atender”, disse a petista.

A necessidade do Ficha Limpa

                                                                                       Por Wellington Silva

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem em suas mãos toda a ansiedade do povo brasileiro em ver o projeto de autoria popular Ficha Limpa devidamente aprovado , sim porque a aplicação do projeto senão porá um fim ao menos colocará um freio de mão numa corrupção que mancha a imagem da política nacional.
A proposta de iniciativa popular apresentada à Câmara dos Deputados contou com mais de 1,6 milhões de assinaturas.

Seu texto original é bem mais severo do que a que vai a sanção do presidente Lula. Ele prevê o impedimento da candidatura de quem tiver sido condenado em primeira instância.

Políticos com a ficha suja argumentam que ele, o Ficha Limpa, impede qualquer “direito de defesa do ofendido”, entenda-se os confeiteiros do bolo, como se ofensa fosse somente o calhamaço de acusações e não a total falta de sensibilidade e comprometimento social do acusado para com a sociedade que jurou servir.
Segundo o site do Congresso em Foco, um quarto dos 513 parlamentares tem pendências judiciais no Supremo Tribunal Federal (STF).

Mister o Supremo refletir que a natureza humana tem muito mais inclinações ao vício, a coisas erradas, do que a retidão, a prática de atos nobres, principalmente nas esferas transitórias do poder político nacional. Evidente que há exceções, e boas exceções.

Diz o velho ditado popular :

– Se queres conhecer o fulano, dai poder a ele e verás até que ponto ele é imoral ou moral.

Temos a Lei de Responsabilidade Fiscal, não faz muito tempo aprovada, badalada e desrespeitada, para não dizer pisoteada por alguns.

Disse o Senador Pedro Simon, uma das reservas morais do velho MDB, hoje PMDB:

– Esse projeto está longe de ser o que queremos, mas vamos votá-lo sem modificações, para que possa valer logo.
Lula tem 15 dias para sancionar o projeto. Quem baterá o martelo para definir a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da Lei Complementar (LC) 135/2010, a chamada Lei da Ficha Limpa e o momento de sua devida aplicação legal é o STF.

O centro do debate e o empate de 5 a 5 no pleno do STF, sobre a aplicação da citada lei, deve-se a figura de Joaquim Roriz, do Partido Social Cristão (PSC), figura política que teve o seu registro indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral com base na Lei Complementar 135/2010 (Ficha Limpa)

O que é essa lei ?

Ela proíbe a candidatura de políticos condenados por órgãos colegiados (quando a decisão é tomada por mais de um juiz) e aumenta de três para oito anos e inelegibilidade de candidatos condenados pela Justiça.
Se não houvesse mobilização das entidades de classe, sindicatos, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, Associação Nacional de Imprensa, meios de comunicação, etc, o Ficha Limpa não teria sido votado tão rápido. Na Câmara dos Deputados ele ficou 222 dias para ser votado.
Foram favoráveis a aplicação do Ficha Limpa e consequentemente ao indeferimento (negativa) de registro da candidatura de Roriz, que renunciou em favor da esposa, os ministros do STF Joaquim Barbosa, Ellen Gracie, Ayres Britto, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.

Votaram favoráveis ao recurso de Joaquim Roriz e de tabela pela inconstitucionalidade da Ficha Limpa os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e César Peluzo.

A bem da verdade, para a grande Nação brasileira a aprovação do Ficha Limpa, no STF, é mais que uma questão legal, é de sobremodo uma imperativa questão moral para o saneamento da vida política nacional.

Observando

                                        Por Elton Tavares
Melhor do que tomar partido, de forma impulsiva, é observar. Aprendi isso a duras penas, o velho e difícil truque de escutar mais do que falar. Neste período político, as paixões tomam conta de muitos, pois as palavras saltam de suas bocas (e escritos de suas mãos) antes mesmo destes raciocinarem com bom senso.

Nestes tempos, alguns ficam efusivos, outros renegam seus passados recentes. Existem ainda aqueles que trocam de lado como trocam de roupa. Eu prefiro observar e continuar trabalhando direito, pois sou profissional e não partidário.

Sobre a atual situação do Pleito 2010, espero realmente que vença o melhor para o Amapá. Sobre os lados, tenho amigos nos dois, então prefiro me manter neutro e torcer para que vença o melhor, sobretudo, de forma limpa, prevalecendo a vontade do povo. Ah, ta bom, de vez em quando a gente tira um sarro aqui e ali, faz parte da coisa.

Aos que tiram barato da política, concordo desde que seja de forma inteligente e não falaciosa, pois se fosse tudo sério, não teria graça alguma. Sobre os xiitas apaixonados, cuidado.

Principalmente os pseudojornalistas, que deveriam somente informar e nunca manipular.Não digo para se calarem diante das coisas erradas, não, isso nunca. Falo dos que desvirtuam os fatos para puxar a sardinha para si, esses sim são crápulas.

Dia desses, li, em algum lugar que não lembro, a seguinte citação: “No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é…, e outras…, que vão te odiar pelo mesmo motivo…, acostume-se a isso… com muita paz de espírito…”.


Bom, é isso. Abraços na geral!

Há 18 anos…

                                                                                                       Por Silvio Carneiro

Há 18 anos, exatamente no dia 29 de setembro de 1992, acontecia um marco na História do Brasil: o primeiro presidente da república, eleito por voto direto do povo, Fernando Collor de Mello, sofria um impeachment.
Impeachment é a impugnação de um mandato, um termo do inglês que denomina o processo de cassação de mandato do chefe do Poder Executivo, pelo Congresso Nacional, as Assembléias estaduais e Câmaras municipais para países de sistema presidencialista, aos seus respectivos chefes de executivo.
No caso do parlamentarismo a responsabilidade é do parlamento nacional. A acusação, parte normalmente do Congresso ou Parlamento. A denúncia crime válida em qualquer tipo de Governo pode ser, por crime comum, crime de responsabilidade, abuso do poder, desrespeito às normas constitucionais ou violação de direitos pátrios, previstos na Constituição.
Em vários países da Europa, usa-se o termo moção de censura, pois a origem da moção é de iniciativa do Parlamento, acrescido do termo político “perda de confiança”, quando então o parlamento nacional, não confia mais no Presidente e respectivo primeiro-ministro, obrigando-o a renunciar e todo seu gabinete.
A punição varia de país para país. Em 1992, o então presidente Fernando Collor de Mello recebeu o impeachment do Congresso Nacional Brasileiro. Como no Brasil a punição é válida por apenas oito anos, hoje o presidente caçado é senador da república pelo seu curral eleitoral estado de origem (Alagoas), tendo sido eleito com um número expressivo de votos…
Isso mostra apenas como o povo brasileiro ainda é imaturo politicamente e como tem memória fraca. No próximo dia 03 de outubro muita gente vai se beneficiar dessa imaturidade e dessa “amnésia” política. Infelizmente…

Debate fraco

A cidade parou ontem (28) para o Debate dos candidatos ao Governo do Amapá. Todo mundo querendo ver a “onda”. Após a irritante “Passione”, começou a parada. Candidatos nervosos, acusações, promessas impossíveis de cumprir, nada de novo. Resultado,  foi menos do que eu esperava. Ah, eu preferia o Arilson Freire como mediador, o Roberto Paiva é um jornalista consagrado, mas é que sou meio bairrista (risos).

Elton Tavares

O pleito da incerteza

                                                                                                   Por Elton Tavares

Amigos, o bicho ta pegando. Tem gente falando isso, escrevendo aquilo, mas as Eleições 2010 ainda é um grande ponto de interrogação para todos nós. Gente que parecia descartada voltou ao jogo, mas, como em toda votação, certamente teremos surpresas. Isso falando do Amapá, pois para a presidência do Brasil, a coisa parece definida, como já disse aqui o meu amigo Régis Saches, “Vem aí a dama de ferro” (mais não com o meu voto).
Tão ridículo quanto algumas promessas sem fundamento, são jornalistas que tentam, de todo jeito, puxar a sardinha para seus candidatos. Os “nobres” colegas fazem de tudo para escrachar alguns e exaltar outros, dessa prática, eu passo.
Já fui do grupo que não pertencem a grupos, mas hoje em dia, tenho o meu lado definido, mas nem por isso uso este espaço como palanque. Aos críticos, digo somente que sou um profissional, não um militante. Mas fico acompanhando, observando e rindo, principalmente da nova febre da internet, o Twitter.
Falando no Twitter, no Amapá, a ferramenta de 140 caracteres é a mais nojenta rede de fofocas. Por lá, os corneteiros elegem, julgam, condenam, tudo dentro de uma grande panela. Cômico, se não fosse trágico.
Enfim, faltam nove dias para o fim da campanha, vamos votar com dicernimento e não por paixão. Diante de tal incerteza eleitoral, lembrei do velho Chico Buarque, que um dia escreveu a canção “O que será, que será?”. Leiam e vejam como tem tudo haver:
O que será, que será – Chico Buarque de Holanda
“O que será, que será
Que andam suspirando pelas alcovas
Que andam sussurrando em versos e trovas
Que andam combinando no breu das tocas
Que anda nas cabeças, anda nas bocas
Que andam acendendo velas nos becos
Que estão falando alto pelos botecos
E gritam nos mercados que com certeza..”

Em sete programas, o fim dos espectros

                                                                                                    Por Denise Muniz

Pior que não é piada de salão..
Diz-se de espectros, figuras imateriais, reais ou imaginárias, que povoam o pensamento. Embora os personagens sobre os quais me refiro neste artigo sejam materiais – e, diga-se de passagem, dispostos a alcançar ainda mais materialidade –, suas aparições, nada comedidas, penetram em nossas mentes e grudam em nosso subconsciente como bombas coladas aos corpos de fanáticos radicais, prestes a detonar.

Nestas eleições, desenroladas com porções exageradas de desacertos, assistimos acabrunhados a uma onda de aparições de candidatos que mal sabem quais serão suas atribuições caso fixem suas nádegas nas confortáveis e disputadas cadeiras da Assembléia Legislativa.

Vimos de tudo. Papagaios, que inclusive fazem escola, como é o caso de um certo candidato “rebolation”, construtores com experiência técnica para edificar desde pequenas pontes em madeira até grandes hospitais ou escolas. E aquela velha: “você é especial para mim”. Sou especial para quem, cara-pálida? Você sequer sabe sobre a minha humilde existência. Tem ainda os menos profundos, porém, tão descomedidos quanto, que soltam encanecida frase: “você me conhece”. Como assim??? Jamais havia visto figura tão hilária antes.

Ok! Tem os que são criativos, admiro grandes idéias, mas, espera aí, falar os dois primeiros números de sua legenda e em seguida gesticular um pedido de socorro ao 190, aí já é demais. Nós, telespectadores, é que precisamos ser socorridos!!! Falando nisso, como posso admitir que um candidato que quer me representar numa tribuna pronuncie, ainda que no horário eleitoral, a palavra “cidadões”? Talvez essa tenha sido a matéria mais simples que estudei quando fiz o ensino fundamental, lá pela terceira série.

E por falar em escola, tem aspirantes à carreira legislativa que só podem ter passado por bons cursos intensivos de teatro. Com tamanho cinismo, aparecem em nossas telas, assegurados por liminares, jogando para a “dona justa” a culpa de não terem conseguido levar seus mandatos até o final. Quase consegui ver auréolas em suas cabeças.

Embora tenhamos nos divertido com tamanhas incongruências, basta. Deu no saco, e olha que nem o tenho. Finalmente em sete programas eleitorais, terminam esses espetáculos.

Só para encerrar, parece que quando o humorista Tiririca, que também disputa eleições este ano, pensou sua propaganda, já havia dado uma conferida nos candidatos amapaenses. Foi ele quem lançou a frase: “Você sabe o faz um deputado? Nem eu, mas vote em mim que descobrirei”. Tiririca é o preferido na corrida eleitoral para deputado federal em São Paulo. Uma prova de que se o palhaço é o eleitor, quem ganha com o circo são os deputados!!!