Texto Poético de Luiz Jorge Ferreira
….eu ando pelos corredores do IETA
Onde Luiz Tadeu fala com Luiz Tadeu
E Eduardo fala com Eduardo
E meu passado de mal a morte com a vida, nem comigo fala na língua do ‘ P’.
Nem faz caretas para o Bieca …Abel…Alípio…e
as lindas meninas dublê de Beth e Edla.
Ando hoje ouvindo Johnny Rivers…
Ando sem sorrisos ando sem meus livros de Geografia, Inglês, e Português.
Ando calçando meu sapato Preto Vulcabraz e uma calça azul que mamãe ganhou para mim do Governo Federal do Amapá .
Mas estou como estaria se não fosse um sonho…
Feliz…
Por um triz não voei
ao ser empurrado por um brisa fujona, que veio redemoinhando folhas secas lá da Pracinha defronte ao lar dos Mortos…eu fui a lona e acordei.
…longe está meu coração repuxando todas essas lembranças e as transformando em doces cocadas…coloridas de amarelas.
Como amo o poder de retornar ao passado
mesmo ele passeando assim…uma calça azul doada, um calçado muito pouco macio esse Sapato Vulcabraz…e uma brisa fujona que depois de inúmeras voltas na Praça esperou eu deitar em Osasco 60 anos depois e me empurrou de volta ao passado…
E eu humanamente…voltei.
Os corredores do IETA são estáticos e meu coração viciado a mudar de Norte…sangra sem dor nas Gonzaguinhas Canções.
2 Comentários para "Corredores do IETA – Texto Poético de Luiz Jorge Ferreira"
O tempo é uma invenção que nos distancia, sem cortar o fio que nos une ao espírito atemporal .Um ioiô de pião,que gira enquanto estamos revivendo os corredores de vários IETAs sem sair dos risos e riscos. Pode voltar,a casa é sua.
Obrigado pela gentileza de propor retorno…
Sensibilizado…sempre procurarei voltar…