O princípio da continuidade no serviço público e o umbigo – Por @maiarapires

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Por Maiara Pires

Em época de transição de mandato, o que não faltam são orientações dos órgãos de controle como o Tribunal de Contas, sobre os procedimentos administrativos de um gestor público. Os conselheiros dos TCEs tentam de várias formas colocar na cabeça dos novos mandatários os princípios constitucionais da administração pública, entre eles, o da Continuidade do Serviço Público. Tudo para não prejudicar o atendimento à população.

Mas, tá pra nascer um indivíduo que não seja do mesmo partido ou aliado, ‘pegar o bonde andando’ e continuar o percurso do roteiro inicial… Nunca no Brasil que ele faz isso. Quando este um não para o serviço, ele ‘reformula’ a ação e só muda de nome pra ficar com a ‘cara dele’. E haja auditoria nas licitações e contratos com fornecedores até conseguir romper com todos eles pra colocar os “seus”.

Agora, quando o cidadão é do mesmo partido ou da mesma base aliada, o que não deve faltar na mesa de trabalho e em casa é óleo de peroba pra passar na senhora sua cara de pau, pra dizer pra deus e o mundo que tudo está legal e que “vamos continuar com o que está dando certo”.

Onde é que está o problema em continuar com um serviço que está dando resultado para a população? Já sei. O problema está em reconhecer o bom trabalho realizado em alguma área. Perguntar não ofende: qual foi a parte que Vossa Excelência não entendeu que SERVIÇO PÚBLICO significa SERVIR O PÚBLICO ou SERVIR A POPULAÇÃO e, que, o (a) senhor (a) foi eleito (a) pra prestar um bom serviço para o contribuinte? Hein?!

Mandato eletivo não é disputa de ego não. A função de Vossa Excelência é executar ações que melhorem a qualidade de vida em sociedade, não é deixar um legado para o (a) senhor (a) deixar o seu nome escrito nos anais da vida pública. Porque, infelizmente, é isso que o que a maioria dos mandatários faz. Eles querem ser ovacionados. Ao invés de servir, eles querem ser servidos. E o jogo de vaidade vai ganhando corpo no “eu fiz isso”, “eu fiz aquilo”. Deixa só eu lhe lembrar de uma coisinha: não faz mais do que obrigação.

Não faça nada buscando reconhecimento de ninguém. Trabalhe com a sua consciência tranquila e em paz, que é mais negócio. Faça o que tem que ser feito sem se importar com o adversário porque é ao povo que o (a) senhor (a) deve satisfação. E se o povo não reconhecer o seu trabalho, fica triste não. É melhor estar em paz do que estar certo. Não se bata.

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