O Playground equatorial
As crianças se desafiam
E se equilibram
Na linha do equador
Como se a queda fosse
Em direção a um precipício
Enquanto o sol se põe
Para dentro das sombras de setembro
O chão do Marco Zero amornece
Depois de ali cumprir turno
A quentura indomável do dia
O céu olha para as duas crianças
Equilibradas na linha do equador
E inveja a doce capacidade
De fazer playground
Na pétrea anatomia
Do meio deste mundo.
Júlio Miragaia