Rock doido de bom – Crônica de Ronaldo Rodrigues

Crônica de Ronaldo Rodrigues

Estive mais uma vez reunido com a galera do rock. Roqueiros de várias gerações vieram falar comigo. Uns lembraram o som do rock que ouviram em discos de vinil e outros me falaram de novidades tecnológicas, as mil possibilidades de se fazer som em novas plataformas (é assim que se diz, né?).

Ao contrário do que muita gente preconceituosa acha, show de rock é um momento de paz e papo com os amigos. Um grande encontro que, muitas vezes, pelo menos pra mim, o que menos importa é o show que rola no palco. O meu show, o nosso show, fazemos nós.

Confraternização é o nome certo desse encontro, com acordes gritantes das guitarras. É certo que, na roda punk, o caboco pode muito bem levar uma porrada valendo, mas ele desconta em outro, o outro desconta em outro e assim vai até o fim, sem que ninguém seja derrotado ou que a brincadeira acabe num porradal.

Celebração de memórias afetivas, contação de histórias do tempo de a gente largado, sem compromisso, sem ter que acordar cedo, enchendo a cara de vinho barato pelas madrugadas insones, entre conversas piradas.

No Dia Mundial do Rock, que, curiosamente, só acontece no Brasil, fui ao encontro desse universo, acompanhado de meus filhos, Pedro, Artur e o Capitão Açaí, que a todo momento era lembrado por alguém. E, claro, uma multidão de amigos que me fizeram parecer o grande astro, o superstar da minha noite.

Vida longa aos roqueiros que empunham a bandeira do rock, o escudo da amizade e são capazes de a tudo vencer, até pandemias e guerras e fome e governos criminosos e desastrosos.

E tome brejas, cigarros e outras cositas que fazem florescer a mente e alegrar o coração, já sambado de tantas revoluções.

Rock sim! Rock sempre! Rock na veia do mundo!

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