Sete anos sem o mestre Tagaha Luz – Para não esquecer do velho amigo

Há exatos sete anos, em um domingo, 26 de setembro de 2016, o jornalista Tagaha Soares Luz partiu num rabo de foguete e subiu para as estrelas. Ele foi um dos maiores que conheci no jornalismo e um dos melhores amigos que fiz nessa profissão. Pai, filho e avô amoroso, humanista, escritor, poeta, músico e excepcional profissional, ele era um cara PHoda.

Meio índio, meio caboclo, natural do Pará e amapaense de coração, Tãgaha, nome de pássaro dado ao Raimundo pelos índios de Oiapoque, era a sabedoria na simplicidade, admirável. O querido Tãga partiu com 50 anos de vida, muita vida. Vítima de um infarto.

No início de 2011, em meio a um turbilhão de acontecimentos, comecei a trabalhar com várias figuras porretas. Algumas me ajudaram a melhorar como profissional (e fazem isso até hoje). Um deles foi Tãgaha. Aliás, ele foi senhor deste nobre ofício. A amizade com o cara surgiu de repente, por meio do trampo. Suas atitudes, integridade e honradez logo me chamaram a atenção.

O homem é justo e do bem. Para mim foi conselheiro, revisor, meio pai, meio irmão e exemplo de profissional. Mas parecia que conhecia o Tãga a vida toda, de tanto respeito, admiração e consideração que tenho por ele. Nunca o vi sacanear alguém.

Aliás, Tagaha foi o primeiro a me incentivar a escrever um livro, de tanto que o cara acreditava em mim. Gratidão sempre por isso.

Não sei de que planeta ou dimensão o Taga veio, mas ainda bem que ele pintou aqui e alegrou nossas vidas. Todas as vezes que precisei, o cara me auxiliou. Sei que o cara foi genial, com um talento ímpar e com um coração maior que ele. O velho índio louco era feito de talento e amor. Amor pelos filhos, pelos amigos, pelos colegas de trabalho e pela profissão de jornalista.

Tãga deve, vez ou outra, tomar umas com o Paparazzo, no boteco celestial da dona Euda.

A gente, seus amigos, tem uma baita saudade daquele sacana. Mas somos gratos por tê-lo conhecido, convivido e termos sido amigos do baita cara que ele foi nessa passagem por aqui. Tãgaha Luz não iluminou somente o meu caminho, mas o de todos com quem conviveu.

Até a próxima vez, amigo!

Elton Tavares

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