Sobre o emocionante e diferente casamento do Tonho e Jamila – @tonhocost

Hoje (21), faz oito dias que o publicitário/designer Antônio Costa e a médica Jamila Tavares casaram. Ela é minha prima e ele meu mais novo primo postiço. Mas não foi um casório comum não. Claro que estava cheio de gente elegantérrima, com a presença da maioria dos meus familiares do lado da família paterna, que é a minha ligação com a então noiva. Ah, também fui um dos muitos padrinhos do casal, o que muito me honrou.

Sabem, sou um solteiro convicto e sempre que falam em casório, lembro do filme “Quatro Casamentos e um funeral”, de 1994, quando Charles ( Hugh Grant ), disse, no discurso do casamento de Angus e a Laura no filme: “Senhoras e senhores, só há uma ou duas coisinhas que acho que devo dizer como padrinho. É o seguinte: estou, como sempre, absolutamente fascinado por qualquer pessoa que consiga fazer este tipo de compromisso. Sei que não ia conseguir fazê-lo e acho que é maravilhoso que eles consigam“. Concordo, mas esse sou eu.

Tonho é extrovertido, gaiato, sagaz. Jamila é tranquila, observadora e coerente. Ambos são muito inteligentes e talentosos. Eles se conheceram na Comunidade Caju, congregação católica que fazem parte. Namoraram por quase dois anos e todo esse processo de autoconhecimento que mergulharam, conseguiram o equilíbrio para o casamento.  Todos nós, amigos e familiares, ficamos felizes por eles.

Ah, confesso que, como não sou lá muito religioso, quando me disseram que a cerimônia duraria pouco mais de 2h, pensei: “se não fosse padrinho, ia direto pra festa”. Que nada, o negócio foi tão lindeza que nem vimos o tempo passar. Foi emocionante do início ao fim da missa.

Para começar, Antônio entrou ao som da Marcha Imperial, uma canção Sith, do universo Star Wars (do qual sou fã e o Tonho mais fã ainda), o que achei demais paid’égua. Depois entramos, nós os padrinhos (eu com a irmã do noivo, a Nanda Costa, gente fina demais) antes da noiva. Claro que fiquei nervoso, pois sou um jornalista de bastidores e qualquer exposição deste gordo já dá um suor na testa de tensão.

Minhas primas Ana e Paula e os maridos Elder e Ednardo também  fizeram parte do grupo de padrinhos. Meu irmão, cunhada, tios e outros primos, também na Igreja. Foi um negócio renovável, pois estávamos quase todos reunidos novamente, com exceção da tia Maria, desde que a vovó partiu. Foi muito bom.

Jamila entrou com tio Paulo, seu pai, com aquela música clássica que as noivas entram nas igrejas para casarem-se,  típico de finais novelescos. Falando no tio Paulo, que ficou no altar junto dos demais genitores do casal, ele gosta de uns sons maneiros e sabe que gosto de boa música, a cada som que a sensacional banda tocava na igreja, ele me olhava e eu balançava a cabeça dando a entender que dizia: “porreta”.

Mas como já disse, a cerimônia toda foi muito mais que isso. Foi emoção desde o momento que uma senhora idosa, avó de Jamila vem aos passos lentos com as alianças (a gente, eu minhas primas, choramos nessa hora. Pois foi inevitável lembrar da Peró), até o SIM de ambos, seguidos de declarações de amor.

No final, eles deram aquela caprichada peculiar de um romance bem escrito: Tonho puxou a canção “Hallelujah“, de 1984 (que pode se tratar de uma referência ao fim de Salmos, em que se cantava o aleluia, assim como uma menção irônica ao ensinamento bíblico de que se deve sempre louvar e dar graças a Deus, não importa qual seja a situação), clássico da música mundial composta por Leonard Cohen (e Antônio cantando bem), que Jamila emendou (ela sempre canta bem, pois além de médica é cantora). Tudo em voz alta, de forma lenta, profunda e ritmada. Foi sensacional.

Porém, tinha mais surpresa. Os amigos e também padrinhos deles, levantaram dos bancos da igreja com microfones e revezaram-se na continuidade da canção “Hallelujah“. Égua! Foi fantástico! Mágico mesmo, sem nenhum exagero, magia como na canção. Foi um privilégio assistir a tudo aquilo de perto.

E a festa? Realizada logo após da missa na Assembleia Paraense, o “piseiro” foi digno de um conto de fadas. Logo na entrada, tinha fotos dos nossos avós falecidos, João e Peró, entre outros familiares dos noivos que hoje moram nas estrelas e nos corações de quem ainda está por aqui.

A gente se divertiu muito na festa. Foi tudo muito lindo. Digno de um final daquelas comédias românticas ou séries que adoramos assistir. O roteiro, claro, foi todo escrito por Tonho e Jamila, os também protagonistas.

Dito isso, devo confessar que aquele casamento entrou para minhas memórias felizes. Afinal, no caso da minha família, o amor só precisa de uma oportunidade e um pouco de coragem para sentirmos o afeto que temos uns pelos outros.

E, acima de tudo, reforço os meus votos de felicidades aos queridos Tonho e Jamila. Que a Força sempre esteja com vocês, queridos. Muita paz, luz, harmonia, amor e sucesso nesta união. Beijo do Godão!

Elton Tavares

  • Que dia! Que sensação maravilhosa tê-los conosco! Uma felicidade que não cabe em palavras… sempre que a gente para e se olha, vem um comentário sobre esse dia incrível. Gratidão a cada um do Clã Tavares, do qual, agora com muita honra, também faço parte! Presenças tão amáveis que abrilhantam qualquer situação! Me sinto honrado em ter um padrinho tão talentoso e com gostos tão similares aos meus como é o autor desse texto! Em Belém, costumo contar a todos que meu primo é o maior jornalista do Estado vizinho. Longa vida à Nossa família! Que possamos sempre estreitar laços e seguir juntos transparecendo esse amor que nos une sempre que temos a oportunidade!

  • Que texto lindo, que dia maravilhoso! Foi muito mágico mesmo. Eu, como mãe do noivo me encantei com cada detalhe. O olhar de cumplicidade que trocavam a todo instante, deixariam qualquer coração de mãe muito feliz. Que Deus os una cada vez mais e que sejam felizes para sempre!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *