Lançamento do Clube de Cinema do Amapá

O Museu da Imagem e do Som (MIS) realizará hoje (15), ás 18h, na Sala Charles Chaplin, no SESC Araxá, o coquetel de lançamento do Clube de Cinema do Amapá.

O cineclube será construído em parceria com o Serviço Social do Comércio (SESC/AP). A ação tem o objetivo de fortalecer o audiovisual amapaense.

Durante o evento serão exibidos os filmes “Meu tempo menino” (20 minutos), “Menino urubu” (15 minutos) e “A garota (5 minutos)”.

Todos os amantes do audiovisual estão convidados, prestigie!

Serviço:

Data 15.05 (hoje)

Local: Sesc Araxá Sala Charles Chaplin)

Hora: 18h.
Fonte: Jornalista Alexandre Brito.

Chorinho e Exposição no SESC

Nos próximos dias 10 e 11 de maio, o SESC Amapá apresenta produções culturais do Pará e do Piauí através do SESC Amazônia das Artes, projeto de maior circulação de produtos culturais entre os Estados da Amazônia Legal, mais o Piauí.

Dia 10/05 (segunda-feira), às 20h, no SESC Centro, teremos a apresentação de Adamor do Bandolim e o grupo Gente de Choro (PA). Entrada Franca.

Dia 11/05 (terça-feira), às 19h, na Galeria Antonio Munhoz Lopes (SESC Araxá), teremos a vernissage da exposição Vetor Pagão, de Antonio Amaral, do Piauí, através da técnica desenho digital. Período de exposição: 11/05/10 a 31/05/10.

Antonio Amaral também ministrará oficina de desenho em quadrinhos, no dia 11/05, manhã e tarde.

Carga horário: 8h/aula; Investimento: R$3,00. 20 vagas.

Ascom – SESC/ AMAPÁ

Show Balé de Luz

                                                                                        Por Fernando Canto

O esperado show de Juliele vai marcar uma nova fase na carreira da cantora. “Balé de Luz” é uma referência a tudo aquilo que é banhado pela claridade, que movimenta e intensifica a vida e os cantares dessa diva em aprimoração constante.

O show traz um repertório variado, onde ritmos locais dão a coloração identitária às músicas e que expressa o desejo da artista em se tornar mais amazônica, sem cair naquele regionalismo cru e sem proposta.

Depois de dois anos ausente dos palcos, com raras apresentações, Juliele volta sob o sol equinocial para brindar seu público mais uma vez com sua doce voz, disposta a mudanças e a pintar um novo projeto artístico para a sua mais que cintilante carreira.

O espetáculo é a materialização de um acervo intenso de musicalidade, com arranjos e harmonias brilhantes, mas coroado por sua voz inconfundível.

Com direção musical do Maestro Manoel Cordeiro e direção artística de Túlio Feliciano, o show é um presente para os amantes da boa música.

Serviço :
Locais de Venda: Sorveteria Jesus de Nazaré
Sonia Canto Produções: Av. Fab, 1070 sala 206 – Fone: 3225-6733 / 8111-0695
Doctor Feet: SHOPING MACAPÁ – Loja 110 – 1º Piso – Fone 3223-8872
Mesa c/4 lugares: R$80,00
Camarote c/6 lugares: R$120,00
Camarote c/10 lugares: R$200,00
Direção Artística: Túlio Feliciano
Direção Musical: Manoel Cordeiro
Direção de Produção: Carlos Lobato
Produção Executiva: Sônia Canto
Realização: Sônia Canto Produções



Novos cursos de audiovisual do Museu da Imagem e do Som

                                                                                  Por Alexandre Brito

O Museu da Imagem e do Som (MIS) está com inscrições abertas para mais dois cursos na área de audiovisual. Um é de o Fotografia e o outro é de o Produção Executiva, ambos desenvolverão conteúdos referentes ao cinema e ao vídeo digital.

Essas ações se inserem como parte da estratégia do MIS, através do projeto Teia Cultural, de profissionalizar os produtores independentes do Estado, com a oferta de cursos gratuitos em áreas estratégicas do segmento audiovisual. Já foram realizados cursos de Roteiro, Direção e Iluminação, que atenderam mais de 60 alunos.

Continuando essa oferta de cursos, o MIS traz a Macapá dois instrutores com reconhecida competência profissional em suas respectivas áreas de atuação. Os cursos perfazem uma carga horária de 80 horas-aula que serão ministradas em dois turnos: manhã e tarde.

A expectativa é que depois desse ciclo de cursos o cenário audiovisual do estado receba um novo fôlego e que as produções audiovisuais futuras possam refletir o aprimoramento técnico que os instrutores trarão ao estado.

O curso de Fotografia será conduzido por Rodolfo Figueiredo, um profissional extremamente qualificado nessa área. Confira abaixo algumas de suas credenciais:

Rodolfo atua como diretor de fotografia e câmera em cinema, publicidade e televisão, principalmente na área de cinematografia digital, onde tem investido em um parque de equipamentos audiovisuais que incorporam as novas tecnologias. É bacharel em cinema e vídeo pela ECA-USP com especialização em fotografia e participou de workshops de atualização da Kodak e Panasonic. Desenvolveu em 2001 junto com Christian Saaghard e Alfredo Manevy o projeto das Oficinas Kinoforum de realização e produção audiovisual que, há 5 anos, vem formando novos olhares na periferia de São Paulo e em outras localidades.

Já o curso de Produção será ministrado por Márcia Macêdo, experiente produtora paraense que participou de projetos audiovisuais em documentários, ficções e animação nos suportes película e digital. Márcia já foi jurada do Festival de Gramado (categoria super 8mm), produziu documentário com a diretora nacionalmente conhecida, Carla Camuratti, fez a Produção Executiva da animação “A onda, festa na pororoca” e dos curtas em 35mm “Dias”, “Chama Verequete”, “Alice”, dentre outros. Foi Presidente da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta Metragistas – Seção Pará. Em agosto de 2003, cursou o Workshop de Produção Cinematográfica para Produtores Executivos Profissionais do Mercosul promovido pela Motion Pictures Associate – MPA.

Esses atributos todos demonstram que, ambos os profissionais, têm muito a contribuir com a cena audiovisual amapaense. Portanto trata-se de uma oportunidade rara que deve ser aproveitada da melhor forma possível pelos produtores independentes locais.

Serviço:

Os interessados em participar de um dos dois cursos podem procurar o Museu da Imagem e do Som (MIS) que funciona do Teatro das Bacabeiras, no horário de 8:30 às 12:00 e das 14 às 18:00 de segunda a sexta. São apenas 25 em cada dos cursos.

Fotografia para cinema e vídeo:

Curso Gratuito

8h/a dia (manhã e tarde) das 8 às 12 e das 14 às 18h

Início: 03 de maio

Fim: 14 de maio

Com sábado e domingo de folga (08 e 09.05)

Produção para cinema e vídeo:

Curso Gratuito

8h/a dia (manhã e tarde) das 8 às 12 e das 14 às 18h

Início: 10 de maio

Fim: 21 de maio

Com sábado e domingo de folga (15 e 16.05)

Show “Minha História” e muitas músicas para cantar

                                                                                      Por Camila Karina

O cantor e compositor Cley Lunna apresentará, no próximo sábado (17), às 21h, no Teatro das Bacabeiras, o show “Minha História”. Durante o evento, o músico cantará composições próprias e canções de grandes nomes da música brasileira, como Lenine, Jorge Vercillo, Zé Ramalho, Ana Carolina, Djavan, Zé Miguel, Joãozinho Gomes, entre outros.

O show contará com a participação de Márcio Farias, de Belém, Patrícia Bastos, Enrico Di Miceli, Pedro Carmona, Duce Rosa, Jackson Amaral, Bárbara Damas e Zé Miguel. Cley busca novos rumos de divulgação do seu trabalho no cenário musical amapaense.

O cantor e compositor iniciou sua carreira nos festivais juvenis e, em 2001, firmou-se nas noites de Santana e Macapá. Cley também esteve em Belém, onde conviveu e aprendeu com grandes nomes da música paraense, como Nilson Chaves e Márcio Farias.

Entre 2003 e 2007, Cley se aventurou no exterior, vivendo como cantor profissional de Bossa Nova em cidades francesas, alemãs e holandesas. Após o retorno a Macapá, o cantor já dividiu o palco com artistas locais consagrados, como Zé Miguel, Osmar Jr., Amadeu Cavalcante e o maestro Joaquim Franco, da “Nossa Orquestra”, de Brasília.

Serviço: Cley Lunna apresenta o show “Minha História”, dia 17 de abril de 2010, às 21h, no Teatro das Bacabeiras. Outras informações: (telefone) 91422061 / 81146635.

Para conferir as composições de Cley Lunna, acesse o endereço:

http://www.myspace.com/cleylunna

Pontos de Venda:

Drire Modas

Livraria Transamazônica

Jumbinha Jóias (Macapá e Santana)

Macapaba Turismo

Teatro das Bacabeiras

Compre também por telefone: 81146635.

AMAZON MUSIC

                                                                               Por Elton Tavares

A Casa de Cultura Pura Raiz, popular “Casa do Chorinho”, localizada na Avenida Piauí, nº 971, no bairro Pacoval, zona Norte de Macapá, apresentará, na próxima sexta-feira (16), às 20h, o Quarteto Amazon Music. A entrada custará R$20,00. Com um repertório refinado, a banda tocará ritmos diversos como o jazz, blues, MPB, música regional e rock.

O Amazon Music

O quarteto Amazon Music é formado por músicos e professores da Escola de Música Walkíria Lima, localizada no centro de Macapá. A Proposta da banda é suprir a carência de música instrumental no Amapá, desenvolvendo um trabalho de qualidade.

O Centro de Cultura Pura Raiz

O Centro, que também é conhecido Casa de Chorinho, é propriedade do músico “Ceará da Cuíca”, como é popularmente chamado em Macapá. O local, fundado em 2008, incentiva a cultura musical da cidade e já tem fama pela qualidade de suas promoções e público fiel, amantes do chorinho e samba de raiz.

Espetáculo Rainhas no SESC/AP

                      Por Juliana Coutinho – Assessoria de comunicação do SESC/AP

O Serviço Social do Comércio (SESC/AP) apresentará amanhã (16) e sábado (17), às 20h, no Salão de Eventos do SESC, localizado no bairro Beirol, zona Sul de Macapá, o espetáculo “Rainha [(s)] – Duas atrizes em busca de um coração”. A será franca. Censura 14 anos.

A peça é livre recriação da peça Mary Stuart de Friedrich Schiller. Mary Stuart, de Schiller, é um “drama trágico”. Foi uma das obras máximas da fase madura de seu autor: um drama de grandes conflitos individuais inseridos num fundo histórico, e moralmente exaltando a purificação interior da consciência que triunfa sobre a fúria cega dos instintos.

O enredo da peça gira em torno da luta político-religiosa entre as Rainhas Elizabeth I e Mary Stuart, que disputavam a coroa da Inglaterra na segunda metade do século XVI. Schiller é uma espécie de Shakespeare alemão do século XVIII, capaz de tomar um episódio decisivo da história européia, a luta pelo poder numa Inglaterra tão poderosa quanto decrépita, e transformá-lo em assunto humano, pungente para além das épocas e das nações, cuja poética, porém, conserva em si o travo político de origem.

O trabalho cênico e dramatúrgico do espetáculo RAINHA[(S)] revisita esse clássico por uma ótica diferente: apenas duas atrizes em cena, levando a carga trágica do drama à sua essência. O espírito de “nacionalização dos clássicos” presente no projeto, cria um interesse no intercâmbio do particular com o universal, da experimentação com o clássico.

A diretora Cibele Forjaz e as atrizes Georgette Fadel e Isabel Teixeira, partiram do texto clássico para criarem coletivamente uma dramaturgia própria, trazendo para o coração da cena a atualidade de um texto histórico.

O trabalho de adaptação em sala de ensaio centrou-se no embate constante entre as rainhas, que se multiplica num embate cênico entre as duas atrizes. O duelo se traduz assim em vários níveis: o duelo de duas rainhas que almejam um só trono, o duelo de duas atrizes no jogo cênico e o duelo interior de cada personagem/atriz.

Projeto Parabólica

A Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, promove nos dias 15 e 16 de abril em Macapá (AP) o Projeto Parabólica. O evento visa orientar agentes sociais interessados no desenvolvimento de políticas públicas e projetos que promovam e disseminem a cultura afro-brasileira. Os interessados em participar podem fazer as inscrições gratuitamente no site da Palmares.

O evento – que no Amapá acontece em parceria com o governo do Estado e com a prefeitura de Macapá – já percorreu oito estados brasileiros e reuniu mais de 400 pessoas. Esses estados foram selecionados a partir de uma pesquisa quantitativa de projetos recebidos pela Fundação nos últimos dois anos com o mapeamento dos locais que mais apresentaram projetos ou buscaram informações junto à Fundação Palmares, incluindo os candidatos a editais e seleções públicas.

O mapeamento também apontou as principais falhas cometidas na elaboração de projetos. Por isso, o Parabólica visitará dez estados com parte de sua equipe técnica para apresentar as ações de cada área para 2010 e ainda orientar sobre os procedimentos administrativos e ferramentas como o Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse – SICONV, desenvolvido pelo Ministério do Planejamento para o cadastro de projetos e possíveis repasses de recursos.

O Parabólica já passou por Alagoas, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco e encerra suas atividades no próximo dia 20 na Bahia.

A Fundação

A Palmares fará em agosto de 2010, 22 anos de existência e o Ministério da Cultura, também em 2010, 25 anos. Fruto da demanda do movimento negro o objetivo da Fundação é promover a preservação, a proteção e a disseminação da cultura negra visando à inclusão e ao desenvolvimento dessa população no Brasil.

A Fundação Cultural Palmares atualmente tem representações no Rio de Janeiro, Bahia e Alagoas. Esta última, inaugurada dia 26 de março como determina o Decreto nº 6.853, de maio de 2009, que autoriza também a criação de representações em São Paulo, Minas Gerais, Maranhão e Rio Grande do Sul.

Serviço: Datas: 15 abril a 16 abril 2010

Local: Centro de Cultura Franco Amapaense

Rua: Av. General Gurjão, nº 32, Centro

Fonte: Chico Terra

Museu Joaquim Caetano da Silva

                                                                                                         Por Elton Tavares

Museu Joaquim Caetano da Silva – Fotos: Elton Tavares.

É verdade que Macapá é um tanto carente quando o assunto é cultura. Por isto, fui, ontem (6), ao Museu Joaquim Caetano da Silva, localizado na Avenida Mário Cruz, nº 17, no centro da capital amapaense. Após a visita, posso afirmar que é incrível como o local respira história do Amapá.

O espaço, que funciona das 9h ás 18h, de terça á domingo, foi reformado e reaberto para visitação em março de 2009. Nas paredes do Museu, repletas de informações escritas em painéis, conta-se a história do Amapá desde sua criação. Funcionários do local também explicam aos visitantes todos os objetos expostos e um pouco de cada painel.

No prédio, funcionou no início do século XX, a Casa da Intendência de Macapá, uma espécie de Prefeitura da época. A edificação é a segunda construção mais antiga da cidade, antes dele, somente a Catedral de São José foi erguida na cidade.

Peças arqueológicas das civilizações indígenas Cunaní e Maracá, encontradas no Estado, são atrações que vale pena conferir. Elas estão expostas no Museu. Entre os artefatos expostos, está uma urna, que guarda os restos mortais de Francisco Xavier Cândida Veiga Cabral, o Cabralzinho, herói da resistência contra a invasão francesa.

Curiosamente, o Museu estava vazio. Tanta história deveria ser melhor aproveitada pelo nosso povo. Fica a dica do blog para instituições de ensino (que podem agendar visitas de estudantes) e a população em geral á prestigiar o local. Visitem o espaço. Afinal, cultura é bem de consumo, mas a entrada no Museu é gratuita.

Exposição fotográfica: Cultura Quilombola no país

Na proxima quinta-feira (8), às 16h, você poderá conferir a Exposição Quilombolas – Tradições e Cultura da Resistência, do fotógrafo documentarista André Cypriano, no Museu Fortaleza de São José de Macapá.

Serão apresentadas 27 fotografias em preto-e-branco, no formato 50 cm x 75 cm; sete fotografias panorâmicas, no formato 40 cm x 110 cm, seis fotografias em preto-e-branco 30 x 40 cm, dois mapas, cinco painéis de textos e legendas. O material original faz parte do livro Quilombolas – Tradições e cultura da resistência, com fotografias de André Cypriano e pesquisa de Rafael Sanzio Araújo dos Anjos.

De acordo com a Assessoria de Imprensa Baobá, a mostra pretende divulgar a realidade das comunidades quilombolas brasileiras e incentivar o diálogo entre as comunidades afrodescendentes de cada região do país por onde passa, dando-lhes visibilidade e enfatizando as questões sociais, culturais, reconhecimento e participação social.

André Cypriano conta que o registro fotográfico é o resultado da pesquisa de campo em 11 comunidades negras remanescentes dos quilombos no Brasil, incluindo o Quilombo de Curiaú, localizado a oito quilômetros de Macapá, com cerca de 360 famílias. Foi nesta região que chegaram, em 1751, os primeiros negros escravos trazidos por famílias do RJ, PE, BA e MA e muitos vindos da Guiné.

Quem é André Cypriano?

Nasceu no ano de 1964, em São Paulo. Em 1990, um ano após a sua mudança para os Estados Unidos, André começou a estudar fotografia em São Francisco. Desde então tem completado vários projetos que têm sido expostos em galerias e museus no Brasil, na Europa e nos EUA. Como parte de um projeto de longo prazo, começou a documentar estilos de vida tradicionais e práticas de sociedades em lugares menos conhecidos nos remotos cantos do mundo. Cypriano fotografou o povo de Nias, na costa oeste da Sumatra (Nias: pulando pedras), práticas de rituais em Bali (Bali: uma busca espiritual). Seus documentários fotográficos têm sido usados em seminários educativos. Atualmente, ele trabalha como fotógrafo freelancer em Nova York e Rio de Janeiro, dando continuidade a seus projetos sociais e culturais, um deles é a exposição Quilombolas – Tradições e Cultura da Resistência.

Datas e horários para apreciar as fotografias de Cypriano: De 09 de abril a 09 de maio de 2010. De terça a domingo, das 9h às 18h. Lá no Museu da Fortaleza de São José de Macapá! Entrada Gratuita.

Fonte: Assessoria de Imprensa: Baobá Comunicação, Cultura e Conteúdo e Blog Papel de Seda

Os bons morrem antes?

A Legião Urbana, extinta banda do rock nacional, marcou a minha geração. Hoje (27), Renato Russo, líder do grupo, faria 50 anos. Apesar das músicas não surtirem tanto efeito como quando tínhamos 16 anos, algumas ainda mexem com quarentões e trintões como eu. Encontrei este belo texto em homenagem ao cantor e compositor no blog do meu amigo Silvio Carneiro, no endereço: http://avidefoda.wordpress.com/ . Resolvi reproduzir aqui:

Renato Russo faria 50 anos hoje.

Os bons morrem antes?
                                                                                                                   Por Silvio Carneiro

27 de Março de 1960. Há exatos 50 anos nascia, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), Renato Mantredini Júnior, mais conhecido como Renato Russo, um dos maiores poetas do rock brasileiro.
Como ele mesmo diria em uma de suas canções imortalizadas com a Legião Urbana, “é tão estranho, os bons morrem antes…”. É talvez ele estivesse certo, mas aos 36 anos, Renato Russo não morreu antes. Pelo contrário, ele tornou-se verdadeiramente imortal. O poeta de toda uma “Geração Coca-Cola” que criou a trilha sonora da vida de todos que, como eu, viveram intensamente os anos 80 e início dos 90.
Poeta pós-punk, intelectual, bissexual assumido desde os 18 anos de idade, ele foi uma espécie de Jim Morrison brasileiro, não tanto pela sua beleza física, mas pela consistência de suas letras que poderiam muito bem ter sido publicadas em livro sem a necessidade de ser musicadas.
Mas a musicalidade de sua obra também era muito forte, porque era de uma simplicidade crua, oriunda do punk – o que fazia com que os jovens se identificassem de imediato, como jingles de anúncios comerciais.
Suas letras contavam histórias. Muitas delas com personagens inesquecíveis como “o tal João do Santo Cristo”, ou aquele casal ultra-moderno “Eduardo e Mônica”, entre tantos outros.
Sua poesia falava de amor e dor (as duas faces de uma mesma moeda). E mesmo quando desabafava suas dores e impaciência com a doença que o devorava lentamente (a AIDS), falava de um jeito tão doce que mais parecia uma declaração de amor à própria vida.
Hoje, se tivesse completado seus 50 anos, talvez ele estivesse parado, isolado em sua eterna contemplação do mundo, ao invés de fazer como vários de seus contemporâneos que ainda insistem em reascender os velhos sucessos caducos dos longínquos anos 80. Renato não vivia de sucessos passados. Ele mesmo falou no “Acústico MTV” que já não agüentava mais aqueles fãs chatos pedindo: “Toca ‘Ainda é Cedo’!”. Talvez, onde quer que ele esteja, deva estar satisfeito com seu legado.
Morreu ainda no auge. Morreu como morrem as verdadeiras estrelas, brilhando. E como as verdadeiras estrelas, manterá seu brilho ainda por muitos milhares de anos…
Parabéns Renato!



A canção que o Silvio se referiu é “Love In The Afternoon”, apropriada para o escrito, leiam este trecho:

“É tão estranho

Os bons morrem jovens

Assim parece ser

Quando me lembro de você

Que acabou indo embora

Cedo demais”