Reunião do MIS

Ontem (6) rolou reunião no Museu da Imagem e Som. Quer saber o que aconteceu? O encontro de preparação para o Fórum Audiovisual da Amazônia Legal (FAAL), realizado na sala do MIS, fixada no Teatro das Bacabeiras, debateu sobre diretrizes para expandir a organização, por parte da galera que curte o audiovisual no Amapá, para que o cenário se fortifique, resulte em produções independentes de qualidade e valorize os talentos locais.

O FAAL deverá acontecer em Belém, PA, no período de 09 a 11 de Julho quando serão discutidos assuntos de interesse dessa galera acima citada, divididos em cinco eixos. Leia a matéria completa na página do MIS, no endereço eletrônico: http://museudaimagemedosom.blogspot.com/

Arte e música

Sesc/AP – Foto: Elton Tavares
Projeto Botequim
O Serviço Social do Comércio (SESC/AP), por meio do Projeto Botequim, apresentará amanhã (8) o cantor Helder Brandão. A programação começará a partir das 21h.

Contato: Bio Vilhena – técnico de música do SESC: 8123-0178

Exposição: Do canto das árvores plásticas

No período de 09 a 30 de junho, o SESC AMAPÁ estará recebendo mais um produto do circuito cultural referente ao Projeto SESC Amazônia das Artes a exposição “Do canto das árvores plásticas” da artista Mirtes Rufino, de Rondônia.

A artista, Maria Mirtes Rufino é natural de Santarém/PA, radicou-se em Rondônia no final da década de 80. No contato freqüente e direto com a natureza descobriu seu poder de criação a partir do aproveitamento das formas trabalhadas nos galhos de árvores retorcidos pela força das águas dos rios. Suas esculturas feitas com materiais retirados diretamente da natureza retratam um cenário mágico de expressão e alegria, transmitida por bailarinas, palhaços, músicos, pássaros e homens da floresta.

A artista estará em Macapá nos dias 08 e 09 de junho para uma demonstração de sua técnica artística e para apresentar seu trabalho ao público amapaense na vernissage que ocorrerá no dia 09.06 na Galeria de Artes Antônio Munhoz Lopez a partir das 19 h – Centro de atividades Araxá.

O projeto SESC Amazônia das Artes na sua terceira versão, é um projeto que viabiliza a circulação e intercâmbio de espetáculo de teatro, dança, shows musicais e exposição de obras de artes que fazem parte da produção cultural de cada Estado da Amazônia Legal.

Exposição “Do Canto das árvores plásticas – Esculturas de Mirtes Rufino – RO

Período de Exposição: 09.06 a 30.06 de 2010.

Vernissage: 09/06 às 19h

Local: Galeria Antônio Munhoz – Centro de Atividades Araxá

Contato: Aline Pacheco – técnica de artes plásticas – 8122.6410

Fonte: Ascom/Sesc/AP

Show Voz

A cantora amapaense, Rebecca Braga é dona de uma linda voz, presença de palco e carisma. Possui repertório qualificado e está no circuito amapaense há quase duas décadas. Além de ser uma grande amiga minha, na verdade, somos compadres, pois tenho a honra de ser padrinho da Sofis.

Mas meus elogios não são por causa de nossa velha amizade e sim por seu talento. Ah, a Bel (como a chamo carinhosamente) comandou a Drop’s Heroína nos anos 90. A banda tinha uma proposta diferente, com uma agressividade teenage.

A Drops lutou contra o preconceito, já que era uma banda formada apenas por mulheres, nada convencional no Amapá. Fizeram música e história, inspiraram outras meninas e escreveram uma página do nosso rock.

Rebecca flertou com a Música Popular Amapaense (MPA), compôs com Naldo Maranhão, trabalhou com muitos músicos consagrados do Amapá. Tornou-se uma incentivadora de movimentos artísticos de Macapá.

Volta e meia, ela dar o ar da graça em barzinhos da capital amapaense, sempre com talento e profissionalismo. Tenho certeza que o show será muito legal. Eu vou, vumbora?

A “Invenção Sexual” do Zé Ramos – Crônica porreta de Fernando Canto

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Foto: Fernando Canto

Por Fernando Canto

Todo mundo percebeu aflição do Zé Ramos naquela Quarta-Feira da Murta. O Marabaixo corria pela noite com as velhas senhoras rodopiando as saias coloridas pelo salão. O Zé suava tocando a caixa que a essa hora devia pesar uns cem quilos. Ele perguntava se chovia lá fora e se sua mulher ainda estava lá na cozinha tomando um caldo. Alguém disse que sim, então ele pedia mais um copo de gengibirra e esfolava a voz contando um velho “ladrão”, “do tempo do Ronca”, disse-me depois, pois “q12uando se entendeu” sua mãe já “tirava” todas essas músicas pelos salões da Favela e do Laguinho nas festas do Divino Espírito Santo e da Santíssima Trindade.

A aflição do Zé dava na vista, parecia que ele estava querendo vigiar a mulher, por ciúme e insegurança, afinal só tinham se casado há dois anos. Ela era morena, jovem e bonita, vestia uma bela saia rodada e uma blusa branca de cetim ornada de rendas. Os cabelos ondulados estavam esticados para trás e enfeitados com uma rosa vermelha de plástico e umas folhas de murta presas atrás da orelha esquerda. Usava um cordão e brincos de ouro, além de inúmeros marabaixo3braceletes prateados que emitiam sons quando dançava, muito sem graça, diga-se, pois era extremamente pudica. Devia ter um corpo escultural debaixo daquela saia estampada de flores coloridas. De vez em quando tirava a toalha do ombro para enxugar o rosto suado e os olhos sem maquiagem alguma. Para isso precisava tirar os óculos de grau que lhe davam um ar sério e uma aparência austera, ainda mais com aquelas sobrancelhas densas e negras. No gesto de enxugar os olhos é que a sua beleza se mostrava por segundos. Ela nem dançava na hora do “dobrado”, a parte rítmica mais acelerada do Marabaixo, que exige dos dançarinos preparo físico e destreza. Nesse momento as pessoas que assistem a dança ao redor do salão ficam excitadmarabaixocapaas assim como os dançantes. Flashes explodem quando as mulheres gritam alucinadamente rodando em volta dos tocadores de caixa e sobre si mesmas, mostrando os trajes de baixo, enquanto os tambores rufam o ritmo africano.

Mas o Zé permanecia tocando com a evidente gastura que lhe tomava conta da alma. Ele viu a mulher ebike1 não se sossegou. Nem quando ela, num gesto de amor, foi lhe enxugar o rosto salpicado de suor. E sem perder o ritmo falou alguma coisa no ouvido dela, apontando para cima. Ela sorriu e assentiu com a cabeça. O Zé acompanhou mais um “ladrão”, entregou a caixa para outro tocador, pegou a bicicleta e a mulher e foi embora embaixo do chuvisco sem se despedir de ninguém.

No dia seguinte encontrei o Zé todo sorridente lá no corredor da prefeitura. Disse-lhe que tocava e cantava muito bem, mas que havia notado nele um comportamento completamente oposto ao que via agora. Perguntei-lhe se estava realmente bem. Ele disse que sim e depois me alucoracao-chuvagou o ouvido, me confidenciando sua vida íntima com detalhes.

Disse-me que a sua jovem esposa só gostava de fazer amor quando chovia. Era uma poetisa maluca – com todo respeito aos poetas – que adorava ouvir o barulho da chuva caindo sobre o telhado de Brasilit e se imaginava tomando banho nua, correndo pela rua, a tarada. A água era seu mundo, a chuva seu prazer maior. Só conseguia chegar ao orgasmo quando a chuva batia e escorria pelos sulcos do telhado. Quanto mais forte a chuva maior era a transa. foto-1Indaguei-lhe como fazia no verão. Ele me disse que quase acabou o casamento quando inventou um intrincado sistema hidráulico que sempre ligava nas noites quentes para enganar a mulher, jorrando água da Caesa sobre as telhas de amianto. Gastou um bom dinheiro, mas valeu a pena.

Quando ela descobriu a tal invenção ficou de mal com ele a estiagem toda, que não foi curta. Agora ele torce para que chova todo dia, assiste aos telejornais e as previsões do tempo, para descontar desde já o “atraso” que terá no próximo verão.

Dia desses encontrei com ele e seu inseparável guarda-chuva. Falei: – E aí, Zé? Estás feliz com esse toró que vem aí? Ele respondeu: – Nãão, é cuia!

Lançamento do Clube de Cinema do Amapá

O Museu da Imagem e do Som (MIS) realizará hoje (15), ás 18h, na Sala Charles Chaplin, no SESC Araxá, o coquetel de lançamento do Clube de Cinema do Amapá.

O cineclube será construído em parceria com o Serviço Social do Comércio (SESC/AP). A ação tem o objetivo de fortalecer o audiovisual amapaense.

Durante o evento serão exibidos os filmes “Meu tempo menino” (20 minutos), “Menino urubu” (15 minutos) e “A garota (5 minutos)”.

Todos os amantes do audiovisual estão convidados, prestigie!

Serviço:

Data 15.05 (hoje)

Local: Sesc Araxá Sala Charles Chaplin)

Hora: 18h.
Fonte: Jornalista Alexandre Brito.

Chorinho e Exposição no SESC

Nos próximos dias 10 e 11 de maio, o SESC Amapá apresenta produções culturais do Pará e do Piauí através do SESC Amazônia das Artes, projeto de maior circulação de produtos culturais entre os Estados da Amazônia Legal, mais o Piauí.

Dia 10/05 (segunda-feira), às 20h, no SESC Centro, teremos a apresentação de Adamor do Bandolim e o grupo Gente de Choro (PA). Entrada Franca.

Dia 11/05 (terça-feira), às 19h, na Galeria Antonio Munhoz Lopes (SESC Araxá), teremos a vernissage da exposição Vetor Pagão, de Antonio Amaral, do Piauí, através da técnica desenho digital. Período de exposição: 11/05/10 a 31/05/10.

Antonio Amaral também ministrará oficina de desenho em quadrinhos, no dia 11/05, manhã e tarde.

Carga horário: 8h/aula; Investimento: R$3,00. 20 vagas.

Ascom – SESC/ AMAPÁ

Show Balé de Luz

                                                                                        Por Fernando Canto

O esperado show de Juliele vai marcar uma nova fase na carreira da cantora. “Balé de Luz” é uma referência a tudo aquilo que é banhado pela claridade, que movimenta e intensifica a vida e os cantares dessa diva em aprimoração constante.

O show traz um repertório variado, onde ritmos locais dão a coloração identitária às músicas e que expressa o desejo da artista em se tornar mais amazônica, sem cair naquele regionalismo cru e sem proposta.

Depois de dois anos ausente dos palcos, com raras apresentações, Juliele volta sob o sol equinocial para brindar seu público mais uma vez com sua doce voz, disposta a mudanças e a pintar um novo projeto artístico para a sua mais que cintilante carreira.

O espetáculo é a materialização de um acervo intenso de musicalidade, com arranjos e harmonias brilhantes, mas coroado por sua voz inconfundível.

Com direção musical do Maestro Manoel Cordeiro e direção artística de Túlio Feliciano, o show é um presente para os amantes da boa música.

Serviço :
Locais de Venda: Sorveteria Jesus de Nazaré
Sonia Canto Produções: Av. Fab, 1070 sala 206 – Fone: 3225-6733 / 8111-0695
Doctor Feet: SHOPING MACAPÁ – Loja 110 – 1º Piso – Fone 3223-8872
Mesa c/4 lugares: R$80,00
Camarote c/6 lugares: R$120,00
Camarote c/10 lugares: R$200,00
Direção Artística: Túlio Feliciano
Direção Musical: Manoel Cordeiro
Direção de Produção: Carlos Lobato
Produção Executiva: Sônia Canto
Realização: Sônia Canto Produções



Novos cursos de audiovisual do Museu da Imagem e do Som

                                                                                  Por Alexandre Brito

O Museu da Imagem e do Som (MIS) está com inscrições abertas para mais dois cursos na área de audiovisual. Um é de o Fotografia e o outro é de o Produção Executiva, ambos desenvolverão conteúdos referentes ao cinema e ao vídeo digital.

Essas ações se inserem como parte da estratégia do MIS, através do projeto Teia Cultural, de profissionalizar os produtores independentes do Estado, com a oferta de cursos gratuitos em áreas estratégicas do segmento audiovisual. Já foram realizados cursos de Roteiro, Direção e Iluminação, que atenderam mais de 60 alunos.

Continuando essa oferta de cursos, o MIS traz a Macapá dois instrutores com reconhecida competência profissional em suas respectivas áreas de atuação. Os cursos perfazem uma carga horária de 80 horas-aula que serão ministradas em dois turnos: manhã e tarde.

A expectativa é que depois desse ciclo de cursos o cenário audiovisual do estado receba um novo fôlego e que as produções audiovisuais futuras possam refletir o aprimoramento técnico que os instrutores trarão ao estado.

O curso de Fotografia será conduzido por Rodolfo Figueiredo, um profissional extremamente qualificado nessa área. Confira abaixo algumas de suas credenciais:

Rodolfo atua como diretor de fotografia e câmera em cinema, publicidade e televisão, principalmente na área de cinematografia digital, onde tem investido em um parque de equipamentos audiovisuais que incorporam as novas tecnologias. É bacharel em cinema e vídeo pela ECA-USP com especialização em fotografia e participou de workshops de atualização da Kodak e Panasonic. Desenvolveu em 2001 junto com Christian Saaghard e Alfredo Manevy o projeto das Oficinas Kinoforum de realização e produção audiovisual que, há 5 anos, vem formando novos olhares na periferia de São Paulo e em outras localidades.

Já o curso de Produção será ministrado por Márcia Macêdo, experiente produtora paraense que participou de projetos audiovisuais em documentários, ficções e animação nos suportes película e digital. Márcia já foi jurada do Festival de Gramado (categoria super 8mm), produziu documentário com a diretora nacionalmente conhecida, Carla Camuratti, fez a Produção Executiva da animação “A onda, festa na pororoca” e dos curtas em 35mm “Dias”, “Chama Verequete”, “Alice”, dentre outros. Foi Presidente da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta Metragistas – Seção Pará. Em agosto de 2003, cursou o Workshop de Produção Cinematográfica para Produtores Executivos Profissionais do Mercosul promovido pela Motion Pictures Associate – MPA.

Esses atributos todos demonstram que, ambos os profissionais, têm muito a contribuir com a cena audiovisual amapaense. Portanto trata-se de uma oportunidade rara que deve ser aproveitada da melhor forma possível pelos produtores independentes locais.

Serviço:

Os interessados em participar de um dos dois cursos podem procurar o Museu da Imagem e do Som (MIS) que funciona do Teatro das Bacabeiras, no horário de 8:30 às 12:00 e das 14 às 18:00 de segunda a sexta. São apenas 25 em cada dos cursos.

Fotografia para cinema e vídeo:

Curso Gratuito

8h/a dia (manhã e tarde) das 8 às 12 e das 14 às 18h

Início: 03 de maio

Fim: 14 de maio

Com sábado e domingo de folga (08 e 09.05)

Produção para cinema e vídeo:

Curso Gratuito

8h/a dia (manhã e tarde) das 8 às 12 e das 14 às 18h

Início: 10 de maio

Fim: 21 de maio

Com sábado e domingo de folga (15 e 16.05)

Show “Minha História” e muitas músicas para cantar

                                                                                      Por Camila Karina

O cantor e compositor Cley Lunna apresentará, no próximo sábado (17), às 21h, no Teatro das Bacabeiras, o show “Minha História”. Durante o evento, o músico cantará composições próprias e canções de grandes nomes da música brasileira, como Lenine, Jorge Vercillo, Zé Ramalho, Ana Carolina, Djavan, Zé Miguel, Joãozinho Gomes, entre outros.

O show contará com a participação de Márcio Farias, de Belém, Patrícia Bastos, Enrico Di Miceli, Pedro Carmona, Duce Rosa, Jackson Amaral, Bárbara Damas e Zé Miguel. Cley busca novos rumos de divulgação do seu trabalho no cenário musical amapaense.

O cantor e compositor iniciou sua carreira nos festivais juvenis e, em 2001, firmou-se nas noites de Santana e Macapá. Cley também esteve em Belém, onde conviveu e aprendeu com grandes nomes da música paraense, como Nilson Chaves e Márcio Farias.

Entre 2003 e 2007, Cley se aventurou no exterior, vivendo como cantor profissional de Bossa Nova em cidades francesas, alemãs e holandesas. Após o retorno a Macapá, o cantor já dividiu o palco com artistas locais consagrados, como Zé Miguel, Osmar Jr., Amadeu Cavalcante e o maestro Joaquim Franco, da “Nossa Orquestra”, de Brasília.

Serviço: Cley Lunna apresenta o show “Minha História”, dia 17 de abril de 2010, às 21h, no Teatro das Bacabeiras. Outras informações: (telefone) 91422061 / 81146635.

Para conferir as composições de Cley Lunna, acesse o endereço:

http://www.myspace.com/cleylunna

Pontos de Venda:

Drire Modas

Livraria Transamazônica

Jumbinha Jóias (Macapá e Santana)

Macapaba Turismo

Teatro das Bacabeiras

Compre também por telefone: 81146635.

AMAZON MUSIC

                                                                               Por Elton Tavares

A Casa de Cultura Pura Raiz, popular “Casa do Chorinho”, localizada na Avenida Piauí, nº 971, no bairro Pacoval, zona Norte de Macapá, apresentará, na próxima sexta-feira (16), às 20h, o Quarteto Amazon Music. A entrada custará R$20,00. Com um repertório refinado, a banda tocará ritmos diversos como o jazz, blues, MPB, música regional e rock.

O Amazon Music

O quarteto Amazon Music é formado por músicos e professores da Escola de Música Walkíria Lima, localizada no centro de Macapá. A Proposta da banda é suprir a carência de música instrumental no Amapá, desenvolvendo um trabalho de qualidade.

O Centro de Cultura Pura Raiz

O Centro, que também é conhecido Casa de Chorinho, é propriedade do músico “Ceará da Cuíca”, como é popularmente chamado em Macapá. O local, fundado em 2008, incentiva a cultura musical da cidade e já tem fama pela qualidade de suas promoções e público fiel, amantes do chorinho e samba de raiz.

Espetáculo Rainhas no SESC/AP

                      Por Juliana Coutinho – Assessoria de comunicação do SESC/AP

O Serviço Social do Comércio (SESC/AP) apresentará amanhã (16) e sábado (17), às 20h, no Salão de Eventos do SESC, localizado no bairro Beirol, zona Sul de Macapá, o espetáculo “Rainha [(s)] – Duas atrizes em busca de um coração”. A será franca. Censura 14 anos.

A peça é livre recriação da peça Mary Stuart de Friedrich Schiller. Mary Stuart, de Schiller, é um “drama trágico”. Foi uma das obras máximas da fase madura de seu autor: um drama de grandes conflitos individuais inseridos num fundo histórico, e moralmente exaltando a purificação interior da consciência que triunfa sobre a fúria cega dos instintos.

O enredo da peça gira em torno da luta político-religiosa entre as Rainhas Elizabeth I e Mary Stuart, que disputavam a coroa da Inglaterra na segunda metade do século XVI. Schiller é uma espécie de Shakespeare alemão do século XVIII, capaz de tomar um episódio decisivo da história européia, a luta pelo poder numa Inglaterra tão poderosa quanto decrépita, e transformá-lo em assunto humano, pungente para além das épocas e das nações, cuja poética, porém, conserva em si o travo político de origem.

O trabalho cênico e dramatúrgico do espetáculo RAINHA[(S)] revisita esse clássico por uma ótica diferente: apenas duas atrizes em cena, levando a carga trágica do drama à sua essência. O espírito de “nacionalização dos clássicos” presente no projeto, cria um interesse no intercâmbio do particular com o universal, da experimentação com o clássico.

A diretora Cibele Forjaz e as atrizes Georgette Fadel e Isabel Teixeira, partiram do texto clássico para criarem coletivamente uma dramaturgia própria, trazendo para o coração da cena a atualidade de um texto histórico.

O trabalho de adaptação em sala de ensaio centrou-se no embate constante entre as rainhas, que se multiplica num embate cênico entre as duas atrizes. O duelo se traduz assim em vários níveis: o duelo de duas rainhas que almejam um só trono, o duelo de duas atrizes no jogo cênico e o duelo interior de cada personagem/atriz.