A Festa Nunca Termina

Convido vocês a prestigiarem, no dia 06 de agosto, no Mosaico “A Festa Nunca Termina”. Será uma grande festa de Rock and roll, que tocará gêneros do rock alternativo em geral. Desde os anos 70, até a década atual.

Entre as atrações estão discotecagens de dj’s de Macapá e São Paulo. A interatividade também se dará através de projeções, que terão como objetivo incitar a interação com público. A noite tambem contará com RADIOBROTHER, a unica rádio online de Macapá e show da melhor banda de rock do Estado, a STEREOVITROLA.

O evento promete ser diferente de todas as festas de rock que já rolaram na capital amapaense, pode botar fé! Para os poucos que não sabem, o Mosaico fica na Avenida Presidente Vargas, bairro Santa Rita. Ah, entrem na comunidade da festa no orkut. Lá vocês poderão sugerir músicas para a trilha da onda:

Ops! Esqueci de dizer que o ingresso custará R$ 15, mas se você tiver o flyer da festa ou ser membro da comunidade no orkut, paga só 10 reco. O horário é o de sempre, lá pelas 22h o som começará.

MIS debate sobre documentários

                                    Por Elton Tavares
O Museu da Imagem e do Som (MIS/AP) realizará amanhã (10), ás 18h, na sala Charles Chaplin, do Sesc Araxá, uma reunião do Clube de Cinema do Amapá. O tema do encontro será “Documentários”. O objetivo do evento é debater e formular diretrizes do setor audiovisual amapaense.
Resumindo:
Dia: A reunião é amanhã (sábado 10/07).
Local Sesc Araxá.
Horário: 18h.
Tema: Documentários.

Festival de cinema e vídeo rural

O audiovisual tem conquistado um espaço interessante nos mais diversos setores de atuação. Cada vez mais segmentos entendem sua relevância e eficiência quando o assunto é fazer circular informação. Hoje recebi, em nome do FIM – Festival de Imagem-Movimento, a divulgação do II Festival Nacional de Cinema e Vídeo rural de Piratuba que acontecerá entre 22 e 25 de setembro deste ano que, por sinal, tá passando rápido, hein?

E olhem, esse festival tem um formato bastante interessante. Serão premiadas as categorias:

Melhor Filme de Ficção: R$ 3.000,00;

Melhor Documentário: R$ 3.000,00;

Melhor Reportagem de TV: R$ 3.000,00;

Melhor Produção Amadora: R$3.000,00;

Além dessas categorias, que achei bem inteligentes, acessíveis, principalmente as duas últimas, a organização do evento ainda vai colocar bala na agulha dos trabalhos que tiverem:

Melhor Fotografia: R$ 3.000,00;

Melhor Trilha Sonora: R$ 3.000,00;

Produção que mais contribui com a Melhoria da Vida no Campo: R$ 3.000,00;

Produção mais engajada com a Questão Ambinetal: R$ 3.000,00;

Produção mais engajada por Uma Causa Social: R$ 3.000,00;

E, só pra arrematar, o festival ainda traz o concurso fotográfico com o tema: “O cotidiano na Vida do Campo”. As imagens podem ser inscritas na categoria cor ou PB, com premiação para os três primeiros lugares em cada uma delas: R$ 1.000,00, R$ 700,00, R$ 500,00, respectivamente.
Como forma de aprimorar o nível técnico dos trabalho, o festival ofertará oficinais gratuitas para agricultores, profissionais e estudantes do meio audiovisual. As inscrições são na faixa até o dia 16 de agosto de 2010. Vai lá no site: www.festivaldecinemapiratuba.com. Boa sorte a todos!

SHOW SÃO BATUQUES

                                              Por Mariléia Maciel
Os ritmos e ritos das comunidades tradicionais quilombolas do Amapá são a base do show São Batuques, uma produção que exalta a riqueza poética e melódica das manifestações folclóricas e está sendo preparado pelos músicos Beto Oscar e Helder Brandão. Com músicas de autoria própria influenciados pelos sons dos tambores de batuque, marabaixo, zimba, sairé, tambor de mina e por compositores populares, o show vem mostrar a essência musical deixada pelos antepassados afro-descendentes que continuam sendo preservados dentro das comunidades, mas que, de acordo com os músicos, correm o risco de se estilizarem totalmente e perderem a identidade cultural.
“Neste show iremos resgatar e valorizar a cultura tradicional com releituras que não descaracterizem a raiz cultural das músicas”, fala Beto Oscar. Os dois artistas falam com propriedade sobre o assunto. Eles já estiveram juntos em formações musicais como o grupo Raízes Aéreas, que foi um dos primeiros a introduzir tambores de marabaixo em shows feitos por um grupo de jovens no final da década de 80. Junto com outros talentos como Naldo Maranhão, pesquisaram e trouxeram para grandes palcos os sons produzidos nas comunidades quilombolas.
Além de talento e experiência adquirida em shows e festivais, eles têm no currículo formação que complementa e enriquece seus trabalhos. Beto é cantor e compositor com estudo iniciado no antigo Conservatório de Música e diploma como técnico em violão erudito da Escola de Música da UFPA e graduação plena em música pela UEPA. Também integrou o Senzalas e com ele viajou pelo Brasil e chegou até a Alemanha. Helder Brandão, também compositor e cantor é formado em licenciatura plena em letras na UNIFAP e atualmente é 2º sargento músico da banda da Polícia Militar. Já se apresentou com diversos artistas amapaenses e com eles gravou Cd’s.
O show São Batuques é uma produção de Sônia Canto Produções, tem como produtor musical o maestro Manoel Cordeiro e acompanham os músicos Luiz Papa, na guitarra; Helder Melo no contrabaixo; João Batera na bateria e Fábio Rato na percussão. Estão confirmadas as participações de Zé Miguel e Osmar Júnior.

SERVIÇO:
Data: 02 de julho
Local: Carinhoso Drink’s
Hora: 22:00
Mesa: R$ 60,00
Individual: R$ 15,00 (na portaria)
Mariléia Maciel- Assessora de Comunicação
Mais informações: 8116-6687
Realização: Sônia Canto Produções

Projeto Intervenções Sonoras

Para aqueles, como eu, que estão de saco cheio do modelo atual de noite rock local. Será uma verdadeira “festa estranha com gente esquisita”, para os padrões convencionais, claro (risos). O repertório, que inclui sons 80 e 90, foi escolhido a dedo. Não terá aquele papo de “Balão Mágico” e afins, o papo é rock and roll. Bora?

Parabéns MIS

Imagem premiada – Foto de Maksuel Martins
O Museu da Imagem e do Som do Amapá (MIS), com sede no Teatro das Bacabeiras, divulgou o vencedor de um concurso de fotografia, categoria “amador”. A imagem vencedora, intitulada “Desenho de Deus” é, de acordo com o MIS, uma composição limpa e equilibrada. Mais informações na página da instituição, que contribui com o aprimoramento nas áreas da imagem e do som. Leia: http://museudaimagemedosom.blogspot.com/
O vencedor do concurso foi Maksuel Martins, professor de fotografia, que foi aluno de duas das oficinas promovidas pelo MIS, Iluminação e Fotografia, dentro do projeto Teia Cultural da Secretaria Estadual de Cultura do Amapá (Secult).

Quarteto Amazon Music

O Quarteto Amazon Music, pilotado pelo multiinstrumentista Finéias Reis, se apresentará amanhã (12), ás 22h na casa de shows “Prato de Barro”. A banda, de música Instrumental, é formada por músicos consagrados do Amapá.O repertório do Quarteto Amazon Music é repleto de canções, em estilos diversificados como MPB, Jazz, Blues e MPA. A apresentação promete. Nós recomendamos.
O quarteto Amazon Music é formado por músicos e professores da Escola de Música Walkíria Lima, localizada no centro de Macapá. A Proposta da banda é suprir a carência de música instrumental no Amapá, desenvolvendo um trabalho de qualidade.
Horário: 22: hs.
Rua: General Rondon, Próximo a sede do Trem
Informações: 9138-3248/9115-1774

Reunião do MIS

Ontem (6) rolou reunião no Museu da Imagem e Som. Quer saber o que aconteceu? O encontro de preparação para o Fórum Audiovisual da Amazônia Legal (FAAL), realizado na sala do MIS, fixada no Teatro das Bacabeiras, debateu sobre diretrizes para expandir a organização, por parte da galera que curte o audiovisual no Amapá, para que o cenário se fortifique, resulte em produções independentes de qualidade e valorize os talentos locais.

O FAAL deverá acontecer em Belém, PA, no período de 09 a 11 de Julho quando serão discutidos assuntos de interesse dessa galera acima citada, divididos em cinco eixos. Leia a matéria completa na página do MIS, no endereço eletrônico: http://museudaimagemedosom.blogspot.com/

Arte e música

Sesc/AP – Foto: Elton Tavares
Projeto Botequim
O Serviço Social do Comércio (SESC/AP), por meio do Projeto Botequim, apresentará amanhã (8) o cantor Helder Brandão. A programação começará a partir das 21h.

Contato: Bio Vilhena – técnico de música do SESC: 8123-0178

Exposição: Do canto das árvores plásticas

No período de 09 a 30 de junho, o SESC AMAPÁ estará recebendo mais um produto do circuito cultural referente ao Projeto SESC Amazônia das Artes a exposição “Do canto das árvores plásticas” da artista Mirtes Rufino, de Rondônia.

A artista, Maria Mirtes Rufino é natural de Santarém/PA, radicou-se em Rondônia no final da década de 80. No contato freqüente e direto com a natureza descobriu seu poder de criação a partir do aproveitamento das formas trabalhadas nos galhos de árvores retorcidos pela força das águas dos rios. Suas esculturas feitas com materiais retirados diretamente da natureza retratam um cenário mágico de expressão e alegria, transmitida por bailarinas, palhaços, músicos, pássaros e homens da floresta.

A artista estará em Macapá nos dias 08 e 09 de junho para uma demonstração de sua técnica artística e para apresentar seu trabalho ao público amapaense na vernissage que ocorrerá no dia 09.06 na Galeria de Artes Antônio Munhoz Lopez a partir das 19 h – Centro de atividades Araxá.

O projeto SESC Amazônia das Artes na sua terceira versão, é um projeto que viabiliza a circulação e intercâmbio de espetáculo de teatro, dança, shows musicais e exposição de obras de artes que fazem parte da produção cultural de cada Estado da Amazônia Legal.

Exposição “Do Canto das árvores plásticas – Esculturas de Mirtes Rufino – RO

Período de Exposição: 09.06 a 30.06 de 2010.

Vernissage: 09/06 às 19h

Local: Galeria Antônio Munhoz – Centro de Atividades Araxá

Contato: Aline Pacheco – técnica de artes plásticas – 8122.6410

Fonte: Ascom/Sesc/AP

Show Voz

A cantora amapaense, Rebecca Braga é dona de uma linda voz, presença de palco e carisma. Possui repertório qualificado e está no circuito amapaense há quase duas décadas. Além de ser uma grande amiga minha, na verdade, somos compadres, pois tenho a honra de ser padrinho da Sofis.

Mas meus elogios não são por causa de nossa velha amizade e sim por seu talento. Ah, a Bel (como a chamo carinhosamente) comandou a Drop’s Heroína nos anos 90. A banda tinha uma proposta diferente, com uma agressividade teenage.

A Drops lutou contra o preconceito, já que era uma banda formada apenas por mulheres, nada convencional no Amapá. Fizeram música e história, inspiraram outras meninas e escreveram uma página do nosso rock.

Rebecca flertou com a Música Popular Amapaense (MPA), compôs com Naldo Maranhão, trabalhou com muitos músicos consagrados do Amapá. Tornou-se uma incentivadora de movimentos artísticos de Macapá.

Volta e meia, ela dar o ar da graça em barzinhos da capital amapaense, sempre com talento e profissionalismo. Tenho certeza que o show será muito legal. Eu vou, vumbora?

A “Invenção Sexual” do Zé Ramos – Crônica porreta de Fernando Canto

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Foto: Fernando Canto

Por Fernando Canto

Todo mundo percebeu aflição do Zé Ramos naquela Quarta-Feira da Murta. O Marabaixo corria pela noite com as velhas senhoras rodopiando as saias coloridas pelo salão. O Zé suava tocando a caixa que a essa hora devia pesar uns cem quilos. Ele perguntava se chovia lá fora e se sua mulher ainda estava lá na cozinha tomando um caldo. Alguém disse que sim, então ele pedia mais um copo de gengibirra e esfolava a voz contando um velho “ladrão”, “do tempo do Ronca”, disse-me depois, pois “q12uando se entendeu” sua mãe já “tirava” todas essas músicas pelos salões da Favela e do Laguinho nas festas do Divino Espírito Santo e da Santíssima Trindade.

A aflição do Zé dava na vista, parecia que ele estava querendo vigiar a mulher, por ciúme e insegurança, afinal só tinham se casado há dois anos. Ela era morena, jovem e bonita, vestia uma bela saia rodada e uma blusa branca de cetim ornada de rendas. Os cabelos ondulados estavam esticados para trás e enfeitados com uma rosa vermelha de plástico e umas folhas de murta presas atrás da orelha esquerda. Usava um cordão e brincos de ouro, além de inúmeros marabaixo3braceletes prateados que emitiam sons quando dançava, muito sem graça, diga-se, pois era extremamente pudica. Devia ter um corpo escultural debaixo daquela saia estampada de flores coloridas. De vez em quando tirava a toalha do ombro para enxugar o rosto suado e os olhos sem maquiagem alguma. Para isso precisava tirar os óculos de grau que lhe davam um ar sério e uma aparência austera, ainda mais com aquelas sobrancelhas densas e negras. No gesto de enxugar os olhos é que a sua beleza se mostrava por segundos. Ela nem dançava na hora do “dobrado”, a parte rítmica mais acelerada do Marabaixo, que exige dos dançarinos preparo físico e destreza. Nesse momento as pessoas que assistem a dança ao redor do salão ficam excitadmarabaixocapaas assim como os dançantes. Flashes explodem quando as mulheres gritam alucinadamente rodando em volta dos tocadores de caixa e sobre si mesmas, mostrando os trajes de baixo, enquanto os tambores rufam o ritmo africano.

Mas o Zé permanecia tocando com a evidente gastura que lhe tomava conta da alma. Ele viu a mulher ebike1 não se sossegou. Nem quando ela, num gesto de amor, foi lhe enxugar o rosto salpicado de suor. E sem perder o ritmo falou alguma coisa no ouvido dela, apontando para cima. Ela sorriu e assentiu com a cabeça. O Zé acompanhou mais um “ladrão”, entregou a caixa para outro tocador, pegou a bicicleta e a mulher e foi embora embaixo do chuvisco sem se despedir de ninguém.

No dia seguinte encontrei o Zé todo sorridente lá no corredor da prefeitura. Disse-lhe que tocava e cantava muito bem, mas que havia notado nele um comportamento completamente oposto ao que via agora. Perguntei-lhe se estava realmente bem. Ele disse que sim e depois me alucoracao-chuvagou o ouvido, me confidenciando sua vida íntima com detalhes.

Disse-me que a sua jovem esposa só gostava de fazer amor quando chovia. Era uma poetisa maluca – com todo respeito aos poetas – que adorava ouvir o barulho da chuva caindo sobre o telhado de Brasilit e se imaginava tomando banho nua, correndo pela rua, a tarada. A água era seu mundo, a chuva seu prazer maior. Só conseguia chegar ao orgasmo quando a chuva batia e escorria pelos sulcos do telhado. Quanto mais forte a chuva maior era a transa. foto-1Indaguei-lhe como fazia no verão. Ele me disse que quase acabou o casamento quando inventou um intrincado sistema hidráulico que sempre ligava nas noites quentes para enganar a mulher, jorrando água da Caesa sobre as telhas de amianto. Gastou um bom dinheiro, mas valeu a pena.

Quando ela descobriu a tal invenção ficou de mal com ele a estiagem toda, que não foi curta. Agora ele torce para que chova todo dia, assiste aos telejornais e as previsões do tempo, para descontar desde já o “atraso” que terá no próximo verão.

Dia desses encontrei com ele e seu inseparável guarda-chuva. Falei: – E aí, Zé? Estás feliz com esse toró que vem aí? Ele respondeu: – Nãão, é cuia!