Eu odeio olho gordo!

                                   Por Elton Tavares
Uma das piores coisas da vida, no meu ponto de vista, é o olho gordo. Eu odeio gente invejosa, conheço uma figura que se queixa (abertamente) pelo fato de ganhar menos que o colega. Porra, cada um com seus méritos. Tem pessoas que adoram colocar o olhão no carro dos outros, na casa do vizinho e até na roupa alheia.

Se você aparece com algum objeto novo então, é um Deus nos acuda, começam as infames indagações: “Quanto foi? Ou onde compraste?”, ou os comentários sórdidos: “Tá podendo..” ou “Tá roubando”. Puta merda!

Já teve vizinho que foi perguntar para a minha mãe, quando minha genitora comprou um carro novo, quanto o veículo havia custado. Égua! Odeio a indiscrição, a inveja latente, saltando dos olhos dos infelizes.

Mas a pior coisa mesmo é a inveja de quem você é, inveja pelo fato de você ser popular, ter muitos amigos e ser carismático, apesar de não fazer nenhum esforço para isso. Logo dizem que és isso ou aquilo, inventam historinhas, fazem fofoca e tentam lhe derrubar.

Na maioria dos casos, os invejosos são pessoinhas medíocres, aqueles que só fazem figuração na vida. Acham que são ofuscados pelo sucesso alheio, são recheados de frustrações e não transam direito. Conheço pessoas assim dentro da minha família, conheci na faculdade e ambiente de trabalho (atual e em todos por onde passei).

Eu garanto uma coisa, não tenho inveja de ninguém. Não sou rico, não tenho carro, não esbanjo e nem ostento, até porque não sou granado. Mas tenho uma vida legal, procuro somente trabalhar, não fazer fofoca, não me interessar pelo que não é relevante. Se algum destes fulanos invejosos lerem este texto, se identificarão na hora, então, se toquem, seus idiotas.

Eu gosto de ser estranho

                                 Por Elton Tavares
O pessoal do trampo, galera legal, vive me convidando para ir ao pagode, a shows de brega, micaretas ou boites. Eu não vou, não não gosto, é assim mesmo, sou um estranho e gosto disso. No máximo, vou a barzinhos mais sofisticados da cidade, mas “balada” não, não me divirto nelas.

Os convites são recheados de prós, como bebida grátis e abundância de mulheres (supostamente fáceis), mas o público e a trilha sonora destes lugares não me agrada, eu gosto mesmo é de Rock and roll, MPB e Samba (samba não é pagode), exatamente nesta ordem.

Este depoimento pode soar preconceituoso, não acho, é somente uma preferência, não estou dizendo que minhas opções são o que deve ser feito. Eu gosto mesmo é de boteco, de bater papo (coisa que não pode ser feita em boites e afins), de ouvir som legal.

Ser diferente tem um preço, você pode ser tachado de antipático, arrogante, porra-louca, antisocial e etc. Mas eu realmente passo de “vibes”, “charlação” ou qualquer uma dessas “paideguices”. Enfim, eu gosto de ser estranho (risos).

Um dia de fúria

                                    Por Elton Tavares
Vocês sabem aquele dia que tudo da errado? Pois é, ontem foi osso, tanto no trabalho, como em questões particulares. Foi notícia ruim, cagada no trabalho, arrogância, pressão, falta de comunicação, afobação, fora as fofoquinhas cotidianas, lá pelas 18h, eu já tava quase surtando, assim como o personagem do ator Michael Douglas, no filme “Um dia de fúria” (risos).

Dá vontade de mandar tudo e todos para a caixa prega e, em alguns casos, socar algumas faces (risos). Mas tudo bem, quando fui dormir pensei: “Amanhã é outro dia, bola para frente”. Afinal, se não fossem as adversidades, seria até chato. Como diz um popular slogan amapaense: “A gente não pára!”. Que venham outros “dias de cão”, parafraseando o “Seu Creisso”: eu me agarantio!

Sempre tem um filho da puta!

                                 Por Elton Tavares
Vocês já perceberam que sempre existe um filho da puta? Sim, puxa-sacos inveterados, o secador do seu time, aquela amiga da sua namorada que vive dizendo para ela te sacaniar, parente invejoso, falso amigo, colega de trabalho metido a foda, gay enrustido, que paga de machão e sacaneia outros homossexuais, racistas, xenófobos, mal comidas, enfim, sempre tem um filho da puta!

Tem também aquele doido, caretaço e otário, que vive te derrubando porque não consegue ser como você, que é maluco e se da bem mesmo assim. Aquelas doidas que nunca conseguem um namorado, ficante ou algo assim e detonam os das amigas. O cara que vive colocando defeitos nas suas coisas, por que bom mesmo são os utensílios dele.

Além dos filhos da puta da “elite”, que adoram ostentar suas futilidades, gabar-se de seus carros, jóias, apartamentos, roupas e afins. Ou pior, os filhos da puta que queriam ser como os elitizados, mas são parece o Batman, só capa, só foba, por assim dizer.

Também tem aquele parente que te sacaniou anos atrás e que não para de falar mal de ti, o vizinho que coloca o som que você odeia (no volume máximo), o colega invejoso, o falso amigo, o fura olho, mulher insatisfeita ou mordida (que te detona pelas costas), os “comilões” de plantão, que se gabam de feitos amorosos e, ás vezes, sem que eles tivessem existido.

O incompetente, que tenta puxar seu tapete, já que ele não consegue brilhar, a mulher sonsa, que paga de santinha e é a maior devassa, o cara que sempre senta na sua mesa liso, bebe, come e no final diz: “Hoje eu não tenho grana”, a sogra que quer mandar na vida do casal, o pai que cria o filho para ser competitivo e o torna um canalha e o chefe que rouba sua idéia.

É foda, mas temos que driblar, diariamente, vários filhos da puta. Eles sempre estão à espreita, esperando você marcar bobeira para lhe sacaniar. Como dizia meu avô: “Tem gente que não serve para serem nossos amigos, temos somente que transitar entre eles, da melhor maneira possível”. Não adianta neurar com isso, afinal, os filhos da puta são filhos da puta por insatisfação, se você não é um filho da puta, meus parabéns. Pois eu também não sou (risos).

Maio está no final

                                                               Por Elton Tavares
Paula Toller, igual vinho, quanto mais velha, melhor!

Maio se foi, um mês de reviravoltas, mudanças e adequações. Novas amizades foram feitas, velhas amizades, que pareciam consistentes, caíram por terra. O tempo ficou reduzido, mas muito mais proveitoso e rentável. Pessoas partiram e outras chegaram. É isso aí, a vida é uma doideira mesmo.

O ano já está no meio e eu correndo atrás do sonhado sucesso profissional. A Copa está na porta, as Eleições 2010 na sequência e de repente, 2011.

Como disse o louco e admirável Cazuza: “O tempo não pára!”. Aí vai uma musiquinha piegas e melosa, mas agradável. Só para o post não ficar sem sonoridade (risos).

Maio – George Israel E Paula Toller

Maio
já está no final
O que somos nós afinal
se já não nos vemos mais

Estamos longe demais
longe demais

Maio
já está no final

É hora de se mover
prá viver mil vezes mais

Esqueça os meses
esqueça os seus finais
esqueça os finais

Eu preciso de alguém
sem o qual eu passe mal

sem o qual eu não seja ninguém
eu preciso de alguém

A “Invenção Sexual” do Zé Ramos – Crônica porreta de Fernando Canto

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Foto: Fernando Canto

Por Fernando Canto

Todo mundo percebeu aflição do Zé Ramos naquela Quarta-Feira da Murta. O Marabaixo corria pela noite com as velhas senhoras rodopiando as saias coloridas pelo salão. O Zé suava tocando a caixa que a essa hora devia pesar uns cem quilos. Ele perguntava se chovia lá fora e se sua mulher ainda estava lá na cozinha tomando um caldo. Alguém disse que sim, então ele pedia mais um copo de gengibirra e esfolava a voz contando um velho “ladrão”, “do tempo do Ronca”, disse-me depois, pois “q12uando se entendeu” sua mãe já “tirava” todas essas músicas pelos salões da Favela e do Laguinho nas festas do Divino Espírito Santo e da Santíssima Trindade.

A aflição do Zé dava na vista, parecia que ele estava querendo vigiar a mulher, por ciúme e insegurança, afinal só tinham se casado há dois anos. Ela era morena, jovem e bonita, vestia uma bela saia rodada e uma blusa branca de cetim ornada de rendas. Os cabelos ondulados estavam esticados para trás e enfeitados com uma rosa vermelha de plástico e umas folhas de murta presas atrás da orelha esquerda. Usava um cordão e brincos de ouro, além de inúmeros marabaixo3braceletes prateados que emitiam sons quando dançava, muito sem graça, diga-se, pois era extremamente pudica. Devia ter um corpo escultural debaixo daquela saia estampada de flores coloridas. De vez em quando tirava a toalha do ombro para enxugar o rosto suado e os olhos sem maquiagem alguma. Para isso precisava tirar os óculos de grau que lhe davam um ar sério e uma aparência austera, ainda mais com aquelas sobrancelhas densas e negras. No gesto de enxugar os olhos é que a sua beleza se mostrava por segundos. Ela nem dançava na hora do “dobrado”, a parte rítmica mais acelerada do Marabaixo, que exige dos dançarinos preparo físico e destreza. Nesse momento as pessoas que assistem a dança ao redor do salão ficam excitadmarabaixocapaas assim como os dançantes. Flashes explodem quando as mulheres gritam alucinadamente rodando em volta dos tocadores de caixa e sobre si mesmas, mostrando os trajes de baixo, enquanto os tambores rufam o ritmo africano.

Mas o Zé permanecia tocando com a evidente gastura que lhe tomava conta da alma. Ele viu a mulher ebike1 não se sossegou. Nem quando ela, num gesto de amor, foi lhe enxugar o rosto salpicado de suor. E sem perder o ritmo falou alguma coisa no ouvido dela, apontando para cima. Ela sorriu e assentiu com a cabeça. O Zé acompanhou mais um “ladrão”, entregou a caixa para outro tocador, pegou a bicicleta e a mulher e foi embora embaixo do chuvisco sem se despedir de ninguém.

No dia seguinte encontrei o Zé todo sorridente lá no corredor da prefeitura. Disse-lhe que tocava e cantava muito bem, mas que havia notado nele um comportamento completamente oposto ao que via agora. Perguntei-lhe se estava realmente bem. Ele disse que sim e depois me alucoracao-chuvagou o ouvido, me confidenciando sua vida íntima com detalhes.

Disse-me que a sua jovem esposa só gostava de fazer amor quando chovia. Era uma poetisa maluca – com todo respeito aos poetas – que adorava ouvir o barulho da chuva caindo sobre o telhado de Brasilit e se imaginava tomando banho nua, correndo pela rua, a tarada. A água era seu mundo, a chuva seu prazer maior. Só conseguia chegar ao orgasmo quando a chuva batia e escorria pelos sulcos do telhado. Quanto mais forte a chuva maior era a transa. foto-1Indaguei-lhe como fazia no verão. Ele me disse que quase acabou o casamento quando inventou um intrincado sistema hidráulico que sempre ligava nas noites quentes para enganar a mulher, jorrando água da Caesa sobre as telhas de amianto. Gastou um bom dinheiro, mas valeu a pena.

Quando ela descobriu a tal invenção ficou de mal com ele a estiagem toda, que não foi curta. Agora ele torce para que chova todo dia, assiste aos telejornais e as previsões do tempo, para descontar desde já o “atraso” que terá no próximo verão.

Dia desses encontrei com ele e seu inseparável guarda-chuva. Falei: – E aí, Zé? Estás feliz com esse toró que vem aí? Ele respondeu: – Nãão, é cuia!

5.000 acessos em cinco meses, quem diria

Tudo bem que eu mando o link do blog para os amigos no MSN. Que também jogo o endereço no twitter e orkut. Mas 1.000 visitas por mês é ótimo, isso me deixa muito orgulhoso e feliz. Já abordei muitos assuntos polêmicos, mas agora estou menos espinhoso. Já são 5.000 mil e poucos cliques nesta humilde página. A criação do blog foi incentivada por gente inteligente, a esta pessoa, meus agradecimentos. 
Eu escrevi tanta coisa legal no passado, tudo se perdeu por falta de cuidado. É engraçado como gostei desse papo de ser blogueiro, sabiam que isso vicia?  Adoro os comentários, adoro quando algo repercute, adoro quando vou a um bar e um leitor, amigo ou não, diz: “Pô, legal aquele lance que escreveste” ou “Nada a ver aquilo lá cara”. É bem legal mesmo. A média de acessos está em torno de 80/100 ao dia. 

Peço a vocês, leitores, que me enviem material. Podem ser textos, crônicas, piadas, poemas, tiras, etc. Prefiro não escrever e nem postar nada sobre política, mas tudo que envolve rock, curiosidades, humor ou música será bem vindo. Obrigadão por me lerem (ou será lerem-me), valeu MESMO!

Imunizado contra H1N1, mas com HIV?!!!

Conversando com uma amiga pelo MSN, soube deste fato, no mínimo alarmante, sobre falsos diagnósticos de HIV (AIDS) em pessoas que se vacinaram contra a pandemia que assusta o mundo, a H1N1 (popular “Gripe Suína”). Leiam a matéria do jornal Zero Hora sobre o assunto:
Ministério da Saúde alerta para o risco de falso resultado positivo de HIV após vacina H1N1

Documento diz que devido a acelerada produção industrial da vacina não foi possível analisar todos os efeitos colaterais

O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, publicou uma nota técnica sobre a possibilidade de resultados falso-positivos em testes imunoenzimáticos para HIV entre pessoas que receberam a vacina contra Influenza A (H1N1). Segundo o documento, por causa da aceleração da produção industrial da vacina, com as novas tecnologias e adjuvantes, não foi possível ainda diagnosticar os efeitos adversos da medicação.

A nota diz ainda que tal fato foi constatado em exames feitos após a vacinação. “Isso ocorre porque ao tomar a vacina, o corpo começou a produzir anticorpos Imunoglobina M (IgM), que é produzido diante da primeira exposição a um antígeno”, afirma.

De acordo com o infectologista da Santa Casa e do hospital Conceição André Luiz Machado da Silva o resultado falso-positivo é comum em pacientes que recebem qualquer espécie de vacina, pois as doses são compostas por vírus. A regra, para casos de amostras reagentes, é repetir o exame após 30 dias do primeiro resultado.

— O teste de confirmação do exame de HIV é fidedigno com a real situação do paciente, por ser mais específico — explica Silva.

A infectologista da Santa Casa Cynara Carvalho Nunes complementa a explicação do colega:

— Quando o indivíduo faz a vacina (que tem a presença de vírus inativados) há uma resposta imunológica com a produção de anticorpos contra aquele agente, neste caso, o H1N1 — declara.

Ela ressalta que o teste anti-HIV (detecção de anticorpos contra vírus HIV) de triagem são usados as substâncias Quimiluminescencisa e Elisa (Enzyme Linked Immunosorbent Assay), que são muito sensíveis e por isso podem dar resultados positivos. Ela alerta:

— Se isto ocorrer, a pessoa que tem o teste Anti-HIV positivo deve procurar um infectologista para fazer os testes confirmatórios Western Blot.

E salienta:

— Também é aconselhável que no período após receber a vacina não se faça estes testes como Anti-HIV e outros, pois devido a resposta imunologica ao medicamento, podem ocorrer resultados falsos-positivos.

O documento não especificou o período em que se pode dar um resultado falso-positivo para os testes de HIV para quem já se vacinou contra a gripe A, mas pede aos profissionais da saúde para que informem aos pacientes que recebem a vacina sobre a possibilidade dessa ocorrência e que sigam a instrução de refazer o exame depois de um mês.
É amigos, como disse Vinícius de Moraes: “São demais os perigos dessa vida”. Como já falei aqui, gosto de associar o assunto postado com música, a apropriada para este é “O pulso”, dos velhos e bons Titãs, afinal, o pulso ainda pulsa.

O Pulso – Titãs – Composição: Arnaldo Antunes

O pulso ainda pulsa
O pulso ainda pulsa…

Peste bubônica
Câncer, pneumonia

Raiva, rubéola
Tuberculose e anemia

Rancor, cisticircose
Caxumba, difteria

Encefalite, faringite
Gripe e leucemia…

E o pulso ainda pulsa
E o pulso ainda pulsa

Hepatite, escarlatina
Estupidez, paralisia

Toxoplasmose, sarampo
Esquizofrenia

Úlcera, trombose
Coqueluche, hipocondria

Sífilis, ciúmes
Asma, cleptomania…

E o corpo ainda é pouco
E o corpo ainda é pouco

Assim…

Reumatismo, raquitismo
Cistite, disritmia

Hérnia, pediculose
Tétano, hipocrisia

Brucelose, febre tifóide
Arteriosclerose, miopia

Catapora, culpa, cárie
Câimba, lepra, afasia…

O pulso ainda pulsa
E o corpo ainda é pouco

Ainda pulsa
Ainda é pouco

Pulso (4x)

Assim…

Fonte: ZEROHORA.COM

Sempre para a próxima segunda-feira

                                            Por Elton Tavares
Olá amigos. Eu estava aqui pensando sobre o que escrever, aí lembrei que tinha planejado retomar os exercícios físicos hoje (tô porrudo e preciso queimar um pouco do pirão e gelada), continuar aquele livro grossão, o qual eu li só metade. Mas o que sempre faço é adiar tudo para a próxima segunda-feira.

Se forem coisas escrôtas de se fazer então, fica para uma segunda longínqua. É só vocês prestarem atenção, dieta, exame médico, parar de fumar ou malhar, para a maioria das pessoas, fica para depois, muito depois.

Eu preciso fechar a boca, voltar a ler mais, dar um tempo de farras, pensar na pós graduação, resolver problemas no banco e visitar pessoas que amo (minha afilhada, tias e avós). Mas o que acontece? Fica tudo para a próxima segunda-feira.

Conheço muita gente que age dessa maneira. Pessoas que trabalham muito (ou pelo menos ficam muito tempo no local do trampo), vivem fora de casa, no meu caso, em mesas de bares (risos). Sempre o velho mau costume de adiar, adiar e adiar.

O problema é que o tempo voa, a vida passa depressa demais. Um dia desses eu estava curtindo a vida no anos 90, sem grandes preocupações. Às vezes é preciso acontecer alguma cagada para nos espertarmos. O velho tratamento de choque. Aí você trata de perder peso, parar de fumar, cortar sal, estudar, arrumar um emprego ou, pasmem, casar (cruzes).

Até pensei em aproveitar o ensejo e desligar o computador, pegar meus alteres e começar a malhar. Depois tomar um banho e ler uns 15 minutos antes de dormir. Mas querem saber de uma coisa? Começarei essa rotina na segunda, juro (com os dedos cruzados, claro).

                                                                                               

Meu mais novo amigo

Depoimento da Rita Torrinha ao Edgar Rodrigues, ambos são queridos colegas de trabalho, leiam:

Edgar Rodrigues, professor, poeta, escritor e jornalista amapaense.
    Meu mais novo amigo
                                                                    Por Rita Torrinha
Sabe aquele dia em que você tem vontade de mandar tudo para as cucuias? Quando você quer descontar no mundo suas aflições e as intempéries de seus problemas maus resolvidos? O início do meu dia de hoje foi assim. Acordei intolerante por lembrar e acompanhar uma série de injustiças, que prefiro manter as razões para mim, guardadas no coração.
Foi uma manhã de incredulidade com as pessoas, ceticismo em relação ao que é ou não verdadeiro. Perdoem a vagueza de meus sentimentos, mas há coisas as quais é melhor guardar para si. Embora escrever isto já tenha trazido certo conforto para a minha carcaça humana. Como disse no início deste desabafo, o início do meu dia foi assim, até que um carinha de porte físico “meninão”, estatura baixa, magrinho e sempre com o seu tênis a postos nos pés, que tive a honra de conhecer a pouco tempo e agora trabalhar ao seu lado, me tirou deste momento de amargura.
Já conhecia seu legado e tantas pessoas que ao tecerem comentários ao seu respeito, acabam se prendendo em elogios e ternura, diante da amizade gostosa e verdadeira que ele tem para dispensar a todos que lhe rodeiam.Este é o meu mais novo amigo e companheiro de trabalho Edgar Rodrigues. Homem simples, e ai de quem o chamar de senhor, que cativa no primeiro encontro. Profissional de várias facetas, historiador dos melhores, tarado por dados, de todo o conteúdo, claro, referentes ao seu amado Amapá.
Edgar possui um acervo pessoal de mais de 40 mil coisas a respeito deste Estado, referências históricas, cultura, biografias, educação………………………..até mesmo endereços de restaurantes e afins.Edgar é uma brisa aconchegante de conhecimento, conhecimento este que busca compartilhar com o mundo, com seus colegas, e não o conhecimento egoísta, que muitos grandes pensadores preferiram levar consigo para o túmulo a coletivizar com a humanidade.
Edgar tem a sabedoria da bonança, a meiguice de um velho rapaz, a clareza e discernimento que todo o sábio deve ter, a simplicidade rara, quando se fala de grandes homens. Sim, ele é digno de admiração. Este é o meu mais novo amigo Edgar Rodrigues, o cara que entusiasmado me contou histórias e lembranças de uma Macapá antiga, que abriu seu computador e me mostrou com entusiasmo fascinante alguns de seus milhares de estudos e tantas histórias garimpadas e arquivadas ao longo de seus mais de 40 anos de pesquisas.
No primeiro momento, eu, ainda blasfemando contra o mundo, não queria dar ouvidos a tantas histórias. Mas acompanhar aquela voz mansa, aconchegante, educada e, acima de tudo, ver o amor com que Edgar realiza cada tarefa que lhe é dispensada e o amor com que conta suas histórias e experiências, me fez entender o quão efêmero somos nós e o mundo, e todos os nossos problemas. Só temos duas soluções: resolver ou resolver, ou esperar que se resolva, ambas são angustiantes, quando a solução do problema não depende de você, mas é o jeito.
Só sei que depois de conversar com este pequeno-grande-homem, me peguei a escrever esta minha historinha, medíocre comparada as tantas de meu amigo filósofo, mas que me fez resgatar a sensibilidade de que, no fundo, no fundo, ainda existem pessoas boas e afáveis. Pessoas que têm o poder de modificar um momento e de fato ganhar a admiração gratuita de todos os que a cercam. Este é o meu mais novo amigo Edgar Rodrigues. Um cara que desde que cheguei ao Amapá já ouvia falar, mas que só agora tive a honra de conhecer.

A você, caro Edgar de Paula Rodrigues, todo o meu respeito e carinho.

Fatalidade ou negligência?

Lendo sobre a tragédia, ocorrida no último sábado (20), na Ponte do Rio Vila Nova, que liga Macapá ao município de Mazagão, quando vigas de concreto armado caíram sobre uma balsa de apoio e mataram três trabalhadores, me perguntei: Isto foi uma fatalidade ou negligência?

Fatalidades acontecem, não há explicações. Entretanto, alguns colegas escreveram sobre uma suposta pressão para a empresa CR Almeida entregar obra no próximo dia 27, por conta do ano eleitoral. Não sei, mas é preciso que os culpados (se houver algum) sejam responsabilizados. Vamos esperar o laudo técnico da fatalidade.

O sábado trágico foi noticiado pela mídia nacional. Como sempre, o Amapá só vira notícia lá fora quando o fato catastrófico. Fico na torcida para que as famílias sejam devidamente indenizadas e que o caso seja esclarecido.

Ê mestre, tu pensas que todo mundo é burro?

                                                                                                        Por Elton Tavares

O meu irmão, Emerson Tavares, reside, há 10 anos, em Belém (PA), mas vem á Macapá uma vez ao mês, á trabalho. Ele é contador e presta serviço para algumas empresas da capital amapaense. Contou-me ontem um lance engraçado, por causa da repercussão do caso “Adautogate”, sobre o suposto desvio de dinheiro público, pelo ex-secretário de educação do Amapá. 

Conforme o mano, em dezembro de 1997, ele estava quase reprovado em Matemática e não tinha estudado para o exame final. Emerson estudava no Núcleo Amapaense de Ensino (NAE), cujo proprietário era (ou é, sei lá) o professor Adauto Bittencourt, o mesmo também era diretor da instituição.

Foi então que o meu irmão convenceu um colega, CDF roxo, daqueles que só tirava notas 10 ou 9, á fazer a prova no seu lugar. O plano era o seguinte: “Fulano, entramos juntos na Sala, o exame não será aplicada pelo professor e sim por outra pessoa, eu pego a prova de quem faltar e tu pegas a minha”.

Os dois fizeram como combinado. Emerson pegou a prova de um tal Maurício, que havia faltado naquele dia. Como não sabia nada, desenhou uma grande árvore de natal nela, com a frase: “Feliz natal Adauto”, uma travessura adolescente (risos). O colega safo fechou a prova e os dois saíram da sala para comemorar a proeza ardilosa.

Mas passada 1h, um funcionário do NAE foi na frente do colégio e disparou: “Ei Emerson, para você ir lá com o Adauto”. Puta merda! A casa caiu, pensaram os dois. O colega inteligente botou o caderno debaixo do braço e foi embora para sua casa e mano para a diretoria.

Ao chegar à sala do diretor, viu as duas provas, na mesa do mesmo, uma ao lado da outra. Foi quando Adauto perguntou: “Qual dessas provas é a sua?” e o Emerson: “Essa aqui”, apontando a resolvida, claro. Adauto propôs a anulação das duas e que meu irmão fizesse um novo exame, passado por ele próprio, na diretoria.

Emerson não topou, foi quando Adauto disparou: “Ê mestre, tu pensas que todo mundo é burro?”. O mano foi reprovado, mas isso não o afetou e hoje é um empresário de sucesso. Diante dos atuais acontecimentos e denúncias contra Adauto Bittencourt, tanto eu, quanto o meu irmão, gostaríamos de perguntar ao secretário afastado por corrupção: “Ê mestre, tu pensas que todo mundo é burro?” (risos).