Agende-se

05/10 (Terça):

Projeto Botequim, no SESC/Centro, apresenta Ozéas Júnior com uma seleção Mesa de Bar, pra semana começar bem. A partir das 21h.

06/10 (Quarta):

Instrumental com convidados, no SESC/Centro. Clássicos e solos com guitarra e teclado, pra se envolver. A partir das 17h.

07/10 (Quinta):

Ozéas Júnior, no Bar do Francês (Jovino Dinoá/Ernestino Borges). MPB, Reggae, Rock e outros, com o precioso estilo Voz e Violão. A partir das 20hs.

Banda Amazon Music, no Norte das Águas (Complexo do Araxá). Instrumental de qualidade, tocando o melhor do Jazz, Blues e levadas de MPB e MPA. Alto nível. A partir das 22h.

08/10 (Sexta):

Bar Yellow Submarine (Orla Santa Inês), com um Pop/Rock de Voz e Violão no nível, tira-gosto, cerveja gelada e pra quem curte, tem um anexo com sessão na Miniramp. A partir das 18h.

Sexta Central (Mercado Central de Macapá). Música ao vivo com vários artistas amapaenses, tocando o melhor do barzinho. A partir das 19hs.

Rebecca Braga e Banda, no Rod’s Bar (Complexo do Araxá), o palco é montado fora do bar para o público ficar mais à vontade e o show toma um “Up” bem pertinho Rio Amazonas.

09/10 (Sábado):

Banda Tio Zé, no Bar do Francês (Jovino Dinoá/Ernestino Borges), com rock seleção e uma pitada de nostalgia. A partir das 21h.

8º Salão de Artes do SESC Amapá

O Serviço Social do Comércio abrirá, na próxima sexta-feira (1), ás 20h, na Galeria Antonio Munhoz Lopes, na sede do Sesc, zona Sul de Macapá, o” 8º Salão de Artes do SESC Amapá. Trata-se de um projeto instituído em 1996, bienal, que tem a proposta de analisar, favorecer o intercâmbio entre artistas locais e nacionais das artes visuais e a exposição de pintura, escultura, gravura, fotografia, objetos, desenhos, instalações, vídeo-arte, performances e intervenções urbanas, além do artista homenageado, que nesta 8ª edição será o amapaense Manoel Francisco Pessoa de Matos, Dekko.
A instituição preocupa-se desde a constituição da comissão de seleção, formada este ano por Carla Marinho Brito (AP), Carlosnake Martins Vera Filho (CE) e Carlos Bitu Cassundé (PE); capacitação para participantes (professores e monitores); montagem do Salão com curadoria especifica, este ano contando com Fabize Muinhos (PA) e visitações monitoradas.
O Salão de Artes trabalha com obras contemporâneas e funciona como instrumento de amadurecimento e reciclagem dos participantes e colaboração para a formação de cidadãos apreciadores, reflexivos e críticos em relação às experiências estéticas proporcionadas.
No dia 1º/outubro, serão premiadas as seguintes categorias:
1º categoria (fotografia, escultura, objeto, pintura, gravura e desenho): R$ 4mil
2º categoria (instalação, vídeo-arte, áudio-instalação, performance e intervenção urbana): R$ 3.500,00
5 Prêmios incentivo: R$1.000,00

PRÊMIOS AQUISITIVOS
Vitor Mizael Rubinatti Dias (Desenho) – SP
Dominique Allan Nunes de Souza (Vídeo-arte) – AP

PRÊMIOS INCENTIVOS
Pamela Pimentel dos Reis (Desenho) – ES
Diego de Sousa Santos (Desenho) – CE
Ghazia Iona Brito da Silva (Objeto) – AP
Ronne Franklim Carvalho Dias (Desenho) – AP
Bárbara Jussara de Azevedo Pinheiro (vídeo-arte) – SP
A lista completa, inclusive dos artistas que terão obras expostas está no site: www.sescamapa.com.br

O período do 8º Salão de Artes é de 1º de outubro a 1º de novembro de 2010.
Possíveis entrevistas contato com Aline Pacheco (técnica de artes visuais do SESC) 8122.6410 ou 3241.4440/ramal 257. A curadora está à disposição para falar sobre o Salão de artes, bem como o artista homenageado.
Juliana Coutinho – Ascom/ Sesc – AP

Um museu de grandes novidades

Texto de Renato Flecha, publicado no Caderno Batuque, do jornal “Correio do Amapá” – Edição de 26.09.2010

Alexandre Brito, o administrador que fez o MIS funcionar
A promoção de cultura no Amapá acelera a passos largos e em todas as suas vertentes. Em 2010, o setor audiovisual do Estado ganhou força. O Museu da Imagem e do Som do Amapá (MIS-AP), que foi fundado em 2007, intensificou suas ações.

O Museu funciona no segundo piso do Teatro das Bacabeiras, no centro de Macapá, e tem como missão preservar, mapear e divulgar registros audiovisuais referentes à história e cultura do Amapá, por meio de ações de educação patrimonial, eventos que promovam elementos de nossa cultura e ações de formação de produtores audiovisuais.

Parafraseando o poeta Cazuza, no MIS “eu vejo um museu de grandes novidades”. O Museu é aberto à visitação pública, de segunda à sexta, no horário comercial, de 9h às 12h e de 14h às 18h.
O responsável pelas ótimas ações do MIS é o diretor do Museu, o fotógrafo, jornalista e professor universitário, Alexandre Brito. Durante sua gestão, que iniciou em novembro de 2007, o administrador tem buscado realizar ações mais contundentes, que permitam ao MIS, se tornar um museu mais conhecido e, consequentemente, mais útil aos cidadãos amapaenses. O MIS é, dos museus existentes no Amapá, o único que disponibiliza seu acervo na internet, para que a cultura amapaense seja conhecida e minimamente pesquisada por qualquer pessoa que tenha acesso à rede mundial de computadores.
De acordo com Alexandre Brito, essas ações afirmativas passam, inevitavelmente, por um tratamento adequado do acervo, como: catalogação, digitalização e facilitação do acesso às fotografias, slides, vídeos, filmes e áudios que compõem a reserva técnica do MIS-AP. Segundo ele, as ações do MIS buscam cuidar da memória de nosso Estado e estimular a sociedade a conhecer-se melhor e a registrar suas práticas cotidianas como uma forma de valorização de seus saberes.
“E aqui estamos nós, buscando, diariamente, atingir essas metas. A tarefa não é fácil, mas também reconhecemos como extremamente necessária. Imagens e sons possuem a propriedade de carregar consigo muitas memórias. A preservação e difusão delas representam a possibilidade de levar às gerações futuras a chance de conhecer os modos de viver, fazer e pensar de seus antepassados”, explicou Alexandre Brito.
Enfatizou ainda, “Cuidar dessas memórias é uma das finalidades de um Museu da Imagem e do Som. Partindo da interação com essas lembranças, memórias ou registros audiovisuais, temos a oportunidade também de entender melhor nosso próprio presente, fortalecendo nossos laços e vínculos identitários e, ao mesmo tempo, adquirir maiores referências para agir ativamente no processo dinâmico da história e da cultura”.
Acervo
O acervo do MIS é composto por uma infinidade de suportes. Alguns deles estão em excelente estado de conservação e outros precisam de um cuidado especial, por estarem em processo de desgaste avançado. Por isso, é necessário que a digitalização aconteça da forma mais ágil possível. É nessa fase que a equipe está trabalhando nesse momento.
A prioridade estabelecida é para a digitalização das fotografias. Isso se justificativa pelo fato de ser ela o item do MIS mais procurado por pesquisadores e alunos dos ensinos Médio e Superior. Após essa etapa, o MIS iniciará a digitalização dos VHS, segundo item das demandas encaminhadas para o Museu.

O acervo do MIS se constitui de 13.000 fotografias impressas; 1.000 horas de vídeo em VHS; 150 horas em MiniDV; Películas super 8mm; Películas 35mm; Slides; Fitas K7; CDs; DVDs; Livros.
Projetos
Entre os projetos do Museu estão o “Histórias Daqui”, “Clube de Cinema”, além da “Digitalização de fotos históricas” do Amapá e Upload do acervo de parte do acervo para internet. O projeto Histórias Daqui busca gravar, com os artistas e moradores mais antigos do Estado, vídeos que possam registrar as memórias dessas pessoas a respeito do cotidiano da cidade e de suas memórias afetivas em relação à nossa cultura. Já o Clube de Cinema do MIS, que acontece em parceria com o Serviço Social do Comércio (SESC-AP), realiza reuniões quinzenais nas quais se projeta filmes para que o público possa refletir sobre cinema e vídeo. Esta ação busca estimular o estudo e a profissionalização dos produtores independentes do Amapá.
Eventos
Vários eventos foram realizados pelo MIS, entre os quais, cursos cinema e vídeo, curso de Fotografia, Produção, Direção, Roteiro e Iluminação para cinema e vídeo. Além das capacitações, o Museu promoveu o II Colóquio Amapaense de Fotografia e a I Maratona Fotográfica do MIS.
Resumo da ópera: o MIS é um espaço de criação, resgate e exposição cultural. Possui profissionais capacitados e comprometidos com o audiovisual local. Setor de grande relevância e eficiência, que ascende dentro de vários segmentos no Amapá. Faça uma visita ao MIS e conheça mais de nossa história, através de sons e imagens, uma verdadeira viagem no tempo.
As informações sobre o MIS estão disponíveis no blog do Museu, no endereço eletrônico: www.museudaimagemedosom.blogspot.com e e-mail para contato é: [email protected].

Grupo Pilão, 35 anos de música

Texto de André Mont’Alverne, publicado no caderno “Caderno Batuque”, do jornal “Correio do Amapá” – Edição de 26.09.2010

Grupo Pilão: Foto: Sônia Canto
Desde 1975, quando surgiu no III Festival Amapaense da Canção – FAC, realizado no auditório da Rádio Difusora de Macapá, o Grupo Pilão iniciou um percurso de valorização e divulgação da música local que influenciou diretamente na criação da identidade musical do Estado.

Naquele dia 23 de setembro de 1975, o Grupo Pilão nascia envolvido em polêmica, se apresentando ao público amapaense usando um pilão como instrumento de percussão na música “Geofobia”, que foi a canção preferida do público, porém ela foi ignorada pelo júri do Festival e desqualificada gerando forte matéria jornalística sob o título “Festival terminou com vaias ao júri caduco e alienado” (Jornal do Povo, Ano I, nº 82, de 27.09.75).

Após 35 anos o Grupo Pilão já realizou inúmeros shows, gravou três discos e divulgou a cultura amapaense no Brasil e no exterior. Hoje, poucos se lembram das músicas ganhadoras do histórico III FAC, no entanto “Geofobia”, que compõe o CD “Na Maré dos Tempos” de 1996, faz parte do imaginário musical amapaense.

Fundado por Fernando Canto, Bi Trindade e Juvenal Canto, atualmente o Grupo Pilão conta também com os músicos, Orivaldo Azevedo, Eduardo Canto e Leonardo Trindade. Com esta formação o grupo se mantém desde 1996.

A maioria das letras das músicas gravadas pelo Grupo Pilão é de autoria de Fernando Canto. Outros compositores como Bi Trindade, Eduardo Canto, Sílvio Leopoldo e Manoel Cordeiro têm músicas gravadas nos três CDs que compõem a discografia do Grupo.

É importante frisar a presença do maestro Manoel Cordeiro, responsável pelos arranjos superatuais e pela direção musical dos 3 CD’s que compõem a discografia do Pilão. Cordeiro, com sua vasta experiência em gravação de CD’s, deixa um legado instrumental empático que torna as músicas mais ricas.

A idéia do Grupo sempre foi a de valorização da cultura local e popular em todas as suas manifestações e algumas trazem um teor ideológico de natureza política que reflete a preocupação de seus componentes com os diversos momentos da ocupação amazônica e as transformações econômicas, ambientais e sociais que o Estado do Amapá enfrentou. Um exemplo disto são as canções “Pedra Negra” (Fernando Canto) sobre a exploração do manganês na Serra do Navio e Tumuc-Humac (Fernando Canto) sobre a preservação do meio ambiente.

Já a canção “Quando o Pau Quebrar” (Fernando Canto), participou em1974 do festival do SESC e TV Itacolomi em Belo Horizonte-MG e ficou em 2º lugar, simbolicamente é um desejo de luta contra a opressão que naquele momento histórico (1974) era representada pelo regime ditatorial dos militares. No contexto histórico estavam a Guerrilha do Araguaia e o episódio do “Engasga-Engasga” em Macapá, no qual ele foi envolvido e detido para interrogatório no quartel do Exército. A música também é uma expressão de raiva e esperança do compositor.

Todavia, a grande contribuição do Grupo Pilão para a música amapaense foi, certamente, a pesquisa de ritmos do folclore amazônico, como os do Marabaixo e do Batuque, de origem africana; do Coatá e das Folias ritualísticas que permitiu a realização do mapeamento musical do Estado do Amapá, bem como a difusão da cultura original de cada uma dessas manifestações.
Depois de ter sobrevivido por mais de três décadas, lutando bravamente em prol da nossa música, o Grupo Pilão prepara seu retorno em um grande show, com novas canções, a ser realizado no Centro de Cultura Negra, no início de dezembro. A apresentação será uma espécie de prestação de contas aos seus fãs mais fiéis e a todos aqueles que gostam da boa música regional.

Mostra de Música SESCanta 2010

Inscrições abertas para a seleção que irá participar da Mostra de Música SESCanta 2010. Evento anual que acontece em todo país e objetiva incentivar e dar oportunidade para toda comunidade artística local, além de contribuir para o enriquecimento da produção artística do Amapá ajudando a revelar novos poetas, músicos, letristas e grupos, etc. Neste ano o evento acontecerá nos dias 28 e 29 de outubro, às 20h no Salão de Eventos do SESC Araxá.
Em 2010, as inscrições para o processo de seleção da mostra serão realizadas de 01 de setembro a 01 de outubro, na casa da cultura do SESC Araxá (Av. Jovino Dinoá, 4311 – Beirol) no horário comercial. Os participantes terão de apresentar 03 músicas de autoria própria e de livre tendência musical, inclusive instrumental, que deverão ser inéditas e originais (aquelas que não tenham sido editadas em CD ou DVD com tiragem comercial e/ou premiadas em Mostras e/ou Festivais)
O regulamento já está disponível no site do SESC Amapá
Juliana Coutinho – Ascom/Sesc-AP

Graças à nova administração, Teatro das Bacabeiras funciona a todo vapor

Texto de André Mont’Alverne, publicado no “Correio do Amapá” – Edição de 19.09.2010

Teatro das Babeiras – Foto: Elton Tavares
O Teatro das Bacabeiras, local que tem a sublime missão de ser o centro cultural de Macapá, está, desde o início de agosto de 2010, sob nova administração. O produtor cultural Disney Furtado da Silva melhorou a forma de funcionamento da casa de espetáculos e a realização de eventos artístico-culturais na capital amapaense. De acordo com o administrador, em sua gestão, o espaço está mais acessível á classe artística de Macapá.

Conforme Disney, nessa nova fase, o Bacabeiras abriu as portas para a comunidade artística de todas as vertentes. Foi realizada uma reunião com as produtoras e grupos culturais locais, com o objetivo de identificar as demandas existentes no setor e resolvê-las. Hoje em dia, o Teatro, que fica localizado no centro de Macapá, está mais acessível, os movimentos culturais recebem as pautas do Bacabeiras, interando-se previamente de sua programação, as salas estão abertas para ensaios e a burocracia para o uso do Auditório foi minimizada. Enfim, antes tarde do que mais tarde.

Agora os artistas de gêneros diversos possuem orientação e apoio logístico, pois a administração adquiriu material especializado para desenvolver suas ações, inclusive na confecção de banners para a divulgação de eventos. Os funcionários do Teatro receberam treinamento para receber o artista e como ajudá-lo em suas atividades. Outra benfeitoria da nova administração foi na estrutura do Teatro, que passou por reparos e resolveu um antigo problema, a refrigeração do local.

Este apoio e preferência é primordial, fato que só se tornou possível quando um produtor cultural assumiu a casa de espetáculos e intensificou seu comprometimento com a arte amapaense, viabilizando assim o bom funcionamento do Bacabeiras. Neste período da nova administração, a o Teatro já recebeu companhias de Teatro do Nordeste e do Sul do Brasil.

Entre as ações que virão, estão as atividades e peças teatrais, a continuidade do “Projeto Escadaria”, que consiste em shows em frente à casa e o “Projeto Pano de Fundo”, que será realizado na parte de trás do Bacabeiras. Sobre o Pano de Fundo, Disney explicou que ele será diversificado, poderão ser exposições, shows, peças ou qualquer tipo de manifestação cultural.

“Estamos sanando pequenos problemas estruturais e nos aparelhando para que o artista se sinta bem, por que sem eles, o Teatro não funciona. Queremos que nosso espaço seja usado 80% do tempo em manifestações artísticas e somente 20% para eventos institucionais. O Bacabeiras está de portas abertas para os artistas amapaenses e comunidade em geral, nosso objetivo é cumprir nosso papel como casa de cultura de Macapá”, disse Disney Silva.
O Teatro

O Teatro das Bacabeiras foi inaugurado em 1992, com uma arquitetura moderna, é um dos grandes patrimônios arquitetônicos de Macapá. Sua capacidade é para 705 pessoas (sentadas). Um detalhe chama atenção, a acústica do Teatro é perfeita, elogiada por muitos os artistas de fora do Estado, que já se apresentaram na casa.

Dudé Viana, o “andarilho da canções”

Texto de Renato Flecha, publicado no “Correio do Amapá” – Edição de 19.09.2010
Capa do CD “Papo Show”
O cantor e compositor potiguar, Dudé Viana, realizou ontem (18), no Centro de Cultura Franco Amapaense, o show “Papo show – Isso só acontece comigo!”. Durante a apresentação, que durou cerca de 1h e 30 minuitos, o artista tocou e cantarolou canções de sua autoria, tipicamente nordestinas. O diferencial da apresentação foi a irreverência de Dudé, que, entre uma música e outra, contou histórias sobre situações inusitadas que lhe aconteceram ao longo dos 38 anos de carreira, tudo com muito bom humor. O objetivo do evento foi difundir a cultura musical e o entretenimento dos cidadãos macapaenses. A entrada da apresentação foi gratuita.

Segundo o compositor, que está na capital amapaense visitando familiares, seu show é uma espécie de monólogo sobre suas experiências. Conforme o músico, a ideia do “Papo Show” surgiu em 2007, depois que o artista se apresentou em Brasília (DF), em novembro de 2007, onde realizou um “talk show”, a pedido de jornalistas que admiram o seu trabalho.

Dudé já tocou nas principais capitais do Brasil, entre elas o Rio Grande do Norte, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e em Belo Horizonte. Também realizou shows internacionais, no Paraguai, Chile e Argentina. O músico iniciou sua carreira em 1972. Durante sua trajetória, gravou cinco discos, dois vinis e três CDs, além de duas coletâneas.
Por causa de suas melodias, Dedé recebeu o título de “Cidadão Fluminense”, da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, junto com o cantor Martinho da Vila. No alto dos seus 60 anos, o artista manteve, durante seu show, o público em contato com as boas vibrações de seu violão e sua voz.

Conforme Viana, que recebeu o apelido de “andarilho das canções”, musicará uma letra de Marabaixo, composta por seu primo, o servidor público Paulo Gurgel. Dudé, que canta e encanta, além de compositor, cantor e instrumentista, é um poeta em aprimoramento constante, um artista sedento pela cultura musical dos locais que visita e se apresenta. Ah, ia esquecendo, o homem é uma simpatia, fala manso e tem um papo muito agradável. É muito bom conhecer gente talentosa e boa praça.
“Minhas músicas são nordestinas na essência, mas, em minhas andanças, observei a musicalidade de cada cidade por onde passei, sorvendo cultura. Tanto é que, tenho composições em homenagem a cada uma delas e com o Amapá não será diferente. Pois o meio do mundo merece. Musicarei uma letra de Marabaixo, com um toque do nordeste, uma forma de interação musical e, consequentemdente, cultural. Esta canção entrará no meu próximo CD, que se chamará “O andarilho das canções”, assinalou o artista.

Nordeste Independente

Sílvio Carneiro é, antes de tudo, nordestino da Paraíba, há cinco anos residindo em Macapá (ele se define como mais um retirante nordestino que deixa sua terra natal para buscar melhoria de vida em outras terras desse Brasil sem fim).

É jornalista por formação e cantor e compositor por puro “enxerimento”, uma vez que sempre foi autodidata na música desde seus 8 anos de idade. Já teve algumas de suas músicas classificadas em festivais e gravadas por músicos amigos da Paraíba (segundo ele, “almas gentis e caridosas que não tinham mais o que fazer e acabaram gravando as músicas mesmo”).

Em Macapá, esta é a terceira apresentação de Sílvio Carneiro, que já fez por dois anos seguidos (2009 e 2010) tributos a Raul Seixas, o último recentemente no restaurante Prato de Barro, no início desse mês.

Agora Sílvio volta aos palcos no Projeto Botequim do SESC-AP, com o show intitulado Nordeste Independente, onde esse “cabra metido a cantador” vai interpretar músicas de grandes compositores nordestinos, tais como Alceu Valença, Belchior, Caetano Veloso, Chico César, Djavan, Geraldo Azevedo, Lenine, Raul Seixas (só pra não perder o costume), Zeca Baleiro, Zé Ramalho, entre outros.

O show Nordeste Independente acontece hoje,a partir das 22h, no SESC Centro (Pe. Júlio com Gen. Rondon, no centro da cidade). A entrada é gratuita e a cerveja é gelada e barata. Apareça lá, caso não tenha nada melhor pra fazer numa terça-feira pós feriadão!

13 de setembro

                                         Por Elton Tavares
João Espíndola, meu avô, um dos pioneiros do antigo Teritório Federal do Amapá.
Salve queridos leitores. Hoje, 13 de setembro é feriri, coisa boa numa segunda calorenta. A data comemora a criação do antigo “Território Federal do Amapá”. Eu amo o Amapá, sou natural daqui, minha família é pioneira e tals. Meu saudoso avô, João Espíndola Tavares, foi um dos grandes homens do antigo Território e do Estado do Amapá, tenho orgulho disso. Tive diversas oportunidades de ir embora para Belém (PA) e uma para Manaus (AM), mas eu gosto é daqui.

De acordo com a história: “O Território Federal do Amapá era o território federal equivalente ao atual estado do Amapá. Graças à brilhante defesa da diplomacia do Barão do Rio Branco, a Comissão de Arbitragem em Genebra, na Suíça, concedeu a posse do território disputado ao Brasil (1 de maio de 1900), incorporado ao Estado do Pará com o nome de Araguari.


Em plena Segunda Guerra Mundial, visando a fatores estratégicos e de desenvolvimento econômico, a região foi desmembrada do estado do Pará pelo Decreto-lei n° 5.812, de 13 de setembro de 1943, constituindo o Território Federal do Amapá.


A descoberta de ricas jazidas de manganês na Serra do Navio, em 1945, revolucionou a economia local.


Com a promulgação da Constituição brasileira de 1988, a 5 de Outubro, o Amapá foi elevado à categoria de Estado”.

E lá se foram 67 anos. Amanhã (14), completarei 34 verões, já viajei um pouco, já vivi muitas coisas boas e ruins. Por isso, acredito que este Estado será grande, pois tem muita á oferecer e explorar. Basta trabalharmos para isso. Abraços na geral e viva o Amapá!

A STEREOVITROLA DECOLA

Texto de André Mont’Alverne, publicado no “Correio do Amapá” – Edição de 12.09.2010

Banda amapaense stereovitrola
A banda Stereovitrola viajou na quinta- feira,(09), com destino a São Paulo, onde fará alguns shows na capital e no interior, e de lá segue direto para o Festival Vaca Amarela em Goiânia no dia 16/09. Este Festival contará também com os renomados Lobão e Velhas Virgens.

A banda tem a mesma formação desde 2004: Rubens (bateria), Anderson (guitarra), Marinho (contrabaixo), Wenderson-Matrix (sampler e sintetizadores), Otto Ramos (órgãos) e Patrick Oliveira (guitarras, ruídos e vocais).

Em entrevista poucas horas antes da viagem, os membros da banda Ruan Patrick e Wenderson Matrix falaram ao Correio do Amapá. Patrick, o líder da banda revelou que com o tempo, a função de guitarrista e vocalista da stereo – como a banda é chamada pela maioria dos seus fãs – deixou de ser um hobby, já que a cobrança por mais shows cresce na mesma medida em que seus admiradores.

Todos os integrantes possuem outras atividades. Atividades estas que financiaram os 2 discos que a banda carrega no currículo, “cada molécula é um ser” de 2006, eleito o 6° melhor single independente do Brasil pela Revista Senhor F de Brasília neste mesmo ano, e o álbum “No Espaço Liquido” lançado em Outubro de 2009.

Rubens trabalha em uma gráfica, Otto é membro do Coletivo Palafita, Matrix, trabalha com informática, Patrick, é enfermeiro e professor, Marinho e Anderson também são professores.

Segundo o líder da banda Ruan Patrick, as músicas da Stereovitrola falam basicamente sobre o comportamento das pessoas, do cotidiano e do cérebro humano. “Elas nascem no meu quarto. Eu crio a melodia e a letra, e nos ensaios, cada membro da banda vai acrescentando idéias e tudo é discutido entre todos”. Patrick revela também que a tecnologia veio para popularizar a música, e ela é importante tanto para os verdadeiros músicos, que estudam e leem partituras, quanto para os adolescentes que estão trancados nos seus quartos tentando criar alguma coisa: “não tem como reclamar da variedade de elementos que estão ao alcance de todos com a evolução tecnológica” afirma.

Quando perguntado sobre as influências da Banda, Patrick diz que a Banda gaúcha Jupter Maçã, é uma influencia direta, assim como a música da década de 90. Vale acrescentar que o guitarrista Ruan Patrick, foi guitarrista da Little Big, uma banda que se tornou muito conhecida nos anos 90, e naquela ocasião ele não se preocupava em compor, uma vez que o repertório da Little Big era de covers na sua maior parte, e quando eram feitas músicas próprias, que tinham uma forte influência do manguebit, a responsabilidade ficava com o Antônio Malária (ex-vocalista da já extinta Little Big).

A banda Little Big deu certo até 2003, quando se dispersou, e pouco tempo depois em uma viagem pra Belém-Pa, Patrick teve o primeiro contado com a cena undergroud de Belém: “foi em Belém que eu tive o primeiro baque, quando eu vi o show da banda paraense Suzanna Flag e notei que o público cantavam a música própria da banda”.

Na volta, Patrick integrou, a convite, na banda B Sides. Ele diz: “lembro como se fosse ontem: o Marinho e o A.J. foram na minha casa e eu estava desesperado por não tocar mais em nenhuma banda e pela insegurança de compor, mas mesmo assim eu já tinha algumas músicas semi prontas, que posteriormente se tornariam parte do repertório da Stereovitrola”.

Em 2004 o A.J. saiu da banda, e a Stereovitrola ganhou a formação que permanece atualmente. Wenderson Matrix conta que com a saída do A.J., que tocava essencialmente músicas covers, a Banda se fortaleceu e focou um objetivo: tocar músicas próprias.

A resposta do público não demorou, e pouco a pouco as músicas foram se tornando cada vez mais conhecidas diante dos fãs de rock amapaenses. Hoje é comum o uso de camisas da banda nas ruas de Macapá, assim como pessoas cantando suas músicas nas apresentações cada vez mais raras.

A Stereovitrola faz um som moderno, com composições inteligentes e arranjos bem elaborados, e já conseguiu a difícil tarefa de estabelecer um estilo próprio. Isto já foi mostrado em festivais em Belém e em Cuiabá, e isto pode ser notado facilmente no seu último e excelente álbum “No espaço Liquido”.

Segundo Patrick, os membros da banda estão ansiosos para gravar o próximo álbum, a fim de tentar transmitir em cd, a mesma atmosfera que a banda alcança nas apresentações ao vivo. Porém, com exceção da ajuda de alguns amigos, esses discos são custeados quase que inteiramente pelos próprios integrantes da banda.

O rock amapaense, que ultimamente vem ganhando espaço, tanto nas noites de Macapá, quanto nos diversos veículos que promovem a música alternativa pelo Brasil, também conta com outras bandas como: Godzila, Relis, Mini Box Lunar e Amaurose. Elas foram lembradas nessa entrevista. Patrick conta que, para fazer música, é importante ter uma biblioteca musical ampla e diversificada: “você precisa beber de várias fontes, porque se só ouvir muito determinado estilo ou banda, o máximo que você vai conseguir é soar igual” conta Patrick.

Os amapaenses apreciadores do rock and roll, de certa forma, estão indo junto com a Stereo nessa mini-turnê pelo Brasil, pois a Stereovitrola é a banda que segura as rédeas do rock amapaense e promete representar com autoridade o som alternativo do Amapá em terras distantes.

A diversidade de Rosa Moutinho, a nova artista amapaense

Texto de Renato Flecha, publicado no “Correio do Amapá” – Edição de 12.09.2010

Com o passar dos anos, a arte no Amapá vem ganhando destaque. Partindo desta premissa, visitei, na sexta-feira, (3), no Monumento do Marco Zero do Equador, a exposição de arte “Diversidades”, da artista plástica Rosa de Fátima Campbell Moutinho. Confesso que fui à mostra de maneira despretensiosa, a convite de um amigo. Apesar de não ser um grande conhecedor do assunto, me surpreendi com a qualidade das 63 obras ali expostas. Por meio delas, a artista declarou seu amor à sua terra natal, o município de Mazagão.

Na mostra, que foi realizada pela produtora Sônia Canto, no período de 3 a 9 de setembro, a nova artista amapaense encantou centenas de visitantes com a beleza e sutileza de suas peças. As pinturas e colagens possuem referências geográficas, contemplação à natureza, costumes e cotidiano nortista, tudo retratado de forma madura. Em suas telas, Rosa expressa sentimentos e características marcantes da nossa cultura e da Amazônia como um todo. As obras possuem um exuberante realismo, que reproduz madeira, mármore, paisagens e objetos com perfeição. As peças são únicas, não há nenhuma igual à outra.

Rosa Moutinho possui uma história artística meteórica e emocionante. Pedagoga aposentada de suas atividades na Universidade Federal do Pará (UFPA), a artista escolheu a pintura como terapia ocupacional. Em uma viagem de férias, feita à cidade de São Paulo (SP), em novembro de 2009, visitou uma exposição e ficou fascinada por arte.

Ao observar tamanho interesse pelas obras, um professor de Arte se ofereceu para ensinar-lhe técnicas de pintura. De acordo com a artista, em somente dois dias de aula, ela pintou cinco telas e não parou mais. Em apenas oito meses de carreira, a artista produziu mais de 100 peças, que expôs em três amostras: no Rio de Janeiro (RJ), em Belém (PA) e em Macapá, esta na semana passada. Por causa da boa repercussão, a artista já recebeu propostas para expor suas telas fora do Brasil.

Conforme a artista, suas influências são amapaenses e paraenses. O material utilizado por ela é o papel machê, em 80% das obras e com texturas diferentes. As peças são requintadas, pois são ornamentadas com pedras preciosas do Brasil, como Ônix, Ágata e Cordolina. Além de fios encerados, espelhos, placas de madeira e inox. Muitas peças foram vendidas nestas exposições, o apoio da família, amigos e ótima aceitação do público incentivaram a artista na nova e promissora carreira. Rosa possui uma vastidão de sentimentos e imaginação para suas criações.

Enganam-se aqueles que pensam que são as mãos da artista que produzem as obras ou que sua técnica e imaginação são o bastante para tal. Seus instintos e experimentações fizeram da exposição uma síntese dos padrões estéticos de uma artista apaixonada pela natureza. O resultado da busca pela auto-expressão e uma feliz propensão para o surpreendente. Na verdade, por conta da sensibilidade, as obras são produzidas pelo coração de Rosa Moutinho.

“Não faço arte apenas pintando, uso colagens e texturas. Fiquei feliz com um senhor que comprou algumas de minhas obras, que disse: ‘Com este talento, o que você está fazendo aqui?’. Este tipo de entusiasmo me dá forças e me inspira para continuar produzindo minhas telas e peças”, assinalou Rosa Moutinho.