Cagadas

Devaneiando aqui com os meus botões, sobre fatos inusitados do cotidiano, cheguei a óbvia conclusão: “ninguém está imune ao fator “cagada”. Às vezes tudo é planejado nos mínimos detalhes, mas na hora que você vai executar o plano, dá merda. Você fica invocadaço ou triste e vem logo o velho palavrão: “putaqueparéu!”.

Imprevistos acontecem em todo tipo de situação, seja você rico, pobre, negro, branco, idiota ou inteligente. É um tal de “se eu tivesse feito diferente” para cá, um tal de “foi má sorte para lá”, mas cagada não se explica, só se lamenta.

Claro que existem os casos em que você comete um vacilo e aquilo é o bastante para desorganizar o resto, uma espécie de efeito dominó. Quando a cagada é grande, até os caras mais cascudos esmurecem, o jeito é rir da própria desgraça (risos).

Já pensaram se o Buddy Holly, Ritchie Valens e Big Bopper, três grandes nomes da primeira fase do rock, não tivessem entrado naquele avião, em 1959? Se David Ames não tivesse entrado no carro da Julie Gianni, após sair da casa de Sofia Serrano, no filme Vanilla Sky? Se o Felipe Melo não tivesse sido convocado? O nome disso é cagada grande.

As imprevisíveis e inesplicáveis cagadas podem ser simples, frustrantes, malévolas, irreparáveis ou somente superáveis, depende do problema e da pessoa. Eu prefiro ficar puto com tais fatos inusitados, pior mesmo é ficar triste. É, cagadas acontecem, só precisamos de um banho de sal grosso, dicernimento e bom humor para lidar com elas (risos).

O Jardim das Flores Humanas

                                                    Por Raoni Holanda
Raoni Holanda, jornalista, blogueiro, compositor e vocalista da banda Godzilla. Além de um grande amigo meu – Foto: Camila Karina.
Era um Jardim feito de pessoas. Eram pessoas feitas de flores. Eram flores que formavam um imenso Jardim. Se você um dia disser que este Jardim existe, cortarão sua língua e arrancarão seus dedos. Se você um dia encontrar este Jardim, ficará louco. Mas se você não acreditar todos os dias na existência do Jardim, seu corpo murchará e sua alma definhará em pó.

Eu, quando ainda era jovem e ainda possuia coração pulsante, encontrei este Jardim e por ele caminhei, sentindo os pequenos corpos apetalados contorcendo-se e quebrando-se sob meus pés, soltando gritos de dor que para mim não passavam de doces sussurros.

Caminhei calmamente, pé ante pé, fumando um charuto novo, derrubando as cinzas recém queimadas sob os pequenos homens feitos de flores (ou flores feitas de homens, mas você já entendeu…). Após meia hora de caminhada pelo Jardim, sentei-me, o sol se punha, alaranjado aos fins da vista: rosa-vermelho-estático-pitoresco. Nos últimos minutos do entardecer as flores humanas tornaram-se rijas, ergueram seus rostos aos céus e cantaram, cada uma das centenas de milhares de flores, uma música diferente e incompreensível, que, misteriosamente, uniam-se e formavam uma única canção, cantada no idioma esquecido.

Confesso que tentei cantar junto às flores do Jardim; compreendi o que sua canção dizia, e você, se estivesse lá, talvez também compreendesse: falava sobre o tempo, só e simplesmente o tempo; mas tornei-me mudo, nenhum som saiu de minha boca.

Dez minutos se passaram e a canção acabou, o sol havia sumido, as flores fecharam-se e dormiram e o jardim ficou pálido e sombrio.

Acendi outro charuto e retornei, pisoteando as flores com ainda mais força. Cheguei até o enorme portão cinza, voltei-me e cuspi, enciumado, nas flores mais próximas. Fui embora. Desejei esquecer o pequeno caminho de terra que me levou até lá, próximo a árvore oca na densa floresta atrás da Vila, exatamente como no mapa de minha avó. Desejei esquecer o enorme portão e o olhar curioso de todas as pequenas flores humanas em seu Jardim esquecido. E esqueci. Esqueço-me cada dia um pouco mais. Mas tornei-me mudo para sempre.

Do bem? Nem tanto…

Em 2008, viajei até Manaus (AM) para um treinamento na sede da Rede Amazônica. Lá, conheci fuguras magnificas, mas uma delas se tornou uma grande amiga, a Juçara Menezes. A Miau, como a chamo carinhosamente, foi a pessoa que me treinou na época que iniciei no Portal Amazônia. 
Eu a odiava, mas com o passar do tempo, saquei que seus puxões de orelha ajudaram na formação do meu texto. A Jú agora tem blog, ela é ácida, sarcástica e muito inteligente (eu adoro isso), o seu endereço virtual é o http://pulganafarinha.blogspot.com/
 De lá retirei o texto abaixo, pois me indentifico com os malvados (risos). Leiam:

Do bem? Nem tanto…
                                                                                                                      Por Juçara Menezes
Gosto dos do mal, admito. Eles são mais fascinantes, convenhamos, mas há também os anti-herois igualmente encantadores. Os caras fazem o que é certo, com a leve diferença de execução.
Wolverine é do bem, mas nem tanto. Em suas histórias em quadrinhos, ele simplesmente mata seus oponentes. Ora, existe melhor jeito para exterminar esta raça, acabando com o mal pela raiz?
O médico Gregory House, do seriado de mesmo nome, é o melhor profissional do mundo fictício. Ele não desiste até achar a cura das enfermidades de seus pacientes, sempre os tratando com ironia e seus subordinados como tal, além de ter uma paixão nada secreta pela diretora do hospital, com quem vive às turras.
Dexter Morgan apareceu na minha vida e veio para ficar. O oficial forense é um serial killer que segue um código: matar somente assassinos que por falha da justiça, estão a solta. É um rapaz que presta um bom serviço a comunidade, no fim das contas, ajudando a tirar o lixo. Queria como meu vizinho.
E o Poderoso Chefão? Minha frase predileta: “O homem que não tem tempo para a família não é um homem de verdade!”.Na contramão, também tenho tendências a crueldades e coisas afins, mas só em pensamento. Faço de tudo para não prejudicar os outros e morro de medo de ter uma arma. Sabe Deus o que poderia acontecer, num momento de fúria (se bem que na última vez que vi uma, quase tive um troço).
As definições de bem e mal acabam se confundindo com estes personagens. Acho ótimo porque eu não assisto TV para achar o sentido da vida, mas para ter distração e inflar a vontade secreta de fazer igualzinho…

Eu odeio filas!!

                                                               Por Elton Tavares
Eu odeio filas, qualquer tipo de fila. É fila de banheiro (aquela no bar, quando a cerveja quer sair de todo jeito), fila para comungar (apesar de nunca ter feito “primeira comunhão” e nem crisma, eu tirava esse barato de comer hóstias, coisa de adolescente, risos) fila em telefone público de shopping center, enfim, filas em geral. Faço tudo para evitá-las e, na maioria das vezes, consigo, por meio de um amigo ou conhecido, sempre rola aquela velha furada.

Eu não entrava em filas nem para a merenda escolar, nos tempos de escola, era tachado de frescão, talvez seja isso mesmo. Outra do tempo de moleque era a fila da “maçadeira” (risos), para comprar açaí, o bom e velho petróleo da Amazônia. Devo sofrer de algum distúrbio “antiesperante”.

É bonito ver, em festas “Hi, Society”, aquela filona de figuras engomadas esperando sua vez de comer os quitutes do Buffet, por isso sempre vou forrado para esses eventos, só espero o gerçom vim com o goro (sim, eu sou chegado num goro, e daí?). A pior de todas as filas é a do banco. Ontem (30), fui sacar a minha grana, fim de mês, época de acertar compromissos, tempo contado, você tem que voltar para o trampo e coisa tal.

Fila de banco lotado é triste, o ar condicionado não suporta o calor emanado pela multidão, todo mundo mordido, com fome e cansado ou qualquer que seja o motivo. Fora aquele cheiro de suor, perfume e, (pasmem), peidos, muito escrôto! É, eu realmente odeio filas, infelizmente temos que aturá-las vez ou outra (risos).

Inimigos

                                                                  Por Elton Tavares
A maioria das pessoas que conheço tem um inimigo, desafeto ou, no mínimo, antipatia por alguém. Os rivais são percalços que encontramos na vida, temos que lidar com isso da melhor maneira possível. Mas como combatê-los sem nos tornarmos canalhas? Acho que a forma mais indicada é simplesmente ignorá-los, infelizmente, ainda estou aprendendo a fazer isso.

Eu tenho dezenas de amigos, mas acho que possuo pelo menos uns 10 desafetos fervorosos. Alguns deles já foram meus amigos, mas, por diferentes motivos, se tornaram meus rivais. Quem me conhece sabe, não sou anjo, não levo desaforo para casa, mas garanto que em 80% dos casos, estes figuras pisaram na bola.

Eu acho muito bacana o jeito de gente que contemporiza, minimiza e ignora seus oponentes. Isso os isola, eu queria ser assim. O importante nesse papo é que não procuro arrumar maneiras de ferrar os meus desafetos, espero a hora certa de ir a forra, a tal volta do anzol. Pois não sou nobre o suficiente para o “deixapralaísmo”.

Muitos deles visitam meu blog, só para falar aos outros dos meus escritos e pobres devaneios. Eu li em algum lugar a frase: “Quando meus inimigos deixarem de contar mentiras a meu respeito, paro de falar verdades sobre eles”, e é isso que faço. Esse papo me fez lembrar de um poema do Vítor Hugo. Nele, o escritor deseja uma série de coisas legais aos leitores, mas também deseja que todos tenhamos inimigos, leiam:

Poema Desejo – Vítor Hugo

Desejo primeiro que você ame,

E que amando, também seja amado.

E que se não for, seja breve em esquecer.

E que esquecendo, não guarde mágoa.

Desejo, pois, que não seja assim,

Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,

Que mesmo maus e inconseqüentes,

Sejam corajosos e fiéis,

E que pelo menos num deles

Você possa confiar sem duvidar.

E porque a vida é assim,

Desejo ainda que você tenha inimigos.

Nem muitos, nem poucos,

Mas na medida exata para que, algumas vezes,

Você se interpele a respeito

De suas próprias certezas.

E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,

Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,

Mas não insubstituível.

E que nos maus momentos,

Quando não restar mais nada,

Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,

Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,

Mas com os que erram muito e irremediavelmente,

E que fazendo bom uso dessa tolerância,

Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,

Não amadureça depressa demais,

E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer

E que sendo velho, não se dedique ao desespero.

Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e

É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,

Não o ano todo, mas apenas um dia.

Mas que nesse dia descubra

Que o riso diário é bom,

O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra ,

Com o máximo de urgência,

Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,

Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,

Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro

Erguer triunfante o seu canto matinal

Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,

Por mais minúscula que seja,

E acompanhe o seu crescimento,

Para que você saiba de quantas

Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,

Porque é preciso ser prático.

E que pelo menos uma vez por ano

Coloque um pouco dele

Na sua frente e diga “Isso é meu”,

Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,

Por ele e por você,

Mas que se morrer, você possa chorar

Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,

Tenha uma boa mulher,

E que sendo mulher,

Tenha um bom homem

E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,

E quando estiverem exaustos e sorridentes,

Ainda haja amor para recomeçar.

E se tudo isso acontecer,

Não tenho mais nada a te desejar “.

Circunstâncias

                                                     Por Elton Tavares
Eu, com o sorriso desenhado – By Camila Karina
Após algumas revelações, por sinal, impactantes (e olha que me chocar é bem difícil), saquei que, o que poderia causar um estrago muito grande em outra época, torna-se um tiro de festim no contexto atual. Estou diminuindo, aos poucos, minhas tempestades em copos d’água, graças!

Ta bom, vocês não estão entendendo porra nenhuma. Só estou afirmando que dependendo da circunstância, os problemas são maximizados ou minimizados, depende do seu atual estado de espírito e ótica com que a coisa é vista. Como estou com o meu “nãoligômetro” ligado e focado no trampo, uma grande cagada torna-se somente um peidinho, que incomoda no início, mas logo se dissipa no ar (risos). Chega de falar merda (literalmente).

O velho Nelson Rodrigues é que estava certo, precisamos SEMPRE ver “a vida como ela é”. Haja de acordo com sua consciência e o resto é resto. O que diabos você vai ganhar com isso? Bom, cabeça fria e paz de espírito, simples assim. Tenham todos uma ótima semana.

O infame domingo

                                                           Por Elton Tavares
Há pouco, durante uma conversa com uma amiga no MSN, falei que estava um tanto entediado hoje e ela também se queixou do infame domingo. Você está ferrado se você não sair de casa, não tem internet, TV á cabo, um bom filme ou um bom livro para ler no domingo.
A programação televisiva é pífia, com um formato chato e ultrapassado. E os apresentadores então? Todos os são medíocres. Fora aquela sensação de “acabou o final de semana, puta merda!” que o domingo trás (risos).
Tudo bem, domingo é dia de almoço de família, das velhinhas irem á missa e outras dominguices. No meu caso, domingo é ressaca (ás vezes moral), videogame, leitura e etc. No final das contas, é como dizem os velhos Titãs, na música Domingo:
“Domingo eu quero ver
o domingo passar
Domingo eu quero ver
o domingo acabar
Domingo eu quero ver
o domingo passar
Domingo eu quero ver
o domingo acabar..”

Foda-se!

Recebi este texto por e-mail e gostei muito. Quem não gostar ou achar irrelevante, recomendo que faça o que o título manda (risos). Leiam:
Foda-se!
                                                         Por Millôr Fernandes
O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de “foda-se!” que ela fala”. Existe algo mais libertário do que o conceito do “foda-se!”? O” foda-se!”aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor, reorganiza as coisas, me liberta. “Não quer sair comigo? Então foda-se!“.Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!” O direito ao “foda-se!”deveria estar assegurado na Constituição Federal”.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que ingará plenamente um dia. “Pra caralho”, por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que “pra caralho”? Pra caralho” tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho . O Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?
No gênero do “Pra caralho”, mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso “Nem fodendo!” O “Não, não e não!” é tampouco e nada eficaz e já em nenhuma credibilidade. O “Nem fodendo!” é irretorquível e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo: “Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!”. O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa, e você fecha os olhos e volta a curtir a sua musica.
Por sua vez, o “porra nenhuma!” atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente possível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um “é PHD porra nenhuma!”ou “ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!”. O “porra nenhuma”, como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os”aspone”,”chepone”,”repone” e mais recentemente o “prepone” – presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um “Puta que pariu!”, ou seu correlato “Pu-ta-que-o-pa-riu!!!”, falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante qualquer um “puta-que-o-pariu!” dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso “vai tomar no cu!”? E sua maravilhosa e reforçadora derivação “vai tomar no olho do seu cu!”. Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: Chega! Vai tomar no olho do seu cu!”. Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e sai à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: “Fodeu!”. E sua derivação mais avassaladora ainda: “Fodeu de vez!”. Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? “Fodeu de vez!”.
“Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!!!”

Sempre para a próxima segunda-feira

                                            Por Elton Tavares
Olá amigos. Eu estava aqui pensando sobre o que escrever, aí lembrei que tinha planejado retomar os exercícios físicos hoje (tô porrudo e preciso queimar um pouco do pirão e gelada), continuar aquele livro grossão, o qual eu li só metade. Mas o que sempre faço é adiar tudo para a próxima segunda-feira.

Se forem coisas escrôtas de se fazer então, fica para uma segunda longínqua. É só vocês prestarem atenção, dieta, exame médico, parar de fumar ou malhar, para a maioria das pessoas, fica para depois, muito depois.

Eu preciso fechar a boca, voltar a ler mais, dar um tempo de farras, pensar na pós graduação, resolver problemas no banco e visitar pessoas que amo (minha afilhada, tias e avós). Mas o que acontece? Fica tudo para a próxima segunda-feira.

Conheço muita gente que age dessa maneira. Pessoas que trabalham muito (ou pelo menos ficam muito tempo no local do trampo), vivem fora de casa, no meu caso, em mesas de bares (risos). Sempre o velho mau costume de adiar, adiar e adiar.

O problema é que o tempo voa, a vida passa depressa demais. Um dia desses eu estava curtindo a vida no anos 90, sem grandes preocupações. Às vezes é preciso acontecer alguma cagada para nos espertarmos. O velho tratamento de choque. Aí você trata de perder peso, parar de fumar, cortar sal, estudar, arrumar um emprego ou, pasmem, casar (cruzes).

Até pensei em aproveitar o ensejo e desligar o computador, pegar meus alteres e começar a malhar. Depois tomar um banho e ler uns 15 minutos antes de dormir. Mas querem saber de uma coisa? Começarei essa rotina na segunda, juro (com os dedos cruzados, claro).

                                                                                               

Eu sou chato, mas sou rock and roll

                                 Por Elton Tavares
Acredito que existem pequenos pecados que pagamos diariamente, de forma corriqueira. Hoje saí para a pauta com a equipe do trampo, eles são gente boa, caras legais mesmo, entretanto, me fizeram escutar brega, sertanejo e axé music. Eu sorria de minha pequena tortura, fazer o que?

Este pacote musical, que durou cerca de duas horas, deve ter pago pecados como pequenas ofensas, respostas tortas ou coisas assim. Juro que se isso se tornar rotina, chegarei ao inferno (acredito que o céu é para poucos) com menos currículo (risos).

Eu não disse nada aos colegas, não quis parecer antipático, mas foi chato praca. Sabem aquelas pessoas que não se encaixam no padrão convencional, mas não são totalmente anticonvencionais? Pois então, este gordo aqui é assim mesmo.

Dia destes, escutei de uma colega: “Jornalista tem que escutar de tudo, assistir de tudo e ler de tudo”, se depender disso, serei sempre limitado, pois gosto de dizer que não tenho preconceito musical, o que tenho é conceito mesmo. Tudo bem, eu sou chato para cacete, mas sou rock and roll (risos).                                                                                     

Free As A Bird !

John Lennon sabia das coisas

Free As A Bird – Livre Como Um Pássaro

John Lennon

Free As A Bird – Livre Como Um Pássaro

Free As A Bird,- Livre como um pássaro,

It’s the next best thing to be free as a bird.- É a próxima melhor coisa para ser livre como um pássaro.

Home, home and dry.- Em casa, em casa e seco.

Like a homing bird I fly, as a bird on wings.- Como um beija-flor eu voo, como um pássaro sobre asas.

Whatever happened to the life that we once knew – O que quer que tenha acontecido com a vida que nós uma vez conhecemos

Can we really live without each other – Nós realmente podemos viver um sem o outro?

Where did we lose the touch – Onde nós perdemos o contato?

That seemed to mean so much – Isso pareceu significar tanto

It always made me feel so – Isso sempre me fez sentir tão

Free as a bird,- Livre como um pássaro,

It’s the next best thing to be free as a bird. – É a próxima melhor coisa para ser livre como um pássaro.

Home, home and dry – Em casa, em casa e seco

Like a homing bird I fly, as bird on wingsWhatever happened to the life that we once knew – Como um beija-flor eu voo, como um pássaro sobre asas

Always made me feel soooo – O que quer que tenha acontecido com a vida que nós uma vez conhecemos

Sempre me fez sentir tãooo

Free – Livre



Free as a bird – Livre como um pássaro

It’s the next best thing to be – É a próxima melhor coisa para ser

Free as a bird – Livre como um pássaro

Free as a bird – Livre como um pássaro

Free as a bird.- Livre como um pássaro.

Rave no Circo?!!

                                                                                           Por Elton Tavares

Convidaram-me para uma rave que rolará, hoje (1), no Circo (o qual nem sei  o nome). Particularmente, acho um saco ver um bando de moleques (e também alguns velhotes como eu) se balançando ao som de música eletrônica e luzes atordoantes, ainda mais em um Circo.

Mas pensando bem, é apropriado, afinal, a maioria que frequentadores deste tipo de “vibe” (odeio esta gíria, termo ou seja lá o que for) são mesmo uns palhaços (risos).

No evento, denominado “Circus Sensation”, o chavão será: “Hoje tem bala? Tem sim senhor! Hoje tem pirulito? Tem sim senhor! E o palhaço, o que é? É maluco, isso sim!

Não que eu não goste da arte circense, claro que gosto. Não que eu nunca tenha ido em “baladas” do tipo, claro que fui, por isso sei que é palha.O importante para os eletrônicos é fritar e sacudir. Mas não eu, gosto mesmo é de biritar com trilhas sonoras mais refinadas, tipo samba, rock ou MPB.

Boêmia é legal, se vier acompanhada de cultura, melhor ainda. É como sempre digo, você pode discordar, mas esta é a minha opinião e ponto.

Sobre canalhas e cafajestes

Eu desconheço a maioria das datas fúteis, tudo bem que dia desses, falei sobre o “Dia do Goleiro”, mas é que gosto muito de futebol. Hoje (29) é o Dia do Canalha (pasmem!!). Agora me digam por que cargas d’água o “canalha” tem um dia? Tenha a santa paciência.
Entretanto, li hoje um artigo, muito interessante, do jornalista Renivaldo Costa, que escreveu as diferenças entre canalhas e cafajestes. Leiam:

 
Sobre canalhas e cafajestes
                                                                                                  Por Renivaldo Costa

Odeio os canalhas. São uma espécie asquerosa presente em todos os círculos sociais. O jornalismo, por exemplo, é pródigo de canalhas. Alguns, além de jornalistas, nas horas de folga são advogados, sociólogos e até psicólogos. Vivem da extorsão e da ameaça e, enganando os incautos, conseguem espaço em jornais, rádios e emissoras de TV.
Provavelmente por falta de referência, confundem o cana-lha com o cafajeste. São espécies distintas. O cafajeste, como diria Zeca Baleiro, parafraseando Nelson Rodrigues, é do tempo em que farmácia só vendia remédio, em que os ladrões eram elegantes e até os automóveis davam “bom dia”.
Para dirimir quaisquer dúvidas, pedi a um amigo, um legítimo cafajeste, que me fizesse um compêndio sobre o assunto, que passo a dividir com vocês agora:
O canalha transa com uma garota e sai contando pra todos os seus amigos pra tirar vantagem e descarta ela da sua lista. O cafajeste transa, conta só pra seus amigos mais chegados, mas mantém contato com a garota. Afinal ele pode precisar dos seus favores quando tiver na seca.
O canalha sai beijando todas que vê pela frente na balada. É muito legal ficar disputando com os amigos quem beija mais (afinal seu cérebro parou de se desenvolver aos 14 anos de idade). O cafajeste escolhe uma só, a mais interessante. Fica com ela a noite toda, troca até contatos, por que se não sair do lugar pra transar com ela, vai transar num ou-tro dia.
O canalha não sabe tratar bem uma mulher. É grosso, mal-educado, destrata pessoas humildes ou empregados como prova de superioridade. O cafajeste sabe quando e que intensidade agradar. Compra chocolate, bichinhos-bonitinhos-de-pelúcia e leva a restaurantes finos, com o único objetivo de fazer a mulher se sentir valorizada e assim alcançar seu objetivo, sexo.
O canalha é burro. Seu senso crítico limita-se a análise do gol mais bonito da semana ou de qual a mais gostosa do Big Brother. O cafajeste sabe se virar em qualquer assunto, se é necessário discutir sobre a moda da estação na frente de mulheres ele vira um estilista, se a garota é fã de Chopin ele se torna um freqüentador de concertos, etc
O canalha adora aparecer. Estufa o peito na frente das mulheres, faz piadas prontas, é o amigão de todo mundo e só sabe contar vantagem. O cafajeste não precisa de auto promoção, o boca a boca é feito pelas próprias pessoas que estão ao seu redor. Ele se adapta ao ambiente mudando sua perso-nalidade de acordo com a ocasião. Ou seja, um é pavão o ou-tro camaleão.
O canalha mente. O cafajeste omite.
O canalha não sabe elogiar. O cafajeste sabe elogiar os pontos-chaves da mulher, “nossa, lindo o seu cabelo”, “que sorriso”, “você emagreceu?”.
O canalha não sabe cuidar de mais de uma mulher. Acaba confundindo nomes, esquece de ligar pra uma, dá mais atenção pra outra, deixa pistas, etc. O cafajeste sabe tratar todas por igual, quando não está afim de sair com uma ele liga ou manda um sms “bonitinho” pra não perder contato. E mesmo que a mulher saiba que ele é um cafajeste, ele a faz crer que é especial e que pode rolar algo sério.
O canalha deixa pista. Seu scrapbook é lotado de reca-dinhos de mulheres, no subtitle do seu msn ele cita nomes de mulheres, seu celular está cheio de mensagens comprometedoras e sua mãe sempre entrega o jogo (“o fulano saiu com uma amiga”). O cafajeste apaga todas as pistas, seu scrapbook é apagado diariamente, o msn tem nicks abrangentes que podem ser adaptados pra qualquer uma (“Que saudades de você”), o celular nunca tem mensagens, e sua mãe é grande aliada pois ele sempre diz pra ela que foi na casa de um amigo.
Por fim, canalha é substantivo, cafajeste adjetivo.