Carta de Satanás

Ontem eu te vi quando começava o seu dia. Acordou e nem sequer orou ao seu Deus. Ou melhor, durante todo o dia você não orou, e nem lembrou de abençoar sua comida. Você é muito ingrato para com o seu Deus, e isso em você me agrada muito. Eu também gosto da enorme fraqueza que sempre demonstra no que diz respeito ao seu crescimento espiritual, em ser um cristão.

Raramente lê a Bíblia e quando faz está cansado. Não medita no que lê, ora quase nada, além disso, muitas vezes diz palavras que não analisa. Por qualquer pretexto chega tarde ou falta ao seu culto de ensino. E o que falar de suas murmurações? Temos assistido muitos filmes juntos, sem falar nas vezes que fomos juntos ao teatro, à have, ao cinema, à balada, quantas coisas! Lembra daquele dia da tua fraqueza com aquela linda pessoa? Oh como foi bom!

Mas o mais me agrada é que você não se arrepende, talvez se arrependa mas não quer mudar, e não tem forças e sabe porque? hahahahaha….eu estou do seu lado e vou te enfraquecer o quanto puder pra você se perder! Você pensa ser jovem e tem que aproveitar a vida, pensa só na carne e acredita que precisa ser salvo para a eternidade. Não há duvida você é um dos meus, mas eu tenho que dizer que um dia você vai ficar velho e vou rir de você quando de bengala procurar um deus por aí, ou na cama entrevado querer ir à igreja e eu não vou deixar, porque você é um dos meus!

Amo as piadas vergonhosas que você conta e que também escuta. Você ri delas, eu também rio de ver um filho que conhece a Deus participando disto. O fato é que nos sentimos bem. A música vulgar e de duplo sentido que você escuta me agrada demais. Como você sabe quais são os grupos que eu gosto de escutar? Também adoro quando murmura e se revolta contra o seu Deus, e diz que não tem forças, ora mas desiste e dorme, sente medo a noite mas me adora sem saber, faz minhas vontades, está nas trevas..e vou te levar cada vez mais pro fundo do poço…até aquele dia em que vai arder comigo no fogo!

Sinto-me feliz quando vejo você dançando e fazendo estes movimentos sensuais, eles me fascinam. Como isso me agrada!!! Você quer se encontrar comigo qualquer dia destes???

Certamente quando você está se divertindo saudavelmente, fico triste, mas sem problema, sempre haverá outra oportunidade. Tem vezes que me faz coisas incríveis, quando da mal exemplo as crianças ou quando os autoriza para perderem a sua inocência através da televisão, musicas ou coisas do gênero. Eles são tão espertos que imitam facilmente tudo o vêem. Muito obrigado.

O que mais me agrada é que poucas vezes tenho que te tentar, quase sempre cai por conta própria. Você busca os melhores momentos, se expõe as situações perigosas, me dando lugar!

Se tivesse cabeça mudaria de ambiente e de companhias; buscaria a palavra de Deus e entregaria realmente a tua vida aquele que você chama de Deus e, ainda mais, viveria o resto de seus anos sob a orientação do Espírito Santo.

Não tenho costume de enviar este tipo de mensagem, mas você é tão acomodado espiritualmente que não acredito que vá mudar nada. Não me entenda mal, eu te odeio e não te dou a mínima. Se eu te busco é porque você me satisfaz com as tuas atitudes e faz cair em ridículo a Jesus Cristo.

Assinado Teu inimigo que te odeia: Satanás ou como queira me chamar.

(P.S. Se realmente me amas, não mostre à ninguém mais esta carta.)


Meu comentário: Recebi este texto por e-mail e achei interessante e engraçado. Uma boa reflexão para os religiosos e os que não gostam do tema. Ah, o “P.S.” é ótimo (risos).

Cancioneiro jornalístico

Do Gutemberg ao portal – Tim Maia
Você não soube apurar – Blitz
O bêbado é o jornalista – Elis Regina
Geração Copia-e-Cola – Legião Urbana
Repórter velha (é que faz matéria boa) – Sérgio Reis
É bom para o jornal – Rita Cadillac
Chuva de pauta – Gal Costa
Pescoções psicodélicos – Lobão
É proibido filmar – Roberto Carlos
Não deixe o impresso morrer – Alcione
Tomar café (café não costuma faiá) – Gilberto Gil
Ilusão de estudante – Milton Nascimento
Codinome Assessor – Cazuza
Agora só falta escrever – Rita Lee
Liberdade pra dentro da imprensa – Natiruts

Descolado? Não! Deixa eu assim mesmo.

                                                Por Elton Tavares 

                                                                                             

Hoje me peguei imaginando como seria se eu fosse como a maioria. Sim, se eu fosse bregueiro, pagodeiro, freqüentador de boites e fosse “eclético” (desculpa recorrente do mau gosto musical de 9 entre 10 amapaenses).

Talvez vibrasse com os comercias de TV (como já vi várias pessoas fazerem) quando anunciam o vigésimo “show” de Leandro Leart (é assim que se escreve o nome daquele merda?), bandas de brega, cantores de Funck ou micaretas com alguma atração baiana manjada.

Talvez esperasse a chegada do domingo para ir (sujo, de chinelo e bermuda, por ter passado o dia bebendo em alguma domingueira) para o pagode. Quem sabe, até pagaria de safo nos clubes freqüentados por adolescentes.

Quem sabe seria um desses novos fãs de sertanojo, que se multiplicam como gremilis à cada chuva que cai em Macapá. Ah, de repente eu poderia gostar das bandas que só tocam o “mais do mesmo” nos barzinhos “descolados” da cidade e usasse as palavras “balada” e “vibe” (risos).
Pensando nisso tudo, prefiro ser estranho e continuar curtindo as poucas (e cada vez mais raras em Macapá) festas de rock, escutar MPB e Samba de verdade com a família. Só para constar, não sou tão estranho assim, aguardo ansioso pelo Carnaval. Sobre ser descolado, deixa eu assim mesmo.

CÉREBRO

CÉREBRO (por John Scott)

 

Universo,
Eco,
Oco do inverso.
Massa cinzenta,
Jamais serás atômica
E tão pouco desvendada.
Explosão,
Distorção,
Criação da confusão.
Veias,
Vias,
Rodovias: artérias que se entrelaçam.

Que passam,
Se arrastam nos túneis.
Negros buracos?
Quando irão entender-te?
Incógnitas,
Incógnitas,
Incógnitas,
Como o cosmo!

NOTA DO AUTOR: “Cérebro” é uma composição poética dedicada às pessoas portadoras do distúrbio de autismo e de Alzheimer. Autismo, que desenvolve comportamento não comum no indivíduo ao ponto de ensimesmar-se (isolar-se no seu próprio mundo) e, Alzheimer, que é a doença degenerativa do cérebro, que produz atrofia progressiva, perda da memória, etc.
Esse órgão do corpo humano é tão misterioso quanto os buracos negros existentes na Via Láctea. Poesia escrita em 1993, em Belém do Pará, minha cidade natal.

Devemos nos preparar para matar ETs?

                                         

A revista Philosophical Transactions, publicada pela sociedade científica britânica Royal Society, adverte em sua última edição que os Governos do mundo deveriam se preparar para um possível encontro com uma civilização extraterrestre, que poderia ser violenta.

A publicação, que este mês dedica um número completo ao tema da vida extraterrestre, argumenta que se o processo de evolução seguir em todo o universo padrões darwinistas, tal como ocorre na Terra, as formas de vida que entrariam em contato com os seres humanos poderiam “ter tendência à violência e à exploração dos recursos”.

Por esse motivo, os cientistas reivindicam que a Organização das Nações Unidas (ONU) configurem um grupo de trabalho dedicado a assuntos extraterrestres com a capacidade de delinear um plano a ser seguido em caso de contato alienígena.

“Devemos estar preparados para o pior no caso de encontrarmos uma civilização extraterrestre”, alerta o professor de paleobiologia evolutiva na Universidade de Cambridge, Simon Conway Morris, que considera que a vida biológica deve ter em todo o universo características similares às da terra.

Morris acredita que se existem alienígenas inteligentes “são parecidos conosco”, algo que, “diante da nossa não muito gloriosa história”, deveria “nos fazer refletir”.

Meu comente sobre isso é: Prevenir sempre foi melhor do que remediar.Vamos nos preaparar para, se preciso, matarmos ETs (risos).

Filosofadas

“Gosto não se discute, questiona-se.”

“Quem avisa alguma coisa quer.”

“Não tá fácil prá ninguém, mas para alguns tá menos difícil!”

“A inveja é uma merda, mas é também uma força criativa.”

“É melhor queimar o filme do que enferrujar a máquina.”

“Ao entendedor indócil meias palavras não bastam.”

“Se a sorte bater a sua porta, não abra, pois se fosse mesmo a sorte encontraria a porta aberta.”

“Quando você estiver atravessando um momento difícil, olhe para os dois lados.”

“Não existem mais verdades absolutas, a única que resta é aquela que está escrita no seu contra-cheque.”

“Sempre que a saudade bater, revide.”

“A vida social é o suicídio de todos os bêbados.”

“O importante não é chamar a atenção da mídia, mas sim da caixa registradora!”

“Do que não se pode falar, deve-se beber.”

“Quando você simpatiza com a estupidez, é porque já começou a pensar como um idiota.”

“Nunca é tarde para ir embora cedo.”

“O que não é visto se desconfia.”

“O ideal é uma meta que precisa ser repensada.”

“Experiência é aquilo que se ganha quando não se consegue o que quer.”

“Quando for chutar o pau da barraca, certifique-se de estar do lado de fora.”

“A masturbação é a maior prova da imaginação do homem.”

“O que não se nasce sabendo se aprende errando.”

“Deus é justo e verdadeiro, mas costuma fazer de conta que não é com ele.”

“O ‘quase’ é a fantasia mais comum de todos os derrotados.”

“Todo mundo é culpado até que se pague o contrário.”

“Aqueles deslumbrados pelo próprio passado em geral não possuem muito futuro.”

“O tempo é o senhor do entretenimento.”

“Casamento é como uma TV a cabo de um canal só: sempre a mesma coisa e nunca passa o canal de esportes.”

“Se você é feio, pobre, burro, e mesmo assim tem um monte de mulher dando em cima de você. Só tem uma explicação: Você mora embaixo de um puteiro”
Fonte: ZeroZen

No Mundo da Lua

Acho que o Mr Gorsky nem queria mais……O que fica na memória é o inusitado…..

No dia 20 de julho de 1969, Neil Armstrong, comandante do módulo Lunar Apolo 11, se converteu no primeiro ser humano que pisou na lua.

Suas primeiras palavras ao pisar no nosso satélite foram: “Este é um pequeno passo para o ser humano, mas um salto gigantesco para a humanidade”.

Estas palavras foram transmitidas para a terra e ouvidas por milhares de pessoas. Justamente antes de voltar à nave, Armstrong fez um comentário enigmático: “Boa sorte, sr. Gorsky.”

Muita gente na NASA pensou que foi um comentário sobre algum astronauta soviético. No entanto, depois de checado, verificaram que não havia nenhum Gorsky no programa espacial russo ou americano. Através dos anos, muita gente perguntou-lhe sobre o significado daquela frase sobre Gorsky, e ele sempre respondia com um sorriso.

Em 5 de julho de 1995, Armstrong se encontrava na Baia de Tampa, respondendo perguntas depois de uma conferência, quando um repórter lembrou-lhe sobre a frase que ele havia pronunciado 26 anos atrás.

Desta vez, finalmente Armstrong aceitou responder. O sr. Gorsky havia morrido e agora Armstrong sentia que podia esclarecer a dúvida.

É o seguinte:

Em 1938, sendo ainda criança em uma pequena cidade do meio oeste americano, Neil estava jogando baseball com um amigo no pátio da sua casa. A bola voou longe e foi parar no jardim ao lado, perto de uma janela da casa vizinha. Seus vizinhos eram a senhora e o senhor Gorsky. Quando Neil agachou-se para pegar a bola, escutou que a senhora Gorsky gritava para o senhor Gorsky:

“O quê? Sexo anal? Você quer sexo anal? Sabe quando você vai comer a minha bunda? Só no dia que o homem caminhar na lua!”.

Por isto, o astronauta Armstrong mandou o recado direto da lua: “Boa sorte, sr. Gorsky !”

Fonte: Meu amigo Farofa e seus e-mails geniais.

COISAS IMPRESCINDÍVEIS QUE AINDA NÃO FORAM INVENTADAS

                                                                                  Por Mercedes Gameiro

HORMÔNIO DA TERCEIRA DENTIÇÃO:

Agora que o ser humano está vivendo mais, vai precisar de dentes por mais tempo e não vai querer perder tempo com coisas pre-históricas como dentistas.

SLEEPING-SHAPEKEEPER:

Aparelho que “malha enquanto você dorme”. Você conecta alguns eletrodos e, quando acordar pela manhã, terá corrido 10 km e feito uma hora de pilates ou atividade a escolher. Tudo sem acordar nem para fazer xixi.

WEIRD MOOD TRANSLATOR:

Aparelho que traduz aquela cara estranha que seu marido fez quando você contou seus planos para o fim de semana, ou para a nova decoração da casa. É acionado à menção da frase: “Não…nada…”

CALORIES EVAPORATOR:

Apresentação: Provavelmente um comprimido.

Indicação: ataque de gula.

Posologia: 1 comprimido após a ingestão de um Big Mac, uma coca grande, uma batata grande e um Sunday de chocolate.

Ação do medicamento: Evapora o alimento consumido, permitindo assim que o paciente coma à vontade sem que calorias sejam absorvidas pelo organismo.

DESINTEGRADOR DE CHATOS:

Não preciso explicar isso.

DEMAQUILANTE AUTOMÁTICO:

(encomendado por Carol Garofani).

Parece uma toca de banho, só que maior. Antes de dormir, enquanto você faz o último xixi do dia, coloque a toca cobrindo o rosto e os fones no ouvido. O demaquilante vem com MP3 para você não achar tedioso. Em menos de 2 minutos, a toca demaquilante remove sua maquilagem, tonifica e hidrata sua pele.

A toca demaquilante vem em dois modelos: Before30 e After30. A versão After30 vem com creme anti-age.

MSN BLOCK FOREVER:

Você bloqueia a criatura, e mesmo que ele baixe 300 programas para tentar descobrir, você nunca vai receber um e-mail dele dizendo que acha que você o bloqueou por engano.

Este programa também impede seu computador de adicionar ao MSN, Orkut, MySpace, Facebook, AIM ou seja o que for, pessoas com nomes começados por mais de 1 símbolo, ou contendo as palavras Jesus, te, ama, fofinha, gostoso, pegador, ou diminutivos em geral.

Tornei-me a 69

                                                                                     Por Denise Muniz

Não achei que tornar-me a 69 de uma biografia de paixões de um cinqüentão fosse tão difícil de dirimir. O número, aparentemente inofensivo, entalou em meu tubo muscular. E somente atravessou minha epiglote quando me vi em meio às gargalhadas da minha trupe que, naquele memorável momento, assistia à revelação: “ELA foi a 69 de minha lista”.

Naquele segundo de manifestação de alguém que sarcasticamente me dispensara no ar, em rede de TV local, imaginei-me representando aquele algarismo. Caramba, tinha que ser o 69? De qualquer forma, está tudo bem, ao menos estou a oito à frente da 77ª, última posição do Kama Sutra.

É claro que, de “vento em popa”, preferia ter estado na posição 5. Assim, o teria ajoelhado sob meu mastro, fazendo manobras audaciosas como se fosse meu timoneiro levando-me ao estado de nirvana.

Não tenho certeza se naquele instante, em meio a toda aquela chacota, senti ira ou regozijo. Confirmei apenas que “a vida é uma comédia”, mas não como a de Vida Vlatt, em que todos os minutos são divertidos e hilários, afinal, protagonizamos as Luzinetes, Ofrásias, Saras Goldman, Carmelas e Madames Raymunda Clinton Abravanel (as cinco personagens interpretadas na peça) especialmente em seus momentos mais sinistros.

De qualquer forma, tenho de ver que não é de todo ruim. O 69 não atrai as minhas aspirações sexuais, mas, como as bundas, também é paixão nacional. Então, estou em confortável posição.

Até porque essa condição não levará muito tempo. Logo um novo Maru aterrissará em minha zona trancafiada e, então, habitarei novo arranjo.

Vida perfeita?!

Em forma, mais feliz, mais produtivo, confortável, sem beber demais, exercícios regulares na academia 3 vezes por semana, se relacionando melhor com seus sócios e empregados, à vontade, comendo bem, nada de comidas de microondas e gorduras saturadas, um motorista mais paciente e melhor, um carro mais seguro, um bebê sorrindo no banco de trás, dormindo melhor sem pesadelos, sem paranoia, cuidadoso com todos os animais, nunca lavando aranhas nos buracos das tomadas, mantendo contato com velhos amigos, desfrutar de uma bebida de vez em quando, Frequentemente checar o crédito no banco, favores por favores, apaixonado, mas não amando, ordens permanentes de caridade, aos domingos super-mercados, não matar, ou colocar água fervente em formigas, lavar o carro também aos domingos, já sem medo do escuro ou das sombras do meio-dia, nada tão ridiculamente adolescente e deseperado, nada tão infantil, em um ritmo melhor, mais devagar e calculado, sem chance de escapar, agora empregado de si mesmo, um membro da sociedade informado e habilitado, idealismo, não pragmatismo, não vai chorar em público, menos chances de doenças, pneus que aderem no molhado, foto do bebê com cinto de segurança no banco traseiro, uma boa memória, ainda chora em um filme bom, ainda beija com saliva, não mais vazio e frenético como um gato amarrado a um pedaço de pau, que é levado à merda do inverno congelado, a capacidade de rir de fraqueza, calmo, em forma, saudável e mais produtivo. Um porco em uma gaiola de antibióticos.

Fitter Happier – Radiohead

Sem idéias

                                        Por Elton Tavares
Ando meio sem idéias para textos legais nesta página, “meio desligado”, como diriam os Mutantes. Acho que é porque não estou lendo o suficiente, já que a “leitura precede a palavra. Além disso, meus fantasmas estão com tudo, me devastam interiormente. Uma série de contrariedades me corrói, asfixiando-me bem devagar.

Existe muralha imensa, intransponível e implacável. Por conta dela, enxergo a inevitabilidade do desenrolar. Ando cansado e cansando. Um monte de pequenas coisas que, quando somadas, viram um coisão. E por não querer desistir e não querer perder, tenho a impressão que existe uma bigorna sobre os meus ombros.

Bom, sigo lutando contra a entre safra de boas idéias, reproduzindo textos alheios e providenciando exorcismo dos meus demônios, pois como disse o saudoso Renato Manfredini, mais conhecido como Russo, na música “Metal contra as nuvens”:

“E nossa história não estará, pelo avesso assim, sem final feliz. Teremos coisas bonitas pra contar e até lá, vamos viver. Temos muito ainda por fazer, não olhe pra trás, apenas começamos. O mundo começa agora, ahh! Apenas começamos”

A difícil arte de assumir os próprios erros

                                                                                         Por Elton Tavares

Uma e trinta e seis da manhã, penso aqui com meus botões: Assumir erros é sempre difícil, sejam eles grandes ou pequenos. As pessoas egoístas e orgulhosas são portadoras dessa deficiência (eu também sou egoísta e orgulhoso, mas muito menos que antes). Seus problemas são sempre maiores (ás vezes são mesmo), seus motivos são sempre mais relevantes e seus argumentos são, quase sempre, fracos.

Nestes casos, é melhor repensar os atos, pessoas podem ficar magoadas desnecessariamente. Podem ocorrer rompimentos com amigos, colegas ou conjugue, por “besteira”. Afinal, transferir a responsabilidade de falhas para os outros é mais cômodo. A coisa acontece de forma desapercebida, pois as figuras que fazem isso acreditam na sua total ausência de culpa.

É bacana quando a pesssoa reconhece o sua falha, mas essas figuras não arregam, acham que estão sempre do lado mais pesado da gangorra, minimizando a opnião dos outros. Eles são sempre os certos e a humanidade é que está errada. Aí pode se preparar, porque o bicho vai pegar!

Eu assumo meus erros. Não é fácil, dói no orgulho. Não, não é fácil para quem tem uma porrada de defeitos. Mas eu me esforço. Hoje em dia, consigo até pedir desculpas. Acho que o bom senso chega junto com a idade (tudo bem, nem sempre).

Não muito legal com algumas pessoas que conheci e jamais poderei corrigir isso. Mas me tornei uma pessoa melhor e o que importa é daqui para frente. Não me prendo à lamentações, só acho que tudo na vida é uma via de mão dupla, a tal reciprocidade.  Pensem nisso.

Protesto de terça

                                                                                             Por Elton Tavares

Pensando aqui com os meus botões, cheguei a conclusão que sou um “estranho chato”, pois eu penso. Vejo os outros, os legais, eles são idiotas, mas são muito bacanões. Levam vidas comuns, como gado, gostam do que os outros gostam, vão para onde todo mundo vai, escutam o que todos escutam, freqüentam boites e academias, possuem muitos “amigos”, acompanham a moda, são baladeiros, não perdem micaretas (diversão preferida de nove entre 10 cidadãos locais), sim, aquele momento de insanidade coletiva que os bacanas pagam para participar. Sufoco por sufoco, prefiro um show de rock and roll. Enfim, não são chatos.
Mas querem saber? Eu, filho mais velho de uma família de classe média baixa, adoro ser um estranho chato, levar uma vida fora do comum é muito mais interessante. As pessoas “superbacanas” são medíocres, não lêem livros, escutam músicas ruins (sim, ruins. Não tenho preconceito musical, tenho é conceito mesmo), freqüentam locais onde todos querem parecer mais ricos do que são, não assistem filmes (só se for dublado, porque legenda da dor de cabeça). Essas criaturas julgam pessoas pelo que elas possuem, agregam valor ao indivíduo.
Serei mais claro, já escutei diversas vezes frases fúteis do tipo: “Fulano do Golf preto” ou “Ciclano, dono da loja tal” ou “Beltrano, chefe do setor” tal. Grandes merdas, eu gosto de gente legal, inteligente e, sobretudo, de bom caráter. Pode ser liso, granado, preto, branco, homo ou hétero. Não sendo um merda do tipo que descrevi, está valendo. É, e no final das contas nós, os chatos, que somos estranhos. Pois não vivemos em cima da esteira da velha linha de montagem do cidadão comum.
Sou chegado em um bom papo, mas assisto Chaves e outras besteiras. Leio livros, mas jogo videogame. Enalteço músicos e artistas e desprezo a maioria das pessoas “bem sucedidas” (aos olhos da sociedade), patrícias, playbas e afins. Sempre existiu reciprocidade entre eu e o High Society, nós nos odiamos. Não atribuo valor aos outros pelos que eles possuem, mas sim pelo que são. Acredito que dinheiro deve ser gasto em felicidade e bem estar das pessoas e não em boçalidades e vaidades afins.
É ótimo presenciar o sucesso das pessoas, quem trabalha e compra suas coisas legais e tals, mas não pensa que é mais por ter mais. Vitória não é ter carro e mulheres fúteis, mas conhecimento, amigos, família e, é claro, um amor.
Falando nos bacanas, muitos deles possuem diversas máscaras. Odeio gente que muda de acordo com o circulo que frequenta. No meio da família é uma coisa, dos amigos é outra, no trabalho então, coloca mais uma máscara. Elas devem sofrer de esquizofrenia alucinatória, com ira narcisista involuntária (filme Eu, eu mesmo e Irene).
É por isso que os chatos estranhos não são amigos de todos, porque possuem preconceito intelectual, não admitem os superbacanas por perto. Eu to precisando atualizar o cérebro, preciso ler algo novo, preciso escutar bandas novas e assistir filmes cults. É irônico, mas no final das contas, nós, os chatos é que somos estranhos (risos).
“Temos, há muito tempo, guardado dentro de nós, um silêncio bastante parecido com estupidez” – Eduardo Galeano.