Como ser um grande escritor, por Charles Bukowski (hoje é aniversário do “velho safado”)


Hoje (16), faz 93 anos que nasceu Charles Bukowski, o “Velho Safado”. Por isso, reposto este texto do escritor PHoda! Leiam: 

Bukowski dá a receita no poema “como ser um grande escritor” do livro O amor é um cão dos diabos:

Como ser um grande escritor, por Charles Bukowski

você tem que trepar com um grande número de mulheres
belas mulheres
e escrever uns poucos e decentes poemas de amor.

não se preocupe com a idade
e/ou com os talentos frescos e recém-chegados;

apenas beba mais cerveja
mais e mais cerveja

e vá às corridas pelo menos uma vez por
semana

e vença
se possível.

aprender a vencer é difícil –
qualquer frouxo pode ser um bom perdedor.

e não se esqueça do Brahms
e do Bach e também da sua
cerveja.

não exagere no exercício.

durma até o meio-dia.

evite cartões de crédito
ou pagar qualquer conta
no prazo.

lembre-se que nenhum rabo no mundo
vale mais do que 50 pratas
(em 1977).

e se você tem a capacidade de amar
ame primeiro a si mesmo
mas esteja sempre alerta para a possibilidade de uma derrota total
mesmo que a razão para esta derrota
pareça certa ou errada

um gosto precoce da morte não é necessariamente uma cosa má.

fique longe de igrejas e bares e museus,
e como a aranha seja
paciente
o tempo é a cruz de todos
mais o
exílio
a derrota
a traição

todo este esgoto.

fique com a cerveja.

a cerveja é o sangue contínuo.

uma amante contínua.

arranje uma grande máquina de escrever
e assim como os passos que sobem e descem
do lado de fora de sua janela

bata na máquina
bata forte

faça disso um combate de pesos pesados

faça como o touro no momento do primeiro ataque

e lembre dos velhos cães
que brigavam tão bem?
Hemingway, Céline, Dostoiévski, Hamsun.

se você pensa que eles não ficaram loucos
em quartos apertados
assim como este em que agora você está

sem mulheres
sem comida
sem esperança

então você não está pronto.

beba mais cerveja.
há tempo.
e se não há
está tudo certo
também.


* Dica do amigo jornalista Kleber Soares.

Devaneio de quinta: você corre atrás de realizar ou engaveta seus sonhos?


Salve, querido leitorado deste blog. Hoje, ao refletir com meus botões, saquei que ando muito bem quando o assunto é realizar sonhos. De alguns meses para cá, colho frutos da mudança de comportamento. Sim, a mudança de atitude é fundamental para alcançar objetivos. 
Trabalho e corro atrás, sempre com honestidade e franqueza. E muita sorte! Nunca fui sonhador de só esperar algo acontecer e sim de fazer acontecer. Basta ter foco e caráter. Além disso, sempre soube que Deus é meu brother. 

Falo da vida em geral. Sou grato a tanta gente por isso que é difícil enumerar. Sobretudo a minha família. Pois foram tantos perrengues, quedas e levantadas. Tudo experiência de vida da qual tirei boas lições.

Eu já quis ser administrador, advogado e, finalmente jornalista. Acertei na última tentativa e vivo feliz com minha profissão. Também sou feliz na vida afetiva, amorosa e familiar. Mas isso foi construído com o tempo, na base do entendimento e percepção de situações e pessoas.
Sim, já realizei muitos sonhos, mas ainda faltam tantos, sem falar nos que surgem de repente. Como diz o poeta: sonhos não envelhecem. Portanto, corra atrás e nunca deixe de sonhar!

Sucesso pra família e todos os meus amigos. É isso! 

Elton Tavares

Devaneio reflexivo de segunda-feira


Hoje, durante um devaneio reflexivo, descobri que, pasmem, amadureci (antes tarde que nunca). Tornei-me um profissional razoável e responsável. Com a simpatia, compreensão e amizade de muitos. Sem modéstia, digo: faço por merecer. E agradeço todos os dias por isso. 

Fora do trampo, no âmbito familiar e social, trabalho para ser sempre atencioso, simpático, educado e cuidadoso. E arrisco dizer que até uma pessoa mais serena, apesar de ciumento e ranzinza. Mas é importante frisar: sem fingir. 

Apesar de mais maduro, continuo verdadeiro. Não me tornei e nunca me tornarei artificial ou falso. Gosto de ser gente (boa gente).  

Hoje em dia, tento ser coerente. Nem sempre consigo, mas sempre tento. Afinal, a gente aprende com decepções do passado. Tanto as que sofremos, quanto as que causamos. 

Continuo esteticamente prejudicado e mal-diagramado. Sim, feio. Mas inteligente. Disso posso me gabar. Também prossigo politicamente incorreto, louco por birita, mas fugindo de encrenca, menos arrogante, menos anti-social, muito menos doidão e chato. 

Mentira, continuo chato pra caramba. Só que mais caseiro, um pouco menos brigão e muito apaixonado pela vida. E sempre tendo esses lapsos de imaginação em doses cavalares. 

Enfim, ocorreram mudanças positivas, mas a essência é a mesma. Resultado: felicidade. É isso! 

Elton Tavares

Devaneio de hoje: Não preciso e preciso

Eu não preciso dizer que sou um tanto quanto cabeça dura. Sim, sou teimoso. Mas também não preciso provar que sou honesto, quem me conhece sabe disso. Também não preciso reforçar que não sou anjo, pois tenho uma porrada de defeitos, como todo mundo, um lado bom e outro mal. 

Não preciso que me cobrem, pois sempre honro compromissos junto aos meus credores. Não preciso que me digam o que fazer no trabalho e sim que me orientem como. Mas é preciso respeito, sempre. 

Não preciso da opinião de quem não gosta de mim. Pois ela é quase sempre tendenciosa, maldosa e ofensiva. Mas preciso das críticas dos que me são caros, uma vez que estes sim querem que eu pare d errar. 

Não preciso mais me iludir, mas preciso seguir sonhando. Não preciso fingir. Não preciso de máscaras, uma para cada grupo ou local. Mas preciso que entendam que eu sou eu, sempre! 

Não preciso, mas adoro, falar do meu amor pelo meu trabalho. E preciso sempre dizer “eu te amo” a familiares, namorada e alguns amigos. Meu saudoso pai me ensinou que é importante dizer a quem amamos que os amamos, todos os dias. “É que eu preciso dizer que eu te amo!”

Não preciso provar nada para quem sabe quem eu sou. Muito menos para quem não sabe, pois estes não me importam. Mas preciso manter uma postura ética e coerente. Nem sempre é fácil. 

Não preciso de falsos sorrisos, mas preciso do carinho dos parentes e amigos que amo. Não preciso mudar para morar dentro de corações amigos, mas preciso me adequar para ter o seu, sempre! E vice-versa. 

Enfim, não preciso falar de tristezas. Somente de alegrias, pois são elas é que dão gás para vivermos. O resto é preciso esquecer. 

Elton Tavares

Devaneio de quarta-feira: Sinto falta!


Pensando aqui com meus botões, comecei a devanear sobre as coisas que me fazem falta. O pensamento voou e identificou saudades de todos os tamanhos e pequenas carências do cotidiano.  

Sinto falta do meu pai, a maior falta da minha vida. Do meu irmão que mora em Belém (PA), que me brinda de tempos em tempos com sua presença. 

Sinto falta dos velhos amigos, os que me distanciei por conta de pedras em minhas mãos e dos que não tenho contato hoje em dia por conta dos afazeres da vida. 

Sinto falta do cotidiano frenético de redações, da velha equipe de trabalho (briguenta e foda nas coberturas de pauta). Sinto falta de poder comer porcaria sem receio de ficar maior do que estou. Sinto falta dos tempos que bebia muito e não tinha ressaca. Sinto falta dos meus velhos vinis, fitas cassetes e CD’s de Rock. 

Sinto falta de tremer ao entregar um boletim de notas escolares, de chegar na casa da minha avó e sempre ter algo guardado para eu comer. Sinto falta de promover festas de rock e de viajar com frequência. 

Sinto falta do tempo que era mais bonito (ou menos feio), mais ingênuo, mais empolgado, menos duro, desconfiado e cético em relação ao mundo (e quase todos que nele vivem). 

Sinto falta de passar horas jogando videogame e falando merda com aquele bando de sacanas. Também sinto falta de uma boa briga. Sim, sinto saudade da infância, da adolescência e dos 20 e poucos anos. 

Sinto falta de bons lugares para ir em Macapá, parece que antes tinham tantos. Sinto falta do passado, não todo, somente da parte feliz e de tudo que ficou lá. 

Sinto falta de escrever uma boa crônica. Sinto falta mesmo é de ficar o tempo todo contigo. Pois a tua ausência em somente um dia me faz muita falta. E como faz!

Elton Tavares

Egoisticamente falando (@Cortezolli)


Alguns escritos são como uma necessidade louca de organizar pensamentos que de tão verborrágicos se não forem transcritos, podem resultar numa dor de cabeça horrorosa e acabar com a bipolaridade de qualquer um.

As pessoas com tal característica nem sempre escrevem para alguém em específico, ou um perfil, nada assim e, os textos mais gostosos de saborear nem sempre tem a intenção de agradar a todos. Tudo apenas flui.

Aliás, esse lance de querer agradar é tão irritante. Pensar no que os outros vão pensar escraviza até o mais descolado. E falar “egoisticamente” soa mais verdadeiro, bem como antipático, como poucas pessoas gostam de assumir. Eu gosto!

Enrolei um monte para falar egoisticamente direto com você. De um jeito bem sem cerimônia, do tipo que invade a sua casa, se esparrama no sofá e diz que você poderia ser alguém diferente se quisesse. Já pegou nojo? Rs rs.

Ainda falando sobre os pensamentos, experimentou lembrar a origem deles, fazer a viagem inversa?

Pára tudo! E, se de repente fosse possível não pensar em nada, ouvir o silêncio, tudo bem essa segunda opção é humanamente possível depois da terceira dose de absinto, vai por mim.  Mas, e se fosse possível? O que o silêncio nos diria?

Ouvir tantos fatos ou hipóteses durante o dia te obriga a desejar outros tantos e, inteligência é artigo cada vez mais raro no mercado. Além de ser viciante, você quer sempre mais e aumentar a quantidade. Depois de um período longo exposto a esse item, você se torna menos vulnerável, mais exigente… E a liga não bate com facilidade.

Outro dia, meu vazio costumeiro atingiu escalas maiores que o aceitável, então busquei qualquer inspiração que ocupasse minha mente, prendesse meus pensamentos, nem sempre bons e/ou aproveitáveis pra render um texto interessante. Li quase todas as postagens do facebook. 

A cada frase cujo autor não era aquele assinado ao final, tinha vontade de gritar. Os erros grotescos, não assassinavam a língua portuguesa, desmoralizavam seu corpo sem vida com requintes de crueldade. Crime hediondo!

Me vi ali irritada com tanta gente que necessitava ser admirada, demonstrando aquela carência habitual, proliferando a ignorância do auge da soberba de tal maneira… E para quê?

Quem melhor que nós mesmos para nos acharmos? Mesmo que às vezes estar perdido, em pensamentos ou na vida, nos sugira a melhor alternativa!

Deveria ser criado o dia do “egoisticamente correto ou incorreto” como queira. Falar o que sente de verdade, se houver quem goste beleza, se não, tanto faz. 

Acredito que não seja somente a inteligência que esteja em falta, careça espontaneidade também. Usamos tecnologias todos os dias, somos quase escravos, mas ainda estamos no comando, nunca seremos os robôs. Ou seremos? O que você diria “egoisticamente falando”?

Hellen Cortezolli

(In) Sana (@Cortezolli)

Como não lembrar Machado de Assis e seu “Alienista”? Deveras uma leitura que até hoje faz parte de meu repertório, principalmente a provocação sobre quem inventou a sanidade ou a loucura.

Mas, iniciar deste modo é tão provocante quanto às diversidades contidas nas conversas de amigas numa tarde qualquer, regadas a riso, tour gastronômico, abordagens políticas da atualidade e a velha máxima de não necessariamente ter “opinião formada sobre tudo”, parafraseando Raul Seixas. 

Loucuras! 

Contudo, quem definiu o que é loucura?  Felicidade às 15h de uma tarde de sol é inapropriado? Tão óbvio não é mesmo?! Que tal a mesma façanha num dia cinza, frio, cuja semana traz consigo todas as expectativas da última do mês de junho? Admiro muito a existência dos porquês. 

De volta à premissa da loucura, que deu início a esse raciocínio ilógico, mas de longe até que obtém sucesso na extração de estranhezas sobre sua essência, ou não… 
Campus UFSM/RS por Hellen Cortezolli
Quisera uma tarde de sol, de um dia de semana, depois de todos os afazeres burocráticos da rotina de uma grande / média /pequena cidade, sentar embaixo de uma árvore e saborear o clima e o gosto de um bom livro. 

Boa semana para nós que sexta-feira está logo ali, porque mais relativo que o tempo e a loucura, é o modo com o qual encaramos nossos dias! 

Hellen Cortezolli

Devaneio de segunda: Altruísmo? Não. É caráter e bom senso.


Em meio ao perrengue cotidiano, a maioria das pessoas não são gentis, nem educadas, sequer dão um bom dia, boa tarde ou boa noite aos outros. Ajudar estranhos então, nem pensar. Primeira coisa que dizem é: “não é meu parente” ou “antes ele do que eu” e ainda “azar dele, sorte minha”. É impressionante como muitas pessoas são tão pequenas. Foda ser “aquele garoto que ia mudar o mundo e que agora assiste a tudo em cima do muro”. É uma merda viver assim, eu lhes digo.

Não sou uma pessoa altruísta, muito menos um anjo de candura, mas trato todos cortesmente, com respeito e educação. E, quando posso, ajudo.  

Conceito de altruísmo: comportamento encontrado nos seres humanos e outros seres vivos, em que as ações de um indivíduo beneficiam outrem. É sinônimo de filantropia. No sentido comum do termo, é muitas vezes percebida, também, como sinônimo de solidariedade. A palavra “altruísmo” foi cunhada em 1831 pelo filósofo francês Augusto Comte para caracterizar o conjunto das disposições humanas (individuais e coletivas) que inclinam os seres humanos a dedicarem-se aos outros.

Aí dirão que sou egoísta. Sim, confesso, sou. Mas discordo da discórdia, pois em situações adversas, o ímpeto de auxiliar alguém é automático. Aliás, meu irmão, Emerson (figura fantástica que Deus me deu de presente), também é assim. Foram tantas situações em que todos se omitiram (o que é uma filhadaputisse), mas eu e mano não. Não, não fazemos de nossas vidas instrumentos da luz, porém, em determinadas circunstâncias, aplicamos os valores que nos foram passados pelos nossos pais. 

Sabe aquele negócio de ajudar quem cai na rua, tirar carro de estranho do bueiro, auxiliar cadeirante, ceder a vez ou o lugar para sentar, defender pessoas de idiotas que as humilham, engrossar o caldo e, se preciso for, rezar uma missa em latim de trás pra frente? Sim, brigar pelo certo, sem necessariamente ter algum benefício com isso? Então, é o que fazemos. E disso sim, podemos nos gabar. 

Claro que isso não nos faz pessoas nobres, mas certamente faz toda a diferença para os que recebem tais gentilezas ou pequenos favores. 

A lista de melhorias no processo pessoal de evolução é expressiva. É, ainda erramos um bocado. Mas a gente já safou muitos amigos e alguns estranhos de carências e adversidades. Sabe por quê? Somos gente. Gente de verdade. Que cai dentro da porrada, puxa a fila, ri, sangra e chora. 

Confesso que sou intolerante com algumas figuras. Muito mais que meu nobre irmão. Afinal, o convívio com babacas é processo que tive que fazer na minha vida. Eu faço a minha parte, não encho o saco de ninguém. Se eu puder ajudar, ajudo. Sejam eles amigos, conhecidos ou estranhos. Mas é preciso ter coragem, vontade, atitude e hombridade. E não se trata de porra nenhuma de altruísmo. Mas sim de caráter e bom senso. Pense nisso! 

Elton Tavares

Faça o certo e não esqueça: é fundamental respirar para não pirar


Na vida temos duas opções: trabalhar para alcançar a felicidade (no âmbito familiar, afetivo e profissional) ou tentar atalhar para encontrá-la (o que quase nunca dá certo). Este equilíbrio satisfatório é a soma de fatores e decisões que tomamos. Ok, até aí, nenhuma novidade. Mas em muitos momentos não é tão óbvio assim.  

Eu me norteio pelos meus princípios éticos, experiência, postura profissional, franqueza, sinceridade, honestidade e a ideia clara de aprendizado continuo. Sim, a duras penas, entendi que crescemos como pessoas de bem por meio de nossas aventuras e desventuras. 

Idealizar um projeto embasado no que foi dito é fácil. Fazer com condições limitadas é outro papo. Detesto palpites desarticulados, melindres exagerados e, sobretudo, garantias tão firmes quanto gato em teto de zinco quente. 

O que me deixa invocadaço no primeiro momento, mas aprendi que fazer merda é uma espécie de bumerangue. Sempre vai e volta. Ação e reação. Já dei uma de doido muitas vezes. Na maioria delas, fui condenado à marginalidade. Só você pode fazer o melhor para sua vida. Portanto, faça o certo. 

Agora, quando você faz a coisa do jeito correto e mesmo assim tem um filho da puta que te atrapalha (o que com certeza te deixa caralisticamnete puto) uma coisa é fundamental: respirar para não pirar. Pense nisso e boa sexta-feira! 

Elton Tavares

O feriado de Corpus Christi (Como diz Rita Lee: “nada melhor do que não fazer nada”)


Não sou religioso, mas amo os feriados. Pois trabalho muito e mereço um descansozinho de vez em quando. Mesmo que seja através da religião.  Agora vamos por partes. Corpus Christi é um feriado móvel marcado 40 dias antes da páscoa. Certo? Certo. O conceito diz: “Corpus Christi” é o sacramento da última Santa Ceia celebrada por Jesus Cristo antes de sua morte na cruz do Calvário. 

A Bíblia, livro de maior sucesso de todos os tempos (para muitos é pura mitologia) diz que: “E quando comiam, Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos seus discípulos, e disse: ‘Tomai, comei, isto é o meu corpo’. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: ‘Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados’.” (Bíblia Sagrada. Mt. 26:26-28)

Uma superstição popular afirma que, se Corpus Christi caísse no dia de São João,o mundo se acabaria. Com bolas de fogo, explosões e tals. 

No ano de 1943, aconteceu a tal coincidência de datas, mas o mundo não acabou. Resumindo, apesar de não ser carola, minha família é religiosa e eu respeito a fé alheia. E aqui estamos nós, em outro feriadão. Como diz Rita Lee: “nada melhor do que não fazer nada…”. Às vezes, claro. 

Elton Tavares

Às vezes, todo mundo me odeia

 
Por conta da minha mania de datar acontecimentos (anos, 80, lá pelos anos 90, início dos anos 2000), a colega de trampo, Karen Pimenta, disse que pareço o Cris, do seriado Everybody Hates Chris (Todo Mundo Odeia o Chris), que sempre começa suas histórias com “Brooklin, 1985…”. Dei valor na contextualização. Afinal, às vezes, todo mundo meu odeia!
 
Elton Tavares

 

Pequenas historias do Dia-dia: diálogo


Creusa era uma mulher a moda antiga, casou cedo a labuta sempre presente.
Não curtiu nada de sua vida, antes que pudesse respirar veio o primeiro filho: Oswaldo.

Criança normal, brincalhona, inteligente um tanto quanto sapeca, como é normal em sua idade.

A relação entre Creusa e Oswaldo se fortaleceu muito quando Benedito o marido fugiu com a malabarista do circo.

Creusa não se abalou nem um pouco, seguiu em frente, trabalhou muito. Tinha pouco mais era o melhor.

Um dia ao chegar em casa um pouco mais cedo, estafada tinha terminado mais uma faxina, era a quarta naquele dia, se deparou com uma cena que nunca esperou ver:

Paulinho, molecote, recém chegado na vila, dezoito anos encontrava-se nu com o corpo em cima das costas de Sabrina.

-O que esta acontecendo aqui? Indagou uma assustada Creusa.
-Calma mãe, não é nada disso que a senhora esta pensando. Explicou “Sabrina”.
-Calma Dona Creusa, disse um quase sem voz Paulinho.
-A vida é assim mesmo, mãe quando menos esperamos temos surpresas. Disse Sabrina.
-Mas como? Pergunta Creusa
-Nos olhamos e nos gostamos, há muito tempo queremos nos encontrar. Argumentou Sabrina
-É mamãe fique feliz.
-Mas Oswaldo não te criei assim.
-Oswaldo????? Entrou em duvida Paulinho.
– Sabrina você é Homem?
-Até dois meses atrás eu era. Responde um Oswaldo/Sabrina com um termino sorriso cínico.

POBRE CREUSA, DE TANTO TRABALHAR, NÃO REPAROU O QUE ACONTECIA NA PRÓPRIA CASA.

Marcelo Guido

Devaneio de domingo: Às vezes, mas e o sempre!

Às vezes falo/escrevo bobagens de qualquer jeito, mas na tentativa de não ser injusto, sempre com os valores em que acredito. Às vezes agrado, mas em outras, causo repulsa, sempre com o papo reto, sincero e franco. 


Às vezes me rendo ao pop, mas em muitos casos é passageiro, sigo sempre ouvindo os classicões. Às vezes sou meio maluco, mas sigo com as drogas lícitas, sempre mantendo o respeito.

Às vezes piro por causa desse gênio caralhante, mas aprendi a pedir desculpas, agora sempre que for preciso. Às vezes não tenho o controle sobre o que sinto, mas tento disfarçar, sempre fracasso nisso. 

Às vezes acho bacana algumas coisas nos outros, mas não em mim, sempre gostei de não ser “féchion”. Às vezes borçalizo, mas na maioria das vezes me contenho, sempre uso a auto-ironia como escudo. 

Às vezes dou risada de coisas que deveriam nos chocar, mas é por causa do meu jeito estúpido de ser, sempre culpa do meu gostar à bruta. Às vezes brigo, discuto, vou pra porrada, mas sei que é preciso botar em prática o velho chavão hippie-comunista: “Paz e amor”. 

Às vezes realizo sonhos, mas sem pirar se não rolar, sempre com os pés no chão. Enfim, às vezes rola um devaneio deste tipo, mas para parecer contundente, sempre evitando ser uma imitação barata.

Às vezes acredito que a felicidade não tem mesmo preço, mas se tivesse, eu sempre pagaria. Às vezes não tenho flexibilidade emocional, mas tento não endoidar com isso, sempre com a porta aberta para o amor e acreditando nas forças do universo de codinome Deus. 

Elton Tavares