A volta da Quinta Jazz: hoje rola apresentação do Quinteto Amazon Music no Norte das Águas

14610885_10211015841181700_7129727806453625390_n

O Quinteto Amazon Music, pilotado pelo multi-instrumentista Finéias Nelluty, toca hoje (27), a partir das 22h, na Quinta Jazz do Bar e Restaurante Norte das Águas. O evento retorna com força total, após o estrondoso sucesso do Amapá Jazz Festival, realizado na semana passada. Portanto, o convite está feito para os amantes da boa música curtirem um som legal ás margens do Rio Amazonas. A entrada será franca.

14702251_1284264928262382_8831841801308280218_n
Amapá Jazz Festival – Foto: Manoel Raimundo Fonseca

Quinteto Amazon Music

O grupo musical conta com Markinho Sansi (Bateria), Siney Sabóia (Trompete), Alan Gomes (Baixo), Israel Cardoso (Gruitarra) e Fineias Nelluty (Teclado).

A banda, formada por músicos consagrados dentro e fora do Amapá, possui a proposta de promover a música instrumental na capital amapaense. O repertório do Amazon Music é repleto de canções, em estilos diversificados como MPB, Jazz, Blues e MPA.

Serviço:

Jazz no Quinteto Amazon Music
Data: 27/10/2016
Hora: a partir das 22h.
Entrada: Franca, mas talvez role um couvert.
Local: Bar e Restaurante Norte das Águas, localizado no Complexo do Araxá, zona Sul de Macapá.

Elton Tavares

Música de agora: Back In Black – AC/DC

Back In Black (De Volta do Luto) – AC/DC

De volta do luto, eu cai na cama
Estive longe por muito tempo, estou contente por estar de volta
Sim, eu fui libertado da forca
Que me manteve dependurado

Tenho vivido como uma estrela porque isso tem me deixado doidão
Esqueça o carro fúnebre, porque eu nunca morrerei
Tenho nove vidas, olhos de gato
Insultando a cada um deles e ficando louco

Porque eu estou de volta! Sim, estou de volta
Bem, eu estou de volta! Sim, estou de volta
Bem, eu estou de volta, de volta
Bem, eu estou de volta, do luto
Sim, eu estou de volta do luto

De volta em uma banda, eu tenho um Cadillac
Número um com uma bala, sou um pacote de poder
Sim, eu estou numa banda com uma gangue
Eles terão que me pegar se quiserem me enforcar

Porque eu estou de volta à estrada e estou batendo no porta-voz
Ninguém vai me pegar em outra armadilha
Então olhe para mim agora, eu estou apenas dando o troco
Não tente brincar com sua sorte, apenas saia do meu caminho

Porque eu estou de volta! Sim, estou de volta
Bem, eu estou de volta! Sim, estou de volta
Bem, eu estou de volta, de volta
Bem, eu estou de volta, do luto
Sim, eu estou de volta do luto

Porque eu estou de volta, sim, estou de volta
Bem, eu estou de volta, sim, estou de volta
Bem, eu estou de volta, de volta
Bem, eu estou de volta, do luto
Sim, eu estou de volta do luto

Ah, sim! Vamos lá
Continue! Sim, sim
Sim, ah, sim, sim
Aqui vamos nós

Bem, eu estou de volta (estou de volta)
De volta (bem, eu estou de volta)
De volta (estou de volta)
De volta (estou de volta)
De volta (estou de volta)
De volta
Sim, de volta do luto
Sim, eu estou de volta do luto

Música de agora: Extraño – Nenhum de Nós


Extraño – Nenhum de Nós

O que eu sinto a respeito dos homens é estranho
É estranho como é frio
É estranho como eu perdi a fé
Éestranho como é estranho
Perguntar o nome

O que eu sinto a respeito de nós é estranho
É estranho como é triste
É estranho como olhar pra trás
É estranho como é estranho
Esquecer um nome

Eu amei e acho que algumas vezes
Ela também me amou
Só que o prazer é tão curto
Eu amei e acho que algumas vezes
Ela também me amou
Só que esquecimento é tão longo

O que penso a respeito de tudo é tão estranho
É estranho como é simples
É estranho como essa canção
É estranho como é estranho
Sussurrar um nome

Música de agora: Sobre O Tempo – Pato Fu

Sobre O Tempo (Pato Fu)

Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio

Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Como zune um novo sedã

Tempo, tempo, tempo mano velho
Tempo, tempo, tempo mano velho
Vai, vai, vai, vai, vai, vai

Tempo amigo seja legal
Conto contigo pela madrugada
Só me derrube no final

Ah-ah-ah ah-ah
Ah-ah-ah ah-ah

Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Como zune um novo sedã

Tempo, tempo, tempo mano velho
Tempo, tempo, tempo mano velho
Vai, vai, vai, vai, vai, vai

Tempo amigo seja legal
Conto contigo pela madrugada
Só me derrube no final… oh-oh… oh-oh ah…

Uh… uh… ah au
Uh… uh… ah au
Vai, vai, vai, vai, vai, vai

Música de agora: Sobre O Tempo – Nenhum de Nós

Sobre O Tempo – Nenhum de Nós

Os homens trocam as famílias
As filhas, filhas de suas filhas
E tudo aquilo que não podem entender
Os homens criam os seus filhos
Verdadeiros ou adotivos
Criam coisas que não deviam conceber

O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover.. êê,êê

O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover.. êê,êê
Se mover… êê,êê

O passado está escrito
Nas colunas de um edifício
Ou na geleira
Onde um mamute foi morrer
O tempo engana aqueles que pensam
Que sabem demais que juram que pensam
Existem também aqueles que juram
Sem saber

O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover… êê,êê

O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover.. êê,êê
Se mover.. êê,êê

O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover.. êê,êê

O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover..
Se mover..

Belchior e a Música das Esferas – Por Fernando Canto

tumblr_mvaz4evkow1ruoobwo1_540

Texto de Fernando Canto

“Deixando a profundidade de lado” eu sempre fui fã desse cara cearense que hoje faz 70 anos. Assisti pela primeira vez a um show dele no Projeto Pixinguinha, no Centro de Convenções João de Azevedo Picanço, em 1984. Ele cantou seus sucessos “Como Nossos Pais” e “belchior-1As Paralelas” ao lado de Zizi Possi, outra cantora que também admiro muito. O que me chamou atenção no seu visual eram as meias coloridas, a cabeleira e o vasto bigode, que parecia ter vindo de uma nave da Tropicália. Aliás, a “roupa colorida” era tida como elemento constituinte da corporalidade do ethos tropicalista.

Passaram-se alguns anos, ainda na mesma década, ele tocou no final de um festival universitário da canção no ginásio de esportes Avertino Ramos. Cantava no palco. Eu estava lá na arquibancada. Um sujeito que estava do meu lado gritava para ele, pedindo atenção. De repente jogou uma lata de cerveja na direção do palco que atingiu o cantor. Antes dos seguranças chegarem para expulsá-lo perguntei-lhe por que fizera aquila5a6b0b1824bd50a209f5708516ded39o. O cara chorava e dizia: – Eu sou fã dele, queria apenas que ele me ouvisse. Queria que ele tocasse “A Palo Seco” ou “Rapaz Latino Americano” e, mas ele não me ouviu. E gritava: – Desculpa, desculpa. Eu não queria fazer isso…, enquanto era arrastado para fora. Logo a seguir o cantor ilustrava o ambiente reverberador do ginásio com a música solicitada pelo fã compulsivo – quase um psicopata – e cruel:

Eu sou apenas um rapaz latino-americano/ sem dinheiro no banco/ sem parentes importantes/e vindo do interior/ POR FAVOR NÃO SAQUE A ARMA/ NO SALOON, EU SOU APENAS O CANTOR. / MAS DEPOIS DE CANTAR/ VOCÊ AINDA QUISER ME ATIRAR/ MATE-ME LOGO, À TARDE, ÀS TRÊS/ Que à noite eu tenho um compromisso e não posso faltar/ Por causa de vocês”.c240f72ed0b5c5438f4166a239f710d5

Depois do seu episódico desaparecimento há quase três anos, quando especulações sobre sua vida emergiram de forma negativa, só podemos perguntar “Onde está Wally? ”, no meio dessa multidão insensível. Onde está Belchior? O cara que sabia sobre a descoberta pitagórica da Música das Esferas, da harmonia dos planetas no cosmo, tanto que fez questão de usar trecho do poema “Via Láctea” do parnasiano Olavo Bilac (“Ouvir estrelas? Ora direis, Certo”). O cara-cabeça do “Pessoal do Ceará” que compunha com Fagner e revolucionou a MPB.

Sete décadas. Cabalísticamente sete para um cara que tinha “25 (2+belchior-disco5=7) anos de sonho e de sangue/ E de América do Sul”. Que trazia sua identificação nordestina presa ao dorso do seu cavalo que eram as embarcações pesqueiras de velas do Mucuripe, canção dele e de Fagner. Esse mesmo cara que transitava entre o sonho e a realidade de uma forma surpreendente, pois essa trajetória não tem suas âncoras presas ao real, tal como pensamos. Ele que escreveu “Se você vier me perguntar por onde andei/ No tempo que você sonhava”, e sua realidade respondia: “De olhos abertos lhe direi/ Amigo eu me desesperava” (A palo seco); ele que falava num sonho que “viver é melhor que sonhar” e respondia no mesmo verso sua realidade que “Viver é melhor que sonhar” (Como nossos pais). Todo indica um paradoxo, em que o dono do discurso parece estar perturbado e que quer fazer saber que “sons, palavras são navalhas”.

tumblr_mf6oh5hrae1rna1reNão sei por onde anda esse rapaz de 70 anos. Queria vê-lo agora aqui, em um palco montado na praia de Iracema, desafiando o tradicional, para me encantar com o seu diferenciado e inédito canto nordestino, mostrando novamente ao Brasil o resultado positivo de seu desafio, que se constituiu em fazer algo mais significante para a beleza da música popular brasileira. E sem o preconceito regional que carregava.

O artista mirava seu próprio devir, pois “era alegre como um rio […] MAS VEIO O TEMPO NEGRO E, À FORÇA, FEZ COMIGO/ O MAL QUE A FORÇA SEMPRE FAZ. / Não sou feliz, mas não sou mudo:/ Hoje eu canto muito mais” (Galos, noites e quintais). A ele me refiro pelo seu percurso de anunciador de um discurso nostálgico, que louvo por dizer assim, coisas que ficaram na memória: “GENTE DE MINHA RUA/ COMO EU AbelchiorNDEI DISTANTE/ QUANDO EU DESAPARECI/ Ela arranjou um amante/ Minha normalista linda/ Ainda sou estudante/ Da vida que eu quero dar…” (Tudo outra vez).

Não sei por ande anda esse rapaz de 70 anos, “Mas parece que foi ontem/ Minha mocidade/ Com diploma de sofrer/ De outra Universidade…”. Parabéns, Belchior, estou ouvindo mais uma vez a tua música das esferas. Não faria igual ao jovem fã do ginásio de esportes de Macapá. Eu te jogaria flores e não uma lata de cerveja, pois cerveja a gente bebe com prazer só para escutar teu som inesquecível.

Música de agora: Comentários a respeito de John – Belchior

Comentários a respeito de John – Belchior

Saia do meu caminho, eu prefiro andar sozinho
Deixem que eu decida a minha vida
Não preciso que me digam de que lado nasce o sol
Por que bate lá meu coração

Sonho e escrevo em letras grandes (de novo)
Pelos muros do país
João, o tempo andou mexendo com a gente sim
John, eu não esqueço (oh no, oh no)
A felicidade é uma arma quente, quente, quente

Saia do meu caminho, eu prefiro andar sozinho
Deixem que eu decida a minha vida
Não preciso que me digam de que lado nasce o sol
Por que bate lá meu coração

Sob a luz do teu cigarro na cama
Teu rosto-rouge, teu batom me diz:
João, o tempo andou mexendo com a gente sim
John, eu não esqueço (oh no, oh no)
A felicidade é uma arma quente, quente, quente

Música de agora: Todo Sujo de Batom – Belchior


Todo Sujo de Batom – Belchior

Eu estou muito cansado
Do peso da minha cabeça,
Desses dez anos passados (presentes)
Vividos entre o sonho e o som.
Eu estou muito cansado
De não poder falar palavra
Sobre essas coisas sem jeito
Que eu trago em meu peito
E que eu acho tão bom.

Quero uma balada nova
Falando de brotos, de coisas assim
De money, de banho de lua, de ti e de mim
Um cara tão sentimental

Quero uma balada nova
Falando de brotos, de coisas assim
De money, de banho de lua, de ti e de mim
Um cara tão sentimental

Quero a sessão de cinema das cinco
Pra beijar a menina e levar a saudade
Na camisa toda suja de batom

Quero a sessão de cinema das cinco
Pra beijar a menina e levar a saudade
Na camisa toda suja de batom

Música de agora: Pale Blue Eyes (Olhos Azuis Claro) – Velvet Underground (versão de Marisa Monte)

Pale Blue Eyes (Olhos Azuis Claro) – Velvet Underground (versão de Marisa Monte)

Às vezes eu me sinto tão feliz
Às vezes eu me sinto tão triste
Às vezes eu me sinto tão feliz
Mas na maioria das vezes você só me deixa louco
Querida você só me deixa louco
Eu continuo me perdendo em seus olhos azuis
Eu continuo me perdendo em seus olhos azuis

Pensei em você como meu ápice
Pensei em você como meu máximo
Pensei em você como tudo
Que eu tive mas não consegui manter
Que eu tive mas não consegui manter

Eu continuo me perdendo em seus olhos azuis
Eu continuo me perdendo em seus olhos azuis

Se eu pudesse fazer o mundo tão puro e estranho quanto eu vejo
Eu te colocaria no espelho que ponho na minha frente
Que ponho na minha frente

Eu continuo me perdendo em seus olhos azuis
Eu continuo me perdendo em seus olhos azuis

Deixe passar uma vida completamente, encha um copo com ela
Ela disse que dinheiro é como nós no tempo
Cai, mas não consegue se levantar
Para baixo pra você é para cima

Eu continuo me perdendo em seus olhos azuis
Eu continuo me perdendo em seus olhos azuis

Foi bom o que fizemos ontem
E eu faria novamente
O fato de você ser casada
Só prova que você é minha melhor amiga
Mas é realmente, realmente um pecado
Eu continuo me perdendo em seus olhos azuis
Eu continuo me perdendo em seus olhos azuis

Música de agora: Ando Só – Engenheiros do Hawaii

Ando Só – Engenheiros do Hawaii

Ando só
Pois só eu sei
Pra onde ir
Por onde andei
Ando só
Nem sei por que
Não me pergunte
O que eu não sei

Pergunte ao pó
Desça o porão
Siga aquele carro
Ou as pegadas que eu deixei
Pergunte ao pó
Por onde andei
Há um mapa dos meus passos
Nos pedaços que eu deixei

Desate o nó
Que te prendeu
A uma pessoa que nunca te mereceu
Desate o nó
Que nos uniu
Num desatino
Um desafio

Ando só
Como um pássaro voando
Ando só
Como se voasse em bando
Ando só
Pois só eu sei andar
Sem saber até quando
Ando só

Música de agora: Alucinação – Belchior – Versão dos Engenheiros do Hawaí

Alucinação – Belchior – Versão dos Engenheiros do Hawaí

Eu não estou interessado em nenhuma teoria,
Em nenhuma fantasia, nem no algo mais
Nem em tinta pro meu rosto ou oba oba, ou melodia
Para acompanhar bocejos, sonhos matinais
Eu não estou interessado em nenhuma teoria,
Nem nessas coisas do oriente, romances astrais
A minha alucinação é suportar o dia-a-dia,
E meu delírio é a experiência com coisas reais
Um preto, um pobre, um estudante, uma mulher sozinha
Blue jeans e motocicletas, pessoas cinzas normais
Garotas dentro da noite, revólver: cheira cachorro
Os humilhados do parque com os seus jornais
Carneiros, mesa, trabalho, meu corpo que cai do oitavo andar
E a solidão das pessoas dessas capitais
A violência da noite, o movimento do tráfego
Um rapaz delicado e alegre que canta e requebra, é demais
Cravos, espinhas no rosto, Rock, Hot Dog, “play it cool, Baby”
Doze Jovens Coloridos, dois Policiais
Cumprindo o seu (maldito) duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida
Cumprindo o seu (maldito) duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida
Mas eu não estou interessado em nenhuma teoria, em nenhuma fantasia, nem no algo mais
Longe o profeta do terror que a laranja mecânica anuncia
Amar e mudar as coisas me interessa mais
Amar e mudar as coisas, amar e mudar as coisas me interessa mais
Um preto, um pobre, um estudante, uma mulher sozinha
Blue jeans e motocicletas, pessoas cinzas normais
Garotas dentro da noite, revólver: cheira cachorro
Os humilhados do parque com os seus jornais
Carneiros, mesa, trabalho, meu corpo que cai do oitavo andar
E a solidão das pessoas dessas capitais
A violência da noite, o movimento do tráfego
Um rapaz delicado e alegre que canta e requebra, é demais
Cravos, espinhas no rosto, Rock, Hot Dog, “play it cool, Baby”
Doze Jovens Coloridos, dois Policiais
Cumprindo o seu (maldito)duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida
Cumprindo o seu (maldito)duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida
Mas eu não estou interessado em nenhuma teoria,
Em nenhuma fantasia, nem no algo mais
Longe o profeta do terror que a laranja mecânica anuncia
Amar e mudar as coisas me interessa mais
Amar e mudar as coisas, amar e mudar as coisas me interessa mais

Música de agora: Anunciação – Alceu Valença

Anunciação – Alceu Valença

Na bruma leve das paixões que vêm de dentro
Tu vens chegando pra brincar no meu quintal
No teu cavalo peito nu cabelo ao vento
E o sol quarando nossas roupas no varal
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
A voz de um anjo sussurrou no meu ouvido
E eu não duvido já escuto os teus sinais
Que tu virias numa manhã de domingo
Eu te anuncio nos sinos das catedrais

Música de agora: Futuros Amantes – Chico Buarque

Futuros Amantes – Chico Buarque

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar

E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
“Quereres”, Chico Buarque

Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você