Estagiário do TJAP foi selecionado para Faculdade nos Estados Unidos


O estagiário do curso de engenharia elétrica, Hugo Bruno Santos Araújo, lotado na Divisão de Engenharia e Fiscalização do Tribunal de Justiça do Amapá, ganhou uma bolsa para estudar no Stevens Institute of Technology na cidade de Hoboken, no Estado de New Jersey, onde irá cursar Engenharia durante um ano.

O acadêmico se inscreveu no programa “Ciências sem Fronteiras”, projeto do Governo Federal, para concorrer à bolsa de estudos. O programa tem por objetivo promover a ciência e tecnologia por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional.

O acadêmico irá para os Estados Unidos em agosto. “É algo muito novo na minha vida, uma oportunidade que não posso desperdiçar, pois irá acrescentar em muito ao meu currículo”, destacou.

Hugo Bruno Santos Araújo iniciou seu estágio na Divisão de Engenharia do TJAP em maio de 2013. O acadêmico disse que a experiência de trabalhar no Poder Judiciário só veio acrescentar em seu currículo profissional e agregar mais conhecimento e sabedoria para a nova experiência de vida que o aguarda.

Foi uma experiência gratificante, onde aprendi muito, e o tempo que eu ficar aqui até o momento da viagem será de aproveitar para adquirir o máximo de experiência que eu ainda posso”.  

Texto: Hugo Reis
Fotos: Adson Rodrigues
Assessroria de Comunicação do Tjap

Estagiário do TJAP foi selecionado para Faculdade nos Estados Unidos


O estagiário do curso de engenharia elétrica, Hugo Bruno Santos Araújo, lotado na Divisão de Engenharia e Fiscalização do Tribunal de Justiça do Amapá, ganhou uma bolsa para estudar no Stevens Institute of Technology na cidade de Hoboken, no Estado de New Jersey, onde irá cursar Engenharia durante um ano.

O acadêmico se inscreveu no programa “Ciências sem Fronteiras”, projeto do Governo Federal, para concorrer à bolsa de estudos. O programa tem por objetivo promover a ciência e tecnologia por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional.

O acadêmico irá para os Estados Unidos em agosto. “É algo muito novo na minha vida, uma oportunidade que não posso desperdiçar, pois irá acrescentar em muito ao meu currículo”, destacou.

Hugo Bruno Santos Araújo iniciou seu estágio na Divisão de Engenharia do TJAP em maio de 2013. O acadêmico disse que a experiência de trabalhar no Poder Judiciário só veio acrescentar em seu currículo profissional e agregar mais conhecimento e sabedoria para a nova experiência de vida que o aguarda.

Foi uma experiência gratificante, onde aprendi muito, e o tempo que eu ficar aqui até o momento da viagem será de aproveitar para adquirir o máximo de experiência que eu ainda posso”.  

Texto: Hugo Reis
Fotos: Adson Rodrigues
Assessroria de Comunicação do Tjap

237 anos de cultura e fé atraem milhares de visitantes à Vila de Mazagão Velho


O dia 25 de julho amanheceu em festa na Vila de Mazagão Velho, distante cerca de 70 quilômetros da capital, Macapá. A data reuniu milhares de fiéis e visitantes interessados em conhecer e participar da programação, que teve como ponto alto a batalha entre mouros e cristãos, encenada a céu aberto pela comunidade.

As comemorações do Dia de São Tiago iniciaram logo cedo com alvorada festiva, arauto com cavalgada pela vila em um sinal de convite para participar do tradicional Círio. Após a missa, autoridades saíram pelas ruas em uma procissão, acompanhadas de devotos e levando as imagens religiosas como a de São Tiago e de São Jorge. Pela manhã já era possível avistar personagens da batalha de São Tiago desfilando pelas vias do distrito.

Ao meio-dia, a frente da Igreja Nossa Senhora da Assunção se transformou em um verdadeiro teatro de arena. A passagem do Bobo Velho dava início ao grande espetáculo do dia de 25 de julho. O espião enviado pelo exército mouro, em mais uma tentativa frustrada contra os cristãos, reuniu milhares de pessoas para atirar os bagaços de laranja no personagem, em uma reprodução do apedrejamento desse espião.

Quem participou da encenação disse que, além de conhecer um pouco mais sobre a história da festa, se divertiu com a cena, que acaba virando uma brincadeira, principalmente para as crianças.

André Benjamim explicou que já interpreta o personagem Bobo Velho há quatro anos em agradecimento às graças alcançadas. Filho de família mazaganense, ele fez questão de participar da festa, como sempre ocorreu desde pequeno. “Mesmo doente, estou aqui, porque essa festa faz parte da história do meu povo”, comentou.

O clima quente que tomou conta da Vila de Mazagão não afastou o público. Arquibancadas e calçadas lotadas, fiéis em frente às suas residências atentos à continuidade do espetáculo.

O roteiro seguiu com o Arauto, que anunciou nas ruas o início da batalha. Após a descoberta e o apedrejamento do espião mouro, os soldados cristãos infiltram um espião da tropa (Atalaia) no exército inimigo, que, em meio à distração dos soldados, aproveitou o momento para roubar a bandeira moura e sair em disparada com destino ao exército cristão.

Em meio à fuga, o Atalaia foi descoberto pelos mouros, que o atingiram com um tiro na tentativa de capturá- lo. Mesmo ferido e ainda em fuga, o espião conseguiu se aproximar o suficiente do exército cristão, para onde atira o estandarte inimigo, sendo capturado e decapitado logo em seguida.

Entre um intervalo e outro dos episódios, o macapaense Sebastião Pereira aproveitou para fazer uma prece em honra à graça recebida de São Tiago. “Acompanho todos os anos a festividade, mas este ano vim especialmente para pagar uma promessa”, disse o devoto.

As cenas continuaram com o roubo das crianças e a ordem do “Menino Caldeirinha”, para captura e a venda das crianças cristãs com o intuito de arrecadar dinheiro para a compra de armas e munição para o fortalecimento do exército mouro.

Mesmo em meio à chuva que caiu no fim da tarde, o público não deixou de assistir ao espetáculo, que se encerrou com a batalha e a vitória cristã, momento em que o soldado Tiago, guerreiro da tropa, após várias lutas, pediu a Deus a bênção da vitória do povo cristão sobre os mouros e, aos poucos, vai conseguindo alcançar a graça com a morte de alguns soldados mouros e a captura do Menino Caldeirinha, dando fim à grande batalha. Em comemoração à vitória, os cavaleiros fazem a dança do vominê.

A tradição segue nos próximos dias com a Festa de São Tiago das Crianças, onde o mesmo espetáculo é reproduzido pelos pequenos moradores da Vila de Mazagão. A batalha de São Tiago das crianças ocorre no próximo dia 28.

Texto: Andreza Sanches
Fotos: Ceito Souza
Assessoria de Comunicação do GEA

Amapaense Tiago Trator estreia hoje no UFC


O lutador amapaense Tiago Trator estreia hoje (26), no Ultimate Fighting Championship (UFC). Ele lutará em San Jose, na Califórnia (EUA), contra o mexicano Akbarh Arreola, conhecido como “El Caballero”. A luta será pela categoria peso-leve no card preliminar, que tem como atração principal o combate entre Robbie Lawler x Matt Brown (peso-meio-médio).

Após uma carreira de sucesso no Brasil, Tiago Trator, que é o campeão do Jungle Fight, fará sua primeira luta fora do país e logo no maior evento de lutas do mundo, o UFC. Natural de Laranjal do Jari, cidade no sul do Amapá, o peso-leve tem 25 lutas registradas, e mais algumas não contabilizadas em seu cartel oficial.

A expectativa é uma das melhores, muito feliz e com uma sensação boa demais. É uma estreia mais que merecida, principalmente pela minha longa caminhada no Brasil, meu cartel fala por isso e estou muito empolgado de fazer parte do UFC. Podem esperar um Tiago Trator agressivo”,afirmou o lutador amapaense. .

Com três vitórias seguidas, Arrerola também faz sua estreia no UFC e tem como carro-chefe o jogo de solo, com a marca de 16 finalizações na carreira. Tranquilo e consciente do que precisa fazer, o brasileiro sabe dos perigos que pode ter no chão, mas não se concentra apenas nessa área.

O ponto forte dele é o jiu-jitsu, mas não dá para confiar só nisso, porque um atleta evolui muito. Então não vou dar mole no chão, estarei sempre focado, de olho nele e ir para cima. Quem me conhece sabe que não amarro luta, vou entrar da mesma maneira de sempre, andando para frente, mas também com muita calma. Não posso ir afobado. Confio na minha trocação e vou sem pressa em busca dessa vitória”, destacou Tiago Trator.

Trator chega com moral: possui  um cartel de 18 vitórias, quatro derrotas, dois empates e um “no contest” (luta sem resultado). Através das redes sociais, o amapaense pediu o apoio da torcida brasileira e de sua terra natal.

Além da estreia de Tiago Trator, o UFC: Lawler x Brown conta com mais quatro brasileiros. Gilbert Durinho, Ju Thai, Hernani Perpétuo e Rogério Minotouro também se apresentam no show representando as cores do Brasil. O evento começa às 20h deste sábado.

Exposição Memorial 237 anos da Festa de São Tiago”


A Secretaria de Estado do Turismo (Setur), em parceria com a Associação Cultural da Festa de São Tiago, realiza nesta terça-feira, 22, às 16h, no Museu de Mazagão Velho, a abertura da exposição “Memorial 237 anos da Festa de São Tiago”. 

A mostra destaca, através de imagens, a batalha entre mouros e cristãos, personagens e passagens importantes de uma história de fé e tradição de uma das maiores festas religiosas do Amapá.

A exposição promete emocionar a comunidade e os visitantes de Mazagão Velho. As fotos são do jornalista Gabriel Penha, e conta a história dessa festa secular de fé e tradição. 

Andreza Sanches – Jornalista e assessora de comunicação da Setur

Parteiras da Amazônia ganham espaço multimídia em museu do Amapá

Texto e fotos: Paula Monteiro, do Portal Amazônia

Entre os mistérios e segredos de uma das regiões mais verdes do planeta, a Amazônia tem mãos milagrosas que ajudam a trazer vidas ao mundo. As parteiras substituem os médicos em regiões longes dos centros urbanos, como em comunidades ribeirinhas e quilombolas. A importância social e cultural das ‘mensageiras da luz’ estão retratadas em um dos novos espaços oferecidos no Museu Sacaca, em Macapá.

A ‘Casa das Parteiras’ retrata a rusticidade e a magia da realização de um parto normal sem a assistência de uma equipe médica ou o apoio da estrutura de hospitais. As ferramentas para a realização do procedimento são baseadas nas técnicas indígenas milenares, conhecimento sobre os efeitos das plantas medicinais passados por gerações e a fé refletida nas rezas.

O espaço tem uma réplica da casa de uma parteira tradicional e apresenta simplicidade em meio à selva: feita em madeira, poucos cômodos, ‘giral’ (espécie de prateleira construída na parede para guardar louças e outros apetrechos), espaço dedicado às imagens dos santos, uma antiga máquina de costura e um quarto para as futuras mamães receberem seus bebês.

O visitante pode, ainda, conhecer um pouco da história das experientes parteiras logo na chegada. No pátio da casa uma escultura interage com o público quando a pessoa senta ao seu lado em um simples banco de madeira, através de um sistema de áudio.

A intenção é provocar a sensação de que uma parteira real está contando um pouco sobre a sua vivência nos partos, depoimento regado a curiosidades, suspense e aventura- com muita emoção. “Na parte interior temos um monitor que passa o depoimento de algumas parteiras, o que ajuda o visitante a entender melhor a importância dessa figura na Amazônia. No quarto, as esculturas representam o trabalho de parto com o som da grávida tendo o bebê para dar vivacidade à cena”, acrescentou a museóloga, Simone de Jesus.

A ‘Casa das Parteiras’ é resultado de pesquisas da equipe do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa). A ideia surgiu em 1998 com outro projeto sobre o mesmo tema. “Buscamos aproximar o público do Museu da sua própria realidade. A Amazônia deve ser conhecida e reconhecida dentro de sua cultura, em especial, na valorização dos povos da floresta”, afirmou Simone.

Leitura ao pé da árvore

O Museu Sacaca também abriu um espaço para incentivar a leitura. A ‘Sumaúma das Palavras’ é um espaço dedicado a fomentar a literatura em contato com a natureza. O visitante pode ler sob a sombra de uma árvore de samaúma (Ceiba pentrand). O local dispõe de bancos, esteiras e um quiosque com acervo variado. O leitor pode, ainda, levar a obra pra casa, basta preencher uma ficha, sem data para devolução. Doações de novas obras também acontecerão da mesma forma. O Museu Sacaca também recebe doação de livros.

O Museu Sacaca fica localizado na Avenida Feliciano coelho, bairro do Trem, na capital. O horário de funcionamento é de 10h às 18h, de terça-feira a domingo. A entrada é gratuita.

Revista “Mais Amapá” será lançada hoje


Uma nova revista começa a circular hoje. É a “Mais Amapá”, que chega ao mercado editorial com textos leves e muitas fotografias nas áreas da cultura, política, entretenimento, curiosidades, turismo, economia, educação, amapalidade. “Tudo que acontece de mais importante no Estado, no Brasil e no mundo estarão na revista”, assegura o diretor executivo, Venilton Santos.

O lançamento é nesta segunda-feira, 30, às 19h no Restaurante Lokau (Rua Independência – Centro)

A Revista “Mais Amapá” tem 40 páginas tamanho A4, todas em policromia, miolo em papel couchê 90g e capa em papel couchê 150g, com acabamento em verniz. Terá correspondentes em Belém, Brasília, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Curitiba e Rio Grande do Sul.

Quadrinhos: Lendas amazônicas ganham novo enredo nas mãos de desenhistas, no Amapá

Por Paula Monteiro, do Portal Amazônia

A riqueza da fauna e flora da Amazônia e suas potencialidades no mundo científico sempre aguçaram a imaginação das pessoas, especialmente, dos povos da floresta. A magia sobre o que é mito ou realidade nas lendas amazônicas do ‘Mapinguari’, ‘Boto’ e da ‘Cobra Grande’ inspiraram jovens desenhistas a criarem histórias diferentes para os personagens, no Amapá. O novo enredo das fábulas virou uma coletânea com três histórias inseridas na revista digital ‘Amazônia em Quadrinhos’, lançada no mês de junho deste ano, na capital.

O Mapinguari, um dos mais populares monstros da Amazônia, é conhecido entre os nativos por assustar os caçadores na floresta. Segundo relatos, ele possui um grande olho, boca na barriga e mau cheiro para espantar os intrusos. A figura mística assemelha-se a uma preguiça, o que abriu a discussão entre os cientistas da lenda se tratar de uma nova espécie da família do mamífero. O conflito entre as versões é a base da história criada para a lenda na ‘Amazônia em Quadrinhos’, regada com suspense, drama e desenhos ricos em detalhes e movimento. “Nossa intenção também é desmistificar que as lendas amazônicas sejam apenas didáticas. Por isso, fizemos uma história com elementos da lenda, mas com outros conflitos onde deixamos a critério do leitor a interpretação”, explicou Israel Guedes, coordenador do ‘Ap Quadrinhos’.

Guedes também é responsável pelo desenho e edição da nova história da ‘Lenda do Boto’. A narrativa fala sobre uma garota que imagina ser filha do “homem bonito de roupas brancas e chapéu”- o Boto em pessoa. Ela conta a dois amigos que o que sabe sobre o seu desconhecido pai tem tudo a ver com a lenda. Os elementos são simples e de fácil compreensão, além de permitir ao leitor uma análise particular sobre a existência na vida real do então personagem. “É uma história mais leve com traço simples, aproximando dos desenhos infantis. Tentei dar emoção às cenas na variação dos quadros com metalinguagens”, disse.

Além da revista digital ‘Amazônia em Quadrinhos’, os desenhistas lançaram o segundo trabalho do grupo, intitulado ‘Sonho Brasileiro’, na última terça-feira (24). A publicação trata dos anseios do ser humano, inquietações do subconsciente e a relação dos sonhos com a realidade com doses de humanismo e amor. A história tem o diferencial de ser 100% ilustrada à mão. O encarregado pela arte é Roberto Vanderley, o mesmo desenhista de ‘Mapinguari’. “A abordagem é psicológica e mostra as realidades que o subconsciente constrói seja acordado ou dormindo, onde imprime o medo, expectativas e relacionamentos. As imagens são ilustradas à mão, com todos os efeitos de grafite, sem auxílio digital. Também faz menção à Copa do Mundo de Futebol”, falou o coordenador.

Sobre o ‘AP Quadrinhos’

A ideia de abordar as lendas amazônicas em um contexto diferente do tradicional foi dos jovens desenhistas que integram o grupo ‘AP ‘Quadrinhos’. Criado há dois anos, a organização é a primeira do segmento onde reúne amantes de quadrinhos no Estado e também estimula e descobre novos talentos através de oficinas e divulgação das produções. Atualmente, conta com 15 integrantes atuantes.

Onde ler

Para ter o trabalho mais conhecido e de fácil alcance, o grupo resolveu lançar o ‘Selo Digital AP Quadrinhos’. A ferramenta permite a transposição das histórias em quadrinhos na versão impressa para o digital, gratuitamente. O material pode ser conferido através de links do perfil do grupo nas mídias sociais. Lá, o leitor encontrará a revista ‘Amazônia em Quadrinhos’- a qual reúne três histórias sobre lendas amazônicas em outros contextos – e uma história avulsa e fechada ‘Sonho Brasileiro’.

Na onda do Mangá

No começo de julho deste ano, haverá o lançamento de uma coletânea com três histórias de mangás, abordando a cultura japonesa.  A ideia do ‘AP Quadrinhos’ é navegar por todos os temas e vertentes através da arte sequencial.

A criatividade e o talento na ponta do lápis

Fazer uma história em quadrinhos requer dedicação e criatividade. Para a produção, primeiro é feito o esboço, depois o desenho à lápis, em terceiro lugar o nanquim  (tinta preta própria para o desenho), dependendo do trabalho. Em seguida, a historia é digitalizada, geralmente se escaneia os desenhos, onde é feita a correção de algumas falhas no computador, letramento, e coloca-se algum efeito, caso seja a proposta.

Nivito Guedes: “Eu Tô em Macapá”


Nascido às margens do gigante rio Amazonas, o macapaense da gema, Hernani Vitor Carrera Guedes, artisticamente conhecido como Nivito Guedes, é cantor, compositor e violinista com um estilo musical diferenciado no modelo de cantar e tocar o violão, que para quem ouve pensa que tem outro instrumento lhe acompanhando. 

Nivito possui um swing e estilo amazônico que retratam uma diversidade de gêneros musicais que abarca desde características rítmicas (indígena), Marabaixo, Batuque, Zimba, o Carimbó(PA), Merengue e outros locais(regionais) do estado tucuju. Essas diversidades extrapolam a fronteira do extremo norte Brasil-Guiana, pela forte influência do swing caribenho, e chegam ao estilo romântico. Mais especificamente, nesta diversidade, dentre as composições de Nivito Guedes encontramos a música regional em si, reggae, pop-rock, xotes, baladas românticas, etc. Nivito Guedes gravou três CD’s com composições próprias e com outros parceiros, o primeiro foi Todas as Luas, o segundo Tô em Macapá e o terceiro foi uma coletânea com canções defendidas em festivais no Amapá e fora do estado. 

Suas composições, sempre marcadas pela irreverência rítmica de suas melodias, na qual mistura a cultura Amazônica ( Marabaixo, Batuque – folclore amapaense) com estilos e gêneros da música brasileira, e uma forte influência do swing caribenho, o diferenciam e caracterizam um estilo próprio e único criado por esse artista para cantar a nossa música popular brasileira. Ele está preparando seu próximo projeto musical pra encantar a todos nós tucujus.

Osmar Júnior: o poetinha da Amazônia


Osmar Júnior deu um outro sentido à música produzida no Amapá, aos 17 anos de idade frequentou grupos de chorinho, aperfeiçoando assim, suas técnicas de violão.

Nas noites, bailes e eventos no antigo Território Federal do Amapá, Osmar Júnior tomou parte em conjuntos musicais como Setentrionais, Placa Luminosa (depois Banda Placa), Banda Snake, Ópera Brasil, entre outros grupos, firmando amizades e parcerias com artistas como Carlitão, Álvaro Gomes, Ronery, Zé Miguel, Edilson Moreno, Val Milhomem, João Batera, Bolachinha, Válber Silva, Taronga, entre outros.

O ápice de sua fase pop-rock foi, sem dúvida no Placa Luminosa, onde tocou contrabaixo, guitarra e assumiu os vocais. Com a banda fundada por Carlitão e Álvaro (irmãos) a partir de uma dissidência dos Setentrionais, Osmar participou do primeiro grande festival de rock realizado no Amapá, o “Equador Rock Show”, ao lado de atrações regionais e bandas de renome nacional, como Os Paralamas do Sucesso, Rádio Táxi, Magazine, Os Panteras, The Tramps, Setentrionais.

Em sua carreira solo registrou vários sucessos da música amapaense, como “Igarapé das Mulheres”, “Pra Nunca Mais” e “Pedra do Rio”, “Tarumã das Estrelas”, entre outros .

Em 1989, produziu com Amadeu Cavalcante o disco Sentinela Nortente (1989), transformando o panorama da música regional, com sua própria concepção de estilo musical. Osmar Jr. produziu, também, os discos Vida Boa, de Zé Miguel (1990) e Estrela do Cabo do Norte (Amadeu Cavalcante, 1991), no Rio de Janeiro. A união com Amadeu Cavalcante, Val Milhomem e Zé Miguel promoveu o surgimento do Movimento Costa Norte com o lançamento do CD de nome similar.


Na década de 80 começou sua trajetória como compositor pelos festivais universitários e comerciários, onde se tornou conhecido em razão dos temas amazônicos e ganhou vários prêmios. Os mais expressivos ocorreram em 1999 e 2000 com as músicas “Farras e Cimitarras” e “Assim como Raul”, em parceria com o sociólogo Fernando Canto, no II e IV FEMAC – Festival Amapaense da Canção.
Sua mais recente participação em festivais ocorreu em 2008 quando ganhou o Festival da Assembléia Paraense com a música “Tarumã das Estrelas” defendida por Amadeu Cavalcante e que arrebatou todos os prêmios do evento (letra, arranjo, interpretação, música mais popular), Amadeu também foi agraciado com o prêmio de melhor intérprete.

Banzeiro do Brilho-de-Fogo no Espaço CAOS – Arte e Cultura


Ei maninho, quer ser batuqueiro? De 22 a 27 de junho tem OFICINA RÍTMICA DE GRAÇA no Espaço Caos, das 19h às 21h.

Esse é o projeto BANZEIRO DO BRILHO DE FOGO que está realizando uma série de oficinas gratuitas pela cidade de Macapá.

O Banzeiro do Brilho-de-Fogo nasce com o compromisso de incentivar a eternidade dos nossos costumes. É um brinquedo cantado que, de forma lúdica pretende fortalecer e consolidar esse processo musical histórico, que é a inspiração para o cancioneiro amapaense e reflete a alma do nosso povo.

Em nome das nossas tradições, o Banzeiro do Brilho-de-Fogo chama todos que moram nesta terra para participar deste movimento cultural onde todos os cidadãos, jovens, idosos e crianças terão acesso gratuito em todas as etapas do projeto. Será um manifesto sonoro e visual pelas ruas de Macapá, com muito colorido, música e alegria.

O Banzeiro do Brilho de Fogo inicia com oficinas, seguidas de ensaios e culminando com um grande cortejo pelas ruas de nossa cidade.


Endereço do Espaço CAOS – Arte e Cultura: AV. Procópio Rola. 1572. Entre Manuel Eudóxo e Prof. Tostes. (Próximo ao polo II da UEAP antigo Colégio Vega).

Uma história da Copa de 74 no Amapá

Por Humberto Moreira

Foi a Copa de 74, na Alemanha, que motivou o então governador do Território Federal do Amapá, Arthur Henning, a comprar os equipamentos de TV para a exibição dos tapes do Brasil naquele Mundial. 

Em campo o time não foi bem e perdeu para a Holanda nas quartas de final. Os jogos eram gravados em Belém (PA), que já recebia imagens por satélite. E um avião do Serviço de Transportes Aéreos do Território trazia a fita para ser exibida aqui com todo mundo sabendo o resultado, pois a Rádio Difusora de Macapá retransmitia as partidas. 

Depois da Copa o governo vendeu os equipamentos ao empresário amazonense Filipe Daou que inaugurou a TV Amapá em janeiro de 75. 

Walter do Carmo: desbravador, pioneiro, construtor e piloto de avião (texto da @MarileiaMaciel)


Nascido em Prainha, no município de Monte Alegre, no estado Pará, Walter Pereira do Carmo conhecia o recém-criado Território do Amapá por vir com os pais visitar parentes em Mazagão Velho. Aos 17 anos, já funcionário público com formação técnica em agrimensura, começou, sem saber, a traçar seu caminho para o Amapá. Dizem que sua vinda definitiva deu-se ao cumprir uma missão da antiga Comissão de Rodagem do Pará, que depois  seria transformada no DEER (Departamento Estadual de Estradas de Rodagem). A missão era, justamente, entregar o projeto da BR 156.

Era o decisivo 1952, e Walter, com 22 anos, foi convidado pelo então governador Janary Nunes, para ficar no Amapá.  Aceitou e começou a trabalhar no ramal do Aporema e na manutenção do trecho da outrora BR 15, que só chegava até a Base Aérea do Amapá. Foi naquele município que conheceu Helita Ferreira dos Santos, filha de um pecuarista da cidade de Amapá, com quem casou seis meses depois, sendo o governador Janary Nunes um dos padrinhos. Dessa união nasceram sete filhos, Margareth, Walter Júnior, Waldenawer (Keky), Mariângela, Wank, Márcia e Walber.

Em 1958 surgiu a oportunidade que mudaria o rumo de sua vida e dos amapaenses.  Pauxy Nunes, irmão de Janary, assumiu o governo e priorizou a continuação da abertura da rodovia em direção ao Oiapoque, que passava em aldeias indígenas. O medo de enfrentar os índios, que tinham pouco contato com a civilização, dificultava a contratação de empresa. Sem dinheiro, mas muita vontade de começar o serviço, fundou a Construtora Comercial Carmo LTDA.

“Aqui chegamos e muito mais longe iremos”. (Walter do Carmo, ao chegar em Oiapoque)

Em 1958 as máquinas pesadas, nunca antes vistas por aqui, chegaram via marítima, e o serviço começou. A estrada era aberta até Amapá, e a missão era chegar até a fronteira. Foram meses embrenhado nas matas com homens e equipamentos, abrindo o caminho que até então era percorrido por poucos. Entre Macapá e Amapá, já chefe de família, Walter do Carmo viveu todas as particularidades de um desbravador, quando o mundo oferecia poucos recursos para aventura, como a abraçada pelo então empreiteiro.

 “Nunca fui rico, apenas tinha crédito na praça”. (Walter do Carmo)  

No dia 24 dezembro de 1974, em um pequeno Jeep, Walter do Carmo, na companhia de Zé Grande e do mestre Ouvídio, escoltados por uma Toyota, dirigida por Vicente Cabraia, conseguiram chegar até o Oiapoque. E após dezesseis anos, como foi acertado com Janary Nunes, a BR156, que liga Macapá à fronteira foi entregue ao então governador Ivanhoé Martins.

Além da BR 156, Walter do Carmo foi o responsável por levar o progresso para outros cantos do Território. Foi ele quem abriu os ramais para que veículos entrassem mais facilmente nos municípios de Amapá e Calçoene, Base Aérea do Amapá e para a localidade de Lourenço. Construiu ainda campos de pouso em Tartarugalzinho, Calçoene e Cunani.

Tudo corria bem até que o contrato com o Governo foi reincidido na administração de Artur Azevedo Hening, em 1975, ignorando uma das cláusulas do contrato que previa o translado do maquinário para a capital. As máquinas utilizadas na construção da BR 156 ficaram abandonadas ao longo do primeiro traçado da estrada e jamais foram recuperadas. Pela quebra do acordo contratual foi movida uma ação contra o Território, que foi vencida pelo empresário muitos anos depois, quando a Construtora Comercial Carmo LTDA já estava fechada. O dinheiro serviu para pagamento de indenizações trabalhistas e multas do INSS.

Construtor, pioneiro, desbravador e aviador

Nos anos 70 construiu as tradicionais escolas José de Alencar, José de Anchieta, Antônio João, Princesa Isabel e Castelo Branco. Além do primeiro Ginásio coberto da cidade, o Paulo Conrado Bezerra e os clubes mais bem frequentados, Círculo Militar, Macapá e Amapá Clube. Além de desbravador e construtor, Walter gravou seu nome na história do Amapá como pioneiro, palavra que levava ao pé da letra. Foi um dos fundadores do Lions Clube, Maçonaria, Igreja Messiânica, e sua paixão: o Aeroclube.

Realizou um sonho de infância em seus anos de ouro, quando tornou-se aviador. Ao conhecer o boliviano, Capitão Belarmino Bravo, juntou seu desejo e espírito empreendedor, à paixão do visitante, e juntos formaram a primeira turma de pilotos “brevetados” da cidade, e fundaram o Aeroclube de Macapá, em 1956. Na turma estava Hamilton Silva, que morreu em 1958, no acidente de avião em que também faleceram o deputado Coaracy Nunes e  seu suplente, Hildemar Maia. Diziam na época que estava prevista a ida de Walter do Carmo nesta viagem.

 “Prefiro dormir sem ceia do que acordar com dívida” (Walter do Carmo)

Em 1985 o governador Jorge Nova da Costa, acreditando em seu potencial, deixou sob sua responsabilidade o asfaltamento de 50 km da BR 156, e Walter do Carmo foi buscar no Paraná a  empresa CR Almeida para o serviço. No ano de 2003 o governador Waldez Góes o nomeou assessor especial, como conselheiro da gestão, cargo com que sobreviveu até 2010. Ao morrer, no último dia 14, recebia apenas a pensão do INSS.

A ação de milhões ajuizada pelos associados e familiares do Aeroclube, por ter o Governo do Amapá instalado órgãos públicos, hoje Centro Administrativo, na avenida Fab, sem desapropriar a área,  ainda corre na Justiça do Amapá. Além dos sete filhos com Helita, entre eles o Keky, médico recém-formado falecido há 28 anos, Walter deixou mais dois filhos, Walmir e João Vitor.

Texto da jornalista Mariléia Maciel 
Fotos (clique nas imagens para melhor visualizá-las) do acervo da família de Walter do Carmo