Sábado do Mastro tem programação do Ciclo do Marabaixo no barracão da tia Gertrudes

Sábado do Mastro 57 foto MÁRCIA DO CARMO (1)

Festeiros, devotos e marabaixeiros do barracão da Tia Gertrudes, no bairro Santa Rita, tantiga Favela, se preparam para dar continuidade ao Ciclo do Marabaixo, em devoção à Santíssima Trindade. Neste final de semana, Sábado e Domingo do Mastro, a programação continua com o corte do tronco no Curiaú e Marabaixo do Mastro. A Associação Berço do Marabaixo da Favela é a responsável pela programação, e os festeiros deste ano são David Luiz e Maria da Conceição, que pagam suas promessas.

mara60

Retirada do mastro

Junto com mais duas famílias festeiras do bairro Laguinho, eles cortam o mastro no Curiaú, mas dentro dos fundamentos que passaram a ser adotados pelo grupo, de trabalhar a preservação do meio ambiente. Há alguns anos substituíram os trocos de árvore por um artificial, e levavam mudas para serem plantadas no lugar das retiradas. “Acompanhávamos o ritual todos os anos, mas neste ano voltamos à tradição e vamos retirar o mastro da Santíssima e continuar a incentivar o replantio”, disse Valdinete Costa, da Associação.

Na volta do Curiaú, o grupo deixa o mastro sob a guarda das irmãs Tavares, Ana (81), Quitéria (90) e Theresa (85), devotas da Santíssima, e retornam às 17h do mesmo dia para buscar o tronco e levar para o barracão.

mara7

Marabaixo do Mastro

Este é o segundo marabaixo deste ciclo, e encerra meia-noite, com a participação de grupos e cantadores convidados, que jogam e respondem versos. Os devotos fazem suas promessas e agradecem graças alcançadas, diante da centenária coroa, que foi adquirida pela família há quase 20 anos, quando dona Natalina Costa, filha da pioneira Gertrudes Saturnino, começou a fazer o festejo em sua casa, tornando a Favela em um espaço cultural nesta época, com dois barracões onde se realiza o Ciclo do Marabaixo.

mara53

Programação

Após este marabaixo, do dia 14 à 21, tem o período de ladainha, e no dia 15, o Marabaixo da Murta, que inicia às 16h, pega-se os ramos de murta na casa das irmãs Tavares para enfeitar o mastro da Santíssima Trindade que será erguido no amanhecer do dia 16. A programação continua com o baile popular (20), e no dia 22 tem a missa e o resto do dia dedicado às crianças, com almoço para os inocentes e brincadeiras, ainda em pagamento da promessa feita por Gertrudes Saturnino, para que a filha Natalina engravidasse, que deu origem à festa na família para a Santíssima Trindade dos Inocentes.

No dia de Corpus Christi (26) tem o quarto marabaixo, e no Domingo do Senhor (29) as festividades encerram com a derrubada dos mastros, às 18h, quando são escolhidos os festeiros do próximo ano.

Texto: Mariléia Maciel 

Fotos: Márcia do Carmo

Sábado e Domingo do Mastro tem Ciclo do Marabaixo no Laguinho e Favela

Sábado do Mastro 42 foto MÁRCIA DO CARMO
Foto: Márcia do Carmo

Neste final de semana, Sábado e Domingo do Mastro, reinicia o Ciclo do Marabaixo nos bairros Santa Rita, antiga Favela, e Laguinho. Festeiros, devotos e marabaixeiros cumprem o ritual de cortar os troncos que serão enfeitados para serem levantados na homenagem à Santíssima Trindade e Divino Espírito Santo, e realizam o Marabaixo do Mastro. O calendário do marabaixo é fundamentado no catolicismo e cumprido por quatro famílias descendentes de pioneiros negros, desde o início do povoamento de Macapá.

O Ciclo iniciou na semana Santa, e seguindo a tradição, cinco semanas após, recomeça com o corte dos mastros, e na sequência, rodas da marabaixo, retirada da murta, bailes, novenas, missas, levantar e derrubada dos mastros, quando encerra a programação, com a escolha dos festeiros do próximo ano. No Laguinho, a devoção é para a Santíssima Trindade e Divino Espírito Santo, e na Favela, somente para a Santíssima. Os elementos de devoção são representados por coroas com as pombas no alto, e pelas cores azul e branca, Santíssima, e vermelho e branco, Divino.

Os mastros são retirados em dois locais, no quilombo do Curiaú e no distrito do Coração, em meio a fogos e muito marabaixo, e são trazidos para casas de devotos próximas dos barracões, de onde são levados antes do Marabaixo do Mastro, em cortejo nas ruas, neste mesmo final de semana. O horário de retirada é o mesmo, 10h.

Os participantes do marabaixo do barracão do Mestre Pavão, e da Tia Biló, descendentes de Julião Ramos, situados no Laguinho, e da Tia Gertrudes, na Favela, retiram no Curiaú, e depois participam de um almoço de confraternização entre as famílias, no quilombo. Os festeiros do marabaixo do barracão da dona Irene, na Favela, cortam o mastro no Coração, e é o único que segue o antigo ritual em que somente os homens cortam o mastro. No barracão da Tia Gertrudes a roda de marabaixo é feita no próprio Sábado do Mastro, a partir das 16h, e nos demais barracões, acontecem no Domingo do Mastro, de 16h à meia-noite.

13124649_1304729242890590_8595887765713928145_n

Serviço:

Sábado do Mastro – 30 de abril

10h – Retirada dos mastros no Curiaú e distrito do Coração
Favela
16:30 – Devotos e brincantes do marabaixo da Tia Gertrudes pegam o mastro na av: Duque de Caxias entre Leopoldo Machado e Hamilton Silva.
18h – Marabaixo do Mastro no barracão da Tia Gertrudes, na avenida Duque de Caxias entre Hildemar Maia e Professor Tostes.

Domingo do Mastro – 1º de maio

Entre 8:30 e 10h – Devotos e brincantes pegam os mastros nos seguintes endereços:

Laguinho
Marabaixo do Mestre Pavão – Rua Hamilton Silva entre Mãe Luzia e José Tupinambá.
Marabaixo da Tia Biló – Rua General Rondon esquina com a Ana Nery.

Favela
Marabaixo da dona Irene – av: Carlos Gomes entre Hildemar Maia e Professor Tostes

17h – Marabaixo do Mastro nos seguintes endereços:

Laguinho
Marabaixo do Mestre Pavão – Av: José Tupinambá entre Leopoldo Machado e Jovino Dinoá
Marabaixo da Tia Biló – Rua Eliezer Levy, entre Mãe Luzia e José Tupinambá

Favela
Marabaixo da dona Irene – Av: Mendonça Hildemar Maia e Professor Tostes.

Mariléia Maciel

Espetáculo de dança sobre o suicídio vai beneficiar obra social em Macapá

A-Porta-Falsa_Cartaz

Por Fabiana Figueiredo

O espetáculo de danças “A Porta Falsa”, do Grupo de Dança Isadora Duncan, organiza uma apresentação especial para sábado (30), no Teatro das Bacabeiras, Centro de Macapá. O dinheiro arrecadado com a venda dos ingressos vai ajudar no trabalho social do Centro Espírita Irmã Cáritas, no bairro Perpétuo Socorro, Zona Leste.

Inspirado no livro psicografado por Yvonne Pereira, “Memórias de Um Suicida”, o espetáculo aborda o tema de um problema social que tem se tornado comum na atualidade, falou Margarida Oliveira, voluntária no Centro Espírita Irmã Cáritas.

tumblr_mmxb3vLSOU1rzv6o5o1_500-220x205“Achamos importante abordar o suicídio num momento em que a sociedade vive a problemática desse ato, em todo o país, principalmente com os jovens. Esse espetáculo mostra o que acontece com a pessoa que comete suicídio, baseado nos princípios espíritas”, disse Margarida.

Coreografado por Myrla Barreto, “A Porta Falsa” conta a história de Camilo, que, após ficar cego, tira a própria vida com um tiro de pistola no ouvido. O personagem enfrenta um sofrimento maior do que em vida, mostrando a dolorosa experiência espiritual de quem comete suicídio.

Os ingressos para o espetáculo custam R$ 10 para todos os espectadores e o dinheiro arrecadado será doado para o centro espírita que cuida de crianças e jovens carentes moradores da área de periferia do local conhecido como “Caesinha”, no bairro Perpétuo Socorro.amarildo_-_27-04-2016

Serviço:

Espetáculo de dança “A Porta Falsa”
Dia: 30 de abril
Hora: 20h
Local: Teatro das Bacabeiras
Ingresso: R$ 10 (meia para todos)
Postos de vendas: Federação Espírita do Amapá (Rua Odilardo Silva, número 1131, Centro); e na bilheteria do teatro no dia do espetáculo
Classificação indicativa: 14 anos

Fonte: G1 Amapá

Marabaixo – Sábado do mastro

marabaixo

Neste sábado, 30, reinicia a programação do Ciclo do Marabaixo com o corte dos mastros nas matas, que serão enfeitados com ramos de murta e pintados nas cores da Santíssima Trindade ou Divino Espírito Santo, e levantados nas próximas rodas de marabaixos.

A retirada dos mastros é feita cinco semanas após o primeiro marabaixo, no Laguinho e Favela, e deixados em uma residência próxima ao barracão, para onde são levados novamente, dando continuidade aos festejos, que encerram no Domingo do Senhor, quando os mastros são derrubados e é feita a escolha dos novos festeiros.

(Texto: Mariléia Maciel – Foto: Márcia do Carmo)

Fonte: Blog da Alcinéa

Sobre a salvação da minha alma (crônica genial de Rubem Alves)

parabola

As coisas que tenho dito sobre Deus fizeram com que muitos dos meus leitores ficassem temerosos sobre o futuro de minha alma, no outro mundo. Acham que vou para o inferno. Eles pensam que, se a gente não pensar certo, Deus castiga. No inferno estão os pecadores que roubaram, fornicaram e mataram, e aqueles que ousaram pensar suas próprias idéias. Pensar certo, na cabeça deles, é pensar do jeito como pensam os padres e os pastores. Para tranquilizá-los vou me explicar.

Sobre a Bíblia. Eu a estudei muito e a amo. Para mim ela é um poema cujas palavras me confortam e me fazem mais sábio. Mas é preciso fazer uma distinção entre as palavras do poema, escritas, e aquilo que as pessoas pensam, ao lê-lo. Toda leitura é uma interpretação, isto é, os pensamentos das pessoas que a lêem. Todo sermão é pensamento de um homem e não pensamento de Deus. A interpretação é diferente do poema. Cada igreja, cada congregação, cada seita se organiza em torno de uma interpretação particular, palavra de homem. Mas cada uma delas tem a ilusão de que a sua interpretação é a Palavra de Deus. Sendo a Palavra de Deus, é única verdadeira. É muita presunção pensar que somente a minha seita interpreta certo e todas as outras interpretam errado. O que eu escrevo é a minha interpretação, tão problemática quanto qualquer outra. É preciso não se esquecer da sábia afirmação do apóstolo Paulo: Nós não sabemos direito as coisas; o que vemos são reflexos trêmulos e obscuros num espelho mal polido. É preciso não confundir os reflexos no espelho com o rosto verdadeiro que ninguém jamais viu. De Deus, a única coisa absolutamente certa que conhecemos é o amor (1 Cor. 13).022

O que é a fé? É também uma questão de interpretação. Pessoas há que pensam que fé é um recurso mágico que garante que Deus vai nos atender. Para elas um Deus que não atende pedidos é um Deus muito fraco. Elas desejam garantias. Na minha interpretação fé é uma relação de confiança com Deus: é flutuar num mar de amor, como se flutua na água. Quem é que ama mais o pai? Aquele que é fiel ao pai porque ele lhe dá os presentes pedidos, ou aquele que ama o pai, mesmo que ele não lhe dê presentes? A gente ama o pai é pelos presentes, bênçãos, que ele dá, ou por ele mesmo? Amo a Deus mesmo que não me dê presentes.

Acho que Cristo enche todos os espaços do universo. Lutero falava da ubiquidade do corpo de Cristo e dizia que ele está presente até na menor folha, muito embora nas folhas o nome dele não esteja escrito. Quem ama uma folha ama Cristo. Quem tedownload (1)m amor respira Cristo, mesmo que não fale o nome dele. Tiago diz que os demônios sabem tudo sobre Deus e, no entanto, são demônios. Os reformadores falavam no Christo absconditus – isso é, o Cristo escondido, invisível, sem nome, em toda a Criação. Quem ama, mesmo que não cite as Escrituras e nem saiba o nome de Cristo, está nele. Cristo não pode ser engarrafado em nomes religiosos. Isso seria heresia, negar a sua onipresença.

As Escrituras Sagradas são um livro enorme. Muitos dizem que as Escrituras inteiras são inspiradas. Se realmente acreditam nisso, então todos os textos têm de ser objeto do nosso amor, são “palavras de Deus“. Noto, entretanto, que eles se comportam como se alguns textos fossem mais inspirados do que outros. Fazem silêncio sobre muitos textos. Por exemplo, nunca ouvi sermão católico ou evangélico sobre “Amada minha, em tua língua há mel e leite. Teus seios são como duas crias gêmeas de gazela…“ (Cânticos 4:11, 5); “Anda, come teu pão com alegria e bebe contente o teu vinho… Goza a vida com a mulher que amas todos os dias da tua vida…“ (Ecl. 9:7 e 9). Por que o silêncio? Acho que, secretamente, eles acreditam que uns textos são mais palavra de Deus do que outros…

E quanto ao destino de minha alma, não se preocupem. Foi Jesus mesmo que disse aos fariseus, religiosos que viviam citando as Escrituras e tentando converter os outros, que as meretrizes entrariam no Reino dos Céus antes deles. E notem: Jesus não disse: meretrizes arrependidas. Entram as meretrizes mesmo. Depois delas, então, entram os fariseus hipócritas e tudo o mais que Deus criou. Deus criou tudo, não é? Se ele criou tudo, vocês acham que ele ia entregar ao Diabo aquilo que saiu das suas mãos?

size_590_Rubem-Alves.jpg
O genial Rubem Alves

Rubem Alves

*Crônica extraída do livro A grande arte de ser feliz.

Meu comentário: Quem convive comigo sabe, não sou religioso. Mas acredito na força de codinome Deus, que, em minha opinião, rege tudo isso aqui. Sinto a presença Dele o tempo todo, sobretudo no amor e carinho da minha família e amigos. Afinal, ELE é amor, porra! O resto é papo de quem manipula e enriquece em nome Dele.

Por mais respeito às tradições religiosas e culturais afro-brasileira

FB_IMG_1461067896445

Nesta terça-feira, 19, tem a segunda celebração da Pastoral Afro-Brasileira do Amapá, na Igreja São Benedito, às 19h. Criada há dois meses, a pastoral é responsável por realizar a missa ecumênica toda terceira terça-feira do mês. A celebração é feita com elementos afros enraizados em nossa cultura, como banho de cheiro, cânticos ao som de caixas de marabaixo e a presença de padre e pais e mães de santo.

“Precisamos colaborar na construção de uma sociedade justa e solidária. E é isso que estamos fazendo aqui, promovendo a integração de negros e negras, que sofrem até hoje com a discriminação e o preconceito”, disse padre Francivaldo Lima, coordenador geral da Pastoral Afro.

Mariléia Maciel – Jornalista

Foto: Fábio José Souza

Espetáculos teatrais alusivos à Semana Santa continuam hoje em Macapá

Uma-Cruz-para-Jesus-_-Arquivo-1-768x509

Hoje terão continuidade as encenações da Paixão de Cristo em Macapá. Iniciadas na última quarta-feira (23), as apresentações são espetáculos teatrais alusivos à Semana Santa. Com apoio da Prefeitura de Macapá, as montagens que integram a programação foram selecionadas por meio de Chamada Pública da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult).

Os Autos da Paixão são iniciativas culturais reconhecidas não apenas pelos fatores religiosos, mas também, enquanto produções artísticas desenvolvidas por grupos locais, com ampla aceitação e participação popular e que se tornaram tradição durante o período da quaresma. As encenações, com base em textos bíblicos ou adaptados, abordam a história dos últimos dias de Jesus Cristo, encerrando com a sua morte, ressurreição e ascensão aos céus. As peças se desenrolam em palcos, praças, salas de espetáculos e espaços alternativos, sempre visando a acessibilidade e a participação ativa da comunidade que, muitas vezes, entra em cena ou apoia as produções.

Programação:

26/03 (Sábado)

Nazareno o Filho de Deus 2016 (Artes Piracui)
Praça da Caixa D’água do Buritizal (Buritizal), às 20h

27/03 (Domingo)

Musical de Páscoa Aleluia (Cia. Viva de Teatro)
Igreja Bom Samaritano (Zerão), às 10h

O Cordeiro de Deus (Cia. Teatração)
Praça Raimunda Capiberibe / Praça do Lago da Vaca – (Novo Horizonte 2), às 20h

29/03 (Terça-feira)

Jesus a Luz do Céu (Movimento Cênico Artheatrum)
Praça da Vila do Coração (Vila do Coração), às 18h

30/03 (Quarta-feira)

Seguidores (Cia. de Artes Tucuju)
CEU das Artes (Infraero II), às 19h

31/03 (Quinta-feira)
Jesus O Salvador (Grupo de Teatro Educ’art)
Escola Antônio João (Santa Rita), às 17h30min.

Asscom Funcult

Semana Santa: programação de espetáculos teatrais inicia nesta quarta-feira

Uma Cruz para Jesus _ Arquivo (1)

Iniciam nesta quarta-feira, 23, as apresentações de espetáculos teatrais alusivos à Semana Santa. Com apoio da Prefeitura de Macapá, as montagens que integram a programação foram selecionadas por meio de Chamada Pública da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult).

Na seleção foram contempladas iniciativas do Perpétuo Socorro, Infraero II, Brasil Novo, Santa Inês, Centro, Laguinho, Buritizal, Zerão, Jardim Felicidade I, Novo Horizonte II, Vila do Coração e Santa Rita. Os espetáculos serão apresentados em locais públicos escolhidos pelos próprios artistas, o que facilita a acessibilidade e a democratização das linguagens artísticas envolvidas, assim a Prefeitura de Macapá contribui para a descentralização do produto cultural na cidade.

O Messias_ Arquivo (3)

Os Autos da Paixão são iniciativas culturais reconhecidas não apenas pelos fatores religiosos, mas também, enquanto produções artísticas desenvolvidas por grupos locais, com ampla aceitação e participação popular e que se tornaram tradição durante o período da quaresma. As encenações, com base em textos bíblicos ou adaptados, abordam a história dos últimos dias de Jesus Cristo, encerrando com a sua morte, ressurreição e ascensão aos céus. As peças se desenrolam em palcos, praças, salas de espetáculos e espaços alternativos, sempre visando a acessibilidade e a participação ativa da comunidade que, muitas vezes, entra em cena ou apoia as produções.

As propostas que compõem a programação foram selecionadas por meio de criteriosa avaliação realizada por uma Comissão de Seleção formada por representantes da Fumcult, do Colegiado de Teatro da Universidade Federal do Amapá (Unifap) e do Conselho Estadual de Cultura (Consec/AP). Na primeira etapa foram verificadas a documentação solicitada pelo edital. Já a segunda foi constituída de avaliação técnica e artística dos projetos, que serão realizados até o dia 31 de março.

Seguidores 03
Programação

23/03 (quarta-feira)

– Os Milagres de Jesus (Grupo de Teatro Maré)
Local: Escola Castro Alves (bairro Perpétuo Socorro)
Hora: 19h

– Cristo Por Elas (Movimento Cultural Desclassificáveis)
Local: CEU das Artes (bairro Infraero II)
Hora: 19h30

24/03 (quinta-feira)

– Saga de Cristo (Grupo Teatral Marco Zero)
Local: Praça da Unidade de Polícia Comunitária – UPC (bairro Brasil Novo)
Hora: 20h

– Via Sacra Paixão e Morte de Cristo (Movimento de Jovens do Bairro Santa Inês)
Local: Igreja Santa Inês (bairro Santa Inês)
Hora: 20h30

25/03 (sexta-feira)

– Uma Cruz para Jesus (Cia. Teatro de Arena)
Local: Anfiteatro da Fortaleza de São José (Centro)
Hora: 19h

– O Auto da Paixão (Cia. de Teatro Cristã Art’s Sacra Amapá)
Local: Praça Chico Noé (bairro Laguinho)
Hora: 20h

26/03 (sábado)

– Nazareno: o Filho de Deus 2016 (Artes Piracui)
Local: Praça da Caixa D’água do Buritizal (bairro Buritizal)
Hora: 20h

27/03 (domingo)

– Musical de Páscoa Aleluia (Cia. Viva de Teatro)
Local: Igreja Bom Samaritano (bairro Zerão)
Hora: 10h

– O Messias 2016 (Grupo Sant’Arts)
Local: Igreja de Santa Cruz (bairro Jardim Felicidade I)
Hora: 19h30

– O Cordeiro de Deus (Cia. Teatração)
Local: Praça Raimunda Capiberibe / Praça do Lago da Vaca – (bairro Novo Horizonte II)
Hora: 20h

29/03 (terça-feira)

– Jesus a Luz do Céu (Movimento Cênico Artheatrum)
Local: Praça da Vila do Coração (Vila do Coração)
Hora: 18h

30/03 (quarta-feira)

– Seguidores (Cia. de Artes Tucuju)
Local: CEU das Artes (bairro Infraero II)
Hora: 19h

31/03 (quinta-feira)

– Um Certo Jesus (Cia. De Artes Grande Porte)
Local: Abrigo São José (bairro Santa Rita)
Hora: 10h

– Jesus O Salvador (Grupo de Teatro Educ’art)
Local: Escola Antônio João (bairro Santa Rita)
Hora: 17h30

Paulo Rocha/Asscom Fumcult
Contatos: 98116-7007 / 99189-1081

Marabaixeiros anunciam início do Ciclo do Marabaixo 2016

Editadas7

Neste domingo, 20, na frente da Casa do Artesão, a partir das 16h, grupos culturais anunciam o Ciclo do Marabaixo, que inicia na Semana Santa, em quatro pontos de Macapá, e encerra no Domingo do Senhor. Dezenas de pessoas, entre cantadores e tocadores, estarão vestidos com as roupas tradicionais da festa, tocando caixas, espalhando ramos de murta e fazendo o convite para que participem e conheçam a festa mais tradicional do Amapá.

Quatro famílias realizam o Ciclo do Marabaixo, duas no bairro Laguinho e duas na Favela, atual bairro Santa Rita. Durante dois meses, familiares, devotos e visitantes participam da devoção e festejos para a Santíssima Trindade e Divino Espírito Santo, com missas, novenas, rodas de marabaixo, bailes e refeições, obedecendo o calendário do Ciclo, fundamentado no catolicismo. O festejo vem desde o início da colonização de Macapá. Quando as famílias migraram para os então desertos Laguinho e Favela, os pioneiros trouxeram a tradição do marabaixo.

12

No Laguinho festeja-se a Santíssima Trindade e Divino Espírito Santo e na Favela, somente a Santíssima. No decorrer do Ciclo, os barracões da Favela, localizados nas casas da dona Gertrudes Saturnino e dona Irene Pereira, ficam enfeitados com as cores da Santíssima, azul e branca. Nos barracões do Laguinho, as casas dos mestres Julião Ramos e Pavão, ficam com as cores da Santíssima, e vermelho e branco, do Divino Espírito Santo.

Durante toda programação, as mulheres usam as roupas características da festa, saia florida, camisa branca, flor no cabelo, e adereços coloridos. Junto com os homens, elas dividem as atividades de toda programação, da retirada dos mastros na mata, até tocar, as caixas, cantar e dançar. A gengibirra, fogos e caldo, são costumes ainda hoje preservados. Nos quatro barracões, pessoas de todas as idades participam dos grupos. É uma preocupação dos festeiros dar continuidade ao festejo.

IMG_1368

Como forma de difundir conhecimento sobre o marabaixo, valorizar e conquistar o respeito através do aprendizado, os organizadores realizam durante a programação palestras e oficinas em escolas e faculdades. Também está programada a Corrida do Ciclo, para o dia 18 de junho.

Mariléia Maciel
Ascom/Ciclo do Marabaixo 2016

Procissão do padroeiro do AP leva imagem do santo a pontos turísticos

SJ1

Por Fabiana Figueiredo

A tradicional procissão de São José, que ganhou um novo trajeto em 2016, levará a imagem do santo por três pontos turísticos da capital: Igreja de São José, Fortaleza de São José de Macapá e a orla da cidade, com vista para o Rio Amazonas. A programação em honra ao padroeiro do Amapá e de Macapá acontece neste sábado (19).

A Diocese de Macapá divulgou o novo percurso em janeiro, ao lançar a programação da festividade. A proposta, segundo o organizador da festa, padre Fábio Pereira, tem a ver com contenção de gastos, uma vez que a instituição religiosa não conseguiu patrocínios.

SJ11“Este ano nós estamos com contenção de despesas. Então uma paróquia mais próxima, como é a paróquia Nossa Senhora da Conceição, que tem uma quadra boa, mais central, foi a saída encontrada pela organização da festa para receber os devotos”, explicou o padre ao divulgar a mudança.

Neste sábado (19), a procissão sai da Catedral São José, na Rua General Rondon, e segue pelas ruas do centro comercial, passando pela orla da cidade, até a Igreja Nossa Senhora da Conceição, localizada na Rua Cônego Domingo Maltez, no bairro Trem, Zona Sul. Cinco mil fieis compareceram à procissão em 2015, segundo a organização.

Programação

A festividade iniciou às 7h30, com a celebração da missa solene na Catedral de São José. Em seguida, acontece a procissão. A partir das 10h, na quadra da Igreja N. Sra. da Conceição, é realizada a Festa dos Devotos, com sorteio de prêmios, leilões, venda de comidas típicas e shows com artistas católicos locais.

A programação segue às 18h, com uma carreata saindo da Paróquia Nossa Senhora da Conceição até a Catedral de São José. Às 19h acontece a missa de encerramento da festa.

Fonte: G1 Amapá

No AP, ciclo do Marabaixo 2016 terá conscientização cultural nas escolas

IMG_4039-300x200

Por Carlos Alberto Jr

O Ciclo do Marabaixo 2016 inicia no dia 26 de março, em Macapá. Os tambores começam o rufar pelo bairro Santa Rita, Zona Sul da capital e a festividade segue no bairro Laguinho, Centro da cidade. O calendário inclui rodadas de marabaixo, missa, ladainhas, bailes e ações de conscientização sobre a tradição cultural.

A programação traz novidades. Entre os dias 18 e 22 de março, haverá a realização de um circuito para a divulgação e conscientização cultural e ambiental por meio de panfletagem em praça pública e palestras em escolas públicas e privadas. E no encerramento, em junho, terá a 1ª Corrida do Ciclo do Marabaixo.

“É importante que todos conheçam e saibam o que é a tradição do marabaixo, muitos ainda confundem e ignoram este festejo, que é realizado desde o início da cidade de Macapá”, reforçou Valdinete Costa, uma das organizadoras do ‘Marabaixo do Santa Rita’.

De acordo com Valdinete, o festejo tem um trabalho de educação ambiental. Entre as tradições está a retirada dos mastros onde é utilizado um tronco de árvore.

“Fazemos o plantio de novas mudas para substituir o mastro que retiramos da mata. E tiramos somente um, e não dois, o outro mastro que levantamos não é natural”, explicou Valdinete.

Depois dos mastros arguidos, os visitantes poderão conhecer o toque das caixas – como são chamados os tambores -, a leveza das dançadeiras e a beleza das cores das roupas, além de experimentar o tradicional caldo (cozidão) e a gengibirra – batida de gengibre servida durante as apresentações.

Pela tradição, a festa começa no Sábado de Aleluia segue até o Domingo do Senhor, o primeiro domingo após a celebração de Corpus Christi, esse ano, em maio. Entre os dias 10 e 16 de junho haverá uma programação alusiva ao Dia Estadual do Marabaixo, em praças, centros comunitários e ruas de Macapá. E no dia 18 de junho acontece a 1ª Corrida do Ciclo do Marabaixo encerando as atividades da festividade em 2016.

Fonte: G1 Amapá

Famílias tradicionais começam as homenagens para o padroeiro São José

Marabaixo da Juventude (1)

Nesta quinta-feira, 10, iniciam as festividades para homenagear o padroeiro de Macapá, São José. Devotos irão participar da programação, que encerra no dia 19, quando o santo é festejado, seguindo o calendário católico. Começa com a missa, na Igreja São Benedito, às 18h, e segue com as novenas nas residências de fiéis até o dia da festa.

A festeira Naíra Sena, herdeira da pioneira Dica Ramos, realiza a programação junto com o grupo Marabaixo da Juventude, do bairro Laguinho. Ela continua a tradição da família, que devota o santo desde o início do povoamento de Macapá. O grupo de marabaixo também vem de uma família tradicional, do falecido Mestre Sacaca. Fábio José, neto do curandeiro, está à frente da iniciativa.

“Esta imagem está com minha família há muitos anos, e todo mês de março ele é louvado, vai para as casas de outros devotos, que pagam suas promessas e fazem seus pedidos”, disse Naira Sena. Fábio José, acredita que a participação da juventude é essencial para que a tradição tenha continuidade. “O Marabaixo da Juventude está próximo das principais manifestações tradicionais do Amapá, estamos aprendendo com os mais velhos e vamos levar em frente esta programação”.

No dia 19 de março, às 7:30, os devotos participam da missa na catedral, e às 17h, a casa da festeira Naira abre as portas para receber os visitantes para a última novena e marabaixo de São José.

10/03 – 18h – Missa na Igreja São Benedito
11/03 – 18h: casa da senhora Joana Sacaca (Santa Rita, Av: Professor Tostes)
12/03 – 18h: casa da família Gonçalves ( Jesus de Nazaré)
13/03- 18h: casa da família Bacaba (Jesus de Nazaré, Av: Ana Nery)
14/03 – 18h: casa da senhora Eunice e Família (Jesus de Nazaré, av: José Tupinambá)
15/03- 18h: casa da senhora Raimunda Ramos ena Nortede família (Laguinho, rua Eliezer Levy)
16/03- 18h: casa do senhor Guitinho e família ( Laguinho, rua Eliezer Levy)
17/03- 18h: casa da senhora Graça e família (Laguinho, rua Eliezer Levyr)
18/03- 18h: casa da família Almeida (Laguinho, av: José Antônio Siqueira)
19/03- 07h30min: Missa e procissão (na catedral de São José)
17h: inicio do marabaixo na casa da senhora Naíra.
17h30min: saída para pegar o padroeiro São José na casa da família Almeida.
18h: novena na casa da senhora Naíra.
19h – Rodada de marabaixo.

Mariléia Maciel

Improir e Conselho de Igualdade Racial trabalham juntos no Plano de Ação para 2016

1º dia de planejamento_OAB

A semana foi de construção e formação para os funcionários do Instituto Municipal de Política de Igualdade Racial (Improir) e os membros do Conselho Municipal de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Comigualdade). Reconhecendo a legitimidade do controle social nas mãos dos movimentos, o Instituto chamou os conselheiros – representantes de segmentos negros – para definir, junto com a gestão, o planejamento das ações que serão executadas ao longo de 2016 pelo Governo Municipal e discutir políticas de ações afirmativas.

Foram três dias de planejamento (2, 3 e 4 de março), onde o presidente do Improir, Maycon Magalhães, abriu um espaço de diálogo entre governo e sociedade civil. No dia 2 foi a abertura do planejamento, que aconteceu no auditório da OAB, aberto para a sociedade, e cujo foco principal foi a luta do combate ao racismo. Palestrante convidado, o paulista Joselicio Freitas, coordenador do Movimento Negro Nacional Círculo Palmarino, falou da importância do governo abrir este canal de diálogo com a sociedade.

“O governo abrir um espaço para a sociedade discutir algo tão importante, como buscar mecanismos efetivos para combater o racismo, é atender a uma reivindicação histórica, para, a partir dessa discussão, se implementar políticas públicas de ações afirmativas. Poder contribuir em um espaço como este é dar passos largos no sentido de avançar na política de Promoção da Igualdade Racial”.

Os dias 3 e 4 foram de prática. No auditório da Guarda Municipal de Macapá, equipe do Improir e os conselheiros do Comigualdade passaram duas tardes estudando, planejando e definindo em quais ações o Instituto irá atuar em 2016. O presidente apresentou aos conselheiros o quadro financeiro do Improir: orçamento, financeiro, investimentos, gastos administrativos e com pessoal, no que foi aplicado o recurso em 2015. Para este ano, com um orçamento bastante limitado, com uma sobra de 100 mil para fomentação de propostas, o Grupo de Trabalho priorizou eventos reconhecidamente inseridos no calendário cultural do município, como o Encontro dos Tambores e o Ciclo do Marabaixo, e redimensionou algumas propostas. Há, inclusive, uma indicação de lançamento de edital.

O Governo Municipal também articula junto com o conselho a construção do Plano Municipal de Promoção da Igualdade Racial, que permitirá políticas públicas a curto, médio e longo prazo. Nesse sentido, as discussões ainda estão iniciando. “Acho que é a primeira vez que a representação social ajuda o Improir a executar políticas públicas que são para eles. Estamos otimistas com essa dinâmica, pois nos aproxima, enquanto gestores, dos movimentos. Esta gestão tem a total convicção de que o controle social tem de estar nas mãos da sociedade. Esta é uma determinação do prefeito Clécio, que em todos os setores abre processo de escuta da sociedade e que, por pensar assim, implementou em Macapá o Congresso do Povo”, disse Maycon Magalhães.

O Controle Social é um instrumento democrático no qual há a participação dos cidadãos no exercício do poder, colocando a vontade social como fator de avaliação para a criação de metas a serem alcançadas no âmbito de algumas políticas públicas. Por permitir que os próprios cidadãos participem de alguma forma da gestão, da coisa pública, o Controle Social propicia a vivência da própria Democracia, pois, ao praticar esse controle, os cidadãos podem interferir no planejamento, na realização e na avaliação das atividades do governo. Esse contexto define bem o papel dos conselheiros do Comigualdade, que têm a missão de, mais do que fiscalizar, serem porta-vozes da sociedade civil organizada, acompanhando cada ação do Improir, e o Instituto está de portas abertas.

Texto e fotos: Rita Torrinha/Asscom Improir
Contato: 99189-8067