Há cinco anos, vi o show do Radiohead em São Paulo


Existem experiências na vida que não esquecemos jamais. Em 22 de março de 2009, há exatamente cinco anos, fui com um grupo de amigos à São Paulo assistir o show da banda inglesa Radiohead.

Naquele dia, após comer uma picanha argentina no Mercado Municipal de Sampa, nos dirigimos para a Chácara do Jóquei, local do Festival “Just a Fest”, que contou com as bandas Los Hermanos (parte escrôta daquele 22 de março), Kraft Werk, banda alemã que detonou nos recursos visuais e eletrônicos, justamente como esperávamos. E, é claro, a Radiohead.

Não sei como descrever o show do Radiohead, o ápice da viagem, o termo incrível é pequeno para a magnitude do espetáculo que eles proporcionaram, valeu cada centavo, as 6h de avião, a distância do local do evento (quase não conseguimos sair de lá, uma procissão a zero por hora, risos).

Só não foi a melhor noite da minha vida porque em 2011, também em Sampa, assisti ao show U2 e em 2013, na mesma cidade, o show do The Cure. mês que vem, estarei no  Lollapalooza Brasil 2014, tembém na capital paulista, mas essa é outra história.

O show do Radiohead foi o primeiro grande show, entre tantos que ainda verei na vida. Viva o Rock and Roll!

Setlist do Show do Radiohead:

01. 15 Step
02. There There
03. The National Anthem
04. All I Need
05. Pyramid Song
06. Karma Police
07. Nude
08. Weird Fishes/Arpeggi
09. The Gloaming
10. Talk Show Host
11. Optimistic
12. Faust Arp
13. Jigsaw Falling Into Place
14. Idioteque
15. Climbing Up The Walls
16. Exit Music (For A Film)
17. Bodysnatchers
18. Videotape
19. Paranoid Android
20. Fake Plastic Trees
21. Lucky
22. Reckoner
23. House of Cards
24. You and Whose Army
25. Everything In Its Right Place
26. Creep

Rock e Literatura

O designer Simon James, da Standard Designs, resolveu homenagear sua banda favorita, o Radiohead, transformando cada canção de seus álbuns em um livro de uma coleção específica, reunindo as faixas em prateleiras de volumes que formam cada um dos discos da banda. Eu gostei muito. Firmão mesmo! Saquem: 


Aos Beatles, com carinho: a incrível homenagem do Arctic Monkeys (Por Lúcio Ribeiro)


A América parou neste fim de semana para comemorar os exatos 50 anos da primeira visita dos Beatles ao país. Foi em um 9 de fevereiro que John, Paul, George e Ringo fizeram sua estreia no programa de Ed Sullivan, em 1964, e ali começou uma revolução na música pop.

Nas últimas semanas, são muitas as diferentes homenagens para a banda de Liverpool. No último sábado, o Arctic Monkeys fez aquele que pode ser o seu “Ed Sullivan Show” da carreira. A banda de Alex Turner lotou o gigante Madison Square Garden para um de seus shows mais pontuais de sua trajetória, já que o grupo enfim parece decolar no difícil mercado norte-americano. Como não poderia deixar de ser, os garotos de Sheffield resolveram entrar na onda de homenagens e também fez seu número Beatles.

Acompanhados do bro Miles Kane, os Monkeys mandaram “All My Loving”, uma das três faixas que os Beatles tocaram em sua estreia norte-americana. Antes de mandar a canção em ritmo desacelerado, Turner disse que, se na época um a cada três americanos assistiram aos Beatles na TV, ele espera que agora “um ou três americanos” assistam ao tributo deles.

Muita gente vai assistir e curtir, Alex.

Lúcio Ribeiro


All My Loving (Todo Meu Amor) – Música dos The Beatles e versão de Arctic Monkeys

Feche os olhos e irei te beijar
Amanhã sentirei saudades de você
Lembre-se que eu sempre serei verdadeiro
E enquanto eu estiver fora
Escreverei para casa todo dia
E mandarei todo meu amor pra você

Vou fingir que estou beijando
Os lábios que sinto saudade
E esperar que meus sonhos se tornem realidade

E enquanto eu estiver fora
Escreverei para casa todo dia
E mandarei todo meu amor pra você

Todo meu amor, eu mandarei pra você
Todo meu amor, querida, eu serei verdadeiro

Feche os olhos e irei te beijar
Amanhã sentirei saudades de você
Lembre-se que eu sempre serei verdadeiro
E enquanto eu estiver fora
Escrevei para casa todo dia
E mandarei todo meu amor pra você

Todo meu amor, eu mandarei para você
Todo Meu Amor, querida, eu serei verdadeiro
Todo meu amor, todo meu amor
Todo meu amor, eu mandarei para você

Firme => Ira! voltará à ativa em maio e já tem 200 shows programados até 2015, segundo colunista


Depois que se reuniram para um show beneficente em outubro do ano passado, o guitarrista Edgard Scandurra e o vocalista Nasi resolveram retomar as atividades do Ira!, segundo informou a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. O grupo, inclusive, já estaria comprometido com 200 shows até 2015.

A turnê deve ser batizada de Núcleo Base, uma referência a um dos grandes sucessos da banda, que estava separada desde 2007. A primeira apresentação acontece em maio. Só não fica claro qual o resto da formação do grupo que vai compor o Ira!

“Temos nossa carreira solo, mas a prioridade agora é voltar a fazer show para quem ficou órfão do Ira!”, disse Nasi.

O Ira! terminou de forma traumática. De acordo com o que o guitarrista Edgard Scandurra disse à Rolling Stone Brasil, em 2007, o trágico fim se deu após uma desavença entre Nasi e o irmão dele, Airton Junior, também empresário do grupo.

A partir de 8 de setembro daquele ano, o Ira! tornou-se um trio. Pouco depois, Scandurra, Ricardo Gaspa e André Jung mudaram o nome da banda para O Trio, que também não durou muito e cada integrante seguiu em carreira solo.

Os dois músicos voltaram a se falar no ano passado e a parte final da reconciliação foi o reencontro no palco, promovido por Scandurra, que convidou o antigo companheiro para fazer esta participação especial no já mencionado show beneficente.

Firme => Paul e Ringo juntos no Grammy


Paul McCartney e Ringo Starr juntos serão a maior arma do Grammy para garantir bons números de audiência em sua 56.ª edição. A entrega do grande prêmio da indústria fonográfica norte-americana será no próximo domingo, às 23h, com transmissão ao vivo pelo canal TNT. Paul e Ringo não revelaram o que vão tocar. Depois da apresentação, eles receberão uma premiação especial em homenagem aos Beatles. Outro encontro esperado será entre Daft Punk e Stevie Wonder.

Paul e Ringo se viram no palco pela última vez em 2009, no Royal Albert Hall, de Londres. Foi quando tocaram para homenagear a memória do amigo George Harrison, em um show dirigido por Eric Clapton e lançado em CD e DVD com o titulo Concert for George, um ano depois de sua morte.

Os ex-Beatles estão em negociações para uma apresentação em um programa de TV que irá marcar o 50.º aniversário da primeira apresentação dos Beatles nos Estados Unidos, quando eles estiveram no palco do The Ed Sullivan Show. Os Beatles, na ocasião, foram assistidos por 73 milhões de pessoas na ocasião e iniciaram sua “invasão” à América. Os dois devem fazer o show A Noite que Mudou a América no Ed Sullivan Theather, em Nova York. A exibição está marcada para o dia 9 de fevereiro, pela emissora CBS.

O dia que encontrei Lemmy (texto republicado)


Aeroporto de Congonhas (SP), aproximadamente 17, do dia 15 de abril de 2011. Eu, meu irmão Emerson Tavares e minha cunhada Andresa Ferreira tomávamos uns chopps enquanto esperávamos a hora de embarcar de volta ao Norte, eles para Belém (PA) e eu para a minha amada Macapá. 

Estávamos perto da entrada do saguão do Terminal, aí entra aquela figura de preto, chapéu de Caubói, bigodão e cara amarrada. Era Lemmy, líder do Motorhead. Não perdemos tempo, pedi para bater uma foto com a lenda do rock, ele me olhou com desdém, mas parou de andar para o click do meu irmão. 

Mesmo com a pouca simpatia do astro, fiquei feliz, pois não é todo dia que um jornalista de Macapá encontra um ícone do “roquenrou” mundial. Para quem não saca, aí embaixo tem informações sobre Lemmy, colhidas pelo meu amigo e, à época, colaborador deste blog, André Mont’alverne. Leiam: 

Lemmy é o avô do heavy metal. Lemmy é o padrinho do thrash metal. Lemmy, mesmo britânico, é a síntese do rock’n’roll de Los Angeles. Lemmy foi roadie de Jimi Hendrix e teve um filho com uma groupie que perdeu a virgindade com John Lennon. Lemmy é fã de Beatles, de Little Richards e de Elvis Presley. Lemmy é uma lenda. Lemmy é um mito. Lemmy é “true”. Lemmy é Lemmy. É inexplicável. 

Bem, pensando com um pouco mais de racionalidade, talvez não seja tão “inexplicável” assim o verdadeiro fascínio que a figura de Ian “Lemmy” Kilmister exerce em qualquer pessoa que ame o rock and roll. E quando escrevo “qualquer pessoa”, não estou sendo bondosamente genérico, mas afirmando categoricamente que não há um ser humano roqueiro sequer que: a) não tenha o devido respeito e paixão pelo Motörhead; b) que não considere “Lemmy” como uma espécie de divindade. No fundo, é fácil e difícil – e desconcertante – ao mesmo tempo entender porque a figura de Lemmy suscita reverência. Para isto, é preciso deixar de lado os pudores politicamente corretos e encarar a verdade: no fundo, bem lá no fundo, todos nós queremos ser como Lemmy. Buscamos obter o mesmo grau de respeito que a sua figura e suas palavras causam nas pessoas. Buscamos causar a mesma sensação que Lemmy propicia quando entra em qualquer ambiente, que é um silêncio que chega a ser ensurdecedor. Buscamos envelhecer como Lemmy – hoje com 67 anos de idade -, dono de seu próprio nariz e sem a menor intenção de agradar a quem quer que seja.

Com seu inseparável chapéu preto, roupas de  coloração idem e as inacreditáveis botas brancas, Lemmy é uma versão roqueira e real do cowboy sem nome eternizado por Clint Eastwood no cinema. Para os adolescentes, ele é um personagem de histórias em quadrinhos – ou videogame, se preferir – que ganhou vida. E se o Motörhead existe há 38 anos é porque Lemmy comandou as coisas da maneira que leva a sua vida: integridade em relação a tudo aquilo em que acredita.

Texto de 2011, republicado após eu escutar Motorhead, nesta tarde de domingo.

Elton Tavares

Música de agora: You Only Live Once

You Only Live Once – (Você só vive uma vez) –  The Strokes 

Algumas pessoas pensam que estão sempre certas
Outras são quietas e nervosas
Outras parecem tão bem, bem, bem, bem
Por dentro elas devem se sentir tristes e erradas

Vinte-nove atributos diferentes
Só sete que você gosta
Vinte maneiras de ver o mundo
Vinte maneiras de começar uma briga

Oh não não não vá embora
Eu não posso ver a luz do sol
Estarei esperando por você amor
Porque eu estou acabado
Me acalme
Me cale
Eu vou me acalmar
E vou me entender com você

Homens não sabem o que têm
E mulheres pensam nisso demais
Milhares de maneiras de agradar seu homem
E nenhuma precisa de um plano (eu sei)

E incontáveis religiões estranhas, também
Não importa qual escolher
Um jeito teimoso de dar as costas
Isso eu já tentei e agora me recuso

Oh não não não vá embora
Eu não posso ver a luz do sol
Estarei esperando por você amor
Porque eu estou acabado
Me acalme
Me cale
Eu me acalmarei
E vou me entender com você
Tudo bem…

Me cale
Me cale
E vou me entender com você


Parabéns, Keith Richards! (70 anos de uma lenda do Rock and Roll)


O guitarrista, compositor, membro fundador e alma dos Rolling Stones,Keith Richards, após uma vida de excessos e desencontros com o também septuagenário Mick Jagger, completa 70 anos hoje. 

Keith Richards nasceu em Datford, Inglaterra, em 18 de dezembro de 1943. Foi vizinho e estudou com vocalista da banda, Mick Jagger, mas só depois perceberiam seu interesse em comum por música boa.

Poucas pessoas no mundo podem dizer que sobreviveram à tríade “sexo, drogas e rock and roll” e estão entre nós para contar esta história. Keith Richards é uma delas. E o guitarrista, que completa 70 anos nesta quarta-feira, 18, faz aniversário em plena atividade com os Rolling Stones, banda seminal que completou cinco décadas de estrada, acordes blueseiros e a uma relação volátil entre Keith e o vocalista Mick Jagger.

Uma das mais emblemáticas duplas da música de todos os tempos vive um (raro?) momento de paz neste reencontro dos Stones, com turnê mundial e tudo. Não foi fácil, principalmente porque Keith Richards quis contar todas as suas histórias com a biografia Vida, em 2010. Nela, Jagger apanhou por nocaute. Irritado e ofendido, o vocalista não quis saber do companheiro, muito menos de estar ao lado dele, novamente, no palco. O guitarrista pediu desculpas e os Stones, enfim, voltaram à estrada e aos estúdios – a banda soltou duas músicas inéditas “Doom and Gloom” e “One More Shot”, para engrossar uma nova coletânea.

Este é apenas o mais recente capítulo da história, agora setentona, de Keith Richards. Cinco meses mais novo do que Jagger, o músico viveu os excessos do álcool e das drogas (maconha, cocaína e heroína), tornou-se um dos grandes guitarristas e todos os tempos e uma figura icônica para o rock e para a música mundial.

O sujeito que ficou diante de um juiz em cinco ocasiões por posse de drogas, ou algo relacionado a substâncias ilícitas, nas décadas de 60 e 70 (nos anos 1967, 1973, 1977 e 1978), chegou a dizer, em uma famosa entrevista ao semanário britânico NME, em 2007, que inalou as cinzas do próprio pai. Ainda que, depois, o empresário tenha dito que tudo não passava de uma brincadeira, quem duvidaria de algo assim? Afinal, estamos falando de Keith Richards.

Com a guitarra, o garoto inglês Keith foi abalado pelas influências do blues norte-americano, principalmente de Chicago, que se enraizaram profundamente no estilo dele ao instrumento. Chuck Berry é a o nome mais citado entre as referências que o moldaram. Mas Keith parece ter trazido a neblina londrina ao rhythm and blues, criando assim riffs vorazes como os de “Honky Tonk Women”, “Brown Sugar”, “Start Me Up”, “Paint It, Black” e “Gimme Shelter”.

Em pleno ano de 2013, quem, neste universo roqueiro, não quer dançar ao ouvir as primeiras notas de Keith em “(I Can’t Get No) Satisfaction”, lançada há quase cinquenta anos? É preciso voltar no tempo, para aquele ano de 1965, para perceber que o rock ainda se descobria como gênero quando os Stones chegaram com toda aquela sujeira e indignação – algo que parece permanecer impregnado nas guitarras assim que qualquer garoto a empunha.

Keith também tem um lado vocalista interessante, que parece ter se azeitando com o tempo. Desde “Something Happened to Me Yesterday”, na qual ele alternava nos vocais com Jagger, em Between the Buttons (1967), até o último disco de inéditas dos Stones, lançado no longínquo ano de 2005, A Bigger Bang. Neste álbum, o guitarrista vai ao microfone para cantar “Infamy” e a belíssima “This Place Is Empty”, uma sofrida balada que ganha ainda mais peso emocional com a interpretação blueseira de Keith.

O garoto de 17 anos que, na manhã da terça-feira, 17 de outubro de 1961, encontrou Mick Jagger na estação de Dartford, quando estava a caminho da escola de artes de Sindcup, e decidiu falar com ele por ver, debaixo do braço do futuro “irmão de banda”, LPs de Chuck Berry e Muddy Waters, chegou aos 70. E, para a nossa sorte, ainda no palco, com a guitarra nas mãos.

Enfim, uma lenda viva. Obrigado e parabéns, Keith!

Parabéns, Sandro Malk => A séria questão “Novos Curitibanos” e o vídeo nacional do ano


Em 2010, escrevi sobre o querido e talentoso amigo Sandro Malk, vocalista da formação original da banda A The Malk, grupo amapaense que tocava ótimos covers do Rock and Roll em seus shows. 

Na época, o cantor e compositor foi estudar música em Curitiba (PR), onde formou, com três curitibanos, a banda “Bardot em Coma”. Que, aliás, lançou um ótimo CD (homônimo ao grupo). 

Hoje em dia, Sandro continua fazendo sucesso no sul do Brasil. Hoje li esse post sobre a One Sky Two Visions, sublime projeto sonoro do músico amapaense. Leiam e assistam o vídeo:  
Ontem à noite no Wonka, em Curitiba, teve apresentação da banda local One Sky Two Visions, também conhecida como 1S2V, uma dupla electrorock que pelo que eu entendi ao vivo vira quarteto e fica mais rock que electro. “O Wonka tinha gente muita gente bacana e esquisita também”, disse Sandro Malk, que faz os vocais e guitarras e synths da dupla, enquanto David Paradise se encarrega da bateria.

A cena de Curitiba, a gente acompanha por aqui mais que os curitibanos (haha), tem muita banda bacana e esquisita, como falou o membro do 1S2V, sobre o público que foi vê-los ontem em show no Wonka.

Os chamados (por mim?) Novos Curitibanos do pequeno underground da cidade são muitos e variados. Curitiba tem até uma cena indie mais indie que a cena inde de lá, me entenda. Se agrupam em coletivos de arte, tem gente que lança disco em fita cassete, estende até Santa Catarina seus tentáculos de gravação.

Num dia desses, o ótimo Audac fazia um lindo show em São Paulo e antes de entrar no palco me dizia que nada acontece em Curitiba para os curitibanos da cena. Que eles preferiam fazer um bate-volta e tocar em São Paulo para encontrar algum agito.

Ou o olhar estrangeiro é enganoso, ou Curitiba dorme sobre suas próprias glórias. Porque do chão de onde saem tantas Araucárias tem brotado também bandas férteis e várias ideias. Daí voltamos ao começo do post, para falar do espetacular vídeo do One Sky Two Visions (nome bom), para música “Luv Is Far Away” que vai estar no próximo EP, ainda a ser lançado. Sim, o 1S2V foi formado no ano passado e só tem um EP.

O vídeo é bem pensado, bem executado, a música é legal e mostra várias partes de Curitiba, tipo produto exportação. Aparece a Praça do Japão, o lago do Parque Barigui, o muro colorido do Centro Cívico, ali do lado do Palácio Iguaçu e a parede amarela do MON, o museu do Niemeyer, o Museu do Olho.

Aê, Curitiba. O sentimento The Scene That Celebrates Itself pode estar despertando. Porque vocês não sabem o que estão perdendo. Ou, pior, podem saber.

U2 lança ‘Ordinary love’, feita para filme sobre Mandela


No Line on the Horizon é o mais recente trabalho de inéditas do U2 e foi lançado em 2009. Há alguns dias, o baixista Adam Clayton revelou em entrevista que o novo disco deve contar com 12 canções. A gravação do trabalho está prevista para acabar no fim de novembro. O disco ainda sem nome deve ser lançado no começo de 2014. 

“Acho que isso será um retorno do antigo U2, mas com mais maturidade se você gosta do U2 dos últimos dez anos. Esta é uma combinação de duas coisas e isso é realmente interessante e híbrido”, disse Clayton.

No começo do ano, Bono falou do possível nome do disco. 10 Reasons To Exist pode ser o nome do novo álbum de estúdio do U2. Em entrevista ao tablóide The Sun, Bono revelou que esse seria um dos possíveis nomes para o próximo trabalho. “Temos chamado de 10 Reasons To Exist, mas vou te dizer que devemos ter pelo menos mais seis possibilidades”, disse o roqueiro.

Para descontrair => O dia que Mick Jagger furou o olho de Eric Clapton


A modelo, cantora e atualmente mulher do ex presidente francês Nicolas Sarkozy, Carla Bruni, foi o centro de uma rivalidade de dois monstros sagrados do rock’n’roll em 1989. E olha que ela só tinha 21 anos. A menina namorava o astro Eric Clapton, que tinha 44 anos na época e disse : “começamos a sair, e em pouco tempo fiquei obcecado por ela” – contou o guitarrista em sua autobiografia, lançada em 2007.

O lance foi o seguinte: quando a turnê Steel Wheels, dos Rolling Stones, passou por Nova York, ela pediu a Clapton levá-la ao show. Há exatos 24 anos e três dias, em 22 de outubro de 1989, Eric levou Bruni ao Shea Stadium e a apresentou ao líder dos Stones. Foi aí que a merda agarrou na palheta. A cara de mau de Mick Jagger levou a melhor sobre o jeito de bom moço de Eric Clapton.

De acordo com a biografia “Jagger Não-Autorizado”, do jornalista Chistopher Andersen escreveu: “Quando Eric Clapton apareceu nos bastidores com uma modelo, Jagger olhou-o com inveja”. Pode ser, mas fato mesmo é Mick Jagger (malacão todo) ficou encantado com a beleza de Bruni e nem um pouco preocupado com a velha amizade com Eric Clapton. 

Prevendo a periculosidade do ardiloso Jagger, então com 46 anos de idade, Eric teria dito ao amigo britânico: “Por favor, Mick, esta aqui, não. Acho que estou apaixonado”. Foi o mesmo que pedir a uma pedra, que rola, mas ainda sim uma pedra.

Segundo Clapton, em sua autobiografia, o romance foi interrompido quando, durante uma turnê dele pela África, Carla Bruni cedeu (e deu) às investidas de Mick Jagger. Resumo da ópera: o autor de “I cant’t get no (satisfaction)” passou a ripa na gata do compositor de “Cocaine”

Foi a vitória do rock saltitante sobre o Blues melancólico.  O romance entre a modelo e o líder dos Stones não durou muito, mas dizem que Clapton demorou um ano para se recuperar da “furada de olho”.

Ah, isso tudo aí só reforça a tese de ação e reação ou que o inferno é aqui mesmo, pois o mesmo Clapton tomou a esposa do beatle George Harisson, mas esta é outra história de sexo, drogas e rock and roll.

Fonte: Revista Status (edição de lançamento)
Adaptação: Elton Tavares.

17 anos da morte de Renato Russo


Numa sexta-feira de outubro de 1996, dia 11, para ser preciso. Acordo com um telefonema de uma amigo que dizia: “Cara, o Renato Russo morreu!”. Fiquei no mínimo uns 10 minutos processando a informação, quase em choque. 

Renato Manfredini Júnior não foi só mais um carioca que cresceu em Brasília (DF), mas sim um cantor e compositor sem igual. O cara liderou a Legião Urbana (composta por ele, Marcelo Bonfá, Dado Villa Lobos e Renato Rocha) e obteve o sucesso de público e crítica. 

A Legião foi e sempre será a maior de todas as bandas deste país. Eles venderam 20 milhões de discos durante a carreira, mais de uma década após a morte de Russo, a banda ainda apresenta vendagens expressivas. O som dos caras me remete ao passado, à situações, pessoas, alegrias e perrengues, enfim, foi a trilha sonora da adolescência de minha geração. A Legião Urbana acabou oficialmente no dia 22 de outubro de 1996. 

Renato foi genial, sereno e místico. Um melancólico poeta românico, quase piegas, mas visceral. Era capaz de compor canções doces, musicar a história cinematográfica de do tal João do Santo Cristo, cantada na poesia pós-punk de cordel (159 versos e quase 10 minutos) intitulada Faroeste Caboclo ou melhorar Camões (desculpem a blasfêmia lírica), como em Monte Castelo.

Como disse meu sábio amigo Silvio Carneiro: “Renato Russo foi Poeta pós-punk, de toda uma “Geração Coca-Cola. Intelectual, bissexual assumido desde os 18 anos de idade, ele foi uma espécie de Jim Morrison brasileiro, não tanto pela sua beleza física, mas pela consistência de suas letras que poderiam muito bem ter sido publicadas em livro sem a necessidade de ser musicadas“. Cirúrgico! 

Hoje (11), completam 17 longos anos sem Renato, que foi vitimado pela Aids. E como ele mesmo dizia: “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”, pois o para sempre não dura muito tempo. 

Por tudo isso e muito mais, hoje homenageio Renato Russo, que se eternizou pela sua música, poesia e atitude.  Urbana Legio Omnia Vincit !

Elton Tavares

Se vivo, John Lennon faria 73 anos


John Lennon foi um músico, compositor e cantor brilhante e um ativista fervoroso. Um artista original, que fazia questão de expressar o que pensava e sentia, ainda que várias vezes caísse em contradição ou criasse confusão com isso. O cara foi, além de talentosíssimo, muito polêmico. 

Além da trajetória com os Beatles, teve uma carreira solo consistente e recheada de sucessos inesquecíveis, como a canção “Imagine”. Sim, ela transformou suas alegrias e tristezas em música, de forma sublime.

Se estivesse vivo, John teria 72 anos e, com toda certeza, seria ainda maior do que é e do que representa para todos que admiram ótimas idéias, belas músicas e atitude. 

Ele não foi o mais louco, o melhor guitarrista e nem o mais boa pinta, mas foi o maior de todos os rock stars. Um cara genial, com um talento ímpar, que viveu como quis. Ele foi PHODA demais!

Sim, o velho Lennon sabia das coisas. Certa vez ele disse:

Eu acredito em Deus, mas não como uma coisa única, um velho sentado no céu. Eu acredito que o que as pessoas chamam de Deus, está dentro de cada um de nós. Eu acredito que Jesus ou Maomé ou Buda e todos os outros estavam certos. Foi só a tradução que foi feita errada” John Lennon

Um relato para finalizar: certa vez, um colega jornalista (daqueles chegados num pagode, micaretas e afins) me perguntou por que sou “tão fã” de Lennon. Nem me dei ao trabalho, só disse: “Eu realmente preciso explicar?” (risos).

Fonte: Revistas, filmes, discos, livros, sites, papos com os amigos nos bares da vida e minha imensa admiração por John Lennon. 

Elton Tavares