Com apoio do Governo do Amapá, municípios celebram aniversários; veja programações

Para celebrar os aniversários de Porto Grande, Pedra Branca do Amapari, Cutias, Pracuúba e Itaubal nesta quarta-feira, 1º, o Governo do Amapá garantiu apoio total à realização de programações culturais e esportivas nos municípios. As atividades contam com shows nacionais, entregas de obras, sorteios, competições e feiras de empreendedorismo que seguem até o sábado, 4, com atividades nas cidades.

Com apoio através de convênios ou estruturas, firmados através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), os municípios prepararam atividades diversas, que vão do sertanejo ao som das aparelhagens nortistas.

Em Pedra Branca do Amapari, a festa de 32 anos da cidade irá escolher e premiar a Rainha do município, além de show nacional com o cantor João Gomes, nesta terça-feira, 30 de abril. A programação segue até 1º de maio.

A prefeita da cidade, Beth Pelaes, destaca que a parceria com o Governo do Amapá é fundamental para garantir a realização de uma programação com a qualidade que a população merece. “Essa parceria é fundamental para essa festa, além da Secretaria de Cultura, contamos com reforço na segurança, o que nos garantirá uma grande festa”, celebra a prefeita.

Em outras cidades, como Porto Grande, a programação terá início na terça-feira, 30, com Gincana Estudantil, e segue no dia 1º de maio com programação esportiva e cultural. Em Cutias, a celebração começa com a visitação em obras e entregas à população; pela noite, a programação cultural e queima de fogos marcam os 32 anos do município.

Em Pracuúba, os festejos acontecem na sexta-feira, 3, com Concurso de Louvor e shows gospel para celebrar o momento; em Itaubal a festa contará com gincanas, sorteios e aparelhagens no sábado, 4.

Confira a programação em cada município:

Pedra Branca do Amapari

Terça-feira, 30:

5h30 – Programação esportiva;
19h – Início da programação artístico e cultural com DJ John Silva; Banda Ritmos Show; Karla Karvalho; Show pirotécnico e apresentação da Rainha do Município 2024.
0h – Show pirotécnico;
0h20 – Show nacional com João Gomes;
2h – Aparelhagem Crocodilo;
4h30 – DJ Jhon Silva;
5h – Encerramento.
Quarta-feira, 1º:

10h – Início da programação no balneário;
10h – Fala das autoridades e corte do bolo;
10h30 – Início do Pesque e leve;
10h40 – Entrega da obra do Eco-Parque;
11h – Entrega da obra do Centro Cultural;
11h – Início da programação de sons automotivos
11h30 – Cantor Bil Magalhães;
12h – Almoço para a comunidade com apresentações de DJ Elison; Dj Yuri Cardoso e DJ Efesto Music;
18h – Início da programação evangélica;
18h – Dj gospel;
18h30 – Ministério de louvor local;
20h30 – Cantora Isadora Pompeo;
22h – Pastora Camila Barros;
0h – Encerramento da programação.
Porto Grande

Terça-feira, 30:

11h – Início dos torneios esportivos;
17h – Corridas dos trabalhadores;
18h – Entrega das premiações;
18h – Corte de bolo comemorativo;
18h – Início dos shows;
4h – Encerramento da programação.
Cutias

Terça-feira, 30:

8h30 – Recepção de autoridades municipais, estaduais e federais para a entrega parcial da primeira etapa da pavimentação do Ramal do Livramento;
9h – Cerimônia oficial;
11h30 – Visita às obras de emendas do senador Davi Alcolumbre;
12h30 – Entrega da primeira etapa da Orla de Cutias e Píer Municipal (Beira-Rio);
15h – Torneio Cidade de Cutias;
19h – Início da programação cultural com Grupo local “Entre Amigos”; Banda Sayonara; Aparelhagem paraense Mega Príncipe Negro;
0h – Queima de fogos;
5h – Encerramento.
Pracuúba

Sexta-feira, 3:

6h30 – Alvorada de fogos;
7h30 – Início das programações esportivas;
10h30 – Hasteamento da bandeira (com a apresentação da banda do Exército e coral de alunos da escola Augusto Rocha);
18h – Concurso de louvor;
19h – Culto de ação de graça.
Itaubal

Sábado, 4:

8h – Abertura oficial;
8h30 – Hino Nacional com banda Kelton Regy;
9h10 – Oração;
9h30 – Fala de autoridades;
10h – Parabéns e corte do bolo;
10h – Início das gincanas;
10h50 – Sorteios;
20h – Apresentação de artistas locais;
22h – DJs locais;
0h30 – Josi Santos e Banda;
2h – Aparelhagem Mega Príncipe Negro;
5h – Encerramento.

Texto: Gabriel Penha
Foto: Ascom/Prefeitura de Pedra Branca do Amapari
Secretaria de Estado da Comunicação

Pedra Branca do Amapari completa 32 anos e oferece mais de 40 eventos dentre shows e inauguração de novos espaços

De 29 de abril a 1 de maio a Prefeitura de Pedra Branca do Amapari promoverá uma série de eventos culturais, de aventura, competições esportivas, que prometem lazer e diversão ao público presente. A festividade celebrará o aniversário de 32 anos do município, que espera receber milhares de visitantes nos três dias de programação.

Haverá corrida de rua, ciclismo, torneios de robótica e de quadra, canoagem, até espetáculos musicais de artistas e bandas de renome nacional, incluindo personalidades do meio gospel nacional, atrações para todos os públicos e idades.

Além do lazer e entretenimento, a programação inclui a inauguração de duas grandes obras para os moradores, que são o teatro municipal e o ecoparque, com a presença de autoridades locais e do estado. Também haverá o corte e distribuição do bolo de 32 metros e o pesque e leve com 3 toneladas de peixe depositados no balneário Recanto da Pedra, logo na entrada da cidade.

Os principais shows prometem cair no gosto do público, com artistas renomados como Latino, João Gomes, Isadora Pompeo e Pastora Camila Barros entre outros na Nova Arena de Shows.

A programação de aniversário do município, a exemplo do que já acontece nos últimos oito anos, é o período mais aguardado por empreendedores, donos de estabelecimentos comerciais, hotéis e pousadas e pela população em geral. O motivo é simples, o evento, dentre todos do calendário anual, é o que mais oferece oportunidades de geração de renda e de empregos temporários. Além de fortalecer os laços comunitários e celebrar conquistas ao longo dos anos.

Programação Oficial

29 de abril (Segunda-Feira)

5:30 – Abertura da programação esportiva
6:00 – Corrida de rua – largada em frente à Prefeitura Municipal
8:00 – Modalidades coletivas – Praça da Juventude
• Vôlei
• Futebol de areia
• Basquete
19:00 – Abertura da programação – Nova Arena de Shows
19:00 – Dj Efesto Music
19:30 – Orquestra Tarumã
21:00 – Pronunciamento das autoridades
21:30 – Concurso Rainha do Município 2024
00:00 – Latino
1:30 – Banda Sayonara
2:50 – Dj Efesto Music

30 de abril (Terça-Feira)

5:30 – Ciclismo – concentração na placa de entrada do município de Serra do Navio na Rodovia Perimetral Norte
8:00 – Corrida de Rabeta – Comunidade do Xivete
9:00 – Canoagem – Porto do Balneário da Arlete
9:00 – Paradesporto – Praça da Juventude
10:00 – Futebol Digital – Centro Tecnológico
10:00 – Torneio de Robótica – Centro Tecnológico
10:00 – Jogos de Mesa – Centro Tecnológico
10:00 – Handebol – Ginásio Poliesportivo do Reviver
15:00 – Queimada – Praça da Juventude
14:30 – Final da Copa Cidade – Feminina – Estádio Lucivaldo Júnior
16:00 – Final da Copa Cidade – Masculina – Estádio Lucivaldo Júnior
19:00 – Abertura da programação – Nova Arena de Shows
19:00 – Dj John Silva
21:00 – Banda Ritmos Show
22:00 – João Gomes
23:50 – Pronunciamento das autoridades
00:00 – Show Pirotécnico
00:10 – Apresentação da Nova Rainha do Município
00:20 – Karla karvalho
2:00 – Aparelhagem Crocodilo

1 de maio (Quarta-Feira)

10:00 – Abertura da Programação – Balneário Recanto da Pedra
10:10 – Pronunciamento das autoridades e solenidade de entrega das obras do Eco Parque e Centro Cultural
10:30 – Corte do Bolo de Aniversário
10:40 – Pesque & Leve
11:00 – Atrações culturais e DJs – Palco Balneário Recanto da Pedra
12:00 – Almoço para a comunidade – Balneário Recanto da Pedra

18:00 – Programação Gospel – Nova Arena de Shows
18:00 – Dj Ita de Jesus
18:20 – Ministério de Louvor Avivah
18:30 – Ministério de Louvor Emanuel
18:40 – Ministério de Louvor Renovação
19:10 – Ministério de Louvor Shalon
19:30 – Ministério de Louvor Jerusalém
19:50 – Ministério de Louvor Amor e Graça
20:10 – Ministério de Louvor Altar
20:30 – Pronunciamento das autoridades
21:00 – Isadora Pompeo
22:30 – Pastora Camila Barros

Assessoria de comunicação

Incentivo à Cultura: Governo do Amapá anuncia data do resultado preliminar da seleção de projetos da Lei Paulo Gustavo

Alinhado ao Plano de Governo e a política nacional de cultura, o Governo do Amapá anuncia a data do resultado preliminar da seleção de projetos dos editais Latitude Zero e Maré Cheia, da Lei Paulo Gustavo (LPG). A lista com as iniciativas habilitadas e não habilitadas será divulgada no dia 6 de maio. A etapa atual, de avaliação do mérito cultural, se estende até o dia 30 de abril.

CONFIRA O CRONOGRAMA DO EDITAL LATITUDE ZERO

CONFIRA O CRONOGRAMA DO EDITAL MARÉ CHEIA

Foram registrados um total de 4.028 projetos inscritos nos dois editais da LPG, sendo, 1.165 no “Latitude Zero” e 2.863 no “Maré Cheia”. O Amapá foi um dos estados que teve 100% de adesão dos municípios. Ao todo, a lei destina mais de R$ 22,6 milhões em recursos para o segmento cultural do estado.

O edital Latitude Zero destina R$ 15,1 milhões para alcance de 334 projetos, enquanto o edital Maré Cheia distribuirá R$ 5,6 milhões para setores diversos, contemplando diretamente até 835 agentes culturais com iniciativas que serão reconhecidas e fomentadas em todos os 16 municípios amapaenses.

Durante o período de inscrições, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) realizou uma série de ações para divulgar e esclarecer os 2 editais da Lei Paulo Gustavo. Sete equipes com agentes realizadores da busca ativa coordenada pela Secult, percorreram os municípios para divulgar e incentivar os fazedores da cultura popular de seus territórios.

A busca ativa resultou em um aumento significativo no número de inscrições. Ao longo de 32 dias, a equipe realizou 70 atividades formativas e informativas, incluindo 20 encontros, alcançando diretamente 1.056 participantes. As ações tiveram foco em localidades mais distantes dos centros urbanos, comunidades tradicionais e grupos sociais priorizados nas políticas de inclusão e afirmação.

A avaliação das iniciativas e projetos culturais será realizada por pareceristas credenciados nacionalmente, profissionais com ampla experiência em curadoria e reconhecido conhecimento no setor cultural. A equipe de avaliação conta com 25 analistas de 12 estados brasileiros.

Em continuidade ao diálogo com o setor cultural, na última semana a Secult apresentou ao Conselho Estadual de Política Cultural (CEPC) um relatório parcial dos indicadores coletados durante o período de inscrições em editais de fomento à cultura. A explanação destacou ações como apoio técnico à administração pública, plataforma e serviço de tecnologias da informação, busca ativa, seleção de pareceristas, assessoria comunicação, serviços de design, monitoramento e análise de resultados que no final do processo deve apresentar um perfil da aplicação da Lei Paulo Gustavo no estado do Amapá.

Texto: Alexandra Flexa
Foto: Albenir Sousa/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Juízas e juízes do 5° concurso do TJAP são homenageados pela ALAP por seus 21 anos de serviço público

A Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP) realizou, na segunda-feira (29), Sessão Solene em homenagem aos 12 juízes aprovados no 5° concurso da Justiça do Amapá, que completaram 21 anos de efetivo exercício na Magistratura. A sessão foi uma proposição do deputado Delegado Inácio e teve como objetivo reverenciar o trabalho que os 12 juízes fizeram e fazem na Justiça do estado do Amapá.

Segundo o deputado, “falar das atribuições do cargo de juiz como controle da constitucionalidade, resolução de conflitos e litígios, manter a harmonia social, entre muitos outros, é só uma forma de resumir o primoroso trabalho realizado”, disse o parlamentar.

O deputado ressaltou ainda a importância do grupo para o estado do Amapá, uma vez que é a turma com mais amapaenses aprovados em um concurso da magistratura.

“Homenagear essa turma é muito mais que necessário, pois foi com essa turma que tantos acadêmicos e tantos sonhadores recém-formados viram que é possível ser juiz sendo do Amapá”, afirmou. “A turma das senhoras e dos senhores foi um divisor de águas e inspirou muitas pessoas. É um orgulho muito grande ver essa turma completando 21 anos de serviço público”, finalizou.

O juiz Naif Daibes, que atuou como porta-voz dos colegas, afirmou ser “uma felicidade sem tamanho observar que tantos anos se passaram e a prestação jurisdicional na Amazônia foi e vem sendo realizada de forma tão humana e tão calorosa”.

“Em nome de todos os juízes, agradeço a homenagem tão bonita e que significa muito mais que apenas uma Sessão Solene, pois representa o respeito pela nossa honrosa profissão”, concluiu o magistrado.

A Sessão Solene contou com a participação do vice-presidente do TJAP, desembargador Mário Mazurek, da subdefensora-geral do Amapá, Adegmar Loiola, da procuradora de Justiça do MP-AP, Socorro Milhomem, e o subprocurador-geral adjunto do Estado, Alexandre Martins Sampaio.

Participaram da homenagem os juízes Aline Almeida Peres, Gelcinete Lopes, Nelba Siqueira, Naif José Maues Daibes, Lívia Simone Freitas, Michelle Farias, Joenilda lenzi, Eliana Nascimento e Heraldo Costa. Os juízes Carlos Fernando, Larissa Antunes e Luiz Carlos Kopes Brandão também integram essa turma, mas não puderam estar presentes em virtude de agenda.

– Macapá, 29 de abril de 2024 –

Secretaria de Comunicação do TJAP
Texto: Clarice Dantas
Fotos: Serginho Silva
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

Escuta popular: TJAP organiza Audiência Pública na Comarca de Pedra Branca do Amapari

O Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) alinha os preparativos para a realização de Audiência Pública, que promoverá no município de Pedra Branca do Amapari. A escuta popular, com o tema “Gestão Participativa Construindo uma Justiça ainda Melhor”, ocorrerá no Fórum da Comarca, no dia 08 de maio, às 17 horas, e tem o propósito de ouvir o cidadão, tirar dúvidas e prestar esclarecimentos à população quanto à atividade jurisdicional.

Durante o encontro, serão apresentadas as Metas Nacionais do Poder Judiciário para 2025, como norteia o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além de entender anseios e avaliar medidas possíveis no âmbito da Justiça.

O evento, que será a segunda escuta pública promovida pelo Poder Judiciário em 2024, contará com a presença de magistrados, representantes do Ministério Público Estadual, Governo do Amapá, Defensoria Pública do Estado, Prefeitura Municipal de Pedra Branca do Amapari, Polícia Militar do Estado, entre outras instituições e representantes da sociedade civil organizada no município.

Na audiência pública, o TJAP quer ouvir a opinião de autoridades e cidadãos para identificar necessidades do município. Na ocasião, os presentes poderão fazer perguntas e apresentar demandas ao Poder Judiciário.

De acordo com o presidente do TJAP, desembargador Adão Carvalho, além de promover soluções efetivas para a população, o evento discutirá a proposta de ‘Metas Nacionais do Poder Judiciário para o ano de 2025’, que representam o compromisso firmado anualmente pelos presidentes dos tribunais brasileiros em prol da melhoria da prestação jurisdicional.

“Pretendemos dialogar com a sociedade que reside em Pedra Branca, escutar todos os envolvidos na comunidade, no Sistema de Justiça, e cumprir as metas que o CNJ estabelece, que representam o compromisso dos tribunais brasileiros com o aperfeiçoamento da prestação jurisdicional para proporcionar à sociedade um serviço mais célere, com maior eficiência e qualidade”, declarou o magistrado.

“Entre as iniciativas estão julgar mais processos, promover mais conciliações, elaborar projetos de inteligência artificial, entre outras ações que resultem em beneficio ao cidadão. Para este propósito, precisamos da participação popular para a elaboração das diretrizes estratégicas do Poder Judiciário amapaense”, detalhou o presidente do TJAP.

“Na mesma oportunidade, esperamos escutar, acolher e tomar medidas que possam atendê-las, ou encaminhar as que estejam fora do escopo de atuação da Justiça Estadual às autoridades competentes cabíveis em cada caso”, complementou o desembargador Adão Carvalho.

– Macapá, 29 de abril de 2024 –

Secretaria de Comunicação do TJAP
Texto: Elton Tavares
Arte: Carol Chaves
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

Claudio Nucci celebra mais de 40 anos de carreira em Macapá

Em 2021, Claudio Nucci começou a celebração de seus 40 anos de carreira com o lançamento do álbum “Direto no coração – 40 Anos de Acontecências”, e neste maio, o artista chega na Amazônia com a turnê em que canta sua trajetória musical. O show será dia 17, em Macapá, com a participação de músicos amapaenses que acompanham Cláudio e seu violão-baixo no repertório, que é um apanhado de sua arte, parcerias, shows e muita música.

Nascido nos anos 50, Claudio Nucci é um paulista criado em uma família embalada por músicas. Suas canções são reflexo da vivência no interior de São Paulo e Minas Gerais, do repertório de seus avós e tudo que chegava aos seus ouvidos. Mas foi nos festivais dos anos 60, nos quais grandes artistas despontaram, que o talento de Nucci foi despertado, e aos 12 anos começou a compor, tocar e cantar.

Ao mudar com a família para o Rio de Janeiro, conheceu o trabalho de Tom Jobim, Dorival Caymmi, Carlos Lyra, Paulinho da Viola e o Clube da Esquina, fundamentais em sua carreira, e um impulso para sua participação em festivais, a partir de 1971.

Sua carreira profissional iniciou em 1978, no quarteto Boca Livre, do qual saiu dois anos depois para a carreira solo. Em 1981 lançou seu primeiro LP, “Claudio Nucci”, e lá estava Acontecência, grande sucesso que foi tema das novelas Brilhante (1981) e Coração de Estudante (2002). Os 40 anos da canção inspiraram seu último álbum, “Direto no Coração – 40 anos de Acontecência”, gravado em 2021, e esta turnê.

O show é uma viagem pela vida musical de Nucci, uma requintada vitrine sonora de suas parcerias de sucesso, composições, shows, discos solo, premiações, e recordações de suas canções interpretadas pelas maiores vozes do Brasil, a exemplo de Nana Caymmi, Emilio Santiago, Simone, Roupa Nova e Zizi Possi.

É a segunda vez que o artista se apresenta em Macapá, a primeira foi em 2016. Nesta turnê, seu repertório percorre todas as suas fases, independente ou com parceiros, tem músicas atuais e outras já imortalizadas no cenário musical brasileiros e na memória emotiva das gerações que viveram estes 40 anos, e também composições de Chico Buarque, Milton nascimento, Dorival Caymmi e Edu Lobo, entre outros.

Serviço:

Após Claudio Nucci, o público terá um show especial anos 80 com a banda amapaense Casanova.
Data: 17 de maio.
Local: Clube da OAB (ao lado do Garden Shopping).
Hora: 21h
Mesas limitadas, somente pelo número: 981373130

Mariléia Maciel
Assessoria de Comunicação

TJAP agenda edição especial de programas Justiça Itinerante e Conciliação Itinerante para atender aldeias indígenas de Oiapoque

Como parte da política socioinclusiva que tem marcado a gestão 2023-2025, notadamente quanto à atenção aos povos indígenas, o Tribunal de Justiça do Amapá tem empreendido esforços no sentido de criar uma edição periódica dos programas Justiça Itinerante e Conciliação Itinerante com foco em aldeias indígenas, mais especificamente na região de Oiapoque, no extremo norte do Amapá.

A iniciativa, idealizada pelo desembargador-presidente Adão Carvalho, segue em fase de planejamento e diálogo interinstitucional com parceiros sob a estreita supervisão da Coordenadoria de Proteção e Garantia dos Direitos dos Povos Indígenas, que tem como coordenador o desembargador Rommel Araújo, e ação de campo das servidoras Nilce Ferreira e Jessyca Azulay, que integram o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) do 2º Grau e o Programa Conciliação Itinerante.

Agendada para o período de 22 a 30 de junho de 2024, a ação foi imaginada a partir do TJAP, mas construída a partir de um diálogo interinstitucional com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas do Estado do Amapá (Sepi), além de uma estreita troca também com a própria população originária que será alvo da ação por meio em visitas realizadas nas aldeias Kumenê, Espírito Santo e Manga (realizadas de 22 a 28 de janeiro).

Segundo o desembargador-presidente Adão Carvalho, os povos indígenas são especialmente carentes de atenção do poder estatal (em todas as esferas) por terem demandas muito específicas por sua própria cultura e pela natureza de sua ocupação territorial, além da distância que suas aldeias e territórios demarcados se encontram da capital e dos serviços públicos que proporcionam efetivo acesso à cidadania.

“Fizemos um esforço de escuta ativa não apenas dos principais órgãos que lidam, nos âmbitos federal e estadual, com o tema, mas também diretamente com a comunidade que pretendemos atender, pois sua perspectiva é única, não pode ser esquecida nem totalmente mediada, uma vez que somente eles próprios compreendem seu cotidiano e os desafios que o permeiam ao longo da vida, seja dentro ou fora da aldeia, na interação com os poderes estabelecidos”, defendeu o magistrado.

O desembargador Adão Carvalho, que assumiu a missão de inaugurar a Comarca de Oiapoque quando ainda era um juiz em início de carreira, conhece bem a região e a realidade dos povos indígenas nela residentes.

“Nem passou por nossas cabeças a ideia de não ouvir Funai e Sepi, mas por mais que o olhar experiente e a formação técnicas de seus profissionais seja fundamental para nos oferecer uma expertise e uma perspectiva calcada em anos de interação, somente um indígena que vive em uma aldeia indígena e passa pelas rotinas e desafios próprios deste contexto diariamente ou por eles é apontado e escolhido pode falar com autoridade por seu povo”, afirmou o magistrado.

“Não é presumindo que sabemos o que os outros pensam ou do que eles precisam que incluímos as pessoas, mas dando voz a eles, escutando-os com atenção e atendendo a demanda da melhor forma que pudermos: isso é inclusão”, ressaltou o desembargador-presidente Adão Carvalho.

De acordo com Nilce Ferreira, supervisora do Cejusc do 2º Grau e do Programa Conciliação Itinerante, a saga de reuniões começou em 11 e 12 de janeiro, quando ela e sua equipe se reuniram com a Regional do Amapá e Norte do Pará da Funai e a Sepi, para, em 16 de janeiro, incluir o Conselho de Caciques dos Povos Indígenas do Oiapoque (CCPIO) no diálogo – tudo para culminar em uma visita a campo, nas aldeias Kumenê, Espírito Santo e Manga, quando foram recebidas por caciques, vice-caciques e outras representações locais dos povos indígenas para captar mais diretamente as demandas.

“Entre os serviços já dentro de nossas intenções ficaram registrados os atendimentos jurídicos, emissão de documentos com parceiros com os quais já contamos em outras ações”, registrou Nilce.

Os serviços e parceiros citados são, entre outros: emissão de documentos RG, CPF, Carteira Arrais de habilitação náutica, Título de Eleitor e inscrição no CadÚnico, além de atendimentos médicos, odontológicos e outros serviços que envolvem cidadania, conciliação e orientação jurídica.

Para além das demandas já mais tradicionais, “foi possível perceber o anseio e a satisfação dos locais por serem ouvidos diretamente, além de uma carência por serviços que não tínhamos programado ainda para a ação, como emissão de Carteira de Reservista, emissão de Carteira do SUS e CLT, atendimentos oftalmológicos, orientações sobre a PEC da Transposição e principalmente reconhecimento de União Estável pós-morte e celebração do Casamento na Comunidade”.

“Soubemos ainda de uma série de demandas relacionadas à necessidade de palestras e acompanhamento psicológico junto a diversos públicos, em especial adolescentes, devido a alta incidência de depressão e outras situações correlatas”, complementou Nilce.

O desembargador-presidente Adão Carvalho declarou que “a especificidade da demanda, inclusive por vezes não prevista inicialmente por órgãos oficiais, demonstra o acerto e a importância da escuta ativa, direta e inclusiva dos representantes dos povos indígenas e da comunidade-alvo como um todo”.

Entre as demandas que surpreenderam gestores e equipe do TJAP estava a negociação de débitos de energia junto à concessionária responsável. “Esta ação tem, como um de seus objetivos, proporcionar a dignidade a estes cidadãos que vivem em uma situação já cercada de precariedades e viver com nome sujo na praça, com débitos que inviabilizam oportunidades de crescer e prosperar, não combina com o que chamamos de uma vida digna”, defendeu o presidente do TJAP, atualmente também à frente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), sob o qual se organizam os Cejuscs.

“O TJAP tem um grande repertório de mutirões de negociação exitosos e com dezenas de milhões de reais negociados e relações comerciais – entre consumidores e concessionárias de serviços públicos essenciais, diferentes esferas do poder executivo e bancos – restauradas, então vejo como uma possibilidade real a de levarmos esta solução também aos nossos povos originários diretamente em suas aldeias”, concluiu o desembargador Adão Carvalho.

– Macapá, 30 de abril de 2024 –

Secretaria de Comunicação do TJAP
Texto: Aloísio Menescal
Fotos: Carol Chaves
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

‘Nossa maior tarefa é dialogar e criar consensos’, reforça governador Clécio Luís no 1º Congresso Amapaense de Municípios

O governador Clécio Luís palestrou na segunda-feira, 29, no 1º Congresso Amapaense de Municípios, que reuniu prefeitos e gestores dos 16 municípios do estado para debater políticas públicas que fortaleçam o desenvolvimento do Amapá. Foram discutidos temas como regularização fundiária, inovação tecnológica e outros segmentos de potencial para o estado.

No evento, o governador foi o responsável pela palestra que abriu o congresso com o tema “Janelas de Oportunidades para o Desenvolvimento do Amapá”, onde detalhou eixos como agronegócio, logística, turismo, mineração, pesca e petróleo.

“Nossa maior tarefa é dialogar e criar consensos em torno desses projetos e de outros, com o objetivo de torná-los fortes para discutir com o Governo Federal, órgãos da Justiça, sociedade civil e todos os agentes envolvidos. É assim que conseguiremos definir um rumo que queremos tomar para o Amapá”, ponderou o gestor.

O congresso é promovido pela Associação dos Municípios do Amapá (Ameap) e conta com o apoio do Governo do Estado. A programação foi construída para oferecer dois dias de múltiplas experiências com o foco na construção de uma melhor gestão para as prefeituras amapaenses.

Os destaques apresentados mostram o Amapá no centro de grandes eventos da rota turística, fomento ao setor de inovação tecnológica com atração de novos investimentos e estímulo do mercado local, além de avanços claros na mobilidade com concessões de licenças, licenciamento da Plataforma Logística do Amapá, inclusão de Terminais Hidroviários no Novo PAC do Governo Federal e outras tratativas do tema.

Na palestra de abertura, Clécio Luís reforçou o compromisso com a melhoria dos municípios, que passa por um trabalho conjunto de alinhamento e união entre esferas dos Poderes e de gestão.

“Temos, hoje, municípios transformados por conta dessa força política bem utilizada em favor do Estado, das cidades e de quem mora nesses locais. Nós, hoje, temos municípios completamente transformados pelo trabalho desenvolvido em conjunto com os parceiros, Bancada Federal e a união de esforços em prol do Amapá”, destacou o governador durante a fala de abertura.

Avanços

O gestor destacou, ainda, as políticas estaduais desenvolvidas em menos de 1 ano e meio de gestão que têm alcançado as localidades do Amapá. O trabalho segue integrado às gestões municipais para a construção de projetos unificados e com propósitos claros para o desenvolvimento em todas as regiões do estado.

“Temos um trabalho com as licenças ambientais envolvendo o agronegócio que beneficia diretamente os municípios e isso é um projeto que já acontece. Em outros pontos temos convênios e agenda comuns; além de tratarmos soluções futuras, que garantem um trabalho continuado para os próximos anos”, enfatizou.

Das 23 glebas pertencentes à União, 12 já estão registradas pelo Governo do Amapá nas regiões de Água Branca, Mazagão, Macacoari, Oiapoque, Tartarugalzinho e Tartarugal Grande, totalizando mais de 1 milhão de hectares, onde 20 mil são regularizados para particulares com títulos de terras e Declarações de Reconhecimento de Posse (DRPs). O Estado aguarda, ainda, a doação das glebas de terras do Matapi 1, Matapi 2 e Rio Pedreira, fundamentais para as atividades produtivas.

Expectativas para o futuro

O painel foi o primeiro de uma série de debates e diálogos entre gestores estaduais, deputados, senadores e secretários. Além da união de esforços, foram pontuados avanços em temas de impacto econômico, como o petróleo. Os eixos de destaque sobre o tema trazem a pesquisa, ciência, tecnologia e formação da mão de obra como fundamentais para a atração de investimentos, estabelecimento da governança e regulação.

“Com a mineração e pesca sabemos dos vieses mais claramente. Agora, o petróleo necessita definir seus processos de futuros recursos que podem entrar no orçamento de cada local para não cometermos erros que ocorrem em outros estados e municípios, por isso, precisamos caminhar juntos e sempre buscando o melhor para a população”, disse o governador.

O encontro busca incentivar e ampliar os conhecimentos nas mais diversas áreas da gestão pública. A programação segue até esta terça-feira, 30, em Macapá.

Texto: Weverton Façanha
Foto: Maksuel Martins/GEA e Israel Cardoso/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Poema de agora: A Maiakovski. Poeta Russo – Luiz Jorge Ferreira

A Maiakovski. Poeta Russo

Um dia eles nem chegam!
Já estão escondidos nas sombras que nos acompanham, por todos os lugares.
E nós não vimos, nem sentimos seus cheiros podres, nem sentimos suas mãos nos pescoços.

Simplesmente porque ainda fazem isto só com os outros.

Certo dia em que estamos comprando ovos da Páscoa.
Eles entregam armas aos moleques sem cor dos aglomerados.
Mas com medo neste momento levantamos do sofá, e desligamos a Televisão para não saber mais disto.

Uma noite eleito por nós mesmos, eles se reúnem, e criam facilidades para o domínio.
Empilham placas na rua,
para que indefesos andemos a mercê dos sádicos.

Criam leis para retirar nossas armas, e facilitam a liberdade dos ladrões, e assassinos.

Mas como o domínio ainda nos permite ir a praia – Não protestamos.

Certo dia acordamos com eles em nossas casas, em nossas mesas, em nossas camas, em nossas almas.

Nesse dia, sentiremos seus cheiros podres, seus dentes podres, seus gestos bruscos, e seus torniquetes no pescoços.

Seremos proibidos de ir a praia, caminhar sob o sol, e inocentemente tomar sorvete.

Ansiosos vamos procurar reunir todos para criar uma saída.

Mas então! – Todos serão ninguém, e eternamente!
Será muito tarde.

Luiz Jorge Ferreira

 

* Do livro Tybum.

Hoje é o Dia Mundial da Dança – Minha crônica sobre a data

Hoje é o Dia Internacional da Dança, uma das três principais artes cênicas da antiguidade, ao lado do Teatro e da Música.

Criado em 1982, pelo Comitê Internacional da Dança da Organização das nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a data homenageia o mestre francês Jean-George Noverre (29/4/1727 – 1810), considerado o precursor do balé moderno, que sistematizou o seu método revolucionário, em um conjunto de cartas sobre esta manifestação artística, intitulado Letterssurladanse (amálgama de palavras, cujo significado é “cartas sobre a dança”).

Por feliz coincidência, a data é também a do nascimento de Márika Gidali, a revolucionária bailarina, nascida em Budapeste – Hungria, radicada em São Paulo, que, com Décio Oteo, fundou o Ballet Stagium em 1971, em São Paulo, que inaugurou no Brasil, em plena ditadura militar, uma nova maneira de se fazer e apreciar a dança.

Apesar de ser um grande perna de pau, admiro quem sabe dançar. Falando nisso, só Deus sabe o quanto sofri com as festas de escola, no auge na famigerada “Lambada”, era osso! Só de lembrar me dá asco.

Falo dos que sabem dançar o nosso Marabaixo, Samba, Salsa, Bolero, Balé, aquela parada que os russos dançam, Valsa, Dança de Salão, Break, Dança do Ventre e até o Forró (apesar de não ser tão fã do estilo, reconheço a importância dele para a cultura nordestina). Tango então? Apesar de achar os argentinos uns boçais, aquilo é bonito de se ver. Ah se é.

Lembro-me de uma antiga história da família, que é natural do município de Mazagão. Meus tios contam que o meu saudoso pai vinha para Macapá, nos anos 60, passar o fim de semana (ele era o mais velho de cinco irmãos) e voltava para a cidade natal dizendo que dançava Twist na capital, só para se gabar para as meninas de lá. O negão era figura mesmo.

Lembro que, nos anos 80, todo moleque queria aprender o “Moonwalk”, parte da “dança sobre a Lua”, criado pelo dançarino de Street Dance Bill Bailey, imortalizado pelo cantor e compositor Michael Jackson.

Enfim, quem for de dança, que dance. E quem for de apreciar, como eu, tome sua cerva e observe. Tenham todos uma ótima semana. É isso.

Elton Tavares

33 anos sem Gonzaguinha

Gonzaguinha – Foto encontrada no site Cultura Brasileira

Hoje (29) é aniversário da morte (estranho estes termos juntos) do cantor e compositor Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, o “Gonzaguinha”, que morreu em um acidente automobilístico em 29 de abril de 1991, aos 45 anos, em Renascença (PR). Eu tinha 15 anos e lembro bem da notícia de sua morte.

São 33 anos sem o artista carioca, filho do lendário cantor e compositor Luiz Gonzaga (não biológico, mas registrado), o “Rei do Baião”, e Odaléia Guedes dos Santos, cantora do Dancing Brasil. É como dizia o próprio Gonzaguinha: “Venho de Odaléia uma profissional daquelas que furam cartão e de vez em quando sobem no palco; ela cruzou com meu pai e de repente eu vim”.

A mãe morreu de tuberculose aos 22 anos de idade, quando Gonzaguinha tinha somente dois anos, e o pai, por conta dos shows Brasil afora, o deixou com o padrinho Henrique Xavier – o baiano do violão das calçadas de Copacabana, do pires na zona do mangue no morro de São Carlos – e sua esposa, a madrinha Dina. “Foram eles que me criaram e por isso eu toco violão”. (Gonzaguinha)

Do pai, recebia o nome de certidão, dinheiro para pagar os estudos e algumas visitas esporádicas. Imerso no dia-a-dia atribulado da população, Gonzaguinha ia aprendendo a dureza de uma vida marginal, a injustiça diária vivida por uma parcela da sociedade que não tinha acesso a nada.

Gonzaguinha foi um dos melhores compositores de sua geração. Ele iniciou a carreira na década de 1960, no Rio, convivendo com artistas como Ivan Lins e Aldir Blanc. Com ambos fundou o Movimento Artístico Universitário (MAU). Em 1970, começou a participar de festivais.

O seu primeiro LP foi lançado em 1973. No mesmo ano, Gonzaguinha participou do programa Flávio Cavalcanti apresentando a música Comportamento Geral num dos concursos promovidos pelo programa. Na canção, ele alfinetava a atitude complacente e medrosa daqueles que abaixam a cabeça para tudo e para todos: “Você deve lutar pela xepa da feira / e dizer que está recompensado”. O júri do programa destruiu sua música e cobriu Luiz Gonzaga Jr. de ameaças. Um dos jurados o chamou de terrorista; outro sugeriu sua deportação.

Apesar de toda a perseguição, Gonzaguinha nunca deixou de divulgar seu trabalho: quer seja em discos, onde driblava os censores com canções alegóricas, quer seja em shows onde, além de cantar as músicas que não podiam ser tocadas nas rádios, Gonzaguinha não se continha e exprimia suas opiniões e sua preocupação com os rumos que a nação tomava.

Visceral e talentosíssimo, compôs músicas lindas e doídas, de tão fieis aos amores, dissabores e dores que sentiu. Seus maiores sucessos foram: “Grito de Alerta”, “Explode Coração ou Espere por mim, morena”, “Comportamento Geral (censurada)”, ‘Começaria Tudo Outra Vez”, “Lindo Lago do Amor”, “Redescobrir” (na voz de Elis Regina), “É” e “O Que É, O Que É”, “Recado”, “Eterno Aprendiz”, entre outras.

Em 2017 Gonzaguinha foi tema do carnaval da Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, com o enredo “É! O Moleque desceu o São Carlos, pegou um sonho e partiu com a Estácio!”.

Gonzaguinha casou três vezes e teve quatro filhos. Ele gravou 19 discos e vendeu milhões de cópias. Foi um gênio da MPB e símbolo da indignação com o sistema. Parte de sua história foi retratada no filme “Gonzaga – de pai para filho”.

O cara foi um símbolo de rebeldia e talento. Este post é uma pequena homenagem ao gênio da poesia. Valeu, Gonzaguinha!

Gonzaguinha e Gonzagão 1979 – Foto: Amicucci Gallo

Elton Tavares, com informações dos sites Memória da Ditadura, Musicaria Brasil e Mais Cultura Brasileira!

Poeta em destaque – Pat Andrade (Por Alcinéa Cavalcante) – @alcinea

A gaveta está aberta…
pega da pena e vai.
cumpre a tua sina, poeta.
(Pat Andrade)

Autora de vários livros de poesia, Pat Andrade, a “Pat” é doce, delicada, papo super agradável. Sua presença – como as flores – embeleza e deixa pleno de ternura qualquer ambiente.

Talento reconhecido, Pat já recebeu vários prêmios e diversas homenagens tanto por sua poesia como pelo seu ativismo cultural. Sua poesia atravessou os mares e ancorou em Portugal, em maio de 2019. Mais precisamente na Cidade do Porto, onde foi declamada e aplaudida no Sarau da Lua Minguante naquele ano.

Pat conta que através da poesia extirpa dores e desamores, frustrações, cansaços, angústias, rancores. “É através da lente imaginária da poesia que posso ver um mundo melhor, com mais amor, harmonia, inteligência.”

Ela se apaixonou pelos versos ainda quase criança. Pré-adolescente fez um caderno de versos no qual copiava trechos de poemas que lia por aí e gostava. Nele também rabiscou seus primeiros versos.

Certa vez perguntei a ela quais seus poetas preferidos e ela me disse que seu primeiro amor nessa arte foi Vinicius de Moraes. E contou:

“Aos 15 anos, ganhei de presente da minha mãe – que também escreve poesia – um diário com poemas de Vinícius de Moraes, meu primeiro poeta, meu primeiro amor na poesia.

Depois veio o Augusto dos Anjos, com sua poesia maldita e forte. Foi ele que me ensinou que ninguém assistirá ao formidável enterro de minha última quimera…

E depois disso, já estava na veia. Outros poetas vieram: Mário Quintana, Paulo Leminski, Maiakovski, Cora Coralina, Charles Bukowski, Drummond, Martha Medeiros e tantos outros.

Todos meio irreais, intocáveis, distantes, embora objeto de minha admiração.

Aí, vieram os mais próximos, os que eu quase podia tocar: Alcy Araújo, Isnard Lima, Ruy Barata. E, finalmente, os que posso ver, ouvir, conversar e amar. Entre eles, Joãozinho Gomes, Alcinéa Cavalcante, Manoel Bispo, Obdias Araújo, Fernando Canto, Marven Franklin e outros”.

Põe poesia
na mesa vazia
e faz dela
o teu prato do dia
poe poesia
na noite insone
e, se der, mata
a tua fome…
(Pat Andrade)

Fonte: Blog da Alcinéa.

Minhas ausências involuntárias – Crônica de Elton Tavares – (do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”)

Ilustração de Ronaldo Rony

Certa vez, há alguns anos, passei duas semanas sem ir na casa da minha avó paterna. Fico pensando quanto de convívio aquele meio mês me custou. Estas “ausências involuntárias” são muitos ruins. Se você se ausenta ou some por algum motivo que foge ao seu controle é bem triste, principalmente quando quem sente sua falta são as pessoas que você ama.

Eu deveria, por exemplo, me organizar para ir ver mais vezes os meus corações que moram em Belém (PA), periodicamente. Falo da minha sobrinha, irmão e cunhada, além da querida amiga Rita. Mas por pura falta de empenho, trabalho ou planejamento isso não acontece.

Essa rotina frenética nos afasta de muita gente importante, às vezes chego cansado do trabalho, tomo um banho e vou direto para cama. Mas nunca esqueço de quem amo. Às vezes, já tarde da noite, penso: “eu poderia ter ao menos telefonado hoje, mas agora já não dá mais tempo ”.

Um dia, encontrei um amigo do passado e comecei a me perguntar: por que nos afastamos? Não encontrei motivo algum, foi a vida, nossas prioridades e escolhas, mas o cara ainda é “considerado” um amigo querido. Doideira, né?

Graças a Deus (ou seja lá o nome Dele), tem muita gente que gosta de mim, já passei por diversas turmas, tenho velhos e bons amigos. Quando encontro alguns deles, seja em Belém ou Macapá, sempre rola aquele papo: “pô, vamos marcar algo, será muito legal”. E nunca acontece o tal encontro, falamos tudo da boca para fora, involuntariamente.

Meu falecido pai um dia me disse: “temos que dizer para as pessoas que amamos que as amamos hoje, amanhã pode não ser possível”, concordo.

É isso mesmo. Preciso urgentemente visitar pessoas queridas, prestigiar aniversários e ir a festas de gente que gosta de mim. Tudo isso parece simples, mas, por algum motivo, às vezes deixo de lado. Não sei vocês, mas preciso dar um jeito nas minhas ausências involuntárias.

O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos; e cada pequena ausência é uma eternidade” – John Dryden.

Pensem nisso!

Elton Tavares

*Texto do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, de minha autoria, lançado em setembro de 2020.

Há 11 anos: trampo e pororoca no Araguari, uma aventura no “Rio Encantado”

Há exatos 11 anos, viajamos, eu e a fotógrafa Márcia do Carmo, juntamente com uma equipe de técnicos da Prefeitura Municipal de Macapá (PMM) para as localidades do Igarapé Novo e Bom Amigo. Essas duas comunidades, apesar de fazerem parte do território da capital do Amapá, ficam isoladas, localizadas no Rio Araguari.

A expedição foi denominada “Pororoca Solidária”, pois consistiu em ações sociais da PMM, em parceria com um grupo de surfistas da onda (fenômeno natural) homônima a missão nas referidas localidades. Duas embarcações fazem parte da ação, um barco de madeira de porte mediano e uma balsa, onde os surfistas nos seguem.

O barco, nomeado “Renascer I”, partiu para a foz do baixo Rio Araguari com 13 pessoas, sendo três homens na a tripulação (comandante Celso e os embarcadiços “Farinha” e “Botinho”) e a equipe da PMM (eu, Márcia, Gláucia, Renata, Sandro, Diléia, Adélia, Galma, Roberta e Débora) – pessoal gente boa, com quem dividimos trampo, andanças por quilômetros em pura lama, comida, água, picadas de mosquito, entre outras coisas.

A viagem de ida foi um pouco tensa, por conta de um estranho nevoeiro que surgiu às 4h da manhã . O piloto me disse que nunca tinha visto algo parecido e a visibilidade estava comprometida. Como se já não bastasse, a profundidade, cerca de 23m, não permitiu que o comandante ancorasse o barco, o que nos fez seguir – com velocidade mínima – totalmente cegos, pelo Rio Amazonas (por onde navegamos antes de chegar ao Rio Araguari). Mas correu tudo bem.

Eu e Márcia fizemos fotos lindas. As imagens vão desde a alvorada no Rio Araguari aos guarás (pássaros da região). As noites foram longas, muitos mosquitos. Haja repelente! Foi osso!

Fomos até a comunidade de Igarapé Novo. Andamos cerca de 1,5 km (distância para ir e o mesmo para voltar ao barco) com lama até o joelho até chegar às casas dos ribeirinhos onde distribuímos alimentos e fizemos o recadastramento deles no programa Federal “Bolsa Família”. Além disso, cruzamos com a TV Amapá (Globo local), que também cobriram a ação social da sexta-feira, na comunidade Bom Amigo. O dia foi proveitoso!

Após as missões de trabalho, a ansiedade de ver a Pororoca tomou conta da maioria de nós.

Na manhã de sábado, pela primeira vez na vida, vi e vivi a Pororoca. A grande onda dos rios da Amazônia. Foi muito melhor que eu imaginava. Eu, a fotógrafa Márcia do Carmo e três colegas esperamos a onda na “curva da onça”, local onde a Pororoca arrebentou sobre nós. O fenômeno nos atingiu e logo alagou a enseada onde estávamos. Aliás, ficamos em um local bem de frente para a onda. Foi sensacional!

No domingo, fomos novamente acompanhar a Pororoca, mas agora, de cima da lancha “voadeira”. Ficamos muito perto da grande onda. Pena que eu e Márcia fomos em embarcações diferentes. A que eu estava deu problema no motor e logo mudei para a lancha pilotada pelo prático Riley.

Já a que a Márcia estava, encalhou e foi pega pela onda. Graças a Deus ninguém se machucou. A adrenalina de estar na crista da Pororoca, mesmo em uma lancha, é incrível! As fotos falam mais que palavras.

Nosso retorno à Macapá ocorreu após o almoço de domingo. Todos extasiados pela visão e sacodes da Pororoca. A viagem de volta não foi tão tranquila, pois a maré estava revolta, mas chegamos bem.

A expedição foi uma experiência de vida inexplicável e única, que adorei ter vivenciado. Aprendi muito naqueles oito dias. Tudo bem que nem tudo foi como eu pensava nesta viagem. Mas nossa missão foi cumprida.

Obrigado a todos que viveram esses momentos comigo, pois foi demais paid’égua e inesquecível. Saio dessa odisseia maravilhado com a beleza da região, com a Pororoca e peculiaridades do Araguari que como cantou Amadeu Cavalcante: é um rio encantado! É exatamente isso!

Parafraseando outro poeta, Gonzaguinha (que hoje completa 33 anos de embarque para o além) disse: “o movimento da vida não deixa que a vida seja sempre igual”. É isso! Modéstia à parte, monotonia é algo que não está incluso na minha rotina de jornalista. Já estou com saudades de uma aventura dessas . Boa semana pra todos nós!

Elton Tavares