Felipe Andreoli é agredido pelo deputado Marcio Reinaldo Moreira e registra B.O.


Na noite da última terça-feira (8), o repórter do programa “CQC” (Band), Felipe Andreoli, registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal, alegando ter sido agredido pelo deputado Marcio Reinaldo Moreira (PP-MG) durante uma entrevista no Congresso.

O humorista disse ter levado um tapa e publicou o fato nas mídias sociais. No Twitter, ele postou a foto do B.O. e escreveu: “Descobri que o agressor, Dep.Marcio Reinaldo Moreira, tem twitter:@mrm2020. Aqui o B.O. registrado por sua agressão”.

Apesar de ofendido, ele usou também o humor e escreveu no microblog que “iria se benzer”: “Vamos benzer. Aproveitamos e compramos um protetor pra cabeça, aquele de Boxe…”, escreveu ele no microblog.

Leia abaixo o texto “Tapa na cara”, de Felipe Andreoli na íntegra:

“Tapa na cara

O melhor jeito de descontar a raiva, é escrevendo, não tem outro jeito, então lá vai…

Hoje, assim que entramos no Congresso, disse pro Guga (nosso produtor): Depois de sair daqui tem que tomar banho de sal grosso, o ambiente é muito pesado.

Mal sabia eu…

Eu gosto de fazer matéria em Brasília, são os caras que tenho mais gana de confrontar, questioná-los da maneira que qualquer cidadão sonha em fazer. Pra mim, lugares que exalam poder não tem um bom cheiro. A sensação de trama, de conspiração, de que algo está sendo meticulosamente planejado, é constante. Aqui, até na hora de fazer xixi no mictório, olho pra trás pra ver se não tem ninguém bolando uma maldade comigo.

Sinceramente tem poucos, pouquíssimos deputados e senadores que eu olho e penso: taí, esse cara é do bem. Grande novidade, você deve pensar assim também.

Nesta terça-feira entrevistei o Deputado Marcio Reinaldo Moreira (PP-MG). Fiz uma pergunta – vocês verão no CQC – que nós nos fazemos todo santo dia. Ele me respondeu com um tapa na cara. Fora os xingamentos…

O tapa na cara dói. Não aquela dor doída de um soco. É mais parecido com uma cusparada, uma humilhação. Eu senti aquele senhor batendo na cara de todos estavam ao meu redor.

Indignado, não hesitei. Vou na polícia. Na hora em que cheguei à delegacia para fazer o boletim de ocorrência – confesso – fiquei com medo. Pensei: Caraca! Sabe Deus da onde é esse cara, quem são os amigos dele, o ‘poder’ que ele tem ou pode ter. Vou dar meu endereço e telefone no BO e esse nobre deputado vai atrás de mim. Juro que pensei isso.

Infelizmente a gente tem essa sensação. Que todos são meio Don Corleone. Temidos nobre senhores. Respeitados e inatingíveis. Dou um tapa na cara de qualquer um e nada me acontecerá. Tenho certeza que ele pensou isso.

Daqui pra frente, vamos imaginar o melhor dos mundos: que eu vença o processo e ele tenha que pagar o que deve. Obviamente seria uma daquelas penas alternativas, como doação de cesta básica Ele paga. Uhu, ganhamos!

O pior é o sentimento que persiste: é…pagou com dinheiro do nosso bolso. Dos salários e extrinhas que pagamos pra eles.

Não queria pensar assim, é triste achar que os deputados, senadores, enfim, pessoas que tem proximidade com o poder, só tem uma causa: a causa própria.

Ainda assim vou até o fim, e que ele pague as cestas básicas e se retrate.

E a retratação não é para mim. Eu nunca esperei nada muito melhor do senhor Dep. Marcio Moreira. Mas retrate-se com os eleitores que votaram na sua digníssima pessoa e tomaram esse tapa comigo.

Meus pêsames, Brasil.

Felipe”
Fonte: Yahoo.

Uma nova Lei de Imprensa para o Brasil e nenhum jornalista na prisão

Neste dia 3 maio, os jornalistas comemoram o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) defende a imediata aprovação de uma nova Lei de Imprensa para o Brasil e acompanha a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) na homenagem aos jornalistas encarcerados em função do seu trabalho e de suas opiniões. 

A FENAJ dirige-se aos organismos internacionais, aos governos democráticos e, em especial, às autoridades brasileiras para que intercedam junto aos países que ainda permitem este tipo de brutalidade antidemocrática. Segundo levantamento da FIJ, cerca de 150 jornalistas estão encarcerados atualmente – em alguns casos há vários anos e sem julgamento – em diversos países em função do exercício de suas atividades profissionais. A sociedade mundial não pode conviver com este tipo de prática que nega a democracia e os mais básicos direitos humanos, entre eles o da liberdade de expressão.

Neste dia, a FENAJ apresenta um balanço das condições de liberdade que os jornalistas brasileiros usufruem. Ao lado de um preocupante crescimento de assassinatos, de denúncias de violência e ameaças aos jornalistas, a FENAJ vem a público denunciar as condições precárias a que são submetidos, de uma maneira geral, os profissionais brasileiros nas suas relações de trabalho. Salários aviltantes, jornadas extenuantes e falta de segurança têm sido a regra para milhares de jornalistas brasileiros.

Um mercado oligopolizado, descompromisso com o jornalismo, gestões aventureiras, relações promíscuas entre atividades econômicas incompatíveis, compromissos partidários e comportamento antissindical têm sido a tônica no ambiente empresarial jornalístico, com raras e honrosas exceções. Isto impõe aos jornalistas, em muitos casos, práticas antagônicas ao bom jornalismo, com desrespeito ao Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros e desconhecimento das ferramentas técnicas do exercício profissional.

Neste Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a FENAJ reafirma sua convicção de que esta liberdade é um direito do cidadão e não das empresas, que fazem do jornalismo seu negócio, e nem mesmo dos jornalistas, artífices por excelência desta atividade. Ao mesmo tempo, a FENAJ exorta a sociedade brasileira a ficar vigilante contra as tentativas de tutela que, de tempos em tempos, agentes sociais autoritários tentam imprimir a esta atividade que é um dos pilares de estado de direito e da própria democracia. 

A FENAJ reafirma a necessidade da aprovação, pelo Congresso Nacional, de uma nova Lei de Imprensa para o país, como instrumento de regulação e vigilância das relações das empresas e dos jornalistas com a sociedade. Uma Lei de Imprensa verdadeiramente democrática visa garantir o máximo de liberdade na informação e também o máximo de responsabilidade no exercício dessa liberdade. 

Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)
Brasília, 3 de maio de 2012.

Morre o jornalista Carlos Bezerra (direto do blog do Chico Bruno)


Faleceu, nesta madrugada de quinta-feira (26), em Porto Alegre, o jornalista Carlos Bezerra, vítima de complicações renais provocadas por vários fatores, inclusive diabetes e hipertensão arterial.
Carlos Emanoel de Azevedo Bezerra, 63 anos, nasceu em Portel (PA). Mudou para Macapá em março de 1959 onde viveu até o ano passado, quando foi se tratar no Hospital Dom Vicente Scherer, pertencente à Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.
Bezerra, além de jornalista, era cronista, tendo publicado no jornal Diário do Amapá, algo em torno de 1.200 crônicas, conforme informava no perfil de seu blog.
Casado há 36 anos, o jornalista deixa quatro filhos e oito netos. Ele era viciado em livros, jornais, revistas, pintura, música clássica e MPB.
Em um trecho de um dos últimos textos publicados em seu blog, Carlos Bezerra escreveu:
Tenho saudades de mim. Mas sei que o que foi, nunca mais será. A tragédia é essa. Ao contrário do que acreditamos, nada é nosso, nada nos pertence. Tudo é apenas um empréstimo que nos foi concedido pelo tempo, esse velho usurário que cobra com juros extorsivos a juventude perdida.  O preço é alto. É o cansaço, a pele enrugada, músculos flácidos e uma enorme vontade de partir para a terra do nada. Lá, inconsciente do existir, não pensarei, não sentirei, nada serei. Talvez quem sabe, se tiver sorte, quando eu for apenas pó, uma um vendaval pode soprar o que restou de mim para as estrelas. Lá, bilhões de anos depois, poderei ser parte da luz que não faz sombras. Quem sabe nesse dia, poderei conhecer esse tesouro que muitos buscam e poucos encontram: a felicidade de apenas existir sem sentir essa dor maldita que há tanto tempo faz parte de mim”. 

Programação do II Congresso de Jornalismo


A programação do CONJU precisou ser alterada por causa de problemas de saúde do Jornalista Lúcio Flávio Pinto da perda do irmão do professor Rostan Martins. Essa é a programação definitiva. 


O II Conju

O II Congresso de Jornalismo da Universidade Federal do Amapá (Unifap) começa hoje (25) e encerrará na próxima sexta-feira (27). Durante o evento, serão ministradas palestas e oficinas de Reportagem para TV, Radiojornalismo, Assessoria de Imprensa 2.0, Roteiro para Quadrinho e Jornalismo Literário. Mais informações no endereço:

Orca branca adulta é vista ‘pela primeira vez’ na natureza


Uma orca branca adulta foi vista pela primeira vez na natureza, segundo cientistas de universidades em Moscou e São Petesburgo.

O cetáceo macho, provavelmente albino, foi fotografado perto da costa de Kamchatka, na Rússia, e recebeu o apelido de Iceberg.

Ele parece ser saudável e vive em uma família com outras doze orcas.

Cetáceos brancos de várias espécies são vistos eventualmente, mas as únicas orcas conhecidas eram jovens, incluindo uma com um problema genético raro, que morreu em um aquário canadense, em 1972.

Nadadeira de 2 metros

O encontro com Iceberg aconteceu durante uma expedição de pesquisa com um grupo de cientistas e estudantes russos, co-liderada por Erich Hoyt, renomado cientista especializado em orcas, que agora faz parte da Sociedade de Preservação de Baleias e Golfinhos (WDCS, na sigla em inglês).

‘Já vimos duas outras orcas brancas na Rússia, mas elas eram jovens, enquanto esta é a primeira vez que vimos um adulto maduro’, ele disse à BBC.

‘Ele tem a nadadeira dorsal de 2 metros de um adulto macho, o que significa que tem pelo menos 16 anos de idade. Na verdade, a nadadeira está um pouco desgastada, então ele pode ser um pouco mais velho.’

As orcas – que também são conhecidas como baleias-assassinas, apesar de não serem tecnicamente baleias, mas animais da família Delphinidae, a mesma dos golfinhos – atingem a idade adulta aos 15 anos e os machos chegam a viver 50 ou 60 anos, apesar de 30 ser a expectativa de vida mais comum.

‘Iceberg parece estar bem socializado. Sabemos que essas orcas que se alimentam de peixes ficam com as mães a vida inteira e, pelo que podemos ver, ele está bem atrás da mãe com supostamente seus irmãos ao lado’, disse Hoyt.

Moby Dick

A causa da pigmentação incomum é desconhecida. A orca branca que vivia em cativeiro, Chima, sofria de síndrome de Chediak-Higashi, uma doença genética rara que causa albinismo parcial, assim como diversas complicações de saúde.

É possível que se tente fazer uma biópsia em Iceberg, mas os cientistas relutam em fazer isso a não ser que haja uma justificativa importante para a preservação da espécie. Eles esperam, no entanto, observar o animal mais de perto para, entre outras coisas, identificar a cor dos olhos do cetáceo.

O projeto co-liderado por Hoyt, o Far East Russia Orca Project (Ferop), foi o pioneiro no monitoramento visual e acústico nos mares de Kamchatka e produziu diversos estudos sobre a comunicação das orcas.

As pesquisas podem ajudar a entender melhor a complexa estrutura social das ‘baleias assassinas’, que inclui clãs familiares matriarcais, grupos formados por diversas famílias ou até em ‘supergrupos’.

Um projeto relacionado busca estudar e preservar o habitat para todas as baleias e golfinhos na costa da Rússia.

Nos últimos anos, uma baleia-jubarte branca apelidada de Migaloo gerou grande interesse na Austrália, enquanto a beluga do Ártico é naturalmente branca.

A mais famosa baleia branca, no entanto, é a cachalote ficcional Moby Dick, que levou o capitão Ahab à morte no livro de Herman Melville.

Fonte: G1

Direto do site do Corrêa


Oposição inteligente

Faz muita falta uma oposição inteligente em qualquer sociedade. A oposição inteligente constrói, a burra nem consegue destruir, a menos que o poder seja ocupado por gente tão burra quanto ela. A oposição inteligente enlouquece quem não está preparado para o exercício do poder, porque sua preocupação não é a mesquinharia, nem a insignificância. Seu alvo está mais adiante: é a qualidade de vida de todos. A partir daí sua argumentação passa ser irrefutável, e só aceita ações positivas como resposta.

O Amapá vive um momento de quase absoluta carência de oposição independente, mesmo tendo gente capaz de fazê-la. A oposição amapaense é burra, desinteressada de qualquer coisa mais séria, aposta na impunidade, e vive de pequenos expedientes para manter os privilégios que têm garantidos pelas negociatas que faz com seus parceiros.
Amor eterno…

Uma pequena contribuição para o autor da novela “Amor, eterno amor”. As expressões “égua” e pai d’égua”, são características desta nossa parte da Amazônia. A expressão “arre égua”, é rigorosamente nordestina. Outra para o diretor: a felicidade pode estar, tanto com alguém que se deslumbra com a beleza explosiva de Copacabana, à margem do oceano, tendo atrás uma guerra urbana, e emissários submarinos jogando toneladas de merda no mar, quanto com alguém, olhando o grande rio se encontrar com o mar, tendo atrás a floresta e um riacho de água limpa e cristalina no quintal da casa.

Jornalista Corrêa Neto

Tartaruga Marinha de um metro e meio encalha na praia do Goiabal, no município de Calçoene (AP)


Foram divulgadas ontem (16), as imagens da tartaruga marinha que ficou encalhada, neste fim de semana, na praia do Goiabal, no município de Calçoene (AP). 

Com aproximadamente um metro e meio, o animal virou atração, e pescadores e turistas aproveitaram para registrar o momento. 

Os moradores da região acreditam que a tartaruga ficou encalhada ao subir a praia para desovar. Com a alta da maré, o animal conseguiu voltar ao mar. Realmente, um belo registro. As fotos acima foram enviadas pelo telespectador.

Wellington Costa

II Conju sofre alteração na data


Os acadêmicos de jornalismo da Universidade Federal do Amapá (Unifap) vem por este, informar que a data do II Congresso de Jornalismo da Unifap (II Conju) sofreu alteração.

O evento que iria ocorre dos dias 18 a 20 de abril, foi adiado para 25,26 e 27 do mesmo mês. O motivo foi a incompatibilidade na agenda dos palestrantes, e a disponibilização do Anfiteatro da Unifap.

Porém, com tudo isso, ressaltamos que as oficinas de Reportagem para TV, Radiojornalismo, Assessoria de Imprensa 2.0, Roteiro para Quadrinho e Jornalismo Literário estão garantidas. E os palestrantes: Bia Barbosa, Prof. Dr. Juarez Xavier, e o jornalista paraense, vencedor de quatro prêmios “Esso”, e outros dois internacionais, Lúcio Flávio Pinto, estão confirmados para o II Conju.

Confira a programação completa no blog www.conjunifap.blogspot.com
@conjunifap

Contatos:
Coordenadora Geral do II Conju, Jacke Carvalho: 9116-6459
Vice coordenador, Marcel Ferreira: 8400-8033
Comissão de divulgação: 9183-4895 – Abinoan Santiago

Acadêmicos realizam o II Congresso de Jornalismo da Unifap


O curso de Jornalismo da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) realiza nos dias 18, 19 e 20 de abril, o II Congresso de Jornalismo (CONJU), com o tema: “O papel do comunicador no processo de democratização da informação”. Debates como mídias alternativas como meio de propagação da notícia, com Bia Barbosa (Intervozes), o futuro da internet diante da censura pelo SOPA e PIPA, com Profº Dr. Juarez Xavier (UNESP) e o caso mais recente, a condenação do jornalista paraense, ganhador de quatro prêmios “Esso”, Lúcio Flávio Pinto por denunciar a grilagem no Pará, serão algumas das pautas do evento.

Nos dias 19 e 20, das 14h30 às 17h, as oficinas de Radiojornalismo, Reportagem para TV, Assessoria de Imprensa 2.0, Roteiro para quadrinhos e Jornalismo Literário serão ministradas pelos melhores profissionais do Estado.

Em parceria com a Claro e o Museu da Imagem e do Som, no dia 20 acontece o Concurso de curta metragens, que premiará os três primeiros colocados.
E para o encerramento do evento, a segunda edição da festa “Me imprensa que eu gosto”, com os Dj Marcel Tal, Dj Ronaldo e Dj Ricardo Pinheiro.

Lembrando que as vagas para as oficinas são limitadas e as inscrições podem ser feitas a partir do dia 09 de abril no valor que varia de R$ 15 a R$ 30, na cantina do Unifap.

Confira a programação completa no blog: 
 www.conjunifap.blogspot.com
@conjunifap

Contatos:
Coordenadora Geral do II Conju, Jacke Carvalho: 9116-6459
Vice coordenador, Marcel Ferreira: 8400-8033
Comissão de divulgação: 9183-4895

Música de agora: Queremos Saber


Queremos Saber (composição de Gilberto Gil) – Interpretação de Cássia Eller

Queremos saber,
O que vão fazer
Com as novas invenções
Queremos notícia mais séria
Sobre a descoberta da antimatéria
e suas implicações
Na emancipação do homem
Das grandes populações
Homens pobres das cidades
Das estepes dos sertões
Queremos saber,
Quando vamos ter
Raio laser mais barato
Queremos, de fato, um relato
Retrato mais sério do mistério da luz
Luz do disco voador
Pra iluminação do homem
Tão carente, sofredor
Tão perdido na distância
Da morada do senhor
Queremos saber,
Queremos viver
Confiantes no futuro
Por isso se faz necessário prever
Qual o itinerário da ilusão
A ilusão do poder
Pois se foi permitido ao homem
Tantas coisas conhecer
É melhor que todos saibam
O que pode acontecer
Queremos saber, queremos saber
Queremos saber, todos queremos saber

* Música surrupiada do blog:  http://ivancarlo.blogspot.com/

Apesar de jornalista, sou limpinha…


O jornalista é um caso à parte da sociedade, só pode… Em qual outra profissão você vê que o que nos importa é a notícia ruim? Que somos cegos pela pauta? Que não reclamamos dos plantões aos sábados à noite? É sim, meu amor, somos estranhos.

O grande jornalista (ou espirituoso) Duda Rangel tem um blog chamado ‘Desilusões Perdidas’. Em sua imensa sabedoria sobre a profissão, ele descreve fatos e relatos do nosso cotidiano, mas que nem a gente percebe direito.

A questão é muito simples: não vemos o próprio umbigo. Estamos muito ocupados em ver o horário da coletiva, em ligar para o entrevistado, fazer e-mail para assessoria e reclamar aos berros da barulheira da redação. Tudo isso, é claro, sem um pingo de bom humor.

Mas fazemos tudo isso por um bem maior: o amor à informação. É mentira, gente, nos matamos por um furo simplesmente para bater no peito e dizer ‘Eu fiz, você leu? Gostou? Pois é, eu sou o fulano!’.

Nunca se engane: todo jornalista tem um ego maior que sua própria casa, seu carro (se tiver um) e, principalmente seu salário. Porque, convenhamos, não dá pra ser bom e modesto ao mesmo tempo.

Apesar de tudo isso (sou assim mesmo, num nego), eu sou limpinha, não ataco tanto a geladeira e adoro um mé. Com uma boa cerveja, tira-gosto e qualquer outro assunto que não seja notícia, chego até ser simpática. E isso, meus queridos, é difícil numa profissão de nariz arrebitado.

Feliz dia do jornalista aos que pediram a Deus para ser inteligentes e se esqueceram da riqueza!

Darth J. Vader

Os urubólogos

Como diz o adágio popular: “é melhor rir para não chorar”. Por isso, dou risada dos jornaleiros comprados, rio dos que só querem trabalhar em ano político e dos urubólogos de plantão, que apóiam loucuras como usurpação do poder público. O urubulógos tentam desconstruir ações concretas com factóides, falácias, miudezas, etc. 

Os urubólogos usam a “Liberdade de Expressão” para falar ou escrever sandices, pois são remunerados para desinformar. 

Trata-se de uma minoria impertinente e maldosa, ávida por dinheiro. Ainda bem que a percepção do cidadão melhorou. O povo não está mais sensível a falsas afirmações, debate político raso e afins. 

Ah, sobre os colegas que trabalham na comunicação institucional, seja de qual órgão for, o meu respeito. Pois eles informam ações de seus respectivos empregadores. Minha crítica é para os veículos que se dizem “imparciais”, mas que não se comportam como tal.

Para finalizar este post, que é somente um pequeno desabafo, faço minhas as palavras de um dos gênios do jornalismo brasileiro, Paulo Francis. Ele explica tudo: 

Dizem que ofendo as pessoas. É um erro. Trato as pessoas como adultos. Critico-as. É tão incomum isso na nossa imprensa que as pessoas acham que é ofensa. Crítica não é raiva. É crítica, às vezes é estúpida. O leitor que julgue. Acho que quem ofende os outros é o jornalismo em cima do muro, que não quer contestar coisa alguma. Meu tom às vezes é sarcástico. Pode ser desagradável. Mas é, insisto, uma forma de respeito, ou, até, se quiserem, a irritação do amante rejeitado” – Paulo Francis.

Portanto, fiscalizem, noticiem e, se preciso, denunciem. Mas não por motivações particulares, seja poder, mordição e, maior de todos os motivos, a falta do “jabá”, que tanto gostam de comer com o nosso açaí, mas pelo jornalismo em si. Como dizem, fica a dica.

Elton Tavares