O jornalismo ficção da “A Casseta”

Um jornal local publicou uma “reportagem”, no último domingo (6), detonando o Portal da Transparência do Governo do Amapá. A palhaçada logo foi desmistificada pelo  texto do colega jornalista e assessor de comunicação do GEA , Junior Nery, com o título “Portal da Transparência do GEA oferece completa acessibilidade ao usuário” (disponível na íntegra no endereço : http://www.agenciaamapa.com.br/noticia/26821/) os esclarecimentos dão até uma certa vergonha alheia do impresso em questão. Leiam:
“A “reportagem” passa ao leitor informações mal apuradas e irresponsáveis, ao expor que no Portal, o cidadão “… não vai encontrar, por exemplo, os números da prestação de contas da 48ª Expofeira realizada recentemente, sob a coordenação da Agência de Desenvolvimento do Amapá (Adap)” e afirma, equivocadamente, que é impossível obter dados básicos relativos à última Expofeira, como custo global, licitações e valores empenhados ou pagos aos prestadores de serviço.
O Prodap garante que todas essas informações sobre a Expofeira deste ano sempre estiveram, mesmo antes de iniciar o evento (no dia 21 de outubro), no site oficial do GEA e no da 48ª Expofeira. Inclusive, ressalta Diniz, “podem ser obtidas também no site http://www.transparencia.ap.gov.br/, de produção anônima e independente, cujas informações são exportadas do próprio Portal da Transparência do GEA”.
O Instituto Ethos informou à Secretaria de Estado da Comunicação (Secom), por telefone, que a instituição é apenas co-realizadora da pesquisa e que a mesma é comandada por pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp). Disse ainda que o resultado do estudo não chegou a ser divulgado na mídia. No entanto, o conteúdo esteve disponível, no ano passado, logo após fechado os resultados da pesquisa, no site da própria instituição.
O Instituto Ethos não confirmou quando será realizada nova pesquisa que irá avaliar os “Portais de Transparência” das Unidades Federativas do Brasil e do Distrito Federal. E afirmou que não houve pedido de jornais amapaenses interessados em apurar o assunto com a instituição, recentemente”.
Meu comentário:
Apesar de respeitar alguns colegas do tal jornal, essa prática é só mais um capítulo do “Jornalismo Ficção”. Prática essa que tenta manobrar os desavisados com mentiras deslavadas, sem nenhum respeito aos fatos e as técnicas que permitam tornar as matérias atraentes sem apelar para a irrealidade. 
A prática é corriqueira, a reles construção de factóides e ataques difamadores,  contrária aos princípios jornalísticos. Só sinto muito pelos jornalistas com história e credibilidade que ali trabalham.
Apesar de ser jornalista, alguns colegas fazem a citação do saudoso Raul Seixas ser atual: “Eu não preciso ler jornais, mentir sozinho eu sou capaz”. Eu ri!
Elton Tavares

Cinegrafista é morto em tiroteio no Rio de Janeiro

O repórter Ernani Alves, que estava com Gelson, chora por conta do tiro levado pelo colega
O cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos da Silva, 46 anos, foi morto, ontem (6) pela manhã, após ser atingido por um tiro de fuzil. Ele acompanhava uma operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) na Favela de Antares, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), quando foi alvejado durante um tiroteio.
O crime, com repercussão internacional, coloca em xeque, segundo especialistas, a segurança da cidade que será palco da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
Gelson usava colete à prova de balas, segundo a emissora para a qual trabalhava, mas o artefato não foi suficiente para impedir que o disparo atingisse o tórax do profissional. Na ação, mais quatro pessoas morreram — todas criminosas, segundo a polícia — e nove foram presas.
Meu comentário: Eu já trabalhei com vários cinegrafistas e vos digo, 99% dos caras que conheço na profissão são caras muito bacanas. Os repórteres cinematográficos parecem ter essa peculiaridade, a paideguice. Lamento pelo que aconteceu com Gelson, lamento mesmo. Me imaginei trampando com esse cara e a agonia uma tragédia dessa pode causar. Deusolivre!
Aproveito para mandar um abraço ao Junior, Chaminé, Irineu, Adriano, Nyron, Uliclelson e Marcelo. Todos brothers cinegrafistas com quem trabalhei e trabalho.  Vida longa a vocês, parceiros!

Sem vergonha

Repórter não pode ter vergonha de fuçar no dicionário quando tem dúvida. De admitir que é leigo num monte de assunto. De confessar ao entrevistado que não entendeu a resposta. De não ser um intelectual.
Não pode ter vergonha de ter medo. De errar. De pedir desculpas. De tomar furo.
Repórter não pode ter vergonha de fazer pergunta em coletiva. De soltar a voz na rádio. De meter as caras na TV. De entrar onde não foi chamado. De ligar 10 vezes pra fonte que não dá retorno.
Não pode ter vergonha de cobrir buraco na rua. De fazer notinha de rodapé.
Repórter não pode ter vergonha de chorar aumento de salário pro chefe. De implorar frilas pros amigos. De revelar pra namorada o saldo de sua conta bancária. De matar a fome na boca-livre.
Não pode ter vergonha de um dia ainda ser assessor de imprensa.
Repórter não pode ter vergonha de se emocionar na cobertura de uma tragédia. De dizer pra que time torce. De soltar um “puta que pariu” no meio da redação se estiver estressado. De carregar bloquinho e caneta até quando sai com os amigos.
Repórter não pode ter vergonha de ser repórter.

20 tipos de jornalista sem noção

1. Tem um espaço de 10 linhas, mas escreve 30. E, depois, fica uma hora cortando o texto para caber.
2. Acha que sabe tudo e dá ordens até para um jornalista mais experiente.
3. Vai a uma pauta que exige traje social com a mesma calça jeans molambenta que usa na redação.
4. Enche a cara de prosecco e dá vexame no vernissage chique.
5. Fica parado ao lado do entrevistado bem na hora em que os fotógrafos querem fazer uma foto só do entrevistado.
6. Conta piadas aos colegas e ri alto na cobertura de velórios e enterros.
7. Atende o celular no meio de uma reportagem ao vivo na TV.
8. Pergunta ao editor sobre o plantão do sábado ainda na loucura do fechamento da terça.
9. Acredita que a matéria sobre “pressão cambial” deveria ser feita pelo pessoal do jornalismo automotivo.
10. Revela todos os podres dos colegas da redação, inclusive os seus, para os motoristas do jornal.
11. Faz uma matéria-denúncia contra o maior anunciante de sua revista.
12. Na véspera da folga, diz ao chefe que vai passar o fim de semana de bobeira em casa.
13. Começa uma entrevista de forma tão agressiva que faz o entrevistado desistir da conversa.
14. Quando vai fotografar um cego, dá a seguinte orientação: “Olhando pra janela azul agora”.
15. Liga para o celular do entrevistado no almoço de domingo para checar se o sobrenome dele é com um “L” ou dois.
16. Antes de fazer a pergunta na coletiva, demora 20 minutos contando experiências pessoais, fazendo análises de fatos, coisas que ninguém está a fim de ouvir.
17. Dá de presente de aniversário para a namorada um relógio e esquece de retirar da caixa o adesivo “brinde para a imprensa”.
18. Queima uma fonte superimportante por não ter sido capaz de guardar um off.
19. Esquece de ligar para casa para avisar a mulher que está voltando mais cedo do pescoção.
20. Mesmo com 20 anos de formado, ainda acredita que vai ficar rico com o Jornalismo.

Há 37 anos, o jornalismo derrubou um presidente americano

                                                         Nixon deixando a Casa Branca – Imagem: Wikipédia
Em 8 de agosto de 1974, o republicano Richard Nixon renunciou à presidência dos Estados Unidos da América (EUA) . Sob ameaça de impeachment, por ter dado aval à espionagem da sede do Partido Democrata em Washington (DC), Nixon foi o primeiro dirigente norte-americano a renunciar.  
O acontecimento ficou conhecido “caso Watergate”. Um o escândalo político. Tudo por causa dos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein, do jornal Washington Post. Eles noticiaram que, durante a campanha eleitoral, cinco pessoas foram detidas quando tentavam fotografar documentos e instalar aparelhos de escuta no escritório do Partido Democrata. E que o presidente sabia das ações ilegais.
Meu coment: Quando a imprensa não é marrom, o quarto poder, como é chamada, funciona em sua missão de fiscalizar e informar. Assim que deveria ser, sempre. 


Fonte: Wikipédia e Google.

Dez motivos para não ser jornalista

Se você é daqueles que diz “aaai, eu A-DO-RO jornalismooô” ou tem orgulho de ser chicoteado na sua senzala moderna ralando de 12 a 18 horas por dia em prol da notícia, não leia este texto. Agora se já tomou a pílula vermelha e abriu os olhos da merda de escolha profissional que você fez, aproveite. Ainda assim você vai ficar puto pelo que está escrito.

Se NÃO é jornalista e quando vê o Zeca Camargo dando a volta ao mundo 783 vezes pra fazer reportagens inúteis e pensa “nossa, du garalhion, eu posso fazer isso com as duas mãos amarradas nas costas”, preste bem atenção nesta lista. E se está prestes a pagar mais de R$ 800 mensais por um curso de jornalismo e investir o tempo precioso de quatro anos por um diploma invalidado pelo STF, fique atento também, porque isto pode poupar muitas dores de cabeça.
Antes que me diga “seu frustrado, sai dessa porra, então”, me antecipo e respondo: esta profissão é como uma doença. Depois de contaminado, dificilmente, se escapa dela, mesmo querendo. E as razões são muitas, principalmente, quando não se tem uma boa retaguarda, como um papai que banque sua viagem para você encontrar seu próprio eu em Santiago de Compostela.
1) O salário.
Já ouvi dizer que sujeitos, como Paulo Henrique Amorim e William Bonner, ganham rios de dinheiro como jornalista. De fato, existe os muito bem remunerados, como em qualquer profissão. Mas, a média de fodidos e mal pagos é muito maior no meio jornalístico. Em Belém, por exemplo, há empresas pagando cerca de R$ 680 para um profissional recém-formado. Não dá dois salários mínimos. Jornalistas mais experientes para ter uma renda maior precisam se esfolar em dois ou três empregos e ainda trabalhar como free lancer. Uma merreca dessas é muita sacanagem com qualquer um.
2) Não há vagas!
O registro no Sindicato da categoria aponta cerca dois mil jornalista em Belém. Contanto todo mundo, deve haver uns quatro mil, presumo. As faculdades cospem por ano mais uns 250 a 300 no mercado. E me pergunto: onde este povo está se enfiando pra ganhar o pão que o diabo amassou todo santo dia? O fato é que a capital tem poucas opções. Ou você trabalha para os Maiorana ou para os Barbalho ou nas poucas assessorias de imprensa estabelecidas. Não é a toa que muitos migram, geralmente, para São Paulo em busca do troco. E lá percebem que o bicho pega também.
3) Não viva, trabalhe!
Constam na pauta, no Karma, na carne, passou na novela, está na lei: o turno do jornalista é de 5 horas. Nossa, que moleza. Sento a bunda em frente ao computador e é só esperar passar o tempo e cair fora. Não, amiguinho, não é assim. Você vai passar muito mais tempo dentro de uma redação ou na assessoria. Apurar a notícia é trabalhoso e demanda tempo. O texto seja de jornal, de programas de TV ou rádio não surge do nada e, geralmente, para deixá-lo redondo precisa camelar muito, falar com 30 pessoas e dar 315 telefonemas, com a pressão do dead-line a maltratar seu coração. Portanto, você vai trabalhar pra caralho – muito mais do que aquele seu amigo que se formou em Direito e ganha igualmente mal, mas labora muito menos.
4) Saúde zero.
Você vai morrer cedo. Mas, não se importe tanto, o fluxo contínuo de informações e as experiências vão te dar a impressão de que tem 150 anos quando chegar aos 40. Em compensação, o corpo vai reclamar. Estresse, problemas de coluna, prisão de ventre, câncer, gastrite, cirrose, hipertensão, diabetes, depressão, transtorno bipolar e lesões por esforço repetitivo. Um combo de males que podem agir simultaneamente na sua carcaça, levando em consideração a vida desregrada sem hora para almoçar, alimentação ruim, ingestão de álcool em demasia e, muitas vezes, nicotina além da conta para aliviar a pressão. Jornalistas dificilmente passam dos 60 anos e se passam viram colunistas sociais. Melhor morrer antes.
5) Os maiorais.
Agora que já sabe sobre salário, oferta de emprego, volume de trabalho, chegou a hora de falar das pessoas. É um ponto delicado, mas é preciso ser dito: jornalista é chato pra caralho. A maioria se acha muita coisa; trata mal seu semelhante por prazer e complexo de superioridade; é impertinente e maldosa; se ressente do sucesso alheio; fala muito mal dos outros. Grande parte é composta de boçais com rei na barriga mesmo não tendo R$ 6 pra pagar um prato feito no fim do mês. Se forem bons no que fazem, piora muito, porque se acham no direito sentar no trono do altíssimo e rechaçar contato com reles mortais; Jornalistas, a maioria, subestimam quem não é jornalista. Portanto, o convívio não é dos melhores com eles. Caminhar nas redações torna-se difícil com egos tão inflados disputando os espaços.
6) Vida social, who?
Esqueça. O termo que denota convívio com amigos, esposas, maridos, filhos e demais familiares está fora do glossário jornalístico. O volume de trabalho é grande e a grana pequenininha, então, você vai ter que se desdobrar em, pelo menos, dois empregos. Faça as contas: 5 horas + 5 horas de trabalho = 10 horas. Estou sendo benevolente. Digamos que cada um dos empregos exija uma hora extra. Aí, já são 12 horas. Acrescente aí mais uma hora e meia ou duas para os deslocamentos diários casa/trabalhos/casa: 14 horas. Lembre-se que você tem que dormir: ponha aí 6 horas apenas, mesmo que o ideal seja oito. Temos ai um total de 20 horas ocupadas com o labor e descanso, não é? Isto, em uma situação muito favorável. Sobraram quatro horas, amigo. E agora? Ou vai pro bar ou dá uma com a patroa ou afaga os filhos ou visita a mãe e o pai ou lê um pouquinho. Escolhe só duas opções, afinal, não se pode ter tudo na vida.
7) Feriados e fim de semanas? Sonha!
Chegam os feriado prolongados, festas como Círio, Natal e Ano Novo. Que ótimo, não é? Peeeeen. Errado. Criou-se – não sei qual o filho da puta responsável – a idéia de que jornais não podem parar. As pessoas têm que estar informadas o tempo inteiro, mesmo se não há nada a informar. Daí, que o jornalista (como outros profissionais também, sejamos justos) tem que trabalhar quando todo mundo está se divertindo. Escalas de fim de semana também cortam o barato de quem pensa que vai dar uma esticada à praia mais próxima. Mas, pensando bem, se você é um liso, como é que quer viajar? Trabalha, nego, trabalha.
8) Cabeça de nós todo.
Muita gente acha que jornalista sabe um pouco de tudo devido a natureza da sua atividade. Inclusive alguns do ramo estimulam essa impressão deturpada. Daí, muita gente acha que pode puxar assunto sobre qualquer coisa com esses profissionais. O que você acha das últimas descobertas da física quântica? Quem é o quarto colocado na série Z do Brasileirão? Quem deve vencer as eleições de 2016? Como se faz para sair a foto do meu filho no caderno infantil? E o meu casamento, tem como publicar uma notinha na coluna social? Algumas perguntas que você não sabe ou por não pertencer à determinada área de atividade ou, simplesmente, porque você não sabe mesmo. E isto também cansa e enche o saco.
9) Rotina, rotina, rotina!
Se você acredita “ai, vou ser jornalista, porque é uma profissão sem rotina”. Pára com a doidice e escute: há rotina sim. Uma rotina estafante inclusive. Mesmo aqueles que viajam muito, conhecendo várias cidades, Estados e até países, têm uma hora que se cansam justamente dessa repetição: sobe e desde de avião, entra e sai de hotel, chegadas e partidas. Nas redações, nem se fala: repetição de tarefas resumida em receber ou pensar pautas (assuntos), apurar e finalizar o trabalho, seja escrevendo, gravando em frente às câmeras ou falando no rádio. Então, nego, se não quer rotina, vire hippie e sai por aí vendendo artesanato. É mais emocionante e pode render uma grana melhor.
10) Liberdade, liberdade, fecha as asas sobre nós!
“Serei jornalista pra lutar contra as mazelas do mundo com minhas palavras”. Se liga, mané. Se você, jovem mancebo, acha que vai fazer jornalismo para proteger os ‘frascos e comprimidos’, desista ou pule fora do esquema dos grandes meios de comunicação. Comunicação é política e política é comunicação. Os donos dos meios só permitem essa defesa até onde esbarra em seus interesses. Portanto, darling, aquela sua vontade de fazer denúncias mil só vai pra frente nos grandes meios se for conveniente. Geralmente, não é. Existem os pequenos meios, claro, mas não precisa ser jornalista pra se inserir neles. Crie um blog, bobinho, e fale o que quiser.

Os rumos do Jornalismo

Os rumos do Jornalismo Estará presente o coordenador do projeto Foca do jornal Estado de São Paulo, Francisco Ornellas, que realizará uma palestra sobre o Jornalista do Futuro – Sexta-feira, 27 de maio: Abertura – 18h30.

Participarão da mesa-redonda A ética na Comunicação, o senador Randolfe Rodrigues, a jornalista Alcinea Cavalcante, o jornalista Chico Terra, a Secretária de Comunicação do Estado do Amapá Jacinta Carvalho, o sociólogo e professor da Unifap Luciano Magnus, entre outros profissionais, Sábado, 28 de maio: Mesa Redonda “A Ética na Comunicação” – 10h.
A pós doutora em Comunicação Joana Puntel compartilhará seus conhecimentos por meio de conferência – A cultura Midiática. Segunda-feira, 30 de maio: Encerramento – 18h30.
Oficinas O participante do Congresso de Jornalismo da Unifap também poderá escolher uma oficina para enriquecer os seus conhecimentos.
Fazem parte da grade de oficinas os seguintes temas: Reportagem para rádio, com o jornalista Clay Sam; Reportagem para TV com o jornalista da Amazon Sat David Diogo; Mídias Sociais, com a jornalista e blogueira Hellen Cortezolli; Assessoria de Imprensa com a profissional Graziela Miranda.
As oficinas acontecerão dias 27 e 30 de maio, das 14h às 18h na Unifap.
Concurso de vídeo O primeiro Congresso de Jornalismo da Unifap promove paralelo às palestras o 1º Concurso de vídeos de 01 a 05 minutos.
Poderão submeter produtos audiovisuais as pessoas inscritas no congresso. Os vídeos podem ser de ficção ou documentários. Os mesmos devem ser enviados para o e-mail [email protected]. Os vídeos participantes serão apresentados no sábado, às 15h, no anfiteatro da Unifap. Haverá premiação para o melhor audiovisual. Sábado, 28 de maio: Mostra de Vídeos – 15h

Diferentes maneiras de contar a mesma história

JORNAL NACIONAL: William Bonner: ‘Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem…’.(Fátima Bernardes): ‘… mas a atuação de um caçador evitou uma tragédia’.

PROGRAMA DA HEBE:‘… que gracinha, gente. Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?’

SUPERPOP: Luciana Gimenez’… gente, incrível! Vocês viram a história da menina que foi retirada da barriga de um pombo? Incrível, eu não consigo acreditar…’

CIDADE ALERTA: (Datena): ‘… onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades? ! A menina ia para a casa da avozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva…. Um lobo, um lobo safado. Põe na tela!! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não.’

GLOBO REPÓRTER: (na primeira sexta-feira logo após o evento)Sérgio Chapelin: ‘… A natureza feroz. Uma batalha selvagem. Os animais que atacam pessoas. Será possível domar estas criaturas? Nesta edição do Globo Reporter você vai conhecer os animais que se alimentam de carne humana. E mais: como evitar os seus ataques; que atitude tomar se você estiver cercado por feras; e incrível a história da garota salva da barriga de um lobo por um lenhador…’

REVISTA VEJA: Lula sabia das intenções do lobo.

REVISTA CLÁUDIA: Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.

REVISTA MEN’S HEALTH: Vinte exercícios para ter um bíceps de lenhador! 10 dias para perder a barriga!

REVISTA NOVA: Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama.

FOLHA DE S. PAULO: Legenda da foto: ‘Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador’. Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos alimentares dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.

O ESTADO DE S. PAULO: Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT.

O GLOBO: Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT que matou um lobo pra salvar menor de idade carente

ZERO HORA: Avó de Chapeuzinho nasceu no RS..

AQUI: Sangue e tragédia na casa da vovó

REVISTA CARAS: (Ensaio fotográfico com Chapeuzinho na semana seguinte) Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: ‘Até ser devorada, eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa’

PLAYBOY:(Ensaio fotográfico no mês seguinte) Veja o que só o lobo viu.

REVISTA ISTO É: Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.

REVISTA ÉPOCA: Herói nacional – a história do lenhador que salvou uma menina da barriga de um lobo raivoso

REVISTA CAROS AMIGOS: Entrevista “bombástica”: “Lobos estão sendo vítimas de preconceito em todo o país”

REVISTA CONTIGO: Chapéuzinho pode ser estrela da Globo em próxima novela das 6

G MAGAZINE (Ensaio fotográfico com lenhador) Lenhador mostra o machado

SUPER INTERESSANTE: Lobo mau! mito ou verdade ?

DISCOVERY CHANNEL: Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e sobreviver

ROLLING STONE: Lobo Mau – A ascensão e a queda do cão pop

E quem disse que jornalista aguarda inspiração?

                                                                                        Por Darth J.Vader

Estava a falar com o “The Boss” deste blog, quando disse a ele que andava cansada e sem inspiração para escrever coisa que fosse. Mandei para ele um post antigo do Pulga na Farinha (meu blog), que ainda está atualíssimo, e fui descansar um pouco.

Acontece, minha irmã, que jornalista não tem que esperar por inspiração. Nós não ganhamos (mal) para escrever poesia e sim para botar quente em matérias de interesse para alguém, em correr para pegar a notícia quentinha, em se matar para ter um furo de reportagem.

Ser jornalista é ser gênio todo dia, é ter que tirar leite de pedra, é matar um leão diário, é ter sede de querer sempre mais, nem que seja mais cerveja… rs….É querer fazer o certo, ouvir os dois lados e tentar mudar o mundo com nossas peraltagens…

Fazer mil e uma coisas ao mesmo tempo. Ter blog, Facebook, Orkut, Twitter e outras trocentas redes sociais, e atualizar todos os dias. É se preocupar com os filhos, porque sabe muito bem como é a vida lá fora.

É não poder ver o pôr-do-sol, não dizer o que pensa sempre, pois jornalista tem obrigação de ser neutro, apesar das inúmeras ‘artimanhas’, com ética sempre, para dar uma indireta.

Lembro de uma coletiva em que, antes da entrevista, uma assessora falou: “Temos que pensar tanto na empresa/autarquia que nem lembro mais se sou a favor ou não do aborto”. E é verdade! Como assessor, sua opinião está inteiramente veiculada à seu emprego.

Se nós formos esperar por inspiração, vamos morrer de fome! Neste País, mesmo os mais consagrados escritores têm outra profissão e não sei de um jornalista que trabalhe em apenas um emprego, fazendo somente uma coisa. Temos mil e uma utilidades e o patrão, sempre esperto, sabe que acabamos dando conta de tudo.

Portanto, levante-se e faça algo novo todo dia, independente da sua profissão, e verás colher frutos podres e outros doces, mas nunca incólumes nos pomares da mente.

Enfim, é para ser máquina pensante para outros começarem a pensar.

Repórter que é repórter

Repórter que é repórter é um curioso.Observa, desconfia, questiona, pesquisa, investiga, apura, vasculha, sonda, estuda, fuça, persegue, bisbilhota, sabatina, faz lucubrações. Abelhudices.

Repórter que é repórter tem coragem de ir pra Líbia, Egito, Afeganistão. Repórter que é repórter tem boas fontes. Tem sorte.

Repórter que é repórter faz malabarismos pra sobreviver. É artista de circo, respeitável leitor. Doma entrevistados ferozes. Tira leads da cartola. Anda na corda bamba do emprego. Repórter que é repórter é o palhaço que ri de si mesmo.

Repórter que é repórter sabe que não muda o país. Repórter muda de país. Vira correspondente ou vai se reciclar em Londres. Repórter adora se reciclar em Londres. Repórter que é repórter sabe que não salva o mundo. Repórter salva, no máximo e quando não esquece, o texto que está escrevendo.

Repórter que é repórter tem o olhar apurado. É o menino que espia o banho da prima pelo buraco da fechadura.

Tem o ouvido apurado. É o vira-lata que levanta a orelha a qualquer zunzunzum.

Tem o olfato e o tato apurados. Mete o nariz onde não é chamado. As mãos, os braços, as pernas. Mete o corpo inteiro.

Tem o paladar apurado. Assessor, jamais ouse servir a um repórter coxão duro como se fosse filé mignon ao molho madeira numa coletiva de imprensa!

Repórter que é repórter tem um sexto sentido do caralho.

De casa nova

Equipe do jornalista Hélio Nogueira inaugurou programa “De Olho na Cidade” em três canais de TV: Rede Vida – canal 40; e Redes Nazaré – canais 48 e 52. Diariamente a partir de 13:30h.