Faroeste Caboclo vira filme

Elenco do filme

A música “Faroeste Caboclo” (o mega sucesso do rock brasileiro), da lendária banda Legião Urbana e escrita pelo saudoso compositor Renato Russo, vai virar filme.

O elenco começou a ser definido. A produção, que marca a estréia em longa-metragem de René Sampaio, diretor de curtas e de publicidade, escalou Fabrício Boliveira, Ísis Valverde e Felipe Abib como protagonistas.

Fabrício Boliveira, que atuou no filme “400 Contra 1″ e na novela “A Favorita”, será João de Santo Cristo, que, na letra da música, deixa sua terra natal rumo a Brasília (DF), onde vira bandido e enfrenta Jeremias, o traficante mais poderoso da cidade, interpretado por Felipe Abib, do filme “180º”.

Santo Cristo também se envolve num romance com Maria Lúcia, que será vivida por Isis Valverde, a Marcela da novela “Ti-Ti-Ti”, em sua estréia no cinema.As filmagens vão acontecer em Brasília, berço da Legião Urbana e devem começar nos próximos meses.

A canção é de difícil execução, devido ao tamanho da letra: 159 versos. A harmonia e o ritmo, contudo, são extremamente simples. A duração é incomum para uma canção popular (9’03”).

Capa do disco “Que país é este”
Na época de seu lançamento, a canção foi censurada, junto com Conexão Amazônica, do mesmo disco, mas por razão diferente: a presença de palavrões, enquanto “Conexão” foi censurada por causa da temática, sobre o tráfico de drogas. Porém, em “Faroeste”, foi feita uma edição onde se colocou um sinal sonoro sobre os palavrões. Com isso, a música foi liberada para radiodifusão.

“Eu acho legal que as pessoas gostem da história. Um motorista de táxi, outro dia, me disse que tinha um amigo que comprou a fita porque era, exatamente, a história do irmão dele. O cara tinha saído de Mato Grosso e ido a Brasília, e morreu num tiroteio no Nordeste. E a canção é totalmente fictícia” – Renato Russo – 1988

“Acho que Faroeste Caboclo é uma mistura de Domingo no Parque de Gilberto Gil, e coisas do Raul Seixas com a tradição oral do povo brasileiro. Brasileiro adora contar história. E eu também queria imitar” – Renato Russo – 1988

Meu comentário:

Eu, como todos os garotos de Macapá e do Brasil, nos esforçávamos para aprender a letra da música no final da década de 80. A história envolve sexo, drogas, rock and roll, política, amor, traição e ouras situações que um grande roteiro de cinema precisa para um grande filme.

Os malucos da cidade sabem, todos já conhecemos um “Jeremias, maconheiro sem-vergonha, que fez todo mundo dançar”. Aguardo o filme ansioso.

Elton Tavares


Fontes: http://pipocamoderna.mtv.uol.com.br/, Wikipédia, Yahoo e minhas lembranças de adolescente.

A genialidade atemporal de John Lennon

                                                   Por Wellington Silva -Jornalista e historiador

Passem os anos, décadas, gerações e gerações, a genialidade de John Lennon cada vez mais se revigora no tempo. Suas músicas ecoam no espaço, sempre ouvidas por milhares de fãs espalhados pelo globo terrestre.
Quantas bandas, compositores e estudiosos da boa música já não beberam nesta rica fonte?

Variáveis impressionantes de linhas melódicas, pura e rara arte, construções poéticas surrealistas, poesia concreta, sinais de alerta mais atuais do que nunca para quem realmente pensa, deseja e pratica um mundo de paz e de amor.
Love is real
Real is love
Love is inspiration …
O amor é real / real é o amor / o amor é inspiração
Six, six, six is your name … ( 666 é o seu nome …)

A genialidade de Lennon às vezes surpreende com suas frases simples, diretas e concretas, sem floreados, de uma profundidade às vezes emocionante e às vezes muito crítica.

No início da fase da beatlemania, em meados dos anos 60, a personalidade forte e irreverente de Lennon logo se revela. Amigo de infância de George Harrison, nosso eterno e doce George Here Comes The Sun (Vamos Ver o Sol) , juntos fundam o que seria uma febre mundial a influenciar diversas gerações: Os Beatles !

Ao lado de Paul, surge em Liverpool, na Inglaterra, a dupla mais famosa, admirada e pesquisada no mundo: Lennon & Mc Cartney, principais cabeças de uma onda de composições que marcariam época e seriam para sempre imortalizadas através do som fantástico e inigualável dos Beatles.

Logo no início da carreira, em Liverpool e depois em Hamburgo, John e Paul envolvem-se em confusão. As vaias de alguns gaiatos durante a apresentação da banda são o suficiente para a dupla baixar o cacete nos gaiatos e depois retornar ao palco. Eram como os mosqueteiros: um por todos e todos por um.

Entre final de 1969 e início dos anos 70, o sonho acaba. Portadores de uma forte personalidade, a disputa intelectual de egos entre John e Paul estraga uma amizade de anos. Somada a presença e os “pitecos” de Yoko Ono, dentro dos estúdios da Apple, dos Beatles, a artista plástica, segunda mulher de John Lennon, acaba com sua presença incomodando os três Beatles, principalmente Paul, que é mais temperamental que George e Ringo Starr, um baterista que imprimiu um novo modo de tocar bateria, com marcação cadenciada diferenciada de outras bandas.

A velha amizade entre John e Paul azeda e o rompimento dos Bealtes deixa feridas somente cicatrizadas, no final da década de 70.

A sensibilidade musical de Yoko Ono pode ser notada na canção Imagine, assim dizem estudiosos do assunto. Isso pode ser intuído em qualquer DVD de Lennon, quando ele aparece ladeado pela artista plástica e extrai do piano as primeiras notas da antológica canção. Imagine é considerada um hino de paz, assim como Happy Cristmas (Feliz Natal).

Imagine um mundo sem armas ?

Meu caro Elton, existem críticos de arte e predadores da boa arte, como é o caso do Sr. Lester Bangs. Pergunte a qualquer jovem ou amigo conhecido se conhece essa impoluta figura. Ele automaticamente responderá que não conhece. Pergunte aos mesmos se conhecem John Lennon e alguma de suas canções. Dirão que conhecem Lennon, que foi líder dos Beatles, e cantarão HeIp ou Imagine.

Percebeu a grande diferença ?

Ed Sulivan somente ficou mundialmente conhecido e fez história após apresentar em seu programa Ed Sulivan Show Elvis Presley e os Beatles. Essas foram suas grandes sacadas.

Chacrinha e Tim Maia lançaram Roberto Carlos. E não se pode falar do início da carreira de Roberto Carlos, de Raul Seixas e de muitos outros grandes nomes da Música Popular Brasileira sem se falar no nome de Chacrinha. Mais que um apresentador, o velho guerreiro tinha um faro incrível para perceber e projetar talentos.

Crítica musical da saudosa revista Som Três, Ana Maria Baiana continua sendo respeitada como pesquisadora e incentivadora da boa música brasileira. Não foi à toa que Zé Ramalho convidou Ana Maria para apresentar, faixa a faixa, um DVD em homenagem a Bob Dylan.

Quanto ao senhor Lester Bangs, me parece que ele tem certa similaridade com o sujeito que matou Lennon, em 1980. Um fã doentio que queria ser igual ao seu ídolo, ou pior, estar em seu lugar, o que é impossível.

Música de hoje

                                                    No início, ainda sem Ringo, em Liverpool

A Day In The Life – Um Dia na Vida – Banda The Beatles – Música: Lennon & McCartney

I read the news today oh boy
Li as noticias hoje, oh menino
About a lucky man who made the grade
Sobre um cara de sorte que se deu bem
And though the news was rather sad
E apesar das noticias serem tristes
Well I just had to laugh
Eu tive que rir
I saw the photograph
Eu vi a foto
He blew his mind out in a car
Ele estourou a cabeça em um carro
He didn’t notice that the lights had changed
Ele não percebeu que o sinal tinha mudado
A crowd of people stood and stared
Uma multidão de pessoas parou e olhou
They’d seen his face before
Já tinham visto seu rosto
Nobody was really sure if he was from the House of Lords.
Ninguém tinha certeza se ele era da Casa dos Lordes
I saw a film today oh boy
Eu vi um filme hoje, oh menino
The English Army had just won the war
O Exercito Britânico tinha ganho a guerra
A crowd of people turned away
Uma multidão virou as costas
But I just had a look
Mas eu tive que olhar
Having read the book, I’d love to turn you on…
Tendo lido o livro, eu adoraria te excitar

Woke up, got out of bed,
Acordei, sai da cama
Dragged a comb across my head
Passei um pente no cabelo
Found my way downstairs and drank a cup,
Desci e tomei uma xícara
And looking up I noticed I was late.
Olhei pra cima, percebi que estava atrasado

Found my coat and grabbed my hat
Achei meu casaco, peguei meu chapeu
Made the bus in seconds flat
Cheguei ao onibus em segundos
Found my way upstairs and had a smoke,
Subi e fumei um cigarro
and Somebody spoke and I went into a dream
Alguém falou e eu entrei em um sonho

I heard the news today oh boy
Li as notícias hoje, oh menino
Four thousand holes in Blackburn, Lancashire
4,000 buracos em Blackburn, Lancashire
And though the holes were rather small
E apesar dos buracos serem pequenos
They had to count them all
Eles tiveram que contar todos
Now they know how many holes it takes to fill the Albert Hall.
Agora eles sabem quantos buracos são necessarios pra encher o lbert Hall
I’d love to turn you on.
Eu adoraria te excitar
Último show, no terraço de um edifício em Nova York.

Qual foi a primeira banda de rock do mundo?

                                                                                       Por Victor Bianchin

Não existe consenso, mas muitos historiadores do gênero apontam Bill Haley & His Comets (Bill Haley & Seus Cometas), grupo que surgiu nos EUA em 1951. A banda anterior do artista, Bill Haley and the Saddlemen (Bill Haley e os Seleiros), tocava country, mas acabou trocando de nome por causa das mudanças na sua sonoridade, que começaram com a cover da música “Rocket 88”. Eles incorporaram elementos do blues, do jazz, do rhythm and blues e do gospel (estilos tocados pelos negros) ao country e ao folk (tocados pelos brancos). Essa mistura é que daria origem ao rock. Dois anos depois, os “Cometas” emplacariam o primeiro sucesso de rock nas paradas americanas, “Crazy Man, Crazy”.

PIONEIROS DA GUITARRA

Outros artistas que marcaram a história do gênero com inovações bem rock ’n’ roll:

THE WHO

Pete Townshend foi o primeiro a quebrar a guitarra no palco, em 1964. No início, foi por acidente. Depois ele concluiu o “serviço” só pra ver a reação do público

THE BEATLES

Foram os primeiros roqueiros a lotar um estádio: o Shea Stadium, em Nova York, em 1965

BOB DYLAN

Lançou o primeiro álbum duplo de rock, o clássico Blonde on Blonde, de 1966

THE DOORS

Jim Morrison foi o primeiro roqueiro preso no palco – em 1967, por perturbar a ordem

STEPPENWOLF

A banda cunha o termo heavy metal na música “Born to Be Wild”, de 1968. Várias outras disputam o título de pioneira nesse subgênero, como Iron Butterfly, criada em 1966, e Black Sabbath, de 1968

ROLLING STONES

São os primeiros a “idolatrar o Diabo”, na faixa “Sympathy for the Devil”, de 1968. A letra não traz palavras explícitas de adoração, mas cria uma imagem glamorosa do capeta

RAMONES

Inauguram o gênero punk, em 1974 – embora há quem aponte os New York Dolls ou Stooges como precursores. Em 1975, surgem os Sex Pistols, primeiros punks do Reino Unido.

FALSOS PRIMEIROS

– “Rocket 88” já havia sido gravada antes por Jackie Brenston and His Delta Cats, mas era uma banda falsa: apenas a fusão de Brenston e o grupo Kings of Rhythm

– O disc jockey americano Alan Freed foi o primeiro a descrever o novo som que surgia com o termo rock and roll, em 1951.

U2 faz show em São Paulo no estádio do Morumbi em abril de 2011

A produtora T4F acaba de confirmar a vinda do U2 ao Brasil em 2011. O grupo fará uma apresentação no dia 9 de abril no Estádio do Morumbi, em São Paulo, com a turnê 360º Tour. O show contará com a abertura dos ingleses do Muse.

Para a sorte dos fãs brasileiros, o show não terá pista Vip. Os ingressos para a pista comum saem por R$ 180.

A pré-venda para clientes dos cartões Citibank, incluindo os cartões Credicard e Diners, acontece nos dias 04 e 05 de dezembro de 2010 (sábado e domingo) e para o público em geral na terça-feira, dia 07 de dezembro de 2010.

Ingressos podem ser adquiridos pelo telefone 4003-0806 (válido para todo o País) e pelo site www.ticketsforfun.com.br. Membros do site oficial do U2 poderão obter ingressos antes da pré-venda para clientes Citibank.

É, com o show do Iron no início do mesmo mês que o U2 virá, haja grana. Mas eu vou para os dois, ah se vou.

U2 – 360° TOUR
Quando: 9/04 às 20h
Onde: Estádio do Morumbi
Quanto: de R$ 70 (cadeira superior amarela, com visão parcial do palco) a R$ 180 (pista). As cadeiras saem por R$ 380 (azul, vermelha, amarela e laranja).

O Paul McCartney é PHODA!

                                                                                             Por Elton Tavares

Um Deus do rock (um dos poucos que ainda andam na Terra)fez um show memorável ontem em São Paulo. A exemplo do que havia realizado em Porto Alegre (RS), o lendário Beatle Paul McCartney arrebentou em Sampa, durante a segunda apresentação da Turner “Paul McCartney – Up and Coming Tour” no Brasil. Ah, como eu queria estar entre aquelas milhares de pessoas.

Sir Paul McCartney subiu ao palco do Estádio do Morumbi acompanhado pela sua banda, com destaque para o baterista performático e tocou clássicos de sua carreira solo e, como não podia deixar de ser, dos mitológicos The Beatles.

Para o delírio do público paulista, o britânico simplesmente detonou. McCartney tocou e cantou sucessos como: “Band on the Run”, “Ob-La-Di Ob-La-Da”, “Let It Be”, “Live and Let Die”, “Hey Jude”, “My Love”, Here Today”, “Something”, entre outras. Tudo acompanhada a plenos pulmões pela platéia, formada por coroas e jovens. Foi de arrepiar qualquer apreciador do velho rock and roll.

Paul fez média com a galera, ensaiou um português torto e engraçado várias vezes. Ele ainda homenageou a falecida esposa, Linda McCartney, John Lennon e George Harrison. Só não tocou no nome de Ringo Starr, mas para que né? Ringo sempre foi o patinho feio e ele ta vivo, chá para lá…

Ao final do espetáculo, debaixo de uma chuva de papel verde-amarelo picado e com a bandeira nacional em punho, Paul McCartney pegou um quedão, mas levantou rapidola. Nada vergonhoso para um mito.

Resumo da ópera, apesar da transmissão da Globo (que nunca cobre shows de rock como deveria), foi ducaralho. E com o perdão do próximo palavrão, o Paul McCartney é PHODA!

“Novo álbum do Strokes está pronto”, garante vocalista Julian Casablancas

Depois de quatro anos de pausa, o The Strokes voltou aos palcos em junho de 2010 em um show secreto em Londres (se apresentando sob o pseudônimo Venison). Desde então, o grupo vem garantindo que um novo álbum de estúdio vem por aí, com previsão de lançamento para 2011.

De acordo com o vocalista Julian Casablancas, o processo de composição e gravação está finalizado. “Nós já terminamos de gravar, mas ainda precisaremos de alguns meses de estúdio para mixar as músicas”, afirmou ele em seu perfil no Twitter.

O novo álbum do Strokes, ainda sem título, será produzido por Joe Chiccarelli, que já trabalhou com artistas como U2 e Bjork. O grupo está longe dos estúdios desde First Impressions of Earth, de 2006.

Você também precisa de um tempo para pensar

Depois que Lennon e Harrison partiram no rabo do cometa e Ringo prefere ficar meio sumidão, o único “besouro” que ainda arrebenta no mundo do rock é um senhor, de 68 anos, chamado Paul McCartney. Assisti a entrevista que Zeca Camargo fez com a lenda viva da música mundial, o jornalista estava nervosão, mas que eu fiquei com uma puta (desculpe, liberdade de expressão) inveja dele, ah eu fiquei. Leiam o que Zeca disse sobre o encontro:
Como disse meu amigo André Mont”Alverne: “Se eu tivesse uma foto com Paul McCartney, colocaria em um outdoor”. Boto fé!

Você também precisa de um tempo para pensar

Como essa foto pode comprovar… aconteceu! Com efeito, fiz o que acho que posso chamar de a entrevista mais importante da minha vida. Não é exagero. Se as sugestões de perguntas para Paul McCartney que você mandou são algum termômetro, o nível de curiosidade e expectativa para um encontro desses pode ser sempre medido nas alturas. E se esse clima todo refletiu em você, convidado a participar dessa experiência “por tabela” (no post anterior, convidei todo mundo para fazer uma pergunta ao ex-Beatle) imagine o que se passava na minha cabeça, nas 24 horas que antecederam a entrevista…

Entre tantas pessoas que eu tinha receio de não corresponder ao que elas esperavam – tipo, algumas dezenas de milhões de fãs que estavam “loucos” para ver essa entrevista no Brasil – eu também estava atento para causar uma boa impressão nele mesmo: no próprio Paul. O sucesso de um encontro como esse, se minha experiência me ensinou alguma coisa, sempre depende dessa frágil intimidade e confiança – e até mesmo uma admiração reciprocamente platônica – que se estabelece entre entrevistado e entrevistador logo nos primeiros minutos de conversa.
Por isso, era sobretudo Sir McCartney quem eu queria agradar num primeiro momento – no sentido de deixar claro que ele estaria falando com alguém que, em primeiro lugar, o admirava profundamente; em segundo lugar, estava ali representando os anseios de uma legião de fãs brasileiros; e em terceiro, seria capaz de deixá-lo à vontade nos 20 minutos em que tínhamos pela frente.

Sim, foram pouco mais de 20 minutos no total – um tempo, eu diria, até generoso se compararmos com a média das entrevistas concedidas nesse universo do showbizz, onde 10 minutos é o de praxe (que sempre são diminuídos para oito, quando não seis minutos). Na hora ali, porém, a sensação era de uma eternidade – não no sentido de uma “tortura” (tipo: “o interrogatório durou uma eternidade”), mas como se eu me sentisse num hiato do tempo, suspenso, onde o encantamento era tamanho, que olhar para o relógio seria um exercício absolutamente desnecessário. Quase um insulto.
E pior (ou melhor?): cada vez que eu “despertava” e relembrava que estava diante de Paul McCartney (“o” Paul McCartney) e ameaçava “travar”, ele mesmo levava a conversa a um novo patamar de informalidade – como se desarmar minha ansiedade fosse sua principal missão naquela tarde.
Mas acho que já estou dando detalhes demais para um texto em que a proposta – como o título acima indica – não é exatamente falar sobre essa entrevista (isso é assunto para o próximo post), mas convidar você a parar um pouco e refletir sobre o que acaba de acontecer a sua volta. Já sabemos quem vai nos governar pelos próximos quatro anos, e independente de sua reação aos resultado final de ontem nas urnas – celebração, revolta, comemoração, decepção –, acho que o feriado veio em boa hora, ajudar cada um de nós a fazer uma pausa, para se situar nesse Brasil de hoje até 2014.

Não se preocupe – eu não enlouqueci. Este é um blog de cultura pop, onde política só tem vez se for possível fazer um cruzamento entre as figuras que concorrem ao voto popular e o que as pessoas gostam de consumir como cultura. Lamentavelmente (ou não), nenhum dos dois candidatos que disputavam sua preferência até ontem demonstrou – pelo menos até agora – ter esse “potencial pop”. Nada que pudesse ser comparado ao “Obama superstar” (e que, por isso mesmo, aqui mereceu um post), nem mesmo ao nosso atual presidente, que nos deixa em questão de semanas. Por isso nenhum deles justificou sua presença neste espaço, durante esse agonizante período de campanha eleitoral.
Porém, por menos pertinente que seja – sob o ponto de vista do pop – evocar pensamentos políticos neste feriado, eu mesmo, confesso, preciso desse momento de reflexão. E, acredito, você também. Assim, vamos ficar por aqui, com um post “daqueles curtinhos”… E na quinta-feira, prometo discutir à larga sobre os bastidores da entrevista com Paul McCartney (que você pode rever no site do “Fantástico”) – além de mais algumas histórias para te convencer de que esse lado da minha profissão é bem menos glamuroso do que você talvez imagina…

Parece mentira, mas não é. Iron Maiden se apresentará em Belém no ano que vem

Por causa da data agendada, 1º de abril, o show do Iron Maiden em Belém (PA), no ano que vem, parece mentira. Mas a pauleira já foi anunciada no site oficial da banda inglesa, na última terça-feira (2). É, acontecerá mesmo em 2011, no Parque de Exposições, na capital paraense. Além do Pará, o grupo passará por São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Recife (PE) e Curitiba (PR).

Segundo informa a página, o grupo liderado por Bruce Dickinson inicia sua nova passagem pelo país em São Paulo, no dia 26 de março, no Estádio do Morumbi. Depois segue para o Rio de Janeiro (27 de março, no HSBC Arena); Brasília (28 de março, no Estádio Nilson Nelson); Belém (1º de abril, no Parque de Exposições); Recife (3 de abril, no Parque de Exposições), e terminará em Curitiba (5 de abril, no Expotrade).

No site não há informações sobre o preço dos ingressos, nem quando começarão as vendas. Em mensagem aos fãs, a banda promete realizar os shows em 66 dias de “volta ao mundo”.

Além do Brasil, estão incluídas na turnê do álbum “Final frontier” – que começa em 11 de fevereiro na Rússia – apresentações na Austrália, Finlândia, Dinamarca, Indonésia, Cingapura Suíça, Japão, Coréia, Chile, Argentina, México e Porto Rico.

A última passagem da banda de heavy metal pelo Brasil foi em março de 2009, quando se apresentou no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Distrito Federal e Recife. Na ocasião o grupo divulgava “Flight 666 – O filme”, documentário de Sam Dunn e Scott McFadyen que transporta o espectador para dentro do Ed Force One, o boeing 757 pilotado pelo próprio Dickinson que carrega os músicos, técnicos e as 12 toneladas de equipamento de palco das turnês.

O livro dos mortos do rock

Revelações sobre a vida e a morte de sete lendas do Rock’n’Roll
Conhecidos como ícones culturais e lendas do rock’n’roll, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Elvis Presley, John Lennon, Kurt Cobain e Jerry Garcia têm mais em comum do que se possa imaginar. Cheios de atitude e genialidade quando o assunto é música, eles também eram figuras problemáticas e autodestrutivas. O Livro dos Mortos do Rock, de David Comfort, desconstrói esses mitos ao revelar particularidades e detalhes da vida de cada um, especialmente no período que antecedeu sua morte.

Da infância solitária, arruinada por perdas irreparáveis, às músicas e atitudes que falavam de amor e revolução, essas lendas encontraram um fim precoce, trágico e coberto de mistérios e especulações. Com a exceção de Lennon, todos tentaram o suicídio ou ameaçaram cometê-lo. Quatro morreram aos 27 anos – vale lembrar que 2010 marca 40 anos da morte de Jimi Hendrix (18 de setembro) e Janis Joplin (4 de outubro), e 30 anos do assassinato de John Lennon (8 de dezembro).

Os capítulos foram organizados em ordem cronológica, seguindo a sequência de suas mortes, ocorridas ao longo daquela que foi a era de ouro do rock. Diferente de outros livros que se concentram pontualmente em minúcias biográficas, O Livro dos Mortos do Rock é o primeiro estudo sobre o lado sombrio desses músicos. Com uma linguagem leve e muitas vezes sarcástica, David Comfort revela com precisão os medos, fraquezas e excessos que levaram esses astros à condição de imortais.

Alguns dos mistérios explorados pelo O LIVRO DO ROCK:

Kurt Cobain estava deixando o Nirvana, divorciando-se de Courtney Love, reescrevendo o testamento para excluí-la e preparando-se para pedir a custódia de sua filha. Seu corpo sem vida foi encontrado no cômodo acima de sua garagem, ao lado de uma espingarda e de um bilhete de suicídio. Além disso, de acordo com a autópsia, a quantidade de heroína detectada em seu sangue correspondia a três vezes a dose letal da droga. Como o próprio Cobain ainda poderia ter puxado o gatilho da espingarda?

Jim Morrison havia abandonado o The Doors e estava tentando ressurgir como poeta, mas encontrava-se em um impasse criativo. Embora fosse um ávido consumidor de drogas, Morrison sempre evitou a heroína. Teria ele tomado de forma consciente uma overdose fatal naquela noite em Paris? Teria sua esposa viciada, que enganou a polícia francesa e organizou um funeral às pressas, se suicidado dois anos depois em virtude de alguma culpa inconfessável?

Dois anos após o falecimento de Elvis Presley, a causa real de sua morte foi finalmente revelada. Ou não? Ele estava tomando uma droga “miraculosa” que, em doses elevadas, normalmente causava depressão suicida. Além disso, ele ingeriu durantes anos os poderosos analgésicos encontrados em seu organismo – todos menos um, ao qual sabia ser alérgico. Ele conseguiu um frasco dessa droga em uma consulta de emergência ao dentista no meio da noite, horas antes de sua morte. Por quê?

Ao promover seu primeiro álbum em cinco anos, John Lennon recusou guarda-costas e seguranças de qualquer tipo, apesar das ameaças de morte e terríveis predições dos oráculos de sua esposa. Em virtude de seu ativismo político, o ex-Beatle estava sob vigilância constante do FBI. Após anos de antagonismo mútuo e infidelidades, Yoko planejava em segredo divorciar-se de John depois que ele a ajudasse a lançar seu álbum solo. Pouco antes do assassinato do marido, por que ela e seus assíduos e cuidadosos “direcionadores” psíquicos aconselharam-no a atravessar o Triângulo das Bermudas em uma minúscula corveta?

O Livro dos Mortos do Rock é a primeira obra a comparar em profundidade as vidas conturbadas e as mortes trágicas dos sete maiores ícones do rock ‘n’ roll: Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morisson, Elvis Presley, John Lennon, Kurt Cobain e Jerry Garcia. O autor apresenta fatos reveladores e surpreendentes sob um ponto de vista inédito, analisando as ambições e lutas que estes artistas tinham em comum. Carismáticos e talentosos, mas isolados e cheios de conflitos, eles não foram exatamente os ídolos que pensávamos conhecer. Para além de sua genialidade, este livro revela o lado humano e dramático destas sete lendas do rock. Uma jornada frenética ao outro lado da fama. Uma viagem às fantásticas histórias de inquietação e excessos que culminaram em suas mortes prematuras e os elevaram à condição de Imortais.

David Comfort

A Origem do “chifre” no rock

Com certeza você conhece o “chifre do rock”… o famoso chifrinho feito com a as mãos, que a maioria das pessoas fazem em um show de rock. Porém, você sabe como foi que surgiu este, agora considerado, um dos mais populares símbolos do rock?

O “sinal do demônio”, também conhecido como “corna” (palavra italiana para “chifre”, ou ainda “mano cornuta”, “mão em forma de chifres”, “fare le corna”, “fazer os chifres” ou simplesmente os “chifres do capeta”) é um gesto feito com a mão que possui um sentido vulgar em alguns países mediterrâneos e vários outros significados e usos em outros países.

Suas origens podem ser traçadas até a Grécia antiga e, na Roma antiga, era conhecido como o gesto da personagem “Vorena the Elder” e simbolizava uma maldição. Ele é feito estendendo-se o indicador e o mínimo enquanto o médio e o anular são segurados para baixo com o polegar.

Esse gesto também possui vários significados nas subculturas do Heavy Metal e do Rock, onde é conhecido por vários termos: sinal do demônio, chifres do demônio, chifres do bode, chifres do metal, chifres pra cima, o grito do metal, o sinal do metal, dedos pra cima, mostrar o bode, sacudir o bode, sinal do bode, mostrar os chifres, dedos do mal, os chifres, garfo, o punho do metal, o punho do rock ou o sinal “Rock on!”.

A opinião de quem popularizou o símbolo:

Ronnie James Dio ficou conhecido por popularizar o sinal dos chifres no heavy metal. Sua avó italiana costumava usá-lo para afastar o mau-olhado (que é conhecido como “malocchio” ou “moloch”, termo que Dio usa para o gesto). Dio começou a usar o gesto após entrar para o Black Sabbath (em 1979). O vocalista anterior, Ozzy Osbourne, era bastante conhecido por usar o sinal de “paz” nos shows, levantando o dedo indicador e o médio em forma de “V”. Dio, tentando se identificar com os fãs, também quis usar um gesto de mão. Entretanto, como não queria copiar Osbourne, ele escolheu usar o sinal que sua avó sempre fazia.

De uma entrevista com Ronnie James Dio para o site Metal-Rules.com:

Metal-Rules.com – “Eu gostaria de perguntar a você sobre algo que as pessoas já te perguntaram mas que, sem dúvida, continuarão a comentar, que é o sinal criado levantando-se o indicador e o dedo mínimo. Alguns chamam de “mão do demônio” ou “olho do mal”. Gostaria de saber se você foi o primeiro a introduzir isso no mundo do metal e o que esse símbolo representa para você?

R. J. Dio – “Duvido muito que eu tenha sido o primeiro a fazer isso. É como dizer que eu inventei a roda. Tenho certeza de que alguém já tinha feito isso antes. Acho que você deveria dizer que eu o popularizei. Eu o usei tanto e tantas vezes que se tornou minha marca registrada, até que os fãs da Britney Spears quiseram fazer também… Então acho que com isso acabou perdendo o seu significado. Mas foi… eu estava no Sabbath nessa época. Era um símbolo que eu achava que refletia aquilo que a banda deveria representar. Mas NÃO é o símbolo do demônio como se estivéssemos aqui com ele. É um símbolo italiano que aprendi com minha avó e que se chamava “Malocchio”. Serve para afastar o mau-olhado ou para fazer o mau-olhado, dependendo de como você o faz. Trata-se apenas de um símbolo mas tem encantos mágicos e atitudes e acho que funcionou bem com o Sabbath. Então fiquei bastante conhecido por isso e depois todos começaram a fazer a mesma coisa. Mas eu nunca diria que eu tenho crédito por ter sido o primeiro a fazer isso. Mas eu o usei tanto que acabou se tornando um tipo de símbolo do rock and roll”.

14 anos sem Renato Russo

                     Por Elton Tavares
Ontem (11), completou 14 anos da morte de Renato Russo. Ele, Cazuza e Raul foram os caras mais fodas do rock nacional. Carioca que cresceu em Brasília (DF), Renato Manfredini Júnior foi um cantor e compositor sem igual. Ele liderou a Legião Urbana e obteve o sucesso de público e crítica. O som da Legião me remete ao passado, à situações, pessoas, lembranças legais, enfim, foi a trilha sonora de minha adololêncencia e da maioria de meus amigos.

A primeira banda de Russo foi o Aborto Elétrico (1978), a qual durou quatro anos, e terminou devido às constantes brigas que havia entre ele e o baterista Fê Lemos (do Capital Inicial). Renato herdou desta banda uma forte influência punk que influenciou toda a sua carreira. Nessa mesma época, aos 18 anos, assumiu para sua mãe que era bissexual, em 1988, assumiu publicamente.Em 1982, fundou a Legião Urbana, juntamente com Marcelo Bonfá, Dado Villa Lobos e Renato Rocha.

Apesar de nos afastarmos das pessoas, seja pelo tempo, distância ou qualquer outro fator, as músicas da Legião me trazem de volta o velho Colégio Amapaense, a frente da casa do Adelson, onde ficávamos eu, ele e Lígia. O Helder (negão), a Rita e o Edmar. Lembro também da Lorena Queiroz, minha prima querida e tantos outros personagens da minha história. É, nostalgico, mas bem legal.

Aos críticos, que achavam Renato veado demais ou dizem que as letras dele são piégas, só tenho a lamentar, pois a Legião foi e sempre será a maior de todas as bandas deste país. Eles venderam 20 milhões de discos durante a carreira, mais de uma década após a morte de Russo, a banda ainda apresenta vendagens expressivas.

Para os fãs da nova geração, que adoram ler coisas sobre a banda, recomendo o livro “Conversações com Renato Russo”, que contém trechos de entrevistas mostrando o seu ponto de vista sobre o rock, a bissexualidade (incluindo a sua própria), o mundo, as drogas e a política.

Encerro este post com a minha preferida de Renato, a canção “Andrea Dória”:

Andrea Doria – Legião Urbana

Às vezes parecia
Que, de tanto acreditar
Em tudo que achávamos tão certo
Teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços de vidro

Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir

Não queria te ver assim
Quero a tua força como era antes.

O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada

Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria um livro aberto
Até chegar o dia em que tentamos ter demais
Vendendo fácil o que não tinha preço

Eu sei, é tudo sem sentido
Quero ter alguém com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada que eu segui
E com a minha própria lei
Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como eu sei que tens também.