No Amapá, batuque e canto regional são atrações musicais de show

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Foto: Gabriel Penha

 

Por Fabiana Figueiredo

O ritmo do batuque e o canto regional são as atrações de um espetáculo musical que será apresentado no dia 17 de abril, em Macapá. “Batuqueiros e Cantadores” vai reunir mais de 10 artistas da música numa apresentação inédita que vai acontecer em um bar da Zona Sul de Macapá.

Organizado pelo amapaense Paulinho Bastos, o espetáculo vai contar com apresentações de Patrícia Bastos, Oneide Bastos, Dante Ozzetti, Enrico Di Miceli, Manoel Cordeiro, Adelson Preto, Laura do Marabaixo, Alan Gomes, Hian Moreira e Nena Silva e mais batuqueiros convidados. Também farão parte da programação as bailarinas Geandra Bastos e Nega.

O batuque é tradicional na comunidade quilombola do Curiaú representando a luta pela liberdade dos antepassados do moradores da região e um momento de agradecer aos santos, principalmente ao padroeiro, São Joaquim.

A dança pode ser acompanhada por pessoas de qualquer idade, que ficam juntas, no centro do salão, e fazem evoluções ao redor dos batuqueiros, alternando no sentido horário e anti-horário.

Serviço:

Espetáculo Batuqueiros e Cantadores
Dia: 17 de abril
Hora: a partir das 22h
Local: Bar Diretoria Drink and Music
Ingressos: R$ 20
Mais informações: (96) 99178-6714

Fonte: G1 Amapá

Exposição de artista do Amapá mostra memórias familiares em ‘cuias’

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Por Fabiana Figueiredo

As memórias reproduzidas em objetos comuns do cotidiano de uma bisavó foi o tema escolhido pela artista plástica amapaense Carla Marinho para a próxima exposição de arte dela. As obras, fruto de estudo da artista, farão parte da mostra gratuita “Cuias Relicários de Lembranças”, que estará aberta para o público a partir de hoje (6), na Galeria de Arte Antônio Munhoz Lopes, no Sesc Araxá, Zona Sul de Macapá.

A exposição é composta por 25 cuias e 20 desenhos. Os objetos pertenceram à bisavó de Carla, chamada carinhosamente de Mãe Velha. Segundo a artista, os objetos representam a memória da matriarca da família, porque eram bastante comuns na casa da bisavó.

As obras são resultado de entrevistas feitas com 4 mulheres membros da família e desenhos feitos por elas, representando memórias da Mãe Velha.

As cuias fazem parte do cotidiano de uma mulher que saía de casa para colher leite das seringueiras, pescar, fabricar farinha, entre outras atividades comuns de um morador da vila de Ferreira Gomes.

Carla Marinho é macapaense, com estudos na área das artes visuais. Atualmente ele atua como professora do Centro de Educação Profissional em Artes Visuais Cândido Portinari, em Macapá.

A exposição ficará aberta ao público até o dia 23 de abril, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 e das 14h30 às 17h30 e está disponível para agendamento de visitação com mediação educativa.

Serviço

Exposição de artes “Cuias Relicários de Lembranças”
Período: de 6 de março a 23 de abril
Lançamento: 6 de março, às 19h
Local: Galeria de Arte Antônio Munhoz Lopes, no Sesc Araxá
Entrada: gratuita

Fonte: G1 Amapá

A música mais nova do mundo vem do Amapá

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Por Gisele Brito

Eu acho que a nossa música é a mais nova que tem no mundo hoje”, repete Val Milhomem, compositor e cantor do grupo Senzalas. Formada em 1997, em Macapá, a banda mistura reggae, zouk e carimbó. E traz o marabaixo, ritmo tipicamente amapaense, com forte influência africana. O som não é exatamente novo. O marabaixo nasceu com a chegada dos primeiros escravos negros ao estado, no século 18, e as misturas da banda se difundiram com a MPA, a Música Popular do Amapá, no final dos anos 1980. É novo porque é desconhecido, admitem Val e seus parceiros Amadeu Cavalcante e Joãozinho Gomes, todos pioneiros da MPA.

Parte desse desconhecimento tem a ver com as limitações impostas pela indústria fonográfica e a mídia, que escolhem os modismos que vão martelar os ouvidos do Oiapoque (cidade amapaense) ao Chuí, no extremo sul. “A gente é bombardeado lá, como todo mundo é, pela mídia nagrupo_senzalascional.Globo e afins.

Então se está na moda o arrocha, é o arrocha que vai para o Brasil inteiro. E a grande indústria que banca esses caras é a Som Livre, ligada à Globo, e que joga nas emissoras de rádio que têm contratos para fazer isso e faz tocar, tocar, tocar. E isso, na cabeça de qualquer povo, vira moda. Esse é o problema. O povo brasileiro começa a achar que música é só axé, sertanejo, arrocha, forró, que nem é mais aquele,já é meio pasteurizado”, lamenta Val.

Em março, a banda fez três shows em São Paulo. Um deles, no Tom Jazz, teve a participação da cantora Leci Brandão, velha conhecida dos músicos. Os outros dois foram em Centros Educacionais Unificados (CEUs) no extremo leste da cidade, ambos com teatro lotado. “A apresentação no CEU São Mateus foi histórica para nós. Deu nó na garganta. Enchemos um teatro para 400 pessoas, que se conectaram de uma forma com músicas que eles nem conheciam. Foi muito marcante”, conta Amadeu.

A viagem serviu para divulgar o segundo CD da banda, Tambores do Meio do Mundo. Lançado no Amapá em 2011, o nome faz alusão ao fato de a linha imaginária do Equador, que divide o planeta em dois hemisférios, passar pela capital do estado. Ganhar os palcos de São Paulo é importante parsenzalasa qualquer artista mas há muitas fronteiras a se quebrar antes disso no próprio Amapá, acreditam os músicos.

“O santo de casa não faz milagre. Tudo depende de mídia. Já tivemos uma experiência que mostra bem isso. Uma música que a gente gravou, mas nem cantava, foi usada pelo governo do estado em uma campanha publicitária para mostrar a beleza, o povo daquela região. Hoje é uma espécie de hino do estado”, conta Amadeu sobre a canção Jeito Tucuju. O termo é um dos gentílicos possíveis para o povo do Amapá e faz referência a uma tribo indígena que ocupava o território.PQAAABP9rzgrK4L5eTftiomsAZmJm2huJIE101fPspoBb3wJ1rlCWLXqN-uHGKrRTr3yuRyS7oGTfdrIBdCHJk2XY0YAm1T1UCCuhjJVr-C3VsGspGdvBgGgumSw

Os músicos também são fundadores do movimento Costa Norte, surgido no final dos anos 1980 para fortalecer a identidade do estado e divulgar trabalhos autorais. “As pessoas iam para o Rio, Bahia, Goiânia e as pessoas de lá perguntavam: ‘Qual é a cultura de vocês lá? Não tem artistas na sua terra?’”, conta Amadeu. Artistas, o estado tinha – e tem. Mas sem contar com a atenção do mercado fonográfico, os músicos apresentavam seu trabalho apenas esporadicamente, em festivais. “Daí a gente decidiu que ia levar aquela música para os barzinhos também. Porque a gente tocava todo tipo de música, menos a nossa. Fazia propaganda dos outros e não fazia a nossa.”

Talvez pela temática, o trabalho do Senzalas seja insistentemente classificado como regional. Para Joãozinho, que diz não se incomodar com isso, não é. “Quando Tom Jobim canta o avião chegando ao aeroporto do Rio, não é regional. Quando os Beatles cantaram Penny Lane, que é uma alameda da Inglaterra, o mundo todo amou. Então ou tudo é regional ou tudo é universal”, provoca.

Fonte: Diário do Amapá

Amazônia entra na lista Indicativa do Patrimônio Mundial da Unesco (Fortaleza de São José de Macapá aguarda aprovação na relação de bens culturais)

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A Amazônia está representada nos bens culturais que foram incluídos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na Lista Indicativa Brasileira do Patrimônio Mundial em 2015. São eles: os geoglifos do Acre, os teatros da Amazônia e a Fortaleza de São José, em Macapá. Além desses, as Itacoatiaras do rio Ingá, a Barragem do Cedro nos Monólitos de Quixadá, o Sítio Roberto Burle Marx e o Conjunto de Fortificações do Brasil serão avaliados para receberem o título de Patrimônio Mundial.10265630_747726591916221_2584814814508442435_o-1

Na última atualização da Unesco, em 2014, três bens culturais brasileiros haviam sido incluídos na lista, juntamente com outros 18 bens naturais e culturais: Cais do Valongo (Rio de Janeiro/RJ), a Vila Ferroviária de Paranapiacaba (Santo André/SP) e o mercado Ver-o-Peso (Belém/PA). Agora a Lista Indicativa brasileira tem 24 bens no total.

A Lista é composta pela indicação de bens culturais, naturais e mistos, apresentados pelos países que ratificaram a Convenção do Patrimônio Mundial da Unesco. Essa iniciativa pode ensejar a participação de gestores de sítios, autoridades locais e regionais, comunidades locais, ONGs e outros interessados na preservação do patrimônio cultural e natural do país.

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Conheça os novos bens culturais inscritos na Lista Indicativa do Patrimônio Mundial:

Geoglifos do Acre (Acre); Teatros da Amazônia (Amazonas e Pará); Itacoatiaras do Rio Ingá (Paraíba); Barragem do Cedro nos Monólitos de Quixadá (Ceará); Sítio Roberto Burle Marx – SRBM (Rio de Janeiro).

Conjunto de Fortificações do Brasil (AP, AM, RO, MS, SP, SC, RJ, BA, PE, RN): o conjunto de fortificações do Brasil apresenta-se como um testemunho material único de um contato produzido entre diferentes culturas do Velho e do Novo Mundo. As fortificações, edificadas em resposta a esses contatos, marcam o sucesso de uma fórmula singular de ocupação do território, em que os moradores do Brasil tiveram um papel mais fundamental do que a ação dos governos das metrópoles do Velho Mundo, ao contrário do que ocorreu em outras colônias europeias no resto do mundo.

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As construções produzidas com o objetivo de garantir a posse e a segurança dos novos territórios formam um conjunto sem semelhança a outros sistemas fortificados edificados no mesmo período em outros lugares do mundo, tendo um importante papel na ocupação territorial da América do Sul. Estão incluídos a Fortaleza de São José, em Macapá (AP); o Forte Coimbra, em Corumbá (MS); o Forte de Príncipe da Beira, em Costa Marques (RO); a Fortaleza dos Reis Magos, em Natal (RN); o Forte de Santa Catarina, em Cabedelo (PB); o Forte de Santa Cruz (Forte Orange), em Itamaracá (PE); o Forte São João Batista do Brum, no Recife (PE); o Forte São Tiago das Cinco Pontas, no Recife (PE); o Forte de Santo Antônio da Barra, em Salvador (BA); o Forte São Diogo, em Salvador (BA); o Forte São Marcelo, em Salvador (BA); o Forte de Santa Maria, em Salvador (BA); o Forte de N. S. de Montserrat, em Salvador (BA); a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, em Niterói (RJ); a Fortaleza de São João, no Rio de Janeiro (RJ); a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, em Guarujá (SP); o Forte São João, em Bertioga (SP); a Fortaleza de Santa Cruz de Anhantomirim, em Governador Celso Ramos (SC); e o Forte de Santo Antônio de Ratones, em Florianópolis (SC).

Fonte: Portal Amazônia.

Hoje tem Marabaixo no laguinho

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Quando adolescente, ia muito ao Marabaixo com meu saudoso pai. Depois que ele partiu, em 1998, deixei isso de lado. Voltei a participar da festa em 2013 e quero ir hoje ao Laguinho, na zona Norte de Macapá, assistir a maior manifestação cultural do Amapá.

De acordo com o texto do amigo Edgar Rodrigues, o Marabaixo é um tradição secular que passa de geração em geração através dos anos. É dançado na capital, Macapá, anualmente, nos meses de maio, junho e julho, nos bairros do Laguinho, na Favela e na comunidade do Curiaú.

A festa Marabaixo é uma comemoração religiosa que acontece no Amapá, praticada por remanescentes de quilombos, os quais demonstram sua fé através da dança, do canto e do consumo da gengibirra, bebida feita à base de gengibre e álcool.

O batuque das caixas, as dançadeiras, a gengibirra e a energia da cultura, é muito bom sentir o Marabaixo. Bora lá nos campos do Laguinho.

Elton Tavares

HOJE: Orquestra de músicos do Amapá e Guiana se apresenta pela 1ª vez no AP

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Por Fabiana Figueiredo

Macapá assistirá pela primeira vez a apresentação da Orquestra Regional de Jovens da Amazônia, formada por músicos do Amapá e da Guiana Francesa. O grupo binacional é resultado de um acordo de cooperação de ensino assinado entre instituições do Brasil e da França. O concerto será gratuito no sábado (4), a partir de 20h, no auditório de uma faculdade particular da Zona Oeste da capital.

A Jovens da Amazônia é integrada por alunos das orquestras Essência, de Macapá, administrada pela Associação Educacional e Cultural Essência, e Ensemble Instrumental du Conservatoire, da Guiana Francesa, organizada pelo Conservatório de Dança, Música e Teatro Edgar Nibul. O grupo amapaense é composto por 43 músicos, e o francês, por 30.orquestra111

Em 2014, quando as duas filarmônicas buscavam assinar o acordo, elas se apresentaram juntas no palco do Teatro das Bacabeiras, mas não como uma só orquestra.

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Além da orquestra Jovens da Amazônia, que pretende fazer apresentações a cada semestre, o acordo também proporciona estudo gratuito para alunos amapaenses que tocam na Essência.orquestra11

“Alguns professores guianenses vieram, nos ouviram e aprovaram que alguns deles façam parte da universidade e do conservatório. A ideia é que, a cada ano, pelo menos um aluno vá estudar lá”, disse a presidente da associação cultural, Heloisa Sampaio.

Na segunda quinzena de março, a Orquestra Essência foi até Caiena, capital da Guiana Francesa, para firmar o acordo. O contra-baixista amapaense Marcos Sidney Júnior, de 23 anos, foi o primeiro aluno que viajou para estudar na universidade francesa a partir da cooperação. Ele também ganhou bolsas de estudos para cursos de música e de língua francesa.orquestra1

“Essa cooperação é importante porque os alunos poderão ter oportunidade de estudar a música e o instrumento que eles tocam, além de conhecer várias vertentes musicais. É tudo para eles”, afirmou Heloisa.

O concerto de sábado vai apresentar clássicos da música erudita, e será regido pelos mestres Elias Sampaio, amapaense, e Jean-Yves García, guianense.

Serviço

Concerto da Orquestra Regional de Jovens da Amazônia
Dia: 4 de abril
Hora: a partir de 20h
Local: auditório do Centro de Ensino Superior do Amapá (Ceap) – Rodovia Duca Serra, nº 350, bairro Alvorada
Entrada: gratuita

Fonte: G1 Amapá

Sábado da Aleluia tem Marabaixo da Aceitação na Favela (Via @alcinea)

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“Quem tem roupa vai a missa lê lê
quem não tem faz como eu lê lê
Rosa branca açucena lê lê
case com a moça morena lê, lê”

O rufar dos tambores vai ecoar neste sábado da Aleluia por todo o bairro da Favela, a partir das 16h, com o Marabaixo da Aceitação que dá início ao Ciclo do Marabaixo da Santíssima Trindade, no Barracão da Tia Gertrudes (Av. Duque de Caxias, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes)

Mas antes do rufar dos tambores e da dança o festeiro faz uma oração à Santíssima Trindade pedindo proteção para todos que participam do Marabaixo. Após isso todos juntos rezam o Pai Nosso e a Ave Maria. Ouve-se o som das caixas e diante da imagem são cantados os primeiros versos, assim: “Santíssima Trindade venho te louvar/ dá-me a Tua proteção/ na hora que eu precisar.”

É dia de soltar foguetes, beber gengibirra, tirar ladrões e dançar até altas horas. As mulheres de saia florida, blusa branca e toalhinha no ombro para enxugar o suor e os homens de calças e camisas brancas e sandália de couro. Mas vale também bermuda e camisa de qualquer cor.

As mulheres dançam em círculo, arrastando os pés. A coreografia lembra o andar dos escravos de pés acorrentados. Os homens tocam caixa (tambor) e tiram os ladrões, isto é, cantam, e as mulheres fazem o coro. Aliás, hoje as mulheres também tocam caixa e puxam ladrões, como Maria José Libório, a Zezé, 75 anos, filha de Tia Gertudres – um ícone do Marabaixo.

Mas de onde vem esta que é a maior e mais importante expressão cultural do Amapá? Historiadores e pesquisadores dizem que da África, claro. Eles contam que nos navios que traziam os escravos para cá, os negros puxavam um canto que era como um lamento. “O ladrão lembra o lamento firme e vivaz de negros que cultivavam a esperança de voltar para o continente africano”, diz o pesquisador Rostan Martins. “Um participante líder e com habilidades de versar sobre assuntos do dia-a-dia, tira o Ladrão de improviso, como que roubando a “deixa” de outro participante que vai completando na improvisação”, explica.

“Quando eu aqui cheguei
logo na minha chegada
eu amarrei um pé de rosa
que nunca foi amarrada”

O ciclo, que começa neste sábado, só termina no dia 7 de junho, com a derrubada do mastro e a entrega da bandeira da Santíssima Trindade para o festeiro do próximo ano. Nesse período tem o Marabaixo do Trabalhador, do Mastro, da Murta, Missa, novenas, almoço dos inocentes e Corpus Christi. E haja gengibirra – uma bebida feita com cachaça, gengibre e açúcar.

Fonte: Alcinéa Cavalcante

Família da pioneira Natalina Costa prepara o Ciclo do Marabaixo da Favela de 2015

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Sábado da Aleluia, 4 de abril, às 16h, iniciam os festejos do Ciclo do Marabaixo, na casa da pioneira Natalina Costa, realizado pela Associação Cultural Berço do Marabaixo da Favela, com uma extensa programação que se prolonga até o mês de junho. Na antiga favela, atualmente bairro Santa Rita, a homenagem é para a Santíssima Trindade, e as cores azul e branca predominam durante as festas religiosas e lúdicas, onde a cultura, tradição e memória são preservadas ao ritmo de caixas de marabaixo e louvores, intercalando as atividades religiosas com as lúdicas.

Este ano os festeiros responsáveis pela festa são Iracema Oliveira e José Maria Costa, descendentes de famílias tradicionais que seguem o ritual secular, herança deixada por antepassados que dançavam o marabaixo no centro de Macapá, de onde saíram para povoar os bairros Laguinho e Favela. O Ciclo do Marabaixo faz parte do calendário oficial de cultura do estado e é seguido nos dois bairros, com início na Semana Santa e encerramento no dia de Corpus Christi, com rodadas de marabaixo, missas, ladainhas e baile.

Na Favela o Ciclo inicia no Sábado da Aleluia com o Marabaixo da Aceitação, e continua com outras rodadas de marabaixo. No dia 9 de maio é o Sábado do Mastro, quando os grupos que realizam os festejos seguem para as matas do Quilombo do Curiaú, onde retiram os mastros, que na Favela será enfeitado no dia 24, o chamado Domingo da Murta, e levantado no dia seguinte, às 7h, ao som de caixas de marabaixo. O dia 31, é dedicado às crianças, que inicia com a missa e segue com tradicional Almoço dos Inocentes, seguida da tarde de brincadeiras.mara11

Valdinete Costa, neta de Gertrudes Saturnina, que na década de 40 trouxe a família para a Favela, explica que a tradição continua, porém algumas adaptações foram feitas para que se adequasse à realidade. “O Almoço dos Inocentes iniciou com uma promessa feita por vovó Gertrudes para que a mamãe, Natalina, engravidasse. Com a bênção alcançada, a promessa foi cumprida, e o almoço para 12 crianças, representando os apóstolos, continua até hoje”.

A urbanização do bairro obrigou às mudanças, como os fogos, que atualmente são estourados até 22h e o som que reproduz as caixas, que não ficam no limite máximo. A consciência ambiental é trabalhada com as crianças, e atualmente, apenas um mastro é retirado da mata, o outro é de acrílico. O que vem do Curiaú são mudas de plantas que as crianças plantam na vizinhança. O compromisso com a história também é importante na Favela, e no ano passado foi inaugurada a Biblioteca Gertrudes Saturnino, com obras literárias e de arte de artistas com trabalho voltado para a cultura afro.

Programação do Berço do Marabaixo da Favelamara1111

4 de abril
16h – Abertura do Ciclo do Marabaixo da Favela – Marabaixo da Aceitação

1º de maio
16h – Marabaixo do Trabalhador

9 de maio – Sábado do Mastro
8h – Buscar mastro no Curiaú

22 de maio
19h – Início da Novena da Santíssima Trindade
20h – Baile dos Sócios

De 22 à 30 de maio – 19hmara111
Novena da Santíssima Trindade

24 de maio – Domingo do Mastro
20h – Marabaixo da Murta – Amanhece para o dia 25, para levantar o mastro

31 de maio
7:30 – Missa na Igreja da Santíssima Trindade
9:00 – Café da manhã no barracão da Gertrudes
12:00 – Almoço dos Inocentes
14:00 – Início da tarde de lazer com as crianças da comunidade

4 de junho
Marabaixo de Corpus Christi

7 de junho
Encerramento do Ciclo do Marabaixo da Favela
Local: Barracão da Tia Gertrudes
Av: Duque de Caxias, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes

Mariléia Maciel
Assessoria de Comunicação
Fotos: Márcia do Carmo

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Foto: Assessoria de Comunicação do senador Randolfe Rodrigues

 

Boa – Assim como os pescadores, que são impedidos de pescar no período do defeso, os artesãos passam por imensas dificuldades nos períodos invernosos, quando não podem coletar sementes, argila e outras matérias primas para o seu trabalho. Pensando nisso, o senador Randolfe Rodrigues acatou sugestão do presidente da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult), Jansen Rafael, e vai apresentar no Senado projeto que sugere a criação, pelo governo federal, do seguro-artesão.

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Imagem encontrada o Google

 

Líquido – Como parte da programação da Semana da Água e Festa Anual da Árvore, a Sema promoverá nos dias 24 e 25 o minicurso de Delimitação da Bacia Hidrográfica, que vai instruir acadêmicos sobre o mapeamento das áreas de captação de água para os rios e afluentes.

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Foto: Agência Amapá

 

Exatas – Continua na Ueap o 1º Ciclo de História da Ciência. O evento acontece todas as sextas-feiras, a partir das 17h, no mini-auditório 3 do Campus 1 da Ueap, na avenida Presidente Vargas.

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Foto: Blog do Seles.

 

Água – O Núcleo de Hidrometeorologia do Iepa emitiu alerta informando que o trecho sul da BR 156, entre Macapá e Laranjal do Jari, encontra-se com atoleiros e buracos ocasionados pela forte chuva que caiu na semana.

Fontes: Verso e Reverso e Ponto & Vírgula

ANTES QUE DESABE: Igreja Matriz será restaurada

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Uma campanha da prefeitura de Macapá, Diocese de Macapá, Confraria Tucuju e Memorial Amapá, pretende angariar recursos para a restauração do mais antigo patrimônio histórico de Macapá, a igreja Matriz de São José. Com 254 anos de história, a igreja enfrenta sérios problemas com goteiras, infiltração, ataque de cupins e rachaduras. A campanha foi definida nesta sexta-feira, 20, em reunião na biblioteca pública Elcy Lacerda. Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a igreja corre risco de desabamento, principalmente na parte da torre esquerda.

Hoje também foi publicado no Diário Oficial do Estado a Lei de tombamento da igreja Matriz pelo Executivo Estadual, o que aumenta a expectativa com relação a revitalização do patrimônio do povo católico. “Esperamos que ocorra também um tombamento municipal para alcançarmos forças e propormos o tombamento pelo Iphan. Esse monumento é a nossa história viva, precisamos preservar. Caso contrário, ele pode vir abaixo”, destacou a presidente da Confraria Tucuju, Telma Duarte.macapá2

A prefeitura de Macapá defende que o tombamento precisa ser feito pela UNESCO também, já que o monumento tem mais de 250 anos. “Vamos levar essa reivindicação ao Governo do Estado na próxima quarta-feira. A igreja é nosso bem mais precioso e precisa ser interditada imediatamente. É uma situação séria e imediata”, frisou o prefeito de Macapá, Clécio Luís.

Na reunião ficou acertado que a prefeitura fará o projeto de reforma emergencial do prédio. O combate aos cupins será prioridade agora. “É importante ressaltar que o Iphan quer esse tombamento. Sabemos que a Igreja passou por mudanças em relação ao projeto original, mas o tombamento irá disputar com outras igrejas que estão intactas há mais tempo. Porém, com a força da nossa bancada esse sonho pode ser mais rápido”, ressaltou Joana Morillos, presidente do Iphan no Amapá.igreja-em-1908-e-2015

A história

A Igreja de São José de Macapá foi iniciada em 1752, seis anos antes da criação oficial da Vila de São José de Macapá. A igreja Matriz foi inaugurada no dia 5 de março de 1761, sendo o padre Joaquim Pair o seu primeiro vigário. A imagem original do padroeiro São José, esculpida em madeira, tem 35 cm de altura, sendo considerada uma das relíquias sacras mais importantes do Estado. Nas paredes os quadros do padre Lino, retratam as belezas de passagens bíblicas. Do lado esquerdo de quem entra está Os Desterrados, ou fuga para o Egito; a direita de quem entra, São José Carpinteiro e Menino Jesus. Já houve um período em que a paróquia ficou sem vigário por 40 anos. Em 1904 o padre Francisco Hiller e o intendente coronel Teodoro Mendes restauraram a igreja.

Fonte: Seles Nafes.

Viva São José, o nosso padroeiro!

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São José de Macapá, em cima da Pedra do Guindaste – Foto: Márcia do Carmo

 

Hoje (19) São José de Nazaré, esposo de Maria, pai de Jesus Cristo e padroeiro do Amapá. Por conta da profissão do santo, hoje também é Dia do Carpinteiro e Dia do Marceneiro. São José, que também é padroeiro dos trabalhadores e padroeiro da Bélgica.

Amo o Amapá e Macapá. Nasci e me criei aqui. Por isso, peço a “São Jusa” que interceda contra a criminalidade e trânsito pirado, tudo em larga escala para uma capital tão pequena, entre outras mazelas que assolam essa terra.

São José não protege somente a nós, amapaenses, mas todos que para cá vem viver e contribuir para a melhoria de nossa terra. Pena que, como santo, ele não pune os que só sugam, saqueiam e ainda desdenham da nossa linda Macapá.

O feriado

Desde a criação de Macapá, São José sempre foi o padroeiro da capital amapaense, mas uma Lei Estadual de 2012 oficializou o santo padroeiro do Amapá, o que fez do dia 19 de março feriado em todo o Estado.

São José é o santo que nunca cansou de ficar de pé na Pedra do Guindaste, de frente para o Amazonas, sempre “vigiando” a nossa capital, contra maldades exteriores.

Enfim, não sou muito religioso, mas respeito a crença de todos. Como diz o poetinha Osmar Junior: “Ô São José da Beira Mar, protegei meu Macapá…”.

Viva o santo carpinteiro, valei-me meu São José!

Elton Tavares

Os 233 anos da Fortaleza de São José de Macapá (texto e fotos)

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Hoje (19) a Fortaleza de São José de Macapá completa 233 anos de existência. Sua construção se estendeu por 18 anos. A fortificação foi inaugurada no ano de 1782.

A Fortaleza foi construída com o objetivo de assegurar a conquista de terras ao norte da colônia brasileira. Ela integra uma cadeia de fortificações históricas construídas por Portugal, que passou a ocupá-la após o Tratado de Utrecht. O forte foi edificado em alvenaria de pedra e cal na margem esquerda do rio Amazonas. A obra teve início em 1764.65280_416186625126186_1628296726_n

Após um longo período, a instituição voltou a ser ocupada pelo comando da Guarda Territorial do Amapá. O Governo Federal, em 22 de março de 1950, reconheceu a fortificação através de sua inscrição no livro do tombo histórico da Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Dúvidas

De acordo com relatos de macapaenses mais antigos, me pergunto:

Onde está a placa de bronze, de 1 metro de altura e 1,5 metro de largura, que continha informações sobre a construção da fortificação?

OnFortalezaJorgeJuniorde foi parar o velho farol do forte e alguns canhões que sumiram misteriosamente?

Qual o paradeiro de pedras preciosas e moedas antigas que ficavam expostas no museu da Fortaleza nos anos 60?

Enfim, o velho Forte de Macapá é a história viva do amapaense e o nosso maior monumento. Todas as vezes que passo por ele, dá vontade de fotografá-lo. Pena que muitos não dão o devido valor à Fortaleza de São José, que tanto embeleza e valoriza nossa capital.

Veja fotos legais da fortificação bicentenária:

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Um Dia de Esportes e Lazer para os jornalistas

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O Sindjor/Pauta Extra Eventos está preparando uma programação especial para a categoria no dia 05 de abril (domingo).

Um Dia de Esportes e Lazer, com torneio de futebol, jogos de mesa, banho de piscina e muita diversão.

Local: Associação dos Funcionários da Caixa Econômica Federal.
Bairro Universidade.
É a sua Pauta, Jornalista!
Informações: Sindjor 99169-7640/98140-1932

Fonte: Blog do Cliver.