Prefeito de Macapá entrega Unidade Básica de Saúde no arquipélago do Bailique

UBS homenageia Manoel Queiroz Barbosa ‘Manoelzinho’, personagem relevante para o distrito.

O prefeito de Macapá, Dr. Furlan, entregou na terça-feira (28) a Unidade Básica de Saúde (UBS) Manoelzinho, localizada no distrito do Bailique, distante cerca de 180 quilômetros da capital. A unidade será referência na região que possui aproximadamente 60 comunidades.

O novo equipamento ampliará os serviços de atenção primária à saúde, facilitando o acesso da comunidade para receber os atendimentos dentro da região.

“Além dos cuidados de saúde, vamos oferecer cursos de capacitação para os profissionais que irão trabalhar na UBS. Desta forma, o paciente não precisa se deslocar para tratamento em Macapá. Com a entrega da unidade será possível trazer ações itinerantes da Prefeitura, uma forma de beneficiar mais ainda a população local”, destaca o prefeito Dr. Furlan.

A obra foi executada pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura Urbana (Semob), custeada com recursos oriundos do Ministério da Saúde enviados pelo senador Davi Alcolumbre (DEM/AP) no valor de R$ 1,2 milhão e contrapartida municipal de R$ 386 mil.

Estrutura

A UBS de porte 2 apresenta as normativas federais do Ministério da Saúde, sendo construída em uma área de 364m². O local possui almoxarifado, salas para expurgo, esterilização, departamento administrativo, vacina, atividades coletivas, observação, curativo e inalação. Além de banheiros com acessibilidade, recepção, cinco consultórios médicos, dois consultórios odontológicos, depósito de resíduos contaminados, comuns e recicláveis.

A construção foi feita com materiais pré-moldados, que garantem a durabilidade do modelo construtivo e ainda proporcionam facilidade para realização de manutenção.

A unidade leva o nome de Manoel Queiroz Barbosa ‘Manoelzinho’, personagem relevante dentro da história da comunidade, conhecido por sua generosidade e por prestar assistência de saúde para o povo bailiquense.

“Um homem de coração bondoso que dedicou a vida à comunidade que amava muito. Trabalhou durante anos como agente distrital, trabalhou ainda na justiça itinerante, foi enfermeiro e parteiro, fazia de tudo um pouco. A inauguração desta unidade é um marco para o povo bailiquense, deixa o nosso coração quentinho pela justa homenagem”, disse emocionada a filha do Manoel Barbosa, Ielana Trindade Barbosa.

Mais investimentos para a região

Durante a cerimônia de entrega, o prefeito Dr. Furlan apresentou aos moradores a lista de recursos destinados ao distrito do Bailique.

“Temos a aquisição da unidade de força terrestre, do senador Randolfe Rodrigues; a construção de passarelas em áreas de ressaca no município de Macapá, da parlamentar Janete Capiberibe; a construção de um centro comunitário, do senador Camilo Capiberibe; a construção de passarelas de concreto e passarelas de madeira, construção de arena esportiva com grama sintética, arquibancada, iluminação e aquisição de cisternas, do senador Lucas Barreto, além da reforma e ampliação da fábrica de gelo colônia de pescadores. Com todos esses investimentos vamos melhorar a qualidade do povo bailiquense”, pontua o prefeito.

O senador Davi Alcolumbre aproveitou a ocasião para parabenizar a gestão municipal e ainda anunciar mais benefícios para os moradores. “Sabemos da carência da população, principalmente na situação das passarelas. Nesta segunda-feira (27), conseguimos empenhar 4 milhões e 300 mil reais para fazer a passarela no próximo ano pela Prefeitura Municipal de Macapá”, frisou.

Novidade

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), a comunidade do Bailique terá suporte de uma ambulâncha, para melhorar ainda mais os atendimentos de saúde no arquipélago.

“Solicitamos ao senador Davi Alcolumbre recursos para compra de uma ambulâncha, com a finalidade de ter uma UTI completa, que fará o transporte dos pacientes que necessitarem. Fomos atendidos e agora estamos dando mais uma boa notícia à população”, acrescentou a secretária de Saúde, Karlene Lamberg.

Ana Cleide Torres e Narah Pollyne
Secretaria Municipal de Comunicação Social

França abre vagas de assistente de língua portuguesa para brasileiros com salário de 1,1 mil euros

Barcos na orla de Oiapoque e ao fundo a ponte binacional que liga Brasil e Guiana Francesa — Foto: Maksuel Martins/GEA

A Embaixada da França no Brasil abriu seleção de 36 estudantes brasileiros para trabalharem como assistentes de língua portuguesas em cidades francesas. Entre as vagas, há 11 para a Guiana Francesa, território na divisa com o município de Oiapoque, no Norte do Amapá.

O período de inscrições segue até sexta-feira (31). O cadastro deve ser feito por meio do envio em arquivo PDF de um formulário on-line, disponível no site “br.ambafrance.org“.

Estudantes do Amapá, Pará, Pernambuco, Amazonas, Bahia e Ceará têm prioridade na seleção para trabalharem na Guiana Francesa, devido aos acordos de cooperação entre os governos desses estados brasileiros e o território francês.

Período de contratação é de outubro de 2022 a abril de 2023 — Foto: Joyce Heurich/G1

Requisitos

ter de 20 a 30 anos de idade;
ser estudante brasileiro matriculado no último ano da graduação em letras, línguas estrangeiras ou cursando francês numa universidade brasileira;
ter bom conhecimento da língua francesa (nível B1 do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas);
se caso já tenha realizado graduação em letras ou língua francesa, o candidato deve estar matriculado em outro curso superior (uma segunda graduação, mestrado, doutorado ou especialização).
O projeto da Embaixada tem objetivo de possibilitar a estudantes brasileiros o contato com a língua e cultura francesas.

Além disso, os brasileiros podem se inscrever numa universidade enquanto estiverem no programa, desde que não traga prejuízos ao trabalho de assistente de língua portuguesa.

Embaixada da França, em Brasília — Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Os selecionados passarão 7 meses na França, de 1° de outubro de 2022 a 30 de abril de 2023, com visto de trabalho, carga horária de 12 horas semanais e salário entre 770 e 785 euros.

A etapa de entrevista, seja presencial ou por telefone, tem previsão de acontecer em janeiro de 2022. Até março, a Embaixada da França publicará no site os selecionados. Entre maio e junho do próximo ano, os aprovados devem saber para qual cidade ou território foram designados.

Fonte: G1 Amapá.

O tempo – Crônica de Elton Tavares (Do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”)

Ilustração de Ronaldo Rony

Há anos, após breve conversa com a amiga, ela disse: “o tempo também é burocrático. Nós é que sempre queremos tudo pra ontem”, comecei a devanear sobre o tempo. Verdade, nem sempre dá tempo.

Aliás, o tempo nos ilude quando jovens, em nome da inexperiência e da que nunca morre, a esperança. Sim, o tempo, com pouco tempo de análise, às vezes engana, confunde e conduz pelo caminho errado. Mas nunca omite, no final, sempre mostra quem é quem e como seria. É, o tempo.

A Bíblia, livro mais vendido da história (para muitos mitologia cristã) diz: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3:1).

Desconfio há tempos que existe uma conspiração que faz do tempo uma espera quase interminável para os que sofrem e um período muito curto para bons momentos. Ah, tempo, dê um tempo!

Ilustração de Ronaldo Rony

O velho astro do Rock, David Bowie disse: ‘o tempo pode me mudar, mas eu não posso reconstituir o tempo’. Verdade! Afinal, tudo tem seu tempo. O tempo costuma despachar lentamente quando queremos que seja rápido e o contrário, quando é o inverso disso.

O tempo traz méritos, vivências, leva e traz amigos, irradia e ceifa vidas. O tempo sabe coisas que a gente não sabe. Sim, ele flui, voa e dá tapas com luvas, mas não de pelica e sim de boxe. Mas o tempo também faz esquecer e, às vezes, até cura dores. Sobretudo, o tempo nos ensina a entender mais sobre o amor.

Enfim, o tempo passa, nós aprendemos e mudamos com ele. Eu até poderia falar mais sobre a loucura e sapiência atemporal do tempo, mas agora não. Meu amigo Fernando Canto lembrou da filósofa María Zambrano, que dizia: “O tempo é o único caminho que se abre ao inacessível absoluto”. E a Camila, com quem o diálogo originou esse devaneio, falou algo que me faz encerrar aqui: “o tempo é o remédio e a agonia de todos nós”.

Ah, só mais uma coisa: é tempo de ser feliz e assim estou fazendo, enfim, em tempo. Pois não tenho mais tempo a perder. É isso. Ótimo resto de terça-feira pra todos nós!

Elton Tavares

*Texto do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, lançado em setembro de 2020.

Poesia que não se esgota (texto poético Fernando Canto) – @fernando__canto

A poesia não se esgota no pensamento porque ela é o esforço da linguagem para fazer um mundo mais doce, mais puro em sua essência;

A poesia procura tocar o inacessível e conhecer o incognoscível na medida em que articula e conecta palavras e significados;

Cada imagem representada, projetada pelo sonho, pela imaginação ou pela realidade, é um símbolo que marca o que sabemos da vida e seus desdobramentos, às vezes fugidios.

Mas nem sempre é o poeta o autor dessa representação, pois tudo o que surge tem base social e comunitária, depende da vivência de realidade de quem propõe a linguagem e a criação poética.

Quando isso ocorre estamos diante da autenticidade do texto poético. E todos somos poetas, embora nem sempre saibamos disso. E ainda que nem tentemos sê-lo.

Fernando Canto


*Do livro “O Centauro e as Amazonas”.

Autorretrato – Crônica porreta de Lulih Rojanski

Crônica de Lulih Rojanski

Nasci no ano de 1415 do calendário armênio. O que me consola é que no calendário rúnico já era 2216, e só agora compreendo que o gregoriano é o pacificador dos calendários. Era uma quarta-feira, destinada à proteção do Deus Odin, e no ano do cavalo no horóscopo chinês. Mas isso não influenciou em nada minha vida, que poderia ter sido menos pálida se eu tivesse me deixado governar pela água, pelo saxofone e pelo número oito. Talvez o fervor da Guerra do Vietnã naquele ano tenha suscitado em meu espírito um profundo desejo de paz, e a fundação da Igreja de Satã originado a impressão de um risco vertical em meu olho esquerdo… Não sei.

A astrologia reversa diz que nasci touro com a personalidade de peixes. Paciência. O mundo andava muito louco por aquela época. Manuel Bandeira fazia oitenta anos, e nos ensinava o Itinerário de Pasárgada, para onde finalmente aprendi a ir, mais de trinta anos depois. Nada mais. Apenas nascemos: eu, Zeca Baleiro e o terrorista iraquiano Abu Musab al-Zarqawi, enquanto a boca ávida de Bob Dylan procurava a gaita, em algum lugar.

Quando Pelé voltou do México abraçado à taça Jules Rimet, eu ainda não tinha televisão em casa. Ainda não havia percebido minha própria existência. Mas se tivesse televisão, certamente colocaria no canal do Capitão Aza. Um pouco depois, o Etna entrou em erupção, a juventude entrou em erupção porque Jim Morrison se foi, as crianças entraram em erupção pelo Walt Disney World. Mas na época não fiquei sabendo de nada. Talvez estivesse pensando no Nobel de Literatura de Pablo Neruda.

Passei anos me guardando dos invernos implacáveis dos confins do Paraná. Nos dias hibernais, meu companheiro fiel era o Gato Félix dos quadrinhos, que me ensinou a compreender as primeiras frases escritas. Depois, a televisão chegou à sala da minha infância, e Vila Sésamo me despertava da letargia. Mas chegou o ano em que tudo o que me rodeava foi salvo dos insípidos tempos de geada: descobri os livros, e foi o princípio de um amor eterno, embora naquele tempo eu ainda saltasse do muro com uma fronha amarrada nas costas, gritando o nome de Flash Gordon.

1980 foi o primeiro ano do resto de minha vida, porque topei de frente com o amor, em uma tarde em que o sol de outono estendia caminhos amarelos sob as paineiras. Os amores que nasceram naquele ano foram embalados pela Imagine do beatle assassinado, pelos sonetos do Vinícius morto. O meu não foi diferente.

De lá para cá, dei mais dezenas de voltas ao redor do sol, plantando muito pé de flor que deu capim, capim que deu flor, e nada me desviou do caminho da circunspecção… Nem a passagem do Halley, a queda do Muro de Berlim, a carona que pegaram Drummond, Chico Mendes e Rubem Braga no relâmpago do adeus. Mas estive atenta ao mundo, vendo muita coisa que não queria ver e outras que não pretendo morrer sem rever, como a chuva nas ruas esmigalhadas de solidão da cidade distante onde nasci.

Como agora ando confusa com os calendários, espio o horóscopo, que continua me prometendo um pouco de ternura depois das luas minguantes. Mas tudo está bem, enquanto vou acreditando que sou zen. Amanheço abraçada ao tempo, construindo as manhãs com tantas esperanças quanto raios de sol. Entardeço enumerando sonhos na margem do rio, derramando uma a uma as páginas do Livro de Areia, de Borges. Anoiteço dançando entre os cristais dos sentimentos e adormeço no cheiro das margaridas capturadas nos quintais da infância, que continua a arder no sonho. No peito trago a vontade insondável de voltar a ter dois anos e não saber de nada. No espelho vejo o olhar sereno de alguém que gosto. O fantasma de meu velho gato Stephen Fry anda por perto, a despeito dos anos e dos temporais.

Com apoio da Secult/AP: Quarta de Arte da Pleta apresenta hoje (28), o especial de Ano Novo

A Quarta de Arte da Pleta e o Coletivo Juremas realizam hoje (28), com o apoio do, do Movimento Desclassificáveis, Cine Perifa, Estúdio Tatto Naldo Amaral, e Barracão da Tia Gertrudes, o especial de Ano Novo. O evento conta com patrocínio do Governo do Estado do Amapá, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult/AP).

O evento será gratuito e aberto à comunidade. Acontecerá no Bunker Desclassificáveis, a partir das 18h e será recheado de música, poesia, e dança. O especial de Ano Novo, apresentará diversos espetáculos: Ana Anspach e “A Trilha do Mar”; Carla Nobre e “Águias e Serpentes”; Andreia Lopes e “Vozes da Pleta”; Barbara Primavera e “Quem me Benze”, e Claudia Flordmaria e “Cheiro de Amor”.

Participação especial nas performances poéticas: Ton Rodrigues, Laura do Marabaixo, Fernando Moura, Fernanda Canora, Mario Neilton, Negra Áurea e Hayam Chandra.

As atrações musicais serão: a rapper Yanna MC e “Empoderamento da Mulher Nortista”; Edu Gomes e “Noites em Claro” e Fernada Canora e “Mulher é Força e luz”. O cenário ficará a cargo de Tonny Silo e a fotografia de Ray Amorim.

Serviço:

Especial de Ano Novo – Cabaré da Resistência
Dia: Hoje – 28/12
Hora: pontualmente às 18h
Local: Barracão da Tia Gertrudes/ Bunker Desclassificáveis
Endereço: Av. Duque de Caxias, n. 1203 – Santa Rita

Ana Aspach
Assessoria de comunicação

Operação Roleta-Russa: MP-AP e Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio e Forças de Segurança do Estado cumpriram mandados contra integrantes de grupo criminoso em Macapá

Na manhã desta terça-feira (28), o Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do seu Núcleo de Inteligência (Nimp), em conjunto com a Delegacia Especializada de Crimes Contra o Patrimônio (Deccp), e com o apoio da Polícia Militar (Bope e Força Tática), do Grupamento Tático Aéreo Transportado (GTA) da Sejusp e do Grupo Tático Prisional (GTP) do Iapen, deflagraram a “Operação Roleta-Russa”, para dar cumprimento a nove mandados de busca e apreensão e a três de prisão preventiva contra integrantes de um grupo que pratica roubos a residências e a estabelecimentos comerciais e que vende drogas ilícitas.

O cumprimento dos mandados se deu nas residências dos investigados, nos bairros Araxá, Pacoval e Cidade Nova, e no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

A investigação se iniciou na Deccp, sob comando do Delegado Celson Pacheco, em inquérito policial para investigar o grupo que vinha abalando a ordem pública com roubos a residências e a estabelecimentos comerciais, sempre praticando esses crimes com muita violência.

“Devido à complexidade com que se apresentou a investigação, houve a necessidade de cooperação do Gaeco e do Nimp, quando, então, se constatou que os investigados – alguns deles bastante jovens – são pessoas desprovidas de senso de convivência comunitária altruísta, já que não respeitam o patrimônio alheio e nem buscam ganhar seu dinheiro licitamente, por meio dos estudos e do trabalho honesto, e ainda ficou confirmado que eles se dedicavam ao tráfico de drogas na região dos bairros Araxá, Cidade Nova e Pacoval”, informou a coordenadora do NIMP e Gaeco-AP, promotora de Justiça Andréa Guedes.

Dentre os integrantes do grupo criminoso, há uma mãe e seus dois filhos maiores de idade, a respeito dos quais ficou clara a cumplicidade criminosa. Há outro integrante que dissimulava trabalho como motorista de aplicativo, mas que na verdade prestava auxílio ao grupo durante os roubos e o tráfico de drogas.

Ainda durante as investigações, dois dos investigados foram presos em flagrante por roubo. De qualquer forma, foram expedidos novos mandados de prisão preventiva contra eles, que foram cumpridos dentro do Iapen e no Araxá, uma vez que, mesmo presos, continuavam a comandar o restante do grupo que estava em liberdade.

Operação Roleta-Russa

É uma referência a um jogo inconsequente em que o perdedor pagava com a própria vida. No caso, essa é uma característica peculiar dos investigados que, quando saiam para praticar os roubos, diziam ter a consciência de que iam para “o tudo ou nada, ganhar ou perder”, por essa razão, eram extremamente violentos com suas vítimas.

Durante o cumprimento dos mandados, uma mulher foi presa em flagrante por receptação. Um dos investigados reagiu com arma de fogo quando do cumprimento do mandado de prisão e morreu no confronto com equipes do Bope.

A operação foi coordenada pelos promotores de justiça do Nimp e do Gaeco, Andrea Guedes de Medeiros e Rodrigo César Viana Assis, e pelos delegados de Polícia Civil, Celson Pacheco e Leonardo Alves, que reafirmam o compromisso de tentar – dentro de suas instituições e também em ações de cooperação como esta – trabalhar arduamente para combater a criminalidade e promover a sensação de paz na sociedade.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Nimp e Gaeco-AP
E-mail: [email protected]
Contato: (96) 3198-1616

Estilista amapaense faz parte de 50 nomes multiplicadores da criatividade no Brasil

Estilista Rejane Soares – Foto: Divulgação.

Por Pérola Pedrosa

A estilista Rejane Soares faz parte da edição especial da revista WIRED, maior referência editorial em inovação no mundo, que mostra uma viagem pela criatividade brasileira em 50 nomes inspiradores de todas as regiões, como a cantora paulista Gloria Groove, o escritor baiano Itamar Vieira Jr, o rapper capixaba Cesar MC, a paraense Rafa Moreira e baiano ator Lázaro Ramos.

Rejane integra as 50 pessoas multiplicadoras de boas ideias, que impactam o nosso tempo em diferentes áreas, das artes aos negócios. Ela e outros nomes foram entrevistados por jornalistas baseados em diferentes cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Bauru (SP), Petrolina (PE) e Nova Iguaçu (RJ) e aqui em Macapá (AP).

A estilista criou a marca Zwanga, que segundo ela traz consigo o objetivo de resgatar a identidade da população negra por meio da moda, com produções em pequena escala. É formação em Moda, trabalha como Designer de moda Estilista com foco na moda afro e acessórios.

Em 2017, Rejane Soares fez parte de uma seleção de mulheres negras mais influentes no Brasil, feita pelo Coletivo de Negras Intelectuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com catálogo NEGRAS VISIVEIS, com mulheres negras em várias áreas de atuação que desenvolvem um trabalho importante e que influenciam a vida de outras mulheres negras.

A estilista criou a marca Zwanga, com objetivo de resgatar a identidade da população negra por meio da moda – Foto: Divulgação.

“Estou emocionada, levar o Amapá e o norte para este patamar. Eu na verdade me sinto muito feliz! Ano passado enfrentei muita coisa, além da pandemia, tive um AVC, parei o trabalho cuidem da saúde e esse ano eu prometi mostrar a Zwanga e meu trabalho para o Brasil. Incrível está junto com tantos nomes de pessoas maravilhosas. Temos aqui no Amapá uma capacidade enorme, sou mulher, preta e trabalho com arte, acredito em nosso potencial. Fazer parte disso é uma grande responsabilidade, como nomes de personalidades de várias área do Brasil, mas é também um orgulho e comprometimento”, relatou Rejane Soares.

Revista WIRED

É publicada pelas Edições Globo Condé Nast, empresa que publica no Brasil Vogue, Casa Vogue, GQ e Glamour, em parceria com Ambev e DraftLine.

Fonte: alynekaiser.com.br

Randolfe e Furlan assinam ordem de serviço para começo da pavimentação de ruas no Goiabal

Na tarde desta segunda-feira (27), o senador Randolfe Rodrigues participou, junto com o prefeito de Macapá Antônio Furlan, da cerimônia de assinatura da ordem de serviço para pavimentação em bloquetes do bairro Goiabal, na zona oeste de Macapá.

A obra conta com emenda de R$ 1,5 milhão de Randolfe e irá contemplar quatro vias do bairro: as ruas Montevideu e Marrocos e as avenidas Israel e Nova Aliança. De acordo com a Secretaria de Obras do Município, a previsão é que o trabalho seja concluído num período de 4 a 6 meses.

A moradora Cláudia Santos comemorou o momento, que é também resultado da mobilização no bairro.

Hoje é dia muito especial para os moradores do bairro Goiabal. Eu tô muito feliz porque o serviço das nossas ruas começará a ser feito. Só temos a agradecer a todos que contribuíram para essa luta que é uma luta de todos”, disse.

O prefeito Antônio Furlan destacou a parceria com o senador Randolfe para viabilizar o começo da pavimentação no Goiabal.

“O senador Randolfe correu atrás da emenda, que junto à contrapartida da prefeitura, irá concretizar o sonho dos moradores”, declarou o prefeito.

Já o senador Randolfe Rodrigues parabenizou a mobilização dos moradores que resultou na destinação da emenda.

No começo do ano, visitei o Goiabal para ouvir da comunidade a reivindicação que era consenso entre todos. Há mais de 15 anos, esse bairro aguardava a chegada do poder público para garantir o básico que é a pavimentação de suas ruas. Estamos começando com essas quatro vias e nos próximos anos iremos colocar mais emendas para, junto com os colegas da bancada federal, fazer chegar a mais ruas a pavimentação, seja em asfalto ou em bloquetes como estamos fazendo hoje”, finalizou o parlamentar.

Texto: Júlio Miragaia
Fotos: Kallebe Amil

Vacinação: Prefeitura de Macapá disponibiliza imunizantes contra covid-19, tríplice viral e influenza nesta terça-feira (28)

Diante do aumento no número de casos de Influenza na capital e o cenário pandêmico da covid-19, a Prefeitura de Macapá amplia a oferta de imunizantes para a população. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) disponibilizará nesta terça-feira (28) os imunizantes contra a influenza e contra o coronavírus em diversos pontos da capital.

Também será ofertada a vacina Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola) aos cidadãos que ainda não se imunizaram. O município ainda aguarda a nova remessa da vacina Janssen.

Confira os locais, públicos e horários de vacinação:

Unidades Básicas de Saúde

As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que atendem para vacinação funcionarão das 8h às 12h e das 14h às 18h e os imunizantes estarão disponíveis nas UBSs Brasil Novo, BR-210, Novo Horizonte, Marcelo Cândia, Pedro Barros, Pedrinhas, Raimundo Hozanan, Padre Raul Matte, Leozildo Fontoura, São Pedro, Rosa Moita, Lélio Silva, Marabaixo, Cidade Nova, Pacoval e Perpétuo Socorro.

Pontos extras e Drive-Thru

Os pontos de vacinação do Macapá Shopping, Amapá Garden Shopping, Villa Nova Shopping, além dos pontos de drive-thru da Praça Floriano Peixoto, Curiaú e Zerão, funcionarão das 9h às 15h.

Públicos atendidos contra Covid-19

1ª dose: adolescentes de 12 a 17 anos, público em geral de 18 anos ou mais;
2ª dose de Pfizer para quem iniciou o ciclo há 8 semanas
2ª dose de Astrazeneca para quem iniciou o ciclo vacinal há 8 semanas
2ª dose de CoronaVac para quem está no período de recebimento
3ª dose: público em geral de 18 anos ou mais, com ou sem comorbidades.

Intervalo entre doses dos imunizantes contra Covid-19

1ª e 2ª dose

O intervalo entre a 1ª e a 2ª dose de Pfizer é oito semanas para público em geral. Para pessoas imunossuprimidas o intervalo é de 21 dias entre a D1 e a D2. A D2 de Astrazeneca volta a ser aplicada oito semanas após a D1, seguindo a nota técnica do Ministério da Saúde. No caso da Coronavac, o intervalo é de 30 dias, ou de acordo com a marcação no cartão do usuário.

2ª e 3ª dose

O intervalo entre a 2ª e a 3ª dose é de 4 meses para pessoas de 18 anos ou mais, com ou sem comorbidades, idosos e profissionais de saúde. Para pessoas imunossuprimidas o intervalo é de 21 dias entre a D2 e a D3.

Documentação

Para receber qualquer das vacinas disponíveis, é necessário apresentar documento oficial com foto e carteira de vacinação. No caso de pessoas com comorbidade que irão receber o imunizante contra covid-19, é preciso a apresentação de laudo médico.

Para receber ser imunizado contra a Influenza ou tomar a vacina Tríplice Viral é preciso apresentar carteira de vacinação.

Secretaria Municipal de Comunicação Social

LIVRO FÍSICO X E-BOOK – Pequena crônica literária de Lorena Queiroz – @LorenaadvLorena

Foto encontrada no site Livro do Livro.

Por Lorena Queiroz

Um dia me perguntaram porque eu prefiro livros físicos aos e-books, como Kindle. É muito, muito mais prático e barato. Eu estava agora olhando para minha estante e tive certeza do porque eu gosto tanto deles. Percebi que em cada livro tem um recado meu. Por exemplo, nos livros que necessitam uma atenção maior, como Ascensão e queda do império Otomano, eu anotei complementos de outras pesquisas.

Coisas que eu ia colhendo na internet à medida que a leitura avançava. Fiz a mesma coisa em O peso da responsabilidade, do Tony Judt e Na contramão da liberdade, do Snyder e em muitos outros. Em todos estes livros minhas filhas vão encontrar rabiscos e rodapés. Os destaques e anotações que eu inseri pensando nelas. E elas também vão saber que os livros em que eu não fiz isso, são justamente os que eu gostava tanto que não tive a coragem de macular. É a minha herança pra elas e pra quem mais for lê–los depois de mim.

Cada livro lido faz parte das nossas vidas. A gente sempre leva um pouco de cada história para universos criados dentro de nós. Montamos cada um uma coisa única para si. A existência dos livros, para mim, é a exemplificação da eternidade. As histórias nunca acabam, pois vai sempre ter alguém em algum lugar, recomeçando.

*Lorena Queiroz é advogada, amante de literatura, devoradora compulsiva de livros e crítica literária oficial deste site, além de prima/irmã amada deste editor.

Imaginário? – Crônica paid’égua de Ronaldo Rodrigues

Crônica de Ronaldo Rodrigues

Diz que José Saramago dirigia seu carro pelas ruas da velha Lisboa quando passou por uma banca de revista e viu, com total clareza de sua intensa miopia, o título de um livro exposto na banca, entre tantos outros livros e revistas e cartazes. Aquele título o intrigou tanto que o fez contornar o quarteirão e estacionar em frente à banca, logo descendo do carro para ter o livro em mãos. Perguntou ao dono da banca, revirou freneticamente todo o material que estava ali e, enfim, desistiu. O livro que pensou ter visto (que ele viu, segundo declarava enfaticamente) tinha o título de “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”. Intrigante mesmo, convenhamos. Saramago não se deu por vencido: “Bem. Já que não existe esse livro, terei que escrevê-lo!”.

Lembrei dessa história – que pode muito bem ser mais uma história desse contador de histórias – porque conheço pessoas que também veem coisas que não existem. Pelo menos não existem do lado de cá da nossa realidade (ou do nosso sonho). Um amigo meu, também dirigindo seu carro, nas altas da madrugada, voltando de seu trabalho, jura ter visto um bar, desses bem pé-sujo, num quarteirão em que costuma passar todos os dias. Jura também que não estava bêbado. Como o cansaço era muito, resolveu checar a existência do bar no dia seguinte. Mas até hoje ele faz o caminho de ida e volta do trabalho e nada de encontrar o bar: “Será que o bar abriu somente naquela noite?”, pensou meu amigo e prosseguiu sua vida, tendo que se contentar com os bares existentes, alguns mais sofisticados e menos interessantes.

Um bom tempo se passou e, ao conversar com uma amiga sobre o tal bar, ouviu a mesma história. Ela se mostrou até aliviada por saber que outra pessoa tinha visto um bar que todos dizem (inclusive os fatos) não existir. Lá vinha ela pelo mesmo caminho do meu amigo quando viu (jura que viu!) um bar que chamou a atenção por ser um estabelecimento bem precário encravado entre vários prédios modernosos. Também retornou no dia seguinte, e em vários outros dias, e não conseguiu encontrar o bar.

Falei aos dois que os ajudaria a procurar o bar, apostaria no fato de ele existir e, se não o encontrássemos, faríamos como Saramago: se não tem o livro que procuro, escrevo o livro. Se não tem o bar…

Foi assim que nossa amizade virou também uma sociedade e o nosso bar é um sucesso, frequentado pelas pessoas mais bizarras da cidade, gente que me faz pensar, de vez em quando, se este bar existe mesmo. Se é que alguma coisa existe…

A Flauta de Mozart – Crônica porreta de Fernando Canto

Por Fernando Canto

Foi ouvindo pela enésima vez um Andante Cantabile de uma Sonata para Piano de Mozart que pude perceber verdadeiramente a força musical desse gênio do século XVIII. Tão grande é a sua pujança e força que remete o ouvinte para obras mais significativas produzidas por ele desde a mais tenra idade. Conta-se que aos cinco anos escreveu com facilidade um concerto para piano de difícil execução, aos seis aprendeu violino por si mesmo e aos oito já era um compositor tecnicamente seguro. Diziam que encarnava duas personalidades: uma como o menino igual aos outros que fazia suas brincadeiras e travessuras e outra em que era visitado pelo gênio sagrado da música e ficava em êxtase, aprisionado unicamente pela música. Em suas cartas dizia que não sabia explicar sua forma e método de compor, mas que quando estava em boa disposição, e só, os pensamentos musicais assaltavam-lhe a mente com abundância. Ignorava de onde precediam esses pensamentos e como chegavam a ele, e que nisso a sua vontade não tinha a menor intervenção. Ora, Platão dizia há muito tempo: “Aprender é recordar-se!”

No filme “Amadeus”, o compositor austríaco nascido em Salzburg parece ser um grande e irresponsável gozador, com a sua risada irônica e inesquecível. Seu talento despertou invejas e ciúmes. E entre os seus inimigos estava o Príncipe-Arcebispo de Salzburg, uma fonte de vaidade que se contrariava em saber que alguém pudesse ser mais famoso do que ele próprio. Evitava a todo custo o crescimento da notoriedade do compositor, que já era grande. Após alguns episódios despóticos em que Mozart e seu pai ficaram em estado de penúria, a Maçonaria de Viena, fiel aos seus postulados de Fraternidade, foi ao encontro de Mozart, dando-lhe amparo moral e financeiro. Segundo Fernandino Barbosa (Jornal O Liberal, de Goiás) o compositor foi recebido na Loja “A Caridade” em 1784 e se tornou um maçom exemplar, alcançando graus elevados e progresso, pelo seu trabalho. Maynard Salomon, no seu livro “Mozart, uma vida”, cita que quando da sua iniciação o Venerável Mestre daquela Loja, Aloys Blumaer, vaticinou em seu discurso: “Abençoada seja neste dia a humanidade. Para o teu bem e tua glória entra hoje um membro para esta grande Irmandade; nos degraus deste solene altar, um dos teus filhos faz o juramento inquebrantável de a nos unir, consagrando-se na virtude e na sabedoria!”

Mozart fez parte de outras Lojas e compôs inúmeras músicas referentes à Maçonaria, entre as quais, “Pequena Cantata Maçônica”, “Hino da Maçonaria”, “A Viagem do Companheiro”, “Tu, Alma do Universo” e a famosa “A Flauta Mágica”, que para Sylvio Soares in “Vultos da Humanidade”, é um verdadeiro ato de fé maçônica e expressão total de sua filosofia, pelo incentivo que sentimos de progresso e de amor divino.

Salomon informa que Mozart era maçom e illuminati, pois nesse tempo as duas Ordens eram unidas nos mesmos ideais e se baseavam no mesmo princípio. Seu fundador, Adam Weishaupt, dirigiu por muitos anos a maçonaria austríaca. E ao que tudo indica, ainda de acordo com o autor acima citado, o compositor pertenceu a outras sociedades secretas. Dizia manter contato com os “Irmãos Asiáticos” (?) e a Rosa-cruz, cujo rei da Prússia, Friedrich Wilhelm II, seu amigo íntimo e confidente, era o Imperatur, ou seja, o dirigente maior da Ordem Rosa-cruz. Mozart se envolveu em muitos episódios envolvendo a Maçonaria, inclusive defendendo os Illuminati, quando o imperador Joseph II proibiu essa Ordem na Baviera, em 1785, devido atritos entre Estado e Igreja.

O compositor morreu aos 35 anos num dia de violenta nevasca. Seu túmulo ficou ignorado para sempre, mas sua genialidade ungida pelo espírito da música jamais se apagará da memória da humanidade. Essa foi a mágica de sua flauta.

Poema de agora: Presépio de Papel – Luiz Jorge Ferreira

Presépio de papel de Cheryl Scanks, da loja A Paper Life do Etsy – Imagem encontrada no site: https://bemlegaus.com/2014/12/presepio-de-papel.html

Presépio de Papel

Eu perdi de ter fama
E agora nessa cama
Brinco de ser Papai Noel
Dou para as pernas cãibras
Para a insônia… Multidões de carneirinhos trotando devagarinho para saltar sobre os ponteiros dos Segundos.
Desenho monstros alados sobre as rachaduras desalinhadas da parede..
E separo presentes que não conheço para crianças que não esqueço correndo comigo em ruas que não sei quais.
Sou um imortal …mortal dos sonhos de esperança.
Criando a morte da fome…alegrando a tristeza da cara com uma careta surpresa.
Quero jogar Ping Pong com outro Papai Noel…
Mas só tem eu, o outro ainda sou eu vestido de mim.
A neve não cai, mas eu a crio com a saliva que sopro para cima até sentir sede.
Quando o silêncio a mim envolve , afino o meu coração para que pulse em Dó Sustenizado…
Então eu danço com a criança que fui …danço uma Ciranda destas que se rodopia até cair…
É quando acordo com o trem freando bruscamente na Estação…
A tabuleta diz estranhos deem meia volta e voltem…
Desconhecidos sigam em frente… se identifiquem para a solidão.
Solitários e Sonhadores…
Poeta e Papais Noéis…
Lamentavelmente …não há cura.

Luiz Jorge Ferreira