Égua-moleque-tu-é-doido: talvez o mundo acabe amanhã, mas pode ser até o dia 28, segundo mais um profeta

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Hoje, li sobre uma “profecia” de um tal Efraín Rodriguez que se alastrou na internet. O cara é membro de uma facção religiosa chamada “ de Deus Pentecostais em Camuy” e deu o papo que recebeu de “Deus” um aviso sobre a “queda de um asteroide ou cometa com 4km de largura em Porto Rico, o que causaria o fim do mundo. O apocalipse estaria na agenda celestial para entre os dias 22 e 28 de setembro de 2015, talvez no dia 24 (amanhã).download

Bom, como eu disse na virada de 1999 para o ano 2000, nos tempos do famoso “Bug do Milênio”, e em 2012, por conta do tal calendário Maia (a existência se extinguiria em 12/12/2012): se o mundo acabar, minha vida valeu a pena!fimdomundo

Escuto devaneios sobre o fim do mundo desde que me entendo por gente. De acordo com o livro mais famoso do mundo, já rolaram finais em fogo, enchente e agora querem reeditar a versão do meteoro, que fez todos os dinossauros dançarem.images (2)

Os boatos de 1999 e 2012 causaram muito mais furor do que o suposto apocalipse de Efraín Rodriguez. Mas se tudo for inundado, virar pó ou até mesmo fogo, posso dizer que nesses meus 39 verões vivi, no mínimo, uns 45 anos. Tudo de forma intensa, visceral e autêntica.

DSC_0084Nessa vida, que, segundo a profecia, está na reta dos boxes, curti, amei e honrei minha família e amigos; namorei muito; viajei bastante; bebi demais; comi mais ainda; amanheci com amigos incontáveis vezes; dei porrada em safados de todo tipo (verbal e fisicamente); assisti a shows de rock; escrevi e disse o que quis para quem gosto e para os que detesto; pulei carnaval; vi o Flamengo ganhar vários títulos e a seleção brasileira ser campeã do mundo duas vezes; trabalhei e fui reconhecido; fui amado e também odiado quase na mesma proporção.lima

Se for rolar apocalipse, sem temer as consequências, volte a fumar, não pague contas, faça festas diárias, transe e beba hoje. Ah, diga “eu te amo” para familiares e amigos de verdade.

resize-500x333_resize-500x333-10-27Tenho certeza que o tal de Efraín Rodriguez está enganado quanto à sua profecia, inclusive a Agência Espacial Americana (NASA) desmentiu o cara e disse que não “Não há base científica – e nenhum traço de evidência – de que um asteroide ou qualquer outro objeto celeste irá cair sobre a Terra nessas datas”.nasa

Se houvesse qualquer objeto grande o suficiente para fazer esse tipo de destruição em setembro, teríamos visto há muito tempo”, disse Paul Chodas, gerente do escritório NEO da NASA.

download (1)Mas se por um infeliz acaso esse doido estiver certo(sei lá, a terra tremeu no Chile dia desses e sentiram em São Paulo), que todos nós levemos o farelo. Pois, se ficarem uns gatos pingados pra contar vantagem, aí é sacanagem!

Enfim, se o profeta estiver certo, tenham um ótimo fim. Senão, amanhã este site voltará com sua programação normal. É isso…

Elton Tavares

Se vivo, meu pai faria 65 anos hoje

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No dia de hoje (17), se meu saudoso pai estivesse vivo, faria 65 anos. É difícil definir um modelo de vida, acredito que cada um vive da forma que lhe é aprazível.

José Penha Tavares viveu tudo de forma intensa e foi um homem muito feliz.

O mais legal é que ele nunca fez mal a ninguém, sempre tratou as pessoas com respeito e foi muito amoroso com os seus. Meu irmão costuma dizer que ele nos ensinou o segredo da vida: “ser gente boa” (apesar de alguns gatos pingados não comungarem desta opinião sobre mim).

Quando o bicho pega, falo com ele. Uma espécie de monólogo. Mas juro que sinto conforto em lhe contar meus raros problemas.

Acredito que papai escuta e, de alguma forma, me ajuda. Devaneio? Não senhores e senhoras, é que aquele cara foi um grande pai, ah se foi. Portanto, deve mexer os pauzinhos lá por cima.

Ele partiu em 1998, faz e fará sempre falta. Sinto saudade todos os dias. Nosso amor vem das vidas passadas, atravessou esta e com certeza a próxima. Gostaria de lhe dar um abraço hoje, desejar feliz aniversário e tomar muitas cervas com o Penhão, como costumávamos fazer.

Faço minhas as palavras do escritor Paulo Leminski: “Haja hoje para tanto ontem”. Saudade!

Elton Tavares

Família e fazenda: fim de semana perfeito

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Um discurso que sempre pautou a minha vida foi o amor pela minha família. Não só a direta (meu irmão, sobrinha, cunhada, mamãe e padrasto), mas também meu clã paterno, grupo sanguíneo com quem tenho mais afinidade. Com o fim do feriadão, preciso fazer este registro. Reuniões familiares são sempre ótimas para renovar laços. Agora imagine você junto de seu clã no meio da natureza. Imaginou? Pois é, foi o que vivi nestes últimos três dias.

No último sábado (5), com minha mãe e padrasto, peguei a estrada para a localidade de Gurijuba, comunidade que compõe o Distrito de São Joaquim do Pacuí, a cerca de 140 Km de Macapá. O destino foi a Fazenda Santa Lúcia, de propriedade dos meus tios Pedro e Lúcia, que já nos aguardavam por lá.

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Para lá também foram meus tios Paulo, Dacivone e Maria, minha prima Paula e minha avó Peró. Pra melhorar, encontramos os primos Adriano e Silvana acompanhados dos tios Zé Sena e Sanzinha. Com a querida Sila, claro.

Juntos, rimos tomamos banho de rio, andamos de barco, brincamos e ainda deu pra eu fotografar pássaros e paisagens lindonas da região.

Teve muita cerveja, cachacinha, churrasco de boi, carneiro e peixe assado. Vento na casa varandada, boa música e ótimo papo. Fui para o interior para relaxar e me divertir. Consegui isso e muito mais. Foram dias de muita felicidade e paz.

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Voltamos hoje. Foi realmente uma daquelas aventuras que valem muita a pena. E como valem! Se é verdade que Deus mora nos detalhes, ELE foi caprichoso nestes três dias, de tão abençoados que foram. Valeu, família (principalmente tio Pedro e Lúcia).

Elton Tavares

Jazz em Macapá: hoje rola Quinteto Amazon Music no Norte das Águas

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O Quinteto Amazon Music, pilotado pelo multiinstrumentista Finéias Nelluty, tocará hoje (27), a partir das 21h, no Bar e Restaurante Norte das Águas. A noite de Jazz na beira do Amazonas é sucesso de público e crítica.

Quinteto Amazon Music

O grupo musical conta com Markinho Sansi (Bateria), Siney Sabóia (Trompete), Alan Gomes (Baixo), Israel Cardoso (Gruitarra) e Fineias Nelluty (Teclado).

A banda, formada por músicos consagrados dentro e fora do Amapá, possui a proposta de promover a música instrumental na capital amapaense. O repertório do Amazon Music é repleto de canções, em estilos diversificados como MPB, Jazz, Blues e MPA.

Serviço:

Jazz no Quinteto Amazon Music
Data: 27/08/2015
Hora: a partir das 22h.
Entrada: Franca, mas talvez role um couvert.
Local: Bar e Restaurante Norte das Águas, localizado no Complexo do Araxá, zona Sul de Macapá.

A insônia: noites acesas e manhãs cansadas

A insônia é uma senhora má que, às vezes, é benéfica.  Pois a total ausência do sono nos faz ler, ouvir música, assistir filmes ou seja lá o que for que você faz para sorver conhecimentos e sensações para compensar a noite de sono prejudicada. 
 
No meu caso, leio, reflito, escuto canções e rabisco textinhos. Enfim, tento transformar o indesejável em lucidez para fertilizar as ideias.
 
Durante as insônias, penso sobre o quão certas estão minhas certezas e incertezas.  Dou risadas de desatinos e lamento o politicamente correto.  Tudo por causa de fotos, músicas, vídeos, textos, além de bocejos em vão. É, noites acesas e manhãs cansadas.
 
O relógio me aflige, pois tenho trabalho cedinho. Como disse Cazuza: “todo dia a insônia me convence que o céu faz tudo ficar infinito” ou o poeta e escritor Mario Quintana: “há noites que eu não posso dormir de remorso por tudo o que eu deixei de cometer”. É isso aí!
 
Elton Tavares

Deus pelo buraco (Foto)

Benção

Fiz uma foto por um pequeno furo na película do vidro da minha sala, no quarto andar do TRE-AP. Fiz de propósito, mas ficou legal.

Talvez seja somente desgaste do material que reveste a vidraça, mas prefiro pensar que Deus abriu a fenda no plástico e me fez olhar para fotografar. Bote fé! (com o perdão do trocadilho).

Elton Tavares

Eu lembro, pai. Muito obrigado!

 
Lembro da minha infância com alegria.  Eu e meu irmão fomos agraciados com excelentes pais, que nos proporcionaram tudo de melhor possível  (e muitas vezes impossível, mas eles fizeram mesmo assim).  Graças a Deus, minha mãe continua aqui e é meu anjo da guarda.
 
Lembro todos os dias do meu pai, José Penha Tavares. Ele faz muita falta. Não só hoje, que é Dia dos Pais, mas sempre. E sempre fará. Difícil compreender as indecifráveis razões de Deus para algumas despedidas. 
 
Lembro que nós nunca fizemos a primeira comunhão, nem eu e nem Emerson, pois fugíamos das aulas de catecismo para ir com o papai pra AABB. Ele ia jogar bola e nós curtíamos a piscina. Apesar de não ter sido um frequentador de igrejas, Zé Penha tinha muito mais Deus no coração do que a maioria dos carolas que conheço.
 
Lembro-me de quando ele me levava para ver seus jogos de futebol. Era goleiro dos bons. Lembro quando tinha mais ou menos uns quatro anos ele me chamava de “Zôk”, apelido dado por causa da risada que eu dava quando ouvia o nome da moto Suzuki. 
 
Lembro que sempre foi nosso herói, meu e do meu irmão Emerson. Depois, também virou ídolo de muitos amigos, por conta do nível caralístico de paideguice que ele tinha. Lembro que poucas vezes vi meu pai triste ou irritado. 
 
Lembro-me das poucas broncas, de algumas porradas, de poucas discussões. Disso mais lembro de esquecer. Lembro muito mais das viagens, da parceria, da amizade, da proteção, da admiração que tinha e tenho por ele. 
 
Lembro-me de papai nos levar para jogar bola, ao cinema, circo, arraial ou qualquer lugar em que ficássemos felizes. Éramos moleques exigentes, mas lembro que ele e mamãe sempre davam um jeito, mesmo com pouca grana. 
 
Lembro dos ensinamentos e sei que uma porção grande de  bondade que trago em mim herdei de meu pai. Lembro quando meu irmão, após o pai partir, ter dito: ele nos ensinou o segredo, sermos caras bacanas e vivermos felizes. 
 
Lembro que conviver com meu pai era viver no paraíso. Lembro-me de como todos o amavam e até hoje, todos sentimos saudades. Lembro que já são 17 anos sem você. Lembro, Zé Penha, de o quanto fomos parceiros, confidentes e grandes amigos. Aliás, pai, fostes o melhor de todos. Lembro de como eras sensacional, cara. Incrível, mesmo!
 
Lembro de tudo amorosamente, pouquíssimas vezes com lágrimas nos olhos, mas a maioria com sorrisos. Pois o que mais lembro é que tu, pai, era a personificação da alegria e bom humor. Enfim, de vida. Lembro de ti, Zé Penha, todos os dias. E amo lembrar o que fostes e o que representas. Obrigado por todo o amor. Amo-te, pra sempre. Feliz Dia dos Pais. 
 
Elton Tavares

O morador de rua, os carrões e o triste paradoxo real em uma foto do Aog Rocha

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Triste registro do amigo Aog Rocha

Existem cenas que são como um tapa na cara. São precisos estes choques de realidade para, como disse o poeta Victor Hugo, a gente descubra/se toque, com o máximo de urgência e, acima de tudo, respeito, que existem oprimidos, injustiçados e infelizes. Eles estão à nossa volta o tempo todo. Apesar de muitos fazerem de conta que essas pessoas são invisíveis.

Hoje, o amigo Aog Rocha, fotógrafo talentoso e militante do bem, me enviou um registro que ele fez no centro de Macapá. Na foto, um homem dorme ao relento, ao lado de uma garagem repleta de veículos caríssimos. Sim, um morador de rua, os carrões: o paradoxo da triste realidade.

Lembra tanto “A Novidade”, canção gravada pelos Paralamas do Sucesso, que diz: “Ô mundo tão desigual, Tudo é tão desigual… De um lado esse carnaval, de outro a fome total”. Porra! No país do absurdo, isso é tão normal, não é?

Tenho certeza de que há aqueles que só queriam um trabalho honesto, mas recebem somente a indiferença dos que nem lhe enxergam como pessoas. Pobres marginais (literalmente à margem da sociedade).

Este não é um texto sensacionalista ou um escrito para que eu pareça um bom samaritano. Não. Mas quem me conhece sabe: faço sempre o possível por pessoas carentes, sobretudo as que conheço. Este post é para as pessoas que vão à igreja, mas não ajudam ninguém. Reflitam, pois alguns fazem de tudo pelo poder, dinheiro ou status, enquanto outros precisam do mínimo para viver e não o tem.

Como gritava Phillippe Seabra, vocalista da Plebe Rude, nos anos 80: “Com tanta riqueza por aí, onde é que está, cadê sua fração”. Uma pena que não temos perspectiva de mudanças imediatas. É foda, mas fato. Não sei até quando faremos esses tristes relatos e registros, mas acho que morrerei e não verei melhoras neste Brasil dos absurdos. É isso.

Elton Tavares

21 anos sem o Ita

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Na esquerda, nos anos 80, Ita comigo e meu irmão Emerson. No centro em Natal (RN), em 1990 e na direita, em 1994.

Convivi com muita gente porreta nessa vida. Entre essas pessoas fantásticas, o sensacional Itacimar costa Simões, o querido “Ita”. Ele era marido da minha tia Tatá, pai da Dayane e um dos mais valiosos amigos que tive a honra de ter. Hoje completam 21 anos que o Ita embarcou na cauda do cometa e seguiu para outra existência.

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Zé Penha (meu pai) e Itacimar Simões (meu tio). Eles eram grandes amigos por aqui e devem tomar umas lá no Céu.

Ita morreu em 29 de julho de 1994, vítima em um acidente automobilístico na estrada do Igarapé do Lago, no interior do Amapá. Era período eleitoral. Na época ele era candidato a deputado estadual. Ele foi um cara sempre foi alegre, prestativo, inteligentíssimo, igualmente competente. Além disso, aquele figura foi excelente pai, filho, irmão e marido.

Ita era professor de ofício, mas ocupou vários cargos administrativos no Governo do Amapá. Além disso, foi o melhor amigo do meu pai, Zé Penha, que também já fez a passagem. Ainda posso ouvir e ver papai e Ita tomando cerveja, jogando dominó ou somente falando adoráveis sacanagens.

Impossível não lembrar de Itacimar no dia 29 de julho eão sentir saudades dele. Ao Ita, dedico este texto, minha eterna gratidão e amizade. Saudades, tio. Até a próxima vez!

Elton Tavares

Devaneio de hoje: Antigamente

 
Antigamente a gente escrevia na camisa dos colegas no fim do ano, o que simboliza que cada um levaria a lembrança daquele amigo. Antigamente nós rabiscávamos o gesso da fratura que a pessoa querida tinha adquirido em algum acidente, diziam que ajudava na torcida para a calcificação rápida ou algo assim. 
 
Antigamente rolava ovada nos aniversariantes, brincadeira pra lá de sem graça com quem “tava de berço”. Ah, por falar em gracejos de mau gosto, também lembro que antigamente nós “conferíamos” o caderno do colega, numa disputa doida de que estragava mais o material alheio.
Antigamente todo mundo se conhecia em Macapá, se não de falar, pelo menos de vista. Muitos dizem que, antigamente, eu era mais legal. Já acho que antigamente era mais bobo e servia de besta para os que gostam deste gordo de antigamente. Antigamente voltávamos bêbados da cabeça do velho Trapichão, após termos matado aula no Colégio Amapaense, sempre desviando de buracos que o antigo cais tinha na madeira deteriorada. 
 
Antigamente era doido varrido. Hoje, muito menos. Antigamente eu vivia na casa da vovó, com ela, meu pai e tios. As reuniões eram mais frequentes. Antigamente tava todo mundo aí: Zé, Ita e João. Antigamente o Emerson morava aqui. Sinto saudades deles todos os dias. 

Antigamente eu era um arruaceiro, hoje um cidadão mais comum, mas ainda fora dos padrões. “Eu não ando só, só em boa companhia” – Vinícius. Quem anda comigo é que anda em má companhia, pois não se faz mais malandro como antigamente. Às vezes, a nostalgia faz com que a gente sinta muita saudade do que foi vivido e o “antigamente” parece ter sido mais feliz.  Só que são somente boas lembranças, pois a vida é firmeza agora. Bora viver!

 
Elton Tavares

As nossas bênçãos diárias (minha crônica agradecida de hoje)

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Foto: Elton Tavares

Algo que é mentalizado e pedida no mundo espiritual e concretizado no mundo físico, seja material ou imaterial, é uma bênção. Isso, como li em um texto do amigo Fernando Canto, em todos os sistemas religiosos que se baseiam em categorias do pensamento mágico. Portanto, como descreveu Rubem Alves, quem benze ou bem diz é feiticeiro ou mágico.

Não benzo, somente peço a Deus bênçãos para mim e para os que me são caros. Esse “encantamento”, sempre invocado com as mágicas palavras “amém”, “que assim seja” ou simplesmente “se Deus quiser” costuma funcionar. E isso não é papo de carola não, somente pensamento positivo.

Quando posso peço a bênção de minha mãe e avó (sempre que vou pegar a estrada). Talvez esses bendizeres sejam o fio condutor de Deus, quem sabe?

Um desses poderosos encantamentos é uma bênção irlandesa que diz:

“Que o caminho seja brando a teus pés,
O vento sopre leve em teus ombros,
Que o sol brilhe cálido sobre tua face,
As chuvas caiam serenas em teus campos,
E, até que de novo eu te veja,
Que Deus te guarde na palma da mão”.

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Foto: Elton Tavares

Às vezes, quando estou triste, penso: porra! Tenho família, amigos, trabalho na profissão que escolhi e sou saudável, por isso sou abençoado. E quando o óbvio me dá esse tapa na cara, só agradeço.

Todo dia, pela manhã, peço a proteção de Deus para mim e para os meus. A bênção invocada é pelo apoio de Deus ao meu bem-estar e dos que amo. Dessa forma, peço bênçãos a eles também.

A saúde da família, o bom trabalho feito, nas recompensas pelo batalho diário, a vida confortável e feliz, essas coisas são bênçãos. Então pare de reclamar por bobagem. Que Deus e as pessoas com quem convivemos continuem a nos bendizer. Que a semana seja produtiva e feliz. E que Deus nos guie e proteja!

Elton Tavares

A polêmica da minha opinião sobre uma festividade, o desconhecido pop e o melindre coletivo

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Como frisou a minha amiga e conceituada jornalista, Bernadeth Farias: NOSSA SENHORA PROTETORA DAS OPINIÕES ALHEIAS que me proteja dos loucos!

Ontem (20), após ver uma matéria sobre o Festival do Camarão, realizado há anos no município paraense de Afuá, postei no Twitter e Facebook o comentário: Sobre o Festival do Camarão no Afuá, fui em 1996. Só volto lá se for a trabalho, pois pensem numa escrotice!

Sim, fui lá há quase 20 anos e não gostei da festividade. Acontece que alguns idiotas deturparam e entenderam que falei mal da cidade. Um imbecil, que é músiimages (1)co (e nem nisso é bom), disse que fui babaca e que “opinião é igual bunda, todo mundo tem, mas não se pode sair dando por aí”. Ora bolas, quem curte pode sim! (Aliás, opinião não é crime, discriminação é), assim como eu posso falar e escrever o que quiser, desde que assuma a responsabilidade por isso.

Mas parece que minha frase abalou as pontes da cidade e seus defensores virtuais me chamaram de ‘safado, irresponsável, incompetente, burro’, entre outras coisas. Dois até me ameaçaram de morte. Trataram um comentário como reportagem jornalística e deram a ele repercussão equivalente.

Eu, como jornalista, primo pela divulgação da verdade, afinal, o cidadão precisa saber o que acontece, seja no mundo, país ou sua cidade. O dconstituicao2ireito de saber a verdade é uma das bases da Democracia. Um jornalista deve pautar seu trabalho na precisa apuração dos acontecimentos e na sua correta divulgação. Mas também, lutar pela liberdade de pensamento e de expressão e, acima de tudo, valorizar, honrar e dignificar a sua profissão. Emiti opinião, falei como cidadão. Aliás, se eu tivesse elogiado, estaria tudo bem, correto?

Só para ficar bem claro, não sou preconceituoso, nem xenófobo, pois acredito que todos têm direito a morar e ter a mesma oportunidade que os nascidos aqui ou em qualquer lugar, e muito menos homofóbico, afinal tenho uma porrada de amigos gays, qimages__3__400x400ue aliás são muito legais. Citei esse último preconceito por conta de outro imbecil, que afirmou que sou um ‘otário’ por conta da afirmação. Ah, este senhor é um homofóbico e inexpressivo assistente de um competente jornalista.

Rola uma lenda urbana que este figura, o Sr. Desconhecido, que se diz pop, afanou uma câmera filmadora de um órgão, há alguns anos, além de ‘dar calote’ na praça, mas isso é outra história. O lance é audácia de um arremedo de homem falar de mim, que trabalho muito e com responsabilidade. É, alguns ainda usam a profissão apenas como artifício para estarem junto dimages (3)e pessoas importantes ou mendigar favores. É o caso do “Pop”.

De volta ao Afuá, não falei mal do seu povo ou do município e sim da festa. Mas neste admirável novo mundo “politicamente correto”, contrariar a opinião formalizada como a correta é um ‘Deus nos acuda’.

Só que, para quem não sabe ou não recorda mais o que é ter: defendo meus pontos de vista. Sempre foi assim e sempre será. Se emitir opinião é sinônimo de guerra, serei uma espécie de gladiador, pois nunca vou deixar de me expressar. O resto é melindre coletivo e surfe na onda dos outros.images (2)

Para finalizar, pontos de vista divergentes sempre rolarão, seja comigo ou com outros. Não é a minha opinião que vai tornar o Festival do Camarão bom ou ruim, barcos vão lotar, milhares de pessoas irão ao Afuá no próximo final de semana. EU não gostei. Sobre o que ‘críticos’ acham disso, realmente não me importo.

Cada um com a sua visão de mundo, só não me digam o que fazer com a minha.

Elton Tavares