Poema de agora: UM RIO EM MIM – Pat Andrade

UM RIO EM MIM

o rio que corre em mim
carrega estrelas pro teu mar
desemboca em mil amores
deságua dores em marés

o rio que corre em mim
é um eterno pororocar
nasce e cresce nas tuas fontes
desfaz os sonhos no horizonte

o rio que corre em mim
vive em pleno preamar
no encontro de nossas águas
lava e leva minhas mágoas

PAT ANDRADE

Promovido pela Secult, “Projeto Escadaria” traz dança, música e poesia ao Teatro das Bacabeiras, nesta sexta-feira (6)

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult), por meio de sua Coordenadoria de Ação e Difusão Cultural, realizará nesta sexta-feira (6), a partir das 18h, nas escadarias do Teatro das Bacabeiras, o “Projeto Escadaria”, que consiste em proporcionar à população apresentações artísticas-culturais gratuitas em frente à casa de espetáculos. O encontro contará com dança, poesia, marabaixo, capoeira e música ao vivo.

De acordo com o secretário de Estado da Cultura, Evandro Milhomen, o evento oportuniza a classe artística e promove cultura na capital amapaense.

“Queremos abrir espaço para diferentes vertentes culturais, dos saberes, fazeres e tradições do Amapá. O projeto favorece artistas e sociedade, pois integra vários segmentos culturais, assegura a ocupação dos espaços do Teatro das Bacabeiras e incentiva a população a comparecer”, pontuou o gestor.

Programação:

Brenda Melo
Paulo Bastos
Afrobrasil
Bruno Muniz
Claudeth Machado
Staly Break
Raízes do Bolão
União Capoeira

Serviço:

Local: Teatro das Bacabeiras
Data: 06/09/2019
Horário: 18h
Classificação: Livre
Entrada: gratuita

SESC Amapá realiza evento de vivência literária com a apresentação “MARÉ LITERÁRIA”

O SESC Amapá promove a apresentação “MARÉ LITERÁRIA” nos dias 05 e 06 de setembro, com abertura para às 19h30, com a interversão literária – A Magia da Palavra – no Salão de Eventos do SESC Araxá. A programação segue com show, oficina e mesa redonda.

A Maré Literária põe em evidência a literatura local, nacional e internacional, trazendo nomes como Pedro Stkls, Thiago Soeiro, Carla Nobre, Aline Monteiro, Lucão, Mary Paes, Neth Brazão, Claudia Almeida, entre outros.

Oportunizando novos diálogos e interações com os leitores, o Festival Maré Literária busca trazer o intercâmbio entre autores nacionais e locais proporcionando uma programação voltada para a qualificação daqueles que escrevem e daqueles que se deleitam com a literatura.

Assessoria de Comunicação Sesc
Celular e WhatsApp: (96) 98407-9956

Poema de agora: PARALELO – Ori Fonseca

PARALELO

Levarei de ti o teu sorriso largo,
O brilho de teus olhos,
O doce de teus seios,
O cheiro de tua alma.
Deixarei contigo o meu pranto ardente,
O meu passo torto,
A minha escrita errada,
O medo de tudo.

E te visitarei nos infortúnios,
Em cada aumento de preço,
Em cada árvore caída,
Em cada topada surpresa,
Em cada amor perdido.
E arderemos juntos como bruxas nas fogueiras,
Como livros nas fogueiras,
Como dinossauros.
E viajaremos por universos sem dimensão,
Sem forma nem peso.

Eu estarei em teu sonho lúcido,
Assombrarei tua paralisia do sono,
Repuxarei tua perna em câimbras,
Cansarei teu sossego.
E me expulsarás.

Quanto tempo dura uma queda no sonho?
Quantos séculos Ana Karenina passou consciente debaixo do trem?
Quantas vezes morri e morrerei por ti, minha bem-amada, neste relógio de mil ponteiros?

Mundos que se cruzam,
Vidas que se atraem,
Histórias espelhadas – opostas e mesmas.
Eu me conheço em ti, em mais nada.
No sal do teu sorriso,
Na preguiça dos teus olhos,
No gelo dos teus seios,
Na pressa da tua alma.

E chocamo-nos casualmente
Num lance de dados mallarmaico,
E a sorte nos definiu.
Sei-te olhando nos meu olhos,
Sei-te vendo minha sombra,
Sei-te gota do meu sangue,
Cheiro do meu suor.

Não importa com quantas vidas colidirás.
Teus mundos paralelos são paralelos teus.
Não me dizem respeito teus eus sem “eu”.
És-me estranha o mais das vezes – sorte tua.
Sorte é tudo. Tudo é sorte!

Eu seguirei apontando para a expansão,
Viajando para o invisível,
Ouvindo gritos, gemidos, gozos, explosões…
E vendo em cada carcaça de estrela
A tua mão se estendendo à minha
E me chamando a sentar à mesa
E me oferecendo um prato quente
E me perguntando como têm sido as vidas.

Ori Fonseca

Poema de agora: O ESPANTALHO SÓ – Pat Andrade

O ESPANTALHO SÓ

Adquiri um espantalho.
Está sempre a espreitar
Quando chego ou saio…
Instala-se na janela,
Pendura-se no teto
e de onde está
Me conta em silêncio
O quanto se sente só.
E vai tecendo teorias
Sobre o que pode fazer
Sendo um feio boneco.
Me olha cabisbaixo
Com seu olho de botão
E pergunta tristemente
Se não me canso da solidão

PAT ANDRADE

Amapaenses integram Conselho Editorial do Senado Federal

Na última quinta-feira (29), o Presidente do Conselho Editorial do Senado Federal, Senador Randolfe Rodrigues, deu posse aos novos integrantes do Conselho Editorial, no Salão Nobre do Senado Federal. A Jornalista Alcinea Cavalcante e o poeta Joãozinho Gomes são os novos Conselheiros da Sociedade Civil.

O Conselho Editorial (Cedit), criado em 1997, é o órgão normativo responsável pela formulação e implementação da política editorial do Senado Federal. Este setor cumpre com a atribuição de publicar obras fundamentais da cultura brasileira de caráter econômico, social, político e histórico.

O Senador Randolfe Rodrigues, ao assumir a presidência do Conselho, reestruturou o Órgão dando-lhe nova configuração com o predomínio de conselheiros da sociedade civil. Nessa nova fase, o Conselho contará com intelectuais, escritores, reitores, jornalistas, educadores e atores, representativos da diversidade étnica e cultural do país.

Além do presidente, fazem parte da nova composição do conselho Esther Bermeguy de Albuquerque (Vice-presidente), Alcinéa Cavalcante, Aldrin Moura, Ana Luísa Escorel, Ana Maria Machado, Ricardo Caichiolo, Cid Benjamin, Cristovam Buarque, Elisa Lucinda, Fabricio Ferrão, Ilana Feldman, Ilana Trombka, Joãozinho Gomes, Ladislau Dowbor, Márcia Abrahão Moura, Rita Potyguara, TT Catalão, Toni Carlos Pereira.

Assessoria de comunicação do senador Randolfe Rodrigues

Poema de agora: Sagrado Feminino – (@cantigadeninar)

Sagrado Feminino

Tem vezes que eu queria ser bicho.
Ser gente pesa.
Ser mulher pesa ainda mais.
dores mensais
dores diárias
seios fartos que servem só para ser colo do mundo
me desnudo
em paciência e sangue.

(Ser mulher no Norte
é sustentar o país inteiro)

Mesmo escolhendo não ter filhos
sou mãe daqueles ao meu redor:
amigos
alunos
colegas
namoradas
sei o nome de todos de cor
e jamais devo esquecer.
Mulher não pode falhar em nada,
mulher só precisa fazer as tarefas,
lembrar e ceder.

Ser mulher é abrir mão.
Ser mulher é não dizer não.
Sim para a mais suja proposta
sim para um encontro de bosta
sim para um compromisso extra
sim para uma reunião besta,
sim para tudo que resta.

Inclusive…
Ser mulher também é emudecer.
Já tive
que encontrar meu próprio remédio
para superar calada um assédio…
Aliás, essa é a única coisa
que à mulher é permitido esquecer.

Lara Utzig

Poema de agora: Saudade fuleira – @ManoelFabricio1

Saudade fuleira

Toda vez que vê passa e sorri sem graça
E diz no cumprimentar, bem no pé do ouvido; saudade.
ouço e não esboço reação
fico pensando, mas… que saudade mais fuleira
que não tem eira nem beira
Que não manda recado
que não liga
que não faz nada
só fala
não faz nem sinal de fumaça
Não escreve um recado
não manda um bilhete
é só um tirinete

Manoel Fabrício

Poema de agora: ETERNA BUSCA – Pat Andrade

 


ETERNA BUSCA

saio a procura de cores
para pintar meus sonhos
já carcomidos pelo tempo…
sorrateiramente,
subtraio luz de estrelas
que se perdem no vagar.


percorro florestas
para colher matizes
de folhas ao vento.
mergulho em rios e igarapés
para capturar a tinta fugidia das marés
do céu, retiro suavemente
pedaços de nuvens
e retalhos de arco-íris.


aos poucos,
meus sonhos ganham cor,
mas imediatamente
vão perdendo a forma
para me lançar em nova busca…

PAT ANDRADE

Hoje rola o Sarau De Janeiro a Dezembro na sede da Cia Cangapé

O sarau promovido pelo AGIR Produções Artísticas acontecerá hoje na sede da cia Cangapé que fica localizada na Avenida 4ª do Araxá, 470.

Sobre o sarau/espetáculo

Um grande encontro para se divertir, encontrar os amigos, conversar sobre a vida, conhecer novas pessoas, quem sabe uma paixão? Em “De janeiro a dezembro” dois artistas (e quem mais quiser) celebram o ano passando por datas e eventos especiais do calendário brasileiro e amapaense. Com cenas teatrais repletas de declamações poéticas, o espetáculo homenageia eventos como A Banda, o Equinócio, o dia do Índio, das Mães, do Folclore e outros, agregando contação de histórias, encenação, teatro de bonecos, artes visuais e interação com a plateia, que pode (e deve) participar recitando poesias, cantando uma música, dançando, atuando, expondo sua arte!

Data: 24 de agosto (Sábado)

Horário: 19 horas

Local: Avenida 4ª do Araxá, 470.

Colaboração: Pague quanto puder