Em vídeo-reunião do CNMP, procuradores-gerais de Justiça de todo o país debatem estratégias de atuação frente à pandemia do coronavírus

A procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-A), Ivana Cei, participou de vídeo-reunião, nesta quarta-feira (8), convocada pelo presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e procurador-geral de República (PGR), Augusto Aras, e pela presidente da Comissão da Saúde do órgão, conselheira Sandra Krieger, quando foram debatidas as estratégias de atuação do MP frente à pandemia do coronavírus.

Participaram da reunião os procuradores-gerais de todos os Ministérios Públicos estaduais, membros do CNMP e o presidente do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça dos Ministérios Públicos dos Estados e da União (CNPG), Paulo Cezar dos Passos.

O controle, a prevenção e o enfrentamento ao novo Coronavírus (covid-19) têm sido propósitos do Ministério Público, urgentes e com concentrados esforços, para que a sua atuação seja articulada, coordenada e, acima de tudo, eficaz neste momento tão delicado para o Brasil”, justificou o PGR, Augusto Aras.

No canal de diálogo estabelecido pelo CNMP, todos os PGJs puderam fazer um balanço das ações executadas nos estados e municípios, desde a decretação do quadro de pandemia de covid-19, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), assim como, as medidas de restrição e isolamento social adotadas por governos e prefeituras. A PGJ do MP-AP defendeu maior centralidade nas ações do Ministério Público.

“Com isso, fortaleceremos nossa atuação e todas as recomendações expedidas, por exemplo, ganham bem mais abrangência, repercussão e execução fática”, disse. Ivana Cei também manifestou preocupação com a transparência e necessidade de rigor na fiscalização dos recursos e doações destinados ao combate da pandemia e assistência aos grupos mais vulneráveis.

Ao final, o PGR Augusto Aras reafirmou que o papel do Ministério Público, especialmente nesse momento de crise, é manter a higidez dos sistemas de Saúde, Judiciário, Econômico e demais áreas diretamente afetadas. “Não podemos permitir que haja um colapso”.

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Em recomendação, MP-AP alerta que empresas serão responsabilizadas caso descumpram medidas prevenção da Covid-19 e protocolos de funcionamento

Frente ao aumento dos casos de coronavírus na capital, a procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Ivana Cei, e os promotores de Justiça de Defesa da Saúde, André Araújo e Fábia Nilci, expediram recomendação, nesta quarta-feira (8), aos órgãos de fiscalização do Estado e Município de Macapá, para que intensifiquem a vigilância sobre os estabelecimentos autorizados a funcionar, por serem considerados essenciais, observando o rigoroso cumprimento dos protocolos de higiene e as normas de prevenção da Covid-19.

Todos os fornecedores, comerciantes, sociedades empresariais, autônomas, especialmente farmácias, mercados e supermercados, atacados, feiras e similares devem respeitar os limites e obrigações impostas diante da pandemia de coronavírus, sob pena de responsabilização civil, administrativa, penal e sanitária. Em caso de descumprimento, o MP-AP alerta que deverão ser aplicadas as penas previstas na legislação, podendo levar a restrições de funcionamento da atividade comercial, pagamento de multa e até prisão dos responsáveis.

O artigo 267 do Código Penal Brasileiro (CPB) prevê como conduta criminosa, causar epidemia, disseminando agentes patogênicos (vírus, germes, bactérias entre outros), com pena prevista de 10 a 15 anos de reclusão. O comportamento considerado como ilegal é justamente a violação de determinação do poder público, que tenha finalidade de evitar entrada ou propagação de doença contagiosa, tais como, isolamento ou quarentena, com pena prevista de um mês a um ano de reclusão, além de multa.

Essas determinações do poder público foram fixadas no Decreto 1497, de 03 de abril de 2020 do Estado do Amapá e no Decreto n° 1.883, de 03 de abril de 2020 do Município de Macapá, disciplinado o funcionamento parcial de diversos estabelecimentos comerciais e a necessidade da solidariedade, organização no isolamento social, higienização e cuidados com consumidores e pessoas mais vulneráveis.

“As regras precisam ser cumpridas. A busca do lucro – pelas empresas – tem que respeitar uma questão maior que é a vida. O quadro é grave. Portanto, é necessário que cada instituição, pública ou privada, cumpra o seu papel no desafio de diminuir a proliferação do coronavírus em nosso Estado, sob pena de responderem por suas atitudes e omissões”, frisam os membros do MP-AP.

Destaca-se, ainda, recente decisão judicial proibindo a realização de qualquer atividade que resulte na formação de aglomerações de pessoas. “Prefiro hoje, deferir a proibição de eventos que importem em aglomeração de pessoas, para evitar o contágio do vírus, a ter que daqui a pouco tempo decidir quem entrará na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), ou quem terá leito para internação, ou inúmeras outras tristes situações que prefiro não cogitar”, manifestou o juiz Pires Neto, em ação movida pelo MP-AP.

Orientação e organização para diminuir fluxo de pessoas

Dentre as regras, é fundamental que as empresas adotem sistema de revezamento de consumidores; sinalizem o espaço de espera de senhas ou outro meio de controle operacional, bem como nas filas, considerando a distância mínima de dois metros entre os clientes, orientando os colaboradores a organizarem a fila, evitando ao máximo a exposição ao contágio do Covid-19.

Outra orientação é fixar horários ou setores exclusivos para atender cliente com idade igual ou superior a 60 anos e os que estiverem incluídos em grupo de risco, devendo ser amplamente divulgado o horário e setor correspondente ao funcionamento por redes sociais, como emails, whatsapp, dentre outros.

Os empreendimentos devem dispor de sabonete líquido, dispensadores com preparação alcoolica nos principais pontos de assistência e circulação, manter os ambientes ventilados, reforçar a higiene e providenciar a desinfectação do local, de utensílios e individuais.

Necessário, ainda, utilizar todos os meios para conscientizar funcionários quanto aos riscos do coronavírus, destacando a obrigatoriedade da utilização de máscaras e luvas para atendimento, manipulação de alimentos e mercadorias.

Qualquer empregado, contratado, consumidor que apresentar febre ou sintomas respiratórios (tosse seca, dor de garganta, mialgia, cefaleia e prostração, dificuldade para respirar e batimento das asas nasais), passa a ser considerado um caso suspeito e o empreendimento deverá adotar o protocolo de atendimento específico.

Alimentação

Os Supermercados, miniboxes, atacados, feiras e congêneres devem adotar regras básicas para higienização adequada das gôndolas e, nos carrinhos e cestas para transporte de mercadorias, sempre que utilizados pelos consumidores, bem como, em locais onde haja acesso a digitação de senhas e controle de estacionamento, manter álcool, com concentração em 70%, sempre que disponível, para uso pelos consumidores e colaboradores.

Cuidado redobrado com a área hospitalar

Em todo o Estado do Amapá, para evitar o risco biológico do coronavírus, em decorrência da necessidade de instalação de tendas para atendimento aos pacientes suspeitos de Covid-19, os Municípios devem retirar os vendedores ambulantes que comercializam alimentos nas calçadas, irregularmente instalados, no entorno das unidades hospitalares.

Em Macapá, por exemplo, no entorno da Maternidade da Zona Norte e Hospital de Emergência. Esses vendedores deverão ser realocados, em locais com condições sanitárias e de saúde pública pertinentes e adequados.

A recomendação é destinada a todos os comerciantes e aos chefes do Executivo Estadual e Municipal; dirigentes do Instituto de Defesa do Consumidor (Procon), da Vigilância Sanitária, da Secretaria de Segurança Pública, Polícia Militar e Polícia Civil.

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MP-AP participa de reunião da COPEDS/GNDH/CNPG com Ministro da Saúde sobre o enfrentamento à Pandemia da Covid-19

Na última segunda-feira (6), a promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Saúde do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Fábia Nilci, participou da videoconferência da Comissão Permanente de Saúde do Grupo Nacional de Direitos Humanos (COPEDS/GNDH) do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG), com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e representantes dos Ministérios Públicos dos Estados e da União, transmitida direto de Brasília-DF, para tratar sobre as demandas de enfrentamento à pandemia da Covid-19.

O encontro virtual foi promovido pelo Gabinete Integrado de Acompanhamento à Pandemia da Covid-19 (Giac-Covid-19) e abordou os problemas comuns enfrentados pelos Estados para a prevenção e combate à doença, como investimentos em novos leitos de UTI e aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs) e kits de testes diagnósticos aos estados e municípios, bem como cronograma para distribuição e orientações sobre as medidas de distanciamento social, entre outros assuntos.

A promotora do MP-AP informou que o ministro esclareceu as dúvidas e forneceu informações aos membros do Ministério Público Brasileiro sobre as medidas que estão sendo adotadas pelo MS.

Mandetta falou da dificuldade que o país enfrenta para conseguir equipamentos de proteção individual, leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e respiradores. A explicação dada foi a de que diversos países, entre eles, o Brasil, apresentam dependência de produtos importados, especialmente da China. Com a crise mundial, os preços desses materiais estão subindo e a indústria nacional tem feito um esforço para produzir esses equipamentos e insumos necessários ao tratamento da Covid-19, informou o ministro.

Sobre os leitos de UTI, Mandetta disse vai editar uma portaria que tornará compulsória a notificação de leitos, ou seja, obrigatória a comunicação ao Ministério da Saúde quando um for implantado. A ideia é criar um painel nacional de leitos, para saber quantos são e onde há disponíveis.

Em relação, ao isolamento social, o gestor do MS pontuou os parâmetros para definir essa medida e outras ações para conter o contágio. Mandetta explicou ainda que o Ministério da Saúde trabalha com orientações gerais, mas estados e municípios sabem das situações locais e podem definir as melhores medidas. Por isso, sugeriu que os membros do MP acompanhem a execução e a atualização dos Planos de Contingência elaborados por estados e municípios. Segundo ele, a previsão do ministério é que as cidades com maior risco de apresentar crescimento exponencial de casos da covid-19 são Manaus, Fortaleza, Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal.

“Foi muito esclarecedora a conversa com o ministro da Saúde, principalmente em relação às medidas para instalação de UTIs e aquisição de EPIs e kits para realização de testes rápidos. Os MPs estão acompanhando os Planos de Contingenciamento em seus Estados para que as medidas sejam cumpridas”, manifestou Fábia Nilci.

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*Com informações da Coordenadoria de Comunicação MP-PI
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PGJ e Centro Operacional de Educação do MP-AP recomendam fiscalização das medidas compensatórias para não prejudicar ano letivo

A procuradora-geral e Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Ivana Cei, e o coordenador do Centro de Apoio Operacional da Educação (CAO-Edu), promotor de Justiça Roberto Alvares, emitiram recomendação na última segunda-feira (6), para que – durante o período de suspensão das aulas-, os membros da instituição fiscalizem e cobrem do poder público as medidas compensatórias necessárias, a fim de não prejudicar o ano letivo.

A situação emergencial decorrente da crise sanitária atualmente enfrentada pela humanidade em face da Covid-19, levou Estado e Municípios a suspenderem as atividades escolares presenciais de ensino fundamental, médio e superior, nas redes públicas estadual, municipais e privada, até o dia 1º de maio.

“Diante do quadro, o poder público deve adotar as medidas necessárias para garantir o acesso à educação, utilizando os meios digitais disponíveis de ensino a distância e recursos de tecnologias de informação e comunicação, inclusive canais de televisão e rádio local, enquanto perdurar a suspensão das aulas presenciais, de modo a garantir o acesso à educação básica (educação infantil e ensinos fundamental e médio)”, destaca o promotor Roberto Alvares.

Nesse sentido, os membros do MP-AP devem fiscalizar a implementação dessas medidas compensatórias, com a supervisão dos respectivos Conselhos Municipais, Assessores Pedagógicos e Secretarias de Educação. Do mesmo modo, sobre as medidas relacionadas à segurança alimentar dos alunos mais vulneráveis das redes municipais e estadual de ensino, foi recomendado:

a) a orientação dos administradores públicos municipais no sentido de encaminharem os alimentos já adquiridos, especialmente os perecíveis, a fim de que sejam consumidos no período de isolamento social para os alunos da rede de ensino ou da escola, priorizando aqueles em comprovada vulnerabilidade;

b) quanto aos novos alimentos a serem adquiridos durante o período de suspensão das aulas, assim como os recursos (estaduais ou municipais) a serem disponibilizados à alimentação escolar durante esse período, que seja feito o acompanhamento junto às redes de ensino, especialmente quanto à forma de distribuição, primando-se pela garantia de segurança alimentar aos alunos, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade social;

c) fiscalizar e exigir implementação de outras ações assistenciais de enfrentamento da fome, uma vez que a distribuição de alimentação escolar não exime os Municípios e o Estado do dever de asseguramento do direito humano à alimentação dos alunos e populações vulneráveis, inclusive alunos de outras redes de ensino;

d) fiscalizar e exigir que as ações de distribuição dos alimentos sejam feitas mediante orientação e acompanhamento da Vigilância Sanitária dos respectivos Municípios e do Estado, com a comunicação ao Comitê de Enfrentamento da Covid-19 (Coronavírus) do respectivo, evitando-se aglomeração de pessoas, com adoção de medidas e cautelas de higienização;

“Por fim, embora já tenhamos emitido recomendação própria aos membros do Ministério Público Eleitoral, reforçamos aqui a necessidade de fiscalizar e exigir que, no ato da implementação dessas ações, seja vedada a promoção pessoal de agente público e a violação da impessoalidade, sob pena de apuração da prática de improbidade administrativa, bem como de infração eleitoral e penal”, frisou a procuradora-geral de Justiça do MP-AP, Ivana Cei.

Ao final, a recomendação destaca que as escolas da rede privada de ensino devem manter a execução dos contratos escolares firmados com os alunos, na forma pactuada, utilizando os meios digitais disponíveis, de modo a garantir o acesso à educação, além de conciliar os interesses de fornecedores e consumidores, com a supervisão dos respectivos Conselhos Municipais e Estadual de Educação, bem como Secretarias de Educação.

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Solidariedade: MP-AP doa máscaras de uso lavável para o Abrigo São José

Nesta segunda feira (6), a procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP) Ivana Cei, acompanhada do chefe de gabinete, promotor de Justiça João Furlan, e do assessor técnico José Villas Boas, gerente do Programa de Qualidade de Vida da instituição, fizeram a entrega de máscaras ao Abrigo São José. A gerente da casa de acolhimento a idosos, Alliny Alves, recebeu o material doado pela empresa colaboradora “Marias.Br”, que aderiu à ação solidária do MP-AP.

A campanha solidária do Ministério Público do Amapá vem sendo realizada, através das Associações (Ampap e Assemp), dos membros, servidores e colaboradores para arrecadação de materiais ou ajuda financeira que possam ajudar a população e apoiar profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate ao coronavírus.

Segundo Maria Badaró, proprietária da empresa Maria.Br, as máscaras de tecido foram feitas de acordo com as especificações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), e irão prevenir a contaminação de milhares de pessoas. “Se as máscaras de tecido forem disponibilizadas rápido para alguns grupos de pessoas, salvará vidas, e isso não tem preço. A motivação é a urgência de se fazer alguma coisa pra contribuir imediatamente. A corrida é contra o tempo. Agir é melhor que reagir. E a Prevenção é uma grande solução.”, argumentou a empresária.

“As máscaras somam ao nosso trabalho preventivo de contágio à COVID-19. Principalmente, para aquele idoso que aderiu ao uso contínuo desse método para prevenção. Toda ajuda ao Abrigo São José é muito bem-vinda, e em nome dos idosos, agradecemos a doação que chegou em hora oportuna”, afirmou Alinny Alves.

O Abrigo São José é uma instituição mantida pelo Estado, voltada para o acolhimento de idosos que precisam de um cuidado especial, e se encontram vulneráveis devido à idade avançada. Nas instalações, atualmente residem 66 idosos acolhidos que receberão as máscaras, de uso individual, laváveis e confeccionadas utilizando 2 (dois) tecidos diferentes, o que amplia a eficácia da proteção aos usuários.

“O MP-AP continua fazendo sua parte nas ações de combate ao coronavírus e também integrando a rede solidária para ajudar os que precisam. Convidamos todos que tiverem interesse em colaborar de alguma forma, que se juntem a nós, acessando nossos canais oficiais de comunicação disponíveis nas redes sociais ou pela nossa página na internet”, manifestou Ivana Cei.

Portal do MP-AP: www.mpap.mp.br
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Prevenção à Covid-19: MP Estadual, Federal e MPT reúnem em busca de alternativas para melhorar as condições de trabalho no Hospital de Santana

Por meio de uma videoconferência realizada na manhã desta segunda-feira (6), o Ministério Público do Amapá (MP-AP), Ministério Público Federal (MPF/AP) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) reuniram em busca de alternativas para melhorar as condições de trabalho no Hospital de Santana e outras medidas de combate e prevenção à Covid-19, no Estado. Profissionais da saúde, que atuam na unidade hospitalar do segundo maior município do Estado, relataram diversos problemas ao senador Randolfe Rodrigues que provocou o encontro com a procuradora-geral de Justiça do MP-AP, Ivana Cei, para tratar do assunto.

Hospital de Santana

As servidoras da saúde informaram aos membros dos MPs os problemas e dificuldades que enfrentam no único hospital de emergência do município, especificamente em relação à pandemia do novo coronavírus. “Não tem estrutura física e nem material. Não tem Equipamento de Proteção Individual (EPIs) e nem álcool 70%. Não temos nem sabão, que é o básico para higienização”, lamentou a enfermeira.

Relataram, ainda, que o Hospital de Santana faz atendimento de emergência, ambulatorial, clínica médica e pediátrica. Uma das maiores preocupações, além da falta de EPIs, é a localização da sala vermelha para atender à pandemia do novo coronavírus, que fica na frente da sala onde atendem todos os traumas e por onde passam outros pacientes, como crianças para atendimento na pediatria, sugerindo um espaço próprio para triagem dos casos suspeito de Covid-19.

O município registrou neste final de semana uma morte pela Covid-19, o segundo caso registrado no Estado, sendo que até o momento da reunião não havia sido feita a desinfecção da área interna e externa da unidade, denunciaram as profissionais da saúde de Santana. A Prefeitura Municipal de Santana será notificada pelo MP-AP para informar porque não adotou os procedimentos necessários à prevenção de contágio.

A promotora de Justiça Gisa Veiga, titular da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, da Cidadania e do Consumidor de Santana, participou da videoconferência informando que está acompanhando a situação, mantendo contato direto com o diretor do Hospital, Rafael Gonçalves Dantas, e com a secretária Municipal de Saúde, Maira Carvalho. Os gestores confirmaram ao MP-AP as dificuldades como a falta de EPIs, de insumos básicos, cilindros de oxigênio e informaram que iniciaram hoje (6), a instalação de uma tenda em frente ao HES para fazerem a triagem inicial.

Prevenção à Covid-19 no Estado

O promotor de Justiça André Araújo, coordenador das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde de Macapá, falou sobre a grande dificuldade em dialogar com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), responsável pelo HES. “Nos preocupa porque essa triagem deveria ter sido feita desde o início, conforme recomendado, em todas as unidades que atendem emergência no Estado, o que ainda não aconteceu nem aqui Macapá. Há sempre um atraso em dar respostas ou executar as medidas”, alertou André Araújo.

“As ações do Estado precisam ser feitas para ontem. Há um desgaste com respostas demoradas da Sesa, porque não existe um fluxo bem definido no Plano de Contingenciamento”, reforçou a promotora de Justiça Fábia Nilci, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAO-Saúde).

Os procuradores Eduardo Serra e Pablo Luz Beltrand, do MPT e Procuradoria da República no Amapá (MPF/AP), respectivamente, discorreram sobre as dificuldades para aquisição de EPIs, em falta no mercado mundial.

Pablo Beltrand defendeu o uso racional do pouco que se tem e sinalizou que vai fazer frente ao Ministério da Saúde para que “adote medidas macros visando a produção interna do material”. Serra também criticou a enorme dificuldade em obter informações corretas e oficiais acerca da quantidade de EPIs que o Estado necessita, e destacou que, por hora, não é ideia judicializar ações, mas sim buscar soluções imediatas” e sugeriu investimentos na produção local, que está sendo desenvolvida por instituições como a Universidade Federal do Amapá (Unifap).

A PGJ do MP-AP informou sobre a parceria com organizações sociais e a cooperação firmada com o Serviço Social da Indústria (SESI/AP) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para confecção de EPIs. Na quinta-feira (9), fará intermediações para a doação de parte dos equipamentos que estão sendo confeccionados para que sejam direcionados ao Hospital de Santana. Falou ainda, dos encaminhamentos junto ao Exército Brasileiro para montagem do Hospital de Campanha, porém o Estado e Município de Santana deverão entrar com uma contrapartida em torno de R$ 200 mil para instalação de divisórias e outras necessidades estruturais.

Randolfe Rodrigues falou do resultado da reunião da Bancada Federal do Amapá com o governador Waldez Góes, onde foi reorganizado o repasse das emendas federais, que estavam destinadas para infraestrutura, no valor de R$ 109 milhões, para ações na pandemia, alguns destinados a saúde e outros para fins sociais, que poderão também ser destinados para o Hospital de Campanha em parceria com o Exército.

“São duas rubricas, uma do MS e outra do Ministério das Cidades, mas o Governo do Amapá tem que informar como vai utilizar esse recurso. Precisa apresentar o Plano de Desembolso o mais rápido possível”, informou o senador.

O chefe de gabinete da PGJ e coordenador do eixo finalístico do Gabinete de Enfrentamento de Crise (GAB-MPAP/COVID-19), João Furlan, relatou que deve haver um cronograma do Estado e dos municípios referente as atividades a serem desenvolvidas e valores a serem desembolsados, para que a atuação dos órgãos seja paralela e subsidiária. Visando coordenar e articular as medidas em resposta às demandas relacionadas à emergência de saúde pública referente à pandemia, citou a recomendação do MP-AP para que a Sesa crie um Portal na internet, a fim de dar transparências a todas as medidas adotadas.

“A falta de comunicação e transparência estão prejudicando a atuação do Ministério Público e inviabilizando a utilização de recursos dos termos de ajustamento de conduta e de não persecução criminal, recomendados pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que os MPs estão procurando cumprir”, manifestou Ivana Cei.

A PGJ encerrou a videoconferência agradecendo a participação de todos e informando que vai oficiar à Bancada Federal para que informe sobre as emendas redirecionadas e, após, seja perguntado como será o cronograma de aplicação desses recursos pelo Governo do Estado.

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Membros do MP-AP, MPT e Defensoria Pública recomendam isolamento rápido de pacientes e imediata ativação dos leitos do Centro de Atendimento Intensivo do Covid -19

No último domingo (5), membros do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública da União (DPU) e do Estado (DPE) emitiram recomendação ao gestores do Executivo Estadual, para que adotem as medidas necessárias ao rápido isolamento de pacientes com coronavírus e ativem imediatamente os leitos do Centro de Atendimento Intensivo do Covid -19.

O grupo destaca a situação de calamidade pública imposta ao Estado do Amapá, com a chegada da pandemia da COVID-19, o que tem provocado em nível mundial o esgotamento dos sistemas de saúde. As estimativas indicam que 20% dos casos graves da doença devem precisar de acesso à rede hospitalar e 5% dos infectados precisarão acessar leitos de tratamento intensivo.

Cientes de que a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Sistema Único de Saúde (SUS) já está na ordem de 95% para atenção aos pacientes críticos, os membros das instituições reforçam o quanto torna-se imprescindível a ampliação emergencial para atender essa demanda extraordinária.

Ao que pese a urgência, ficou constatado em videoconferência realizada no sábado (4), pelo grupo de trabalho com o secretário de saúde do Estado (Sesa), João Bitencourt, e o superintende da Vigilância em Saúde (SVS), Dorinaldo Malafaia, que os referidos leitos do Centro de Atendimento Intensivo ainda não estavam ativos, por pendência na definição das equipes de saúde que vão trabalhar no local.

Como as equipes de saúde não estavam organizadas para atender no referido Centro Intensivo, foram criados dois leitos de isolamento provisórios no Hospital de Emergências (HE), atualmente ocupados com pacientes diagnosticados com a Covid-19.

Em consequência, segundo informações prestadas pela direção do HE, cerca de 20 profissionais da saúde estão afastados por suspeita doença. O quadro releva-se ainda mais grave, com a confirmação, ainda no sábado (4), da morte de um paciente que estava internado no HE há mais de 40 dias. “Provavelmente adquiriu o vírus estando internado na semi-intensiva, fato apurado junto a direção do Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL)”, destaca a recomendação.

“É de conhecimento público as deficiências estruturais e de déficit de profissionais, que vão desde a falta de medicamentos básicos até a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), problemas que se arrastam há anos e que só se agravam com a criação de leitos de “isolamento” para a Covid-19, dado o alto grau de transmissibilidade do vírus”, frisa a titular da 2a Promotoria de Defesa da Saúde, promotora de Justiça Fábia Nilci.

Isolamento rápido

É necessário garantir o isolamento imediato de pacientes com sintomas de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) ou outra infecção respiratória (por exemplo, tosse e dificuldade para respirar), nos termos da Nota Técnica da Agência Nacional de Vigilância e Saúde (ANVISA), nº 4, do dia 22 de março de 2020.

Para isso, foi recomendado ao governador do Estado, Waldez Góes, e ao titular da Sesa, João Bittencourt, que sejam imediatamente ativados os leitos disponíveis no Centro de Atendimento Intensivo, instalados no Centro de Doenças Transmissíveis (CDT), com a devida equipe de saúde, conforme preconizam as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, nos termos da lei 13.979/2020, as Notas Técnicas dos Conselhos Federais de classes e a Organização Mundial da Saúde. O documento foi entregue ao Estado e Município de Macapá no próprio domingo (5).

Os pacientes em isolamento no HE também devem ser transferidos de imediato para esse centro. Ao Estado e Município de Macapá que promovam a divulgação, em massa, do local para atendimento de pessoas com suspeita e/ou confirmação da Covid-19.

A SVS deve fechar os leitos de isolamento no HE, bem como no Pronto Atendimento Infantil (PAI), específicos para os casos de Covid-19, considerando as deficiências estruturais desses hospitais, evitando assim o alastramento da doença em suas dependências;

Caso não seja possível o fechamento imediato dos leitos mencionados anteriormente, que seja estabelecido a permanência de, no máximo 24 horas, do paciente (criança ou adulto, dependendo do local de internação).

Assinam a recomendação, os promotores de Justiça da Saúde, André Araújo e Fábia Nilci; os defensores públicos do Estado (DPE/AP), Leandro Antunes e Júlia Lordelo; o defensor público federal, Wagner Vaz, da Defensoria Pública da União (DPU); e o procurador Eduardo Serra, do Ministério Público do Trabalho (MPT).

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Enfrentamento da Covid-19: MPE recomenda aos prefeitos de Porto Grande e Ferreira Gomes que se abstenham de distribuir benefícios criados em caráter excepcional

O Ministério Público Eleitoral (MPE), por meio do promotor Eleitoral Wueber Penafort, com atuação da 12ª Zona Eleitoral, expediu na última sexta-feira (3), recomendação aos prefeitos de Ferreira Gomes e Porto grande, para que se abstenham de distribuir qualquer benefício criado em caráter excepcional, devido a situação de calamidade pública imposta pela pandemia do novo coronavírus. A medida visa inibir a utilização eleitoreira de doações, donativos e programas de renda mínima criadas nesse período de crise.

Os prefeitos José Bessa (Porto Grande) e João Rocha (Ferreira Gomes) foram alertados que a concessão de benefícios nos casos excepcionais impostos por estado de emergência deve ser norteada por critérios objetivos, sendo que no ano eleitoral de 2020 é vedada a criação de novos programas sociais de auxílio à população, podendo ser mantidos os programas dos anos de 2019 e anteriores.

Cabe ao Ministério Público Eleitoral acompanhar a execução financeira e administrativa dos programas sociais mantidos em ano de eleição e, por essa razão, o promotor eleitoral destacou o disposto na Lei nº 9.504/1997, que proíbe o uso promocional de programas sociais em favor de candidatos, partidos e coligações, alcançando igualmente os programas criados em anos anteriores.

Nesse sentido, o MPE recomenda que os prefeitos:

1 – Abstenham-se de distribuir/permitir a distribuição – a pessoas físicas e jurídicas – de bens, valores e benefícios durante o ano de 2020, como doação de gêneros alimentícios, materiais de construção, passagens rodoviárias, quitação de contas de água, energia, telefone e similares, doação ou concessão de direito real de uso de imóveis para instalação de empresas e isenção total ou parcial de tributos;

2 – Em havendo necessidade de socorro à população em situação de calamidade e emergência, devem fazer com prévia fixação de critérios objetivos; delimitação mínima da quantidade de pessoas que serão beneficiadas, qual a renda familiar de referência para a obtenção do benefício, condições pessoais ou familiares para a concessão com estrita observância da impessoalidade, devendo-se enviar à Promotoria Eleitoral da 12ª Zona todas as informações;

3 – Em havendo programas sociais em continuidade em 2020, verifiquem se foram instruídos em lei ou se estão em execução orçamentária pelo menos desde 2019, ou seja, se integraram a Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovada em 2018.

4 – Cessem qualquer repasse de recursos financeiros, materiais ou humanos a entidades nominalmente vinculadas a candidatos ou pré-candidatos ou por eles mantidas, que executem programas de distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios de qualquer tipo;

5 – Cessem a continuidade de programas sociais da administração municipal que proporcionem, ainda que dissimuladamente, promoção de filiados, pré-candidatos e candidatos às eleições de 2020, valendo-se, por exemplo, da afirmação de que o programa social é de sua iniciativa ou de que sua continuidade depende do resultado da eleição ou da entrega, com o benefício distribuído, de material de campanha ou de partido;

6 – Não permitam que programas sociais mantidos pela administração municipal sejam utilizados para a promoção de candidatos, partidos e coligações, orientando expressamente aos servidores públicos incumbidos da execução desses programas quanto à vedação de qualquer propaganda ou enaltecimento de candidato, pré-candidado ou partido;

A todos os membros do Poder Legislativo dos Municípios de Porto Grande e Ferreira Gomes e, em especial aos presidentes das Câmaras de Vereadores, foi recomendado, do mesmo modo, que não permitam a votação, em 2020, de projetos de lei de distribuição gratuita de bens, valores e benefícios a pessoas físicas e jurídicas, contrariando as vedações da Lei nº 9.504/1997

O descumprimento das regras impostas pela legislação eleitoral pode resultar no pagamento de multas, de R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00; a cassação de registro ou de diploma de candidato beneficiado, além de inelegibilidade por abuso de poder ou por prática de conduta vedada.

Serviço:

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MP-AP integra a Comissão que vai aplicar e fiscalizar o auxílio financeiro emergencial para famílias em vulnerabilidade social em consequência da COVID-19

A procuradora-geral de Justiça, Ivana Cei, designou nesta sexta-feira (3), a promotora de Justiça Andréa Guedes de Medeiros, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Investigações Cíveis, Criminais e de Segurança Pública (PICC-SP) e coordenadora do Núcleo de Inteligência (NIMP), para representar o Ministério Público do Amapá (MP-AP) na Comissão Fiscalizadora que vai aplicar e fiscalizar o auxílio financeiro emergencial para atender famílias em vulnerabilidade social em consequência da COVID-19. O grupo foi criado pelo decreto do Governo do Estado nº 2.499, de 1 de abril de 2020, que institui o benefício, como medida para minimizar os impactos econômicos e sociais em decorrência do isolamento social para conter a pandemia.

A Comissão Fiscalizadora, estabelecida no Art. 9, do referido ato do Executivo Estadual, tem em sua composição, além do MP-AP, um representante da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (Alap), deputado Jesus Pontes, sendo presidida pela secretária da Secretaria de Estado da Inclusão e Mobilização Social (Sims), Albanize Colares.

A representante do MP-AP participou da primeira reunião da Comissão, realizada na tarde desta sexta-feira (3), na sala de reunião da Procuradoria-Geral de Justiça – Promotor Haroldo Franco para definir como será realizado o trabalho do grupo.

“A Comissão é para fiscalizar esse benefício, denominado de Renda Cidadã Emergencial, para o emprego adequado do recurso público destinado para a aquisição de alimentos, produtos de higiene pessoal e de limpeza, em forma de auxílio financeiro. O nosso cuidado será redobrado para que a justiça prevaleça, tanto na distribuição, quanto na utilização correta do erário”, afirmou Andréa Guedes.

Para a PGJ do MP-AP essa medida é necessária para que tudo seja feito com transparência e de acordo com a lei. “O isolamento social é imprescindível para o controle da pandemia, e essa medida vai minimizar os impactos na sociedade, mas o MP-AP está alerta e atuando na Comissão para que os princípios da probidade administrativa sejam mantidos”, manifestou Ivana Cei.

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MP-AP e MPF/AP recomendam que promotores eleitorais orientem gestores municipais sobre impedimento para uso eleitoreiro de doações durante pandemia da Covid-19

A procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP) e o procurador regional eleitoral do Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP), Joaquim Cabral, assinaram nesta quinta-feira (2), Recomendação do Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) para que os promotores eleitorais orientem os gestores públicos municipais sobre o impedimento para uso eleitoreiro de doações durante a pandemia da Covid-19. O documento alerta sobre a legislação que proíbe que a administração pública faça distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios em ano de eleição.

A Recomendação dirigida aos promotores eleitorais visa coibir o uso promocional de programas sociais em favor de candidatos ou partidos, incluindo as ações decorrentes de calamidade pública ou estado de emergência.

Em caso de calamidade ou emergência – como o vivenciado atualmente com a pandemia do novo coronavírus – o MP Eleitoral defende a criação de regras claras e objetivas para distribuição dos benefícios. “Havendo necessidade de socorrer a população em situação de calamidade e emergência, façam-no com prévia fixação de critérios objetivos (quantidade de pessoas a serem beneficiadas, renda familiar de referência para obtenção do benefício, condições pessoais ou familiares para concessão, entre outros)”, ressalta trecho da recomendação.

Além disso, nas doação por calamidade ou emergência, o gestor municipal deve informar à respectiva Promotoria Eleitoral quanto aos bens, valores e benefícios que pretende distribuir, ao período da distribuição e às pessoas e faixas sociais beneficiárias. O MP Eleitoral orienta, ainda, sobre os programas sociais em continuidade, que devem estar previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada no exercício anterior ao da execução.

Segundo a recomendação, os gestores municipais deverão, ainda, informar às Promotorias Eleitorais os programas sociais mantidos em 2020, inclusive os que resultam de parceria financeira com os governos estadual e federal, bem como os que são executados por entidades não governamentais com recursos públicos. Nome do programa, data de criação e rubrica orçamentária estão entre os dados que deverão ser informados.

As recomendações do MP Eleitoral são instrumento de orientação que visa a antecipar-se ao cometimento de ilícito e a evitar imposição de sanções, muitas vezes graves e com repercussões em candidaturas.

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*Com informações Ascom MPF/AP
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MP-AP denuncia dirigentes da empresa Anglo pela morte de trabalhadores e danos ambientais causados em acidente de 2013

Na última terça-feira (31), a Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, Conflitos Agrários, Habitação e Urbanismo de Santana, do Ministério Público do Amapá (MP-AP), ofertou denúncia ao Juízo da Comarca de Santana em desfavor da empresa Anglo Ferrous Brazil e de todos os seus diretores e gerentes. A queixa expõe os crimes praticados pelos agentes no desmoronamento da estrutura do píer do porto, em 2013.

Além da responsabilização da empresa mineradora, a denúncia apresentada pelo titular da Promotoria de Meio Ambiente de Santana, Adilson Garcia, imputa práticas criminosas aos administradores José Luiz de Oliveira Martins (diretor-geral) e Vicente de Paulo Galliez Filho (diretor jurídico) e aos gerentes Girimias da Silva Mora (coordenador) e Mivaldo de França Paz (gerente-geral de logística e suprimento).

Há exatamente sete anos, no dia 28 de março de 2013, no píer flutuante do porto de Santana, no Rio Amazonas, o barranco do cais flutuante da empresa Anglo desmoronou causando a morte de seis trabalhadores da empresa e deixando um outro ferido. O sinistro também provocou imersão de caminhões, tratores, escritório e minério de ferro que foram arrastados para dentro do rio, provocando diversos danos ambientais para a região.

Na denúncia, a Promotoria de Defesa do Meio Ambiente apresenta o auto de infração ambiental nº 20094-A, do Instituto do Meio Ambiente e Ordenamento Territorial do Amapá (IMAP), onde são demonstradas as alterações causadas ao meio ambiente após o sinistro. No seu parecer, o IMAP descarta a possibilidade de acidente por causas naturais, indicando que as possíveis causas seriam uma estrutura portuária antiga, uma vez que o porto foi construído entre os anos de 1954 e 1956.

Entre outros fatores que levaram ao incidente, o laudo do Instituto também faz referência à ausência de impermeabilização do solo na área onde o minério era armazenado; infiltração de água no solo; excesso de peso da área atingida; ausência de estruturas de contenção na margem do rio; erosão natural da ação prolongada de marés e fluviais; e a inexistência de mata ciliar na margem do Rio Amazonas.

Segundo a manifestação da Promotoria do MP-AP, o desabamento causou grande impacto ambiental na região, paralisando as atividades minerárias de ferro no Amapá. O fato também causou danos para diversos segmentos sociais, como, ribeirinhos, pescadores, catraieiros e marinheiros locais, afetando também as atividades sociais e econômicos do Estado, além dos municípios de Pedra Branca do Amapari, Serra do Navio e Santana.

Denúncia

A Promotoria de Meio Ambiente atribui aos diretores geral e jurídico da empresa o não cumprimento do contrato de adesão que prevê adotar medidas de segurança contra sinistros, mantendo equipamentos e instalações em boas condições de conservação e funcionamento, além da segurança das pessoas e instalações, oferecendo condições de segurança física e operacional do terminal, seguindo as normas em vigor. Sendo que, no caso de acidentes, deveriam ter tomado medidas adequadas para evitar ou estancar a geração de danos ao meio ambiente.

Quanto ao coordenador e o gerente-geral de logística e suprimento da Anglo, a denúncia esclarece que eles assumiram dolosamente o risco do evento, enquanto não realizaram novos estudos sobre a capacidade de suporte do solo e nem acataram os estudos existentes, armazenando carga excessiva sobre a área instável. Com essas decisões, esses agentes deixaram de garantir a segurança das pessoas e da instalação.

A denúncia diz que houve omissão por parte dos administradores, que sabiam da existência de estudos da época em que o porto era operado pela Mineradora Indústria e Comércio de Minérios (ICOMI). A matéria evidenciava a instabilidade da área por ocasião do desmoronamento de menor proporção ocorrido em 1993, além das recomendações de investimento para segurança do porto.

Deste modo, o MP-AP denuncia a empresa e os seus diretores e gerentes pelo desmoronamento, pelo dolo eventual agravado por morte e com concurso de pessoas e concurso formal (código penal) e pelo crime ambiental, por não tomarem as medidas necessárias de precaução em caso de risco ambiental grave e irreversível.

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Texto: Elton Tavares
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Ouvidoria do MP-AP disponibiliza “Carta de Serviços ao Cidadão”

A Ouvidoria do Ministério Público do Amapá (MP-AP), com o apoio da Procuradoria-Geral de Justiça – Promotor Haroldo Franco, lança a “Carta de Serviços ao Cidadão” para facilitar o acesso aos serviços da instituição. O documento contém as atividades realizadas pelo órgão, prazos e procedimentos, bem como orientações sobre os direitos de usuários dos serviços públicos.

A iniciativa do ouvidor do MP-AP, procurador de Justiça Jayme Ferreira, atende ao disposto no Decreto Federal nº 9.094/2017, que dispõe sobre a simplificação do atendimento ao público, e visa aproximar o Ministério Público da sociedade, a fim de facilitar e ampliar o seu acesso à instituição, além de estimular sua participação de forma mais efetiva na fiscalização dos atos da administração pública.

O documento disponibilizado em formato digital no Portal do MP-AP, contém 55 páginas e explica, minunciosamente, como a sociedade pode ser atendida pelo órgão ministerial, principalmente no momento atual, com a adoção do teletrabalho como prevenção à pandemia de coroavírus.

“Com a Carta de Serviços ao Cidadão reforçamos os padrões de excelência na realização do atendimento ao público. O documento, elaborado pela equipe da Ouvidoria do MP-AP, é mais um instrumento para dar visibilidade à atuação de seus membros e servidores, informando a população sobre a melhor forma de acessá-los”, pontuou o ouvidor do MP-AP.

“Por meio deste guia, o Ministério Público do Amapá amplia o atendimento com foco na defesa dos direitos e garantias constitucionais da população amapaense, bem como busca melhorar a qualidade das atividades prestadas pelos servidores e membros da instituição. Logo, firma sua missão de primar pela transparência, acreditando que a aproximação da sociedade com o MP-AP fortalece a instituição, além de propiciar uma melhora no atendimento prestado ao público”, finalizou Jayme Ferreira.

Para acessar a Carta de Serviços ao Cidadão basta clicar aqui: https://drive.google.com/file/d/12d-IhYElvf-EBH8nh1gi3vvqZJlCJyBk/view

Sobre a Ouvidoria do MP-AP

A Ouvidoria do MP-AP, fora da quarentena, funciona no prédio da Procuradoria-Geral de Justiça – Promotor Haroldo Franco, no bairro do Araxá, zona sul da capital amapaense, no horário de 8h às 14h, onde o cidadão poderá levar sua denúncia pessoalmente ou por meio de carta anônima. Possui também outros canais de comunicação: telefone, no número 127; internet, no Portal do MP-AP ( www.mpap.mp.br ), e pelo endereço eletrônico: [email protected].

É um importante órgão de gestão da administração. É por meio da Ouvidoria que os membros da instituição têm acesso aos anseios e reclamações da sociedade para melhor executar as atividades, em cada um dos ramos de atuação.

A maioria dos temas trazidos pelos cidadãos atêm-se à segurança, saúde e corrupção na administração pública. Tais demandas são inicialmente recebidas e tratadas pela Ouvidoria, para posterior encaminhamento aos órgãos de execução do Ministério Público, que são as Procuradorias e Promotorias de Justiça, instaladas por todo o Estado, onde são apurados os fatos denunciados.

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Prevenção ao coronavírus: MP-AP concede parecer favorável para que Município de Santana use R$ 4 milhões do acordo com a Anglo para auxiliar população

Ministério Público do Amapá (MP-AP) concedeu na última terça-feira (31), parecer favorável para que a Prefeitura Municipal de Santana use R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais), dos R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais) destinados à cidade, por conta do “Acordo de Composição de Danos” com a mineradora Anglo Ferrous Brazil, para reparar danos ambientais e sociais causados pelo desabamento do terminal portuário da empresa, localizado na cidade. A ação visa auxiliar o Município na aquisição de material para diagnóstico do novo coronavírus e amenizar os impactos socioeconômicos da quarentena de prevenção à COVID-19.

De acordo com o promotor de Justiça Adilson Garcia, titular da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Conflitos Agrários, Habitação e Urbanismo de Santana, a destinação de R$ 2 milhões, será para a compra de aproximadamente 33 mil cestas-básicas para a população da cidade, em decorrência da crise econômica gerada pelo isolamento social para a prevenção ao coronavírus.

O promotor de Justiça explicou que os outros R$ 2 milhões serão aplicados na aquisição de 25 mil testes rápidos para diagnóstico da Covid-19.

Adilson Garcia destacou que esse auxílio às famílias em situação de vulnerabilidade social é fundamental, já que o decreto estadual suspendeu as atividades comerciais na cidade por 15 dias. O promotor disse, ainda, que os testes rápidos também são imprescindíveis, pois quanto antes o coronavírus for diagnosticado, mais cedo as medidas de saúde em relação à pessoa infectada serão tomadas.

Entenda o caso:

Desde o acidente, ocorrido em março de 2013, tanto MP-AP, quanto Ministério Público Federal (MPF/AP), instauraram procedimentos para apurar responsabilidades pelo ocorrido, que resultou, inclusive, no óbito de trabalhadores da empresa, à época denominada Anglo Ferrous Amapá Mineração.

Com o acordo, a Anglo assumiu o compromisso de pagar à Santana – cidade mais afetada pelo acidente – R$ 30 milhões como compensação. O acordo, vinculado à Ação Civil Pública nº 1000891-55.2017.4.01.3100, é fruto do trabalho do MP-AP e MPF/AP.

“Neste momento, precisamos unir forças e trabalhar para combater a proliferação do novo coronavírus, reforçar os órgãos de saúde e auxiliar o cidadão que está sem renda, por conta do isolamento social necessário. O Ministério Público Estadual acompanhará a compra das cestas básicas e a aquisição dos testes rápidos para garantir a lisura da aplicação do dinheiro público. É papel do MP-AP lutar pelos direitos e bem-estar da sociedade, e é isso que estamos fazendo”, informou Adilson Garcia.

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Solidariedade: MP-AP doa Equipamento de Proteção Individual para Hospital da Mulher Mãe Luzia

Em uma das frentes de trabalho do Ministério Público do Amapá (MP-AP), membros, servidores e colaboradores da instituição estão movendo campanhas solidárias para arrecadar doações, especialmente de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e material de limpeza, para apoiar os profissionais de áreas essenciais, como saúde e segurança pública, que seguem na linha de frente no combate ao coronavírus.

Nesta quarta-feira (1), a procuradora-geral e Justiça do MP-AP, Ivana Cei, acompanhada do chefe de gabinete, promotor de Justiça João Furlan, e do assessor técnico Villas Boas, gerente do Programa de Qualidade de Vida do MP, fizeram a entrega de máscaras ao Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML). Material de limpeza também foi doado à Polícia Civil.

Além de cobrar as ações governamentais, buscar garantias de direitos no Judiciário e fiscalizar a execução dos gastos públicos, frente ao estado de calamidade provocado pelo coronavírus, o MP-AP tem atuado de modo interinstitucional em parcerias que ajudem diretamente no enfrentamento da Covid-19.

“Toda ajuda é importante, o MP-AP está fazendo a sua parte, e aqui faço um apelo à população e ao empresariado para que se juntem às instituições e ajudem os profissionais que estão na linha de frente combatendo a pandemia em defesa da saúde de todos”, manifestou Ivana Cei.

Para acompanhar o trabalho diário do Ministério Público do Amapá, acesse o nosso Portal: www.mpap.mp.br ou nossas redes sociais: @MP_AP (Twitter); @mpapoficial (Instagram); e @ministeriopublicoap (Facebook).

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