Novembro da diversidade: veja a programação da 21ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Macapá

Em reunião realizada em setembro, a Comissão Organizadora da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Macapá definiu o funcionamento da programação da 21ª edição do evento, que ocorre no dia 28 de novembro de forma híbrida. O tema: “Verás que um filho teu não foge a luta: Resistir para poder existir”, marca a luta da população pelo direito básico à assistência e a sobrevivência.

O mês da diversidade, que inicia na cerimônia de abertura, terá a passagem da faixa dos padrinhos da Parada. Nesta edição, Jeanny Raiol e o Sistema Diário de Comunicação foram selecionados como a madrinha e o padrinho da festa. Ambos foram escolhidos pelo longo histórico de relação com o Movimento Social LGBTQIA+, contribuindo para a visibilidade e garantia de direitos à população.

A programação também conta com a realização de algumas de suas tradicionais atividades: a Quarta Lilás, destinada a valorizar a produção cultural de Mulheres LBTI+; a Parada Preta, que exalta a cultura e produção de pessoas negras LGBTQIA+; a Feira da Diversidade, que divulga a produção de empreendedores LGBTQIA+ e a 4ª Marcha de Mulheres LBTI+, destinada a dar visibilidade às reivindicações e demandas desse público.

Veja a programação

Abertura do Mês da Diversidade:
Data: 04 de novembro de 2021.
Local: Macapá-AP.

Quarta Lílas:
Data: 10 de novembro de 2021.
Local: Macapá-AP.

Parada Preta:
Data: 17 de novembro de 2021.
Local: Macapá-AP.

Feira da Diversidade:
Data: 24 de novembro de 2021.
Local: Macapá-AP.

4ª Marcha das Mulheres LBTI+
Data: 26 de novembro de 2021.
Local: Macapá-AP.

Fonte: Café com Notícias.

As que se chamam Flávia… – Conto muito porreta de Ronaldo Rodrigues sobre a chegada de outubro (republicada em todo 1ª de outubro)

Conto de Ronaldo Rodrigues

– Outubro é muito perigoso!

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É preciso segui-la. Sinto isso logo que a vejo na livraria. Está folheando uma revista, sem muita atenção, fixando-se apenas nas fotografias. Parece estar ali com o mesmo propósito que eu, matando o tempo até voltar ao trabalho.

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– Outubro é muito, muito perigoso!

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Ficamos lado a lado, embora a mulher permaneça como se só ela existisse. Tenho a visão no livro que folheio sem qualquer interesse e a atenção totalmente voltada para a mulher. Ela fecha a revista decididamente, olha para o relógio e o percebe parado:

– Sabe as horas, moço? – Pergunta, altivamente.

– Nã… Não! Não… sei… – Gaguejo, respondendo.

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Quem sempre me dizia isso era o Capitão Nemo:

– Tenha muito cuidado, menino! Outubro é muito perigoso!

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Ela deixa a revista na estante e dirige-se à portaria. Confere a hora e acerta o relógio. Sai da livraria e eu continuo olhando aquela mulher, agora através do vidro da vitrine. Ou será que não existe vidro algum? Meu olhar é que fez a parede tornar-se transparente?

Pergunto o motivo do perigo de outubro e ele responde, depois de longo silêncio, os olhos em transe, na direção do mar:

– É em outubro que começamos a enlouquecer! É em outubro que costumam surgir as sereias!

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Ela atravessa a rua. Saio da livraria, disposto a segui-la, e paro na esquina. Contemplo, então, o espetáculo da rua silenciar-se para a passagem daquela mulher. A paisagem urbana torna-se repentinamente quieta, mas com uma acelerada pulsação interior que começa no asfalto e termina/continua no meu peito.

Ela entra num edifício e eu continuo seguindo seus passos. Ainda não me percebeu e acho que isso não acontecerá nunca. Ela aguarda a chegada do elevador junto a mais três pessoas. Incorporo-me ao grupo e passo a esperar também.

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Todos dizem que não devo dar atenção às palavras do Capitão Nemo. Dizem ser louco tanto o Capitão Nemo quanto quem o escuta. Mas eu digo que não. É preciso buscar o sentido das palavras, principalmente das que nos parecem mais delirantes.

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O elevador chega, nos recolhe e inicia sua lenta subida. As pessoas vão ficando em seus respectivos andares até restar apenas eu e a mulher. Como música de fundo, meus batimentos cardíacos ecoam nas paredes do elevador confundindo-se com a palavra outubro.

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Outubro. Agora compreendo claramente seu perigo. O Capitão Nemo ficou aprisionado em sua louca lucidez, nos destroços do seu navio, enfeitiçado por uma sereia. Eu estou preso neste elevador atraído por uma sereia. Aqui ficarei para sempre, aguardando todos os dias aquela mulher maravilhosamente perturbadora cujo nome conheço apenas a letra inicial (F), que vi uma vez em que ela abriu rapidamente a agenda.

Todos os dias, quando ela sai do elevador, ainda sem notar minha presença, recordo as palavras do Capitão Nemo, que todos acreditavam serem palavras de um louco:

– É preciso ter muito cuidado com as sereias de outubro. Elas são cruéis e nos enfeitiçam com desejos intocáveis. Principalmente, meu filho, as que se chamam Flávia…

* Este conto foi publicado em 1995, na coletânea Novos Contistas da Amazônia, em Belém, resultado de um concurso promovido pela Universidade Federal do Pará. Tempos depois, o conto inspirou a HQ Outubro, do cartunista Paulo Emmanuel, premiada em dois salões de humor. Isso mostra o quanto este conto é quente.

Macapá já se anunciava para mim, pois o livro trazia contistas que só fui descobrir aqui, como Archibaldo Antunes e Ray Cunha, e apresentação do grande Fernando Canto.

Gosto muito deste texto, creio que seja um ponto alto da minha carreira de contista, que ofereço agora como homenagem, digamos assim, ao mês de outubro.

Prefeitura lança programa que insere o Marabaixo nas escolas municipais

Foto: Max Renê

A Prefeitura de Macapá lança nesta quarta-feira (6), o programa Afroamapaensises nas Escolas, que insere dentro da matriz curricular dos estudantes da rede municipal a cultura e a tradição dos povos tradicionais do Amapá. O lançamento ocorrerá às 18h, no auditório da sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), localizada na Rua Binga Uchoa, 26, Centro.

O programa é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Mobilização e Participação Popular (SMMPP), executada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), em parceria com o Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir).

A iniciativa nasceu a partir da necessidade da implementação pedagógica de ações que tratem das questões étnico-raciais dentro das salas de aula. Nesta fase inicial, quatro escolas municipais receberão o programa, com foco na valorização do Marabaixo, manifestação cultural e religiosa muito presente na história dos povos tradicionais afroamapaenses.

SERVIÇO:

Lançamento do Programa Afroamapaensises nas Escolas
Quarta-feira, 06 de outubro de 2021 – Às 18h
Local: Auditório da sede da OAB em Macapá – Rua Binga Uchoa, 26, Centro

Lázaro Gaya
Contato: (96) 99171-1421
Assessoria de Comunicação

Com apoio da Secult/AP, por meio da Lei Aldir Blanc: ‘Recital Xapiri Curuocangô 4.0’ reverencia povos originários através de poesia sonora

Na segunda-feira, 4, o Grupo de Poesia Tatamirô apresentou a versão digital do recital “Xapiri Curuocangô 4.0″, o projeto é viabilizado pela Lei Aldir Blanc, através do edital Fábio Mont’alverne “Rato Batera”, realizado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult/AP). O poema sonoro foi exibido no canal oficial do grupo no YouTube.

A performance poética é fruto de mais de três anos de estudos sobre cantos e rituais de etnias indígenas da Amazônia, e presta homenagem aos povos originários, que segundo o grupo de poesia, são os que mais podem ensinar a como preservar o planeta. O recital buscou referências de escritores indígenas, como Davi Kopenawa e Ailton Krenak.

“Pensamos e acreditamos que chegar perto da intangibilidade e transcendência da vida é, sem dúvida, através da poesia. O Xapiri Curuocangô é fruto da arte que nos afeta, inquieta e transforma”, ressaltou a diretora e declamadora do recital, Adriana Abreu, que pensou em toda a criação e uso de elementos a partir de alternativas conscientes que não agridam o planeta.

O recital já esteve em palcos nacionais nos estados do Pará, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, e também internacionais, como o evento Salon du Livre em Cayenne, Guiana Francesa. Em sua versão digital, o grupo buscou alcançar novos públicos.

Segundo Adriana, o recital em formato virtual foi montado durante cerca de 1 ano, tendo 80% do seu processo de forma online.

“Foi um desafio, uma aprendizagem constante. A gente se chacoalhou bastante para o projeto acontecer”, declara a diretora.

Para o artista Herbert Emanuel, autor do poema sonoro, a Lei Aldir Blanc possibilitou um respiro aos artistas.

“Um dos setores que mais sofreu com o impacto da pandemia foi, sem dúvida, a cultura e este apoio é fundamental nesse momento”, destaca o poeta.

Além do recital realizado através do edital Fábio Mont’alverne “Rato Batera”, o grupo de poesia também foi contemplado pelo Prêmio Sidnei Saboia de Cultura e Arte, pelos 13 anos de atividades artísticas e culturais desenvolvidas. O prêmio possibilitou a concretização de um novo espaço de cultura, a ‘Casinha Tatamirô da Poesia’, em Mazagão Novo.

Tatamirô Grupo de Poesia

É um grupo amapaense de declamação de textos poéticos, sejam eles escritos na forma de verso ou prosa, em suas múltiplas manifestações verbovocovisuais. Criado em 2008, nasceu do desejo de dizer poesia às pessoas, de colocar a voz a serviço da Poesia, além de fomentar ações em proveito da leitura, da literatura, e demais artes.

Texto: Criles Monteiro
Fotos: arquivo do Grupo de Poesia Tatamirô
Assessoria de comunicação do Governo do Amapá

Amapaense apresenta livro com poesias sobre amor e os sentimentos da alma

Foto: Diário do Amapá

Por Lana Caroline

Em 1997, o ator, poeta e compositor amapaense Nonato Quaresma, lançou seu primeiro livro intitulado “Murmúrios”, na biblioteca pública Elcy Lacerda, e agora, está com sua mais recente obra em mãos. O livro “Sangramentos da Alma” conta com 69 poesias e sonetos que falam sobre os sentimentos da alma. O livro ainda não foi publicado devido à pandemia.

“O lançamento era para ser no mês de março de 2020, mas com a pandemia, não pude fazer o lançamento. Os meus poemas falam muito sobre amor e os sentimentos da alma”, disse o escritor.

Mesmo sem ser lançada, a obra literária está disponível nas Bancas do Dorimar; da Rosinha; do Luiz e do Lucélio, custando apenas R$ 15.

POEMA ‘LUTE’

Por que me deixas esperando,
Se este amor é para valer?
Há muito o tempo está passando,
Sem nada a gente resolver
Tudo muda mundo a fora
E tudo passa pela vida,
Sinto o sonho indo embora
E o que temos feito, querida?
O tempo não espera e nem tem defeito
E tampouco pode parar;
Se algo tem que ser feito,
Lute! Não deixe o sonho acabar!
Preciso de você a todo o instante
Não a quero tão ausente,
Mas sempre tê-la presente!
Vem ser luz dos meus olhos,
Vem me dar esta alegria,
Pois eu sempre te acolho
Das tempestades de dor!

Nonato Quaresma

 

Fonte: Diário do Amapá.

Poema de agora: Voa, passarinho… (Tãgaha Soares Luz)

Foto: Sal Lima

Voa, passarinho…

Quem te ver cantar pensa estar feliz
Há água e semente pra te alimentar
Não sabe, porém, que o teu canto é triste
Tuas asas se debatem por entre grades
Assim é o teu cárcere…
Passam dias, passam horas, passa o tempo
E esse é o passatempo da ave canora
Que poderia estar voando pras bandas de lá
Além de lá
E entre campos, cantos, flores, construindo ninhos…
Por que será que o homem
Irracional
Esse animal
Insiste em te prender?
Se a lei da natureza diz
Acima de tudo
Que o passarinho foi feito pra voar?
Voa, voa, passarinho…
Voa, vai além do céu…
Leste, Oeste, Norte, Sul
É tudo azul…
Voa para o infinito…

Tãgaha Soares Luz

Hoje: Tatamirô Grupo de Poesia lança o recital “Xapiri Curuocangô 4.0” em formato digital

“XAPIRI CURUOCANGÔ 4.0” é o Recital de Poesia Sonora do Tatamirô Grupo de Poesia que vai estrear dia 04 de outubro (04/10/2021), às 20h, no canal do grupo, alojado na plataforma YOUTUBE. O Recital é fruto de estudos sobre os cantos e rituais de etnias indígenas da Amazônia e da leitura do livro “A Queda do Céu” do xamã yanomami Davi Kopenawa e do antropólogo franco-marroquino Bruce Albert, dialogando com uma diversidade de sons que culminaram em Poesia Sonora.

O Poeta Herbert Emanuel (AP), autor do Poema Sonoro Xapiri Curuocangô, diz que a versão 4.0 é uma “travessia para alteridade. É um poema conectado com o outro: é uma homenagem poética aos nossos parentes, os povos originários, com quem realmente podemos aprender como não destruir de vez nosso planeta; juntando-se à guitarra bluseira do músico Ronilson Mendes e à dança orientupi da bailarina Hayam Chandra. Para nós, é uma obra em processo de construção, diálogos e ajuntamentos permanentes”.

Todos os poemas vocalizados são de Herbert Emanuel. Além destes, há prosas citadas do livro “A queda do Céu”, de Davi Kopenawa e Bruce Albert; do conto “Meu Tio Iauaretê” de Guimarães Rosa, na voz sampleada do ator Lima Duarte; e a frase “O Amanhã Não está à Venda”, que dá título ao livro do líder indígena Ailton Krenak.

O recital do grupo amapaense, nas versões anteriores, já passou pelo palco centenário do Teatro Municipal de São João Del Rei e por outros espaços culturais desse município das vertentes mineiras (2017). Em Macapá, na programação literária do Serviço Social do Comércio (SESC/AP-2019) e configurou as atrações artísticas da primeira noite do Macapá Verão – Estação Lunar (PMM-2020).

“É uma satisfação enorme poder se apresentar nesses palcos homenageando os povos ancestrais, mostrar a nossa cultura e o resultado de uma criação poética. Há treze (13) anos fazemos isto, investimos na tarefa de irradiar a palavra poética, em suas mais diversas modalidades, como gostamos de afirmar. Agora, com a filmagem, o Poema Sonoro Xapiri-Curocangô 4.0 vai atingir novos públicos, ganhando muito mais abrangência” – ressalta a Diretora do Recital, a declamadora Adriana Abreu.

A captação de imagens, montagem, edição e mixagem de som ficou por conta da equipe do “Tenebroso Crew”, formada por jovens cineastas que tem se destacado na cena contemporânea do audiovisual amapaense. Esse Recital foi contemplado pela lei Aldir Blanc – Edital nº: 002/2020 – Secult/AP – Fábio Mont’alverne “Rato Batera”.

O Tatamirô Grupo de Poesia é um grupo amapaense de declamação e dramatização de textos poéticos, sejam eles escritos na forma de verso ou prosa, em suas múltiplas manifestações verbivocovisuais. Criado em 2008, o Tatamirô nasceu do desejo de dizer Poesia às pessoas, de colocar a voz a serviço da Poesia, de dizer as coisas do mundo de forma diferente, além de fomentar ações em proveito da leitura, da literatura, principalmente, e das demais artes. O Tatamirô Grupo de Poesia, que atua há treze (13) anos fomentando a leitura com apresentações voltadas para as artes em âmbito geral – destacando a poesia, tem participado por estes “Brasis” afora em diversos eventos e projetos culturais, tais como: Feira Pan-Amazônica do Livro de Belém-PA, Sesc Amazônia das Artes, Sesc Arte da Palavra, Inverno Cultural de São João Del Rey-MG, Poesia de Cena de Cabo Frio-RJ, Balada Literária de São Paulo, Congresso Brasileiro de Poesia; assim como em eventos internacionais, destacando o 8º Salon du Livre de Cayenne na Guiana Francesa.

FICHA TÉCNICA DO RECITAL XAPIRI-CURUOCANGÔ 4.0

Vocalização, mixagem, disparo de samples e autoria do Poema Sonoro “Xapiri Curuocangô 4.0”: Herbert Emanuel
Declamação, roteiro e direção: Adriana Abreu
Coreografia e dança do primeiro movimento do poema sonoro “Xapiri”: Hayam Chandra
Partitura musical e guitarra do primeiro movimento do poema sonoro “Xapiri”: Ronilson Mendes
Cenografia e Figurino: Paulo Rocha
Figurino de Adriana Abreu: Amarilda Marinho
Figurino de Herbert Emanuel: Ilce Rocha e Paulo Rocha
Figurino de Hayam Chandra: Kelly Maia
Customização de figurino: Rosemere Pires e Jasmine Pires
Produção: Paulo Rocha, Herbert Emanuel e Adriana Abreu
Assistente de produção: Pedro Henrique
Assistentes de direção e contrarregras: Thayse Panda e Zeca Corrêa
Maquiagem: Jasmine Pires
Ambientação: Dilda Picanço e Luiza Picanço
Realização: Tatamirô Grupo de Poesia

FICHA TÉCNICA – TENEBROSO CREW

Produção/Direção/Câmera: Jamie Gurjão
Fotografia: Ianca Moreira
Câmera: Dyego Bucchiery
Som/Mixagem: Alecsandro Cantuária

Recital contemplado pela LEI ALDIR BLANC – EDITAL Nº: 002/2020- SECULT/AP – FÁBIO MONT’ALVERNE “RATO BATERA”

SERVIÇO

Recital “Poema Sonoro Xapiri-Curuocangô”
Lançamento: 04/10/2021, às 20h
Local: YOUTUBE – CANAL “Tatamirô Grupo de Poesia”
Classificação: Livre
Realização: Tatamirô Grupo de Poesia

Contatos: 96 98412-4600 [Paulo Rocha]/ (96) 98131-8463 [Thayse Panda]/ (96) 98807-8670 [Herbert Emanuel]

Secult/AP prorroga edital que seleciona atrações artísticas e culturais no Estado até dia 10 de outubro

Espetáculos como os teatrais, podem se inscrever — Foto: Comunidade católica Shalom

A Secretaria de Estado da Cultura do Amapá (Secult/AP) prorrogou o edital de credenciamento para grupos e artistas do estado terem a chance de participar da programação cultural do governo. As inscrições iniciaram no dia 1ª de setembro e agora seguem até dia 10 de outubro. A pasta continua buscando artistas até o final do pleito.

O credenciamento abrange todas as modalidades de atrações artísticas/culturais e profissionais da cultura para compor as programações artísticas e culturais realizadas e/ou apoiadas pela Secult em todo território do Estado do Amapá.

Foto: Maksuel Martins / Secom

Entre as vertentes previstas no edital, estão: teatro, circo e dança, artes visuais, artes plásticas, música, djs, apresentadores, literatura, contadores de histórias, cultura popular tradicional e identitária e gospel.

De acordo com o secretário Milhomem, foram investidos, em 2019, mais de R$ 1 milhão na economia do artista de forma direita. Com o governo do estado e a Secult/AP, foi possível ter esses artistas nos cadastros e se têm artistas para todos os eventos, por exemplo, tem artistas para todas as finalidades.

Foto: Maksuel Martins / Secom

“Nós temos cerca de R$ 1,5 milhão para apresentações em cachê. Então o artista recebe R$ 1 mil por apresentação, enquanto você tem os grandes artistas amapaenses que recebem de R$ 6 mil, que tem um história, um conteúdo mais consolidado!”, afirmou o secretário.

O secretário também informou que esteve na Universidade Federal do Amapá (Unifap) para assinar um termo de cooperação entre o Governo do Estado, Secult/Ap e Unifap para garantir parceria em projetos e atividades culturais, entre esses, formação de curadoria para os editais.

A documentação necessária para as inscrições estão AQUI. O credenciamento, que encerrará dia 10 de outubro, é feito somente pela internet, através do e-mail [email protected] .

Prorrogadas as inscrições para os Editais Públicos de Patrocínios 2022 do Banco da Amazônia

Prorrogadas as inscrições para os Editais Públicos de Patrocínios 2022 do Banco da Amazônia

O Banco da Amazônia (Basa) prorroga o prazo para as inscrições para os Editais Públicos de Patrocínios 2022. O novo prazo prossegue até o dia 15 de outubro. Os interessados podem ingressar com inscrições de projetos de patrocínios para a Chamada Pública Lei de Incentivo à Cultura 2022 e para o Edital de Patrocínio 2022. As inscrições estão sendo realizadas exclusivamente por e-mail.

Por meio destes Editais, o Basa está destinando R$ 2,80 milhões, sendo R$ 2 milhões para Patrocínios e R$ 777 mil para a Chamada Pública da Lei de Incentivo à Cultura. Os segmentos contemplados no Edital de Chamada Pública serão: Artes Cênicas (teatro, dança, circo, ópera, mímica e congêneres), realização de exposições, festivais de arte e espetáculos de artes cênicas ou congêneres e Cinema (Produção Cinematográfica).

O Edital de Patrocínios 2022 favorece projetos nos segmentos sociais, esportivos, culturais, ambientais e de eventos como feiras e congressos que sejam voltados para o incentivo ao agronegócio, turismo regional, microempreendedorismo individual, indústria e micro e pequenas empresas.

O secretário executivo do Basa, Alcir Erse, informa que os projetos inscritos devem apresentar uma vertente que favoreça a sustentabilidade da Região Amazônica em suas áreas de atuação, seja no esporte ou na cultura. Os projetos deverão ser realizados na área de atuação do Banco da Amazônia, que é em toda a Amazônia Legal, não incluindo São Paulo e Distrito Federal.

“Orientamos a leitura atenta dos critérios dispostos nos Editais, disponíveis no site institucional do Banco”, enfatizou o secretário executivo. Ele revela que no ano passado, foram inscritos 477 projetos, sendo que 97 foram habilitados.

O coordenador de Patrocínios, Promoção e Gestão da Marca do BASA, Ewerton Alencar, explica que podem se inscrever pessoas físicas e jurídicas. A Pessoa Física deve ser brasileiro nato ou naturalizado, maior de idade, legalmente documentada, com endereço fixo, residente na área de atuação do Banco da Amazônia que é em toda a Amazônia Legal. Já o proponente Pessoa Jurídica deve ser com ou sem fins lucrativos legalmente documentados e o projeto a ser realizado deve ocorrer na região Amazônica.

Os editais estão disponíveis desde o dia 10 de agosto no site do Basa: www.bancoamazonia.com.br. Acesse o menu “O Banco”. A divulgação do resultado dos projetos pré-selecionados será através do site. Para mais informações: [email protected].

Serviço: Prorrogadas as inscrições para os Editais Públicos de Patrocínios 2022 do Banco da Amazônia

Período de inscrições: de 10/08/2021 a 15/10/2021. As inscrições são gratuitas e devem ser EXCLUSIVAMENTE para os e-mails: [email protected] (Edital de Patrocínios) e [email protected] (Chamada Pública Lei de Incentivo à Cultura).

Assessoria de Comunicação do BASA
Contato: 91-98568-7003

Neste sábado (2), rola mais uma edição do projeto “Jazz na Calçada” (música de qualidade) #jazznacalcada #coletivojazzamapa #clubedojazzamapa

Arte gráfica: Weverton Nelluty.

Hoje (2), a partir das 17h, vai rolar mais uma edição do ”Jazz na Calçada”. O encontro deste sábado contará com a participação especialíssima da cantora amapaense Deize Pinheiro, que se apresentará junto os Coletivo Jazz Amapá. A programação visa a disseminação e valorização da musica instrumental amapaense. A entrada é franca e o público pode levar bebidas.

Iniciado em 2017, o projeto que está em sua 4ª temporada (interrompido em 2020 por conta da pandemia do Covid-19), consiste em uma Jam Session na Calçada da residência de Fineias Nelluty, filho de maestro, músico e produtor cultural hiperativo (ainda bem), com muito improviso e música de primeira.

O ”Jazz na Calçada” conta com apoio da Secretária de Estado da Cultura (Secult/AP), por meio de seu titular, Evandro Milhomen.

“O convite é extensivo aos que curtem e fazem o jazz continuar sendo uma verdadeira inspiração aos que tocam e aos que apreciam a arte de se tocar um instrumento. A partir das 17h, estaremos plugados e fazendo som no Jazz da Calçada. Chegue aí pra ouvir música boa feita por grandes músicos amapaenses”, convida o o idealizador e realizador do projeto, o multiinstrumentista Fineias Nelluty.

As edições do Jazz na Calçada antecipam o Amapá Jazz Festival, que será realizado dias 22 e 23 de outubro e a programação está em fase de fechamento de atrações e é o maior evento de música instrumental do Amapá. Inclusive está no calendário nacional e internacional de eventos do estilo. O festival se consagrou pelo modelo popular, ao ar livre, na beira do rio Amazonas e por oferecer para o público um cardápio inquestionável de músicos, convidados brasileiros e estrangeiros de prestígio, que formam com o cenário um palco de cultura e natureza.

Serviço:

Jazz na Calçada
Local: Avenida Clodóvio Coêlho 787, entre Hamilton Silva e Leopoldo Machado.
Data: 02 de outubro de 2021.
Horário: a partir das 17h.
Informações: 991151774 – Fineias Nelluty.
Apoio: Secult/AP

Elton Tavares

Prefeitura de Santana realiza 1º campeonato de skate Juventude Conectada

A Coordenadoria Municipal de Juventude (COMJUV) realizará neste sábado, 2, o primeiro campeonato de skate Juventude Conectada. A competição, que acontecerá na Vila Olímpica, localizada na Rua Euclídes Rodrigues, 1459, no bairro Nova Brasília, terá início às 16 horas.

Yara Lorrane, Coordenadora Municipal de Juventude, destaca a importância do esporte para os jovens nas áreas periféricas do município. “Muitos desses adolescentes ou jovens adultos, que vão participar amanhã, tem no esporte, no caso o skate, o seu porto seguro, onde podem se relacionar com pessoas, serem bem-vistos, sem precisar entrar em um ambiente que não condiz com o bem-estar da sociedade.”

Este será o primeiro campeonato de skate realizado pela Prefeitura de Santana. As inscrições poderão ser feitas no local, a partir das 15h30.

Skate

O Skateboarding é um esporte radical praticado principalmente no meio jovem e em áreas periféricas. A modalidade que surgiu há pouco tempo, se profissionalizou com bastante rapidez, chegando às olimpíadas em 2020, tendo medalhas conquistadas pelos brasileiros Kelvin Hoefler e Rayssa Leal.

Comunicação – Prefeitura de Santana

Poesia de agora: Os meninos contemplados pelo sol – @juliomiragaia

Foto: Júlio Miragaia

Os meninos contemplados pelo sol

Depois da chuva ensolarada,
Os meninos equilibram
Entre o tempo, o espaço,
O vento e a Fortaleza
Um pequeno
Fruto da memória

Arquitetam,
em papel de seda,
Talas, linha e rabiola
O que se brinca
E o que se basta
Nas cores do Flamengo

O sol observa a partícula
De vida dos meninos-pipa
Enquanto descansa
A sua astroexistência
Ao lado do baluarte de São José

É um entardecer qualquer
Dum sábado esquecível
Não fosse a memória-pipa
Daqueles meninos,
Contemplados pela velha estrela

O ancião sideral guarda consigo
Os fragmentos de memórias e rios amazonas
Inteiros de auroras e crepúsculos

Guardará depois de hoje,
No nada das coisas,
A ternura da imagem
Dos meninos-pipa
Que cultivaram
Depois da chuva ensolarada
Frutos e ventos
Da memória

Júlio Miragaia

Hoje é o Dia Internacional das Pessoas Idosas

Hoje (1) é o Dia Internacional das Pessoas Idosas. A data foi criada por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1991, durante a aprovação da Resolução 46/91, visando tratar dos direitos dos idosos e criando espaços de debate sobre a importância de preservar o respeito e a dignidade dessas pessoas.

No Brasil, através da lei nº 10.741, de 1 de outubro de 2003, está presente o Estatuto do Idoso, uma legislação que dispõe os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior aos 60 (sessenta) anos.

Bem, uma coisa sobre mim, tive a sorte de conviver por toda a minha vida com minha avó Peró, que fez a passagem no início deste ano. Aquela idoso foi muito importante em minha vida com sua terna presença. Serei sempre grato e tenho saudades todos os dias.

Admiro quem cuida bem de seus pais idosos como minha mãe, Lúcia e tia Maria, quem é um neto dedicado ou mesmo aqueles que respeitam e tratam bem os velhinhos que conhecem.

O idoso precisa ter seus direitos assegurados e dignidade. Não acredito que uma pessoa que tranca um velhinho em um “abrigo”, por mais honesta e politicamente correta que seja, tenha um bom caráter.

Enfim, hoje é um dia de valorização e reflexão sobre a importância da pessoa idosa e reconhecimento pela contribuição que estes cidadãos deram para a nossa sociedade. E lembrem-se: a ausência é inversamente desproporcional ao amor. Portanto, que tal um beijo, um abraço ou um simples telefonema para o seu velhinho hoje? Tenham um ótimo fim de semana.

Elton Tavares

Adoro velhos malucos – Crônica de Elton Tavares (republicado por conta do Dia Internacional das Pessoas Idosas)

Arte: Ronaldo Rony

Resistir, fazer beicinho ou ficar chateado não adianta nada, todos envelhecemos. Lutar contra isso é uma guerra inútil, de fato. Acho legal a coroada que leva isso na boa, principalmente os velhos malucos. Adoro velhos malucos. Conheço uma porrada deles.

Os velhos malucos não se resumem a cuidar de netos, jogar xadrez ou cartas com outros velhotes encarangados. Não. Eles frequentam os bares das esquinas, falam besteira, tocam, dançam, namoram, bebem… Ou seja, vivem!

Os velhos malucos fazem de tudo por uma vida menos ordinária. Ou o que pelo menos resta dela. Entre as coisas das quais me gabo, está o fato de ser amigo de músicos, escritores, poetas e artistas em geral. Vários deles, coroas doidaços que curtem a vida como aos 20.

Falos de todos que estão acima dos 65 e ainda possuem o espírito inquieto e se recusam a ficarem mergulhados no tédio. Alguns são somente porretas, outros são paid’éguas, loucos varridos. E não pensem que falo somente de quem ainda curte a noite ou toma cachaça.

Admiro os que vão ao cinema no meio da semana, que viajam quando dá na telha, que sabem que já contribuíram bastante para suas famílias e sociedade para agora se dedicarem a viver tudo que quiserem.

Quem sou eu para dar conselhos a senhores que sabem muito mais da vida. Mas ser um velhote maluco deve ser bem mais feliz que viver numa cama, no fundo de uma rede, num sofá ou em uma cadeira de balanço à espera do “único mal irremediável”. Principalmente quando o senhor ou senhora vive na solidão.

Claro que meus velhos companheiros doidões não abdicam de seus afazeres corriqueiros, mas também não colocam tanto peso em cima de algo tedioso que não lhes dá prazer. E acho isso o máximo!

Os velhos malucos não estão mais atrás de sonhos impossíveis ou de tesouros. O que eles querem é viver bem com o que possuem e em paz com os seres humanos que se tornaram. Suas experiências e histórias rendem bons causos e conselhos. A gente se diverte com tanta prosa poética.

Falo de exemplos como o de Carter Chambers (Morgan Freeman) e Edward Cole (Jack Nicholson), no filme “Antes de partir”. Se meu pai estivesse vivo hoje, faria 70 anos e tenho certeza que o saudoso Zé Penha seria um velho maluco.

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Tomara que eu, se me tornar um velho gordo de barbas e cabelos brancos, seja um coroa maluco e saiba aproveitar o número de anos vividos da melhor forma possível. Que como hoje, tenha muito mais alegrias que tristezas. Que também tenha desenvoltura para bater papo e entrevistar outros velhotes doidões ou jovens com corações ávidos por aventura, ambos sedentos de vida.

Eu queria mesmo é que a velhice não impedisse ninguém de ser feliz. É isso!

“Os velhos malucos são mais malucos que os jovens” – Duque de La Rochefoucauld ( François Poitou).

Elton Tavares

*Republicado por conta do Dia Internacional das Pessoas Idosas.