Taça das Favelas Free Fire: inscrições até o dia 29 de setembro

O maior campeonato de Free Fire entre favelas do mundo voltou e, dessa vez, em um formato renovado e muito maior! São favelas de todos os estados do país competindo pela sua região e pelo prêmio. Com o apoio do Itaú, também teremos conteúdos exclusivos, uma parceria irada com a LOUD e a distribuição de chips de internet para todos os participantes que disputarem as fases estaduais e nacionais. E não para por aí! Fique de olho, porque essa edição promete!

Se você não quer ficar de fora do Taça das Favelas Free Fire, fique de olho na abertura das inscrições, que acontece no dia 29 de setembro. Não vacila hein, porque as vagas são limitadas!

Clique aqui para fazer sua inscrição:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSctnP_M0r69e2LcuhJ1EZsyrEwx-9_4nvjAgSyU63YmP4K53g/viewform

Fonte: Taça das Favelas Free Fire.

Poesia de agora: Vida em Marte! – Jaci Rocha

Vida em Marte!

Sob o mesmo sol que brilha amarelo
E ainda roda,
descobriram que há água em Marte
– Lastros de futura ou pretérita civilização?

Será que em Marte alguém já amou,
Já disse adeus…virou carbono e voltou
Viagem entre o universo e a vontade de reencontrar
Será que foi anteontem ou ainda acontecerá?

E dizem que há mais mistérios
que poderá supor nossas vãs teorias
Mas, se até a poeira da terra já esteve n´outro mundo,
E mesmas palavras compõem outras poesias

Entre as estrelas, quantas milhões de formas de vida?

Digo olá ao exótico – Que pode ser eu, ao espelho
Afinal, quem poderá dizer quem é o ‘outro’
Não seríamos nós, afinal, o estrangeiro? –
Eu, passageiro,

Viajo entre as estrelas e o desconhecido
Até com certa familiaridade !
não pasmo se no Universo
Houver ou houve vida em Marte

Afinal, dentro de mim moram tantas
Gente que até não mais conheço
E outras se achegarão, no tempo, no espaço,
Com outros versos, luz, assombros , sonhos e avessos.

Jaci Rocha

UNIFAP e UEAP realizam X Congresso Amapaense de Iniciação Científica

Estudantes podem ganhar de 500 a 1000 reais, do 1° ao 3° lugar.

A Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) e a Universidade Estadual do Amapá (UEAP), com o objetivo de estimular as produções de alunos, realizam o X Congresso Amapaense de Iniciação Científica (CONAIC 2021), com a premiação dos projetos de Iniciação Científica que se destacarem em suas respectivas categorias.

O congresso é realizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESPG), através do Departamento de Pesquisa (DPq), em parceria com a UEAP e com o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA). O evento acontece virtualmente entre os dias 05 e 08 de outubro e é voltado para estudantes de iniciação científica que precisam apresentar os resultados de trabalhos desenvolvidos de agosto de 2020 a agosto de 2021.

Max Balieiro, estudante de Enfermagem da UNIFAP e participante do congresso com o projeto “Bioética Pelas Lentes do Cinema”, diz estar ansioso para o resultado da premiação. “Estou ansioso em relação ao meu projeto e feliz com os resultados que obtive com ele, que era o objetivo do plano de trabalho quando eu estava desenvolvendo. Entretanto, quero ver essa resposta por parte do departamento de pesquisa, já que meu projeto aborda a cinematográfica como instrumento de ensino metodológico […] com o intuito de ensinar sobre a bioética por meio do cinema […]”, pontua o estudante, afirmando ainda que, caso chegue ao top 3 da premiação, em meio a tantos outros trabalhos bons, se sentirá feliz por ter a oportunidade de fazer alguma mudança na sociedade ao representar alternativas viáveis que melhorem os métodos de ensino nas universidades.

“Foto/imagem: @unifapoficial”

A transmissão do congresso será feita pelo perfil da UNIFAP no YouTube e a divulgação dos ganhadores do Prêmio Destaque na Iniciação Científica ocorrerá no dia 08 na cerimônia de encerramento do evento.

Para mais informações sobre o evento, acesse:

https://www2.unifap.br/dpq/2021/09/01/orientacoes-aos-estudantes-participantes-dos-programas-de-iniciacao-cientifica-da-unifap-ciclo-2020-2021-quanto-ao-x-congresso-amapaense-de-iniciacao-cientifica-conaic-2021

Colaboração de texto: Amanda Isis (Bolsista de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2021).

Secult/AP segue com inscrições até 30 de setembro: edital para apresentações culturais no Amapá oferta cachê de até R$ 6,5 mil a artistas

Por Núbia Pacheco

O Amapá abriu inscrições para apresentações em atividades culturais com cachê de até R$ 6,5 mil. Podem participar artistas de diversos segmentos que estão devidamente cadastrados no Sistema de Informações e Indicadores Culturais (Seiic). As inscrições seguem até 30 de setembro pela internet.

CONFIRA O EDITAL

Todas as fichas de inscrição estão disponíveis nesta plataforma digital. Para confirmar a solicitação é necessário preenchê-las e enviá-las até o fim do prazo para o e-mail: [email protected]. Os documentos não podem exceder o tamanho de 10MB.

Espetáculos como os teatrais, podem se inscrever — Foto: Comunidade católica Shalom

São 26 categorias de 11 segmentos artísticos, entre eles música, artes visuais, literatura, circo, capoeira, artes plásticas, capoeira, cultura popular tradicional e indenitária, cultura gospel e outros.

O cachê varia de R$ 1 mil a R$ 6,5 mil por apresentação. Os valores para cada categoria estão detalhados no edital.

O regulamento permite a inscrição de grupos ou apresentação individual. Podem participar tanto microempreendedores individuais (MEI), quanto artistas representados por pessoa jurídica.

Foto: Maksuel Martins / Secom

A seleção é promovida pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult/AP) e objetiva o preenchimento de atrações para o calendário anual de eventos promovidos pela pasta.

O edital foi publicado no Diário Oficial em 30 de agosto e tem duração de 12 meses, podendo ser prorrogado pela Secult.

Fonte: G1 Amapá.

Poesia de agora: Síndrome de Estocolmo – Lara Utzig (@cantigadeninar)

Síndrome de Estocolmo

se amor é despedida
e o fim inevitável é sempre um adeus
não vejo justiça na vida
que teima em desgraçar os filhos seus.
amor de verdade é desprendimento,
um desalgemar da alma,
passagem só de ida com o vento,
uma esmola dada com calma.
prazo de validade?
quando a gaiola se abre
não importa a idade
apenas se sabe que é tarde.
dou-me por vencido.
o código de barras atesta:
produto podre, coração ferido,
acabou a festa.
culpa de quem?
do amor?
discordo, vou além.
o amor é indolor.
é desapego sincero,
um bem-querer que se quis,
um acenar singelo
de quem só quer ver o outro feliz.
responsabilizo pois,
os amantes.
que adiam, deixam para depois,
o que deveria ser feito antes.
os pulsos machucados
são libertos devagar…
com a jaula entreaberta
vou voltando a respirar:
posso voar!
mas prefiro ficar e esperar.
mais que amante, sou tola
por crer que a mola
do mundo é o amor.

e que o tempo não apaga
as contas das tecelãs do destino,
tampouco serve de adaga
para cravar no peito a lâmina do desatino.
as velhas costureiras me miram
com os olhos negros e enrugados
e tudo que me ensinam
é a não desistir do que está escrito e tatuado.
na pele
nas estrelas
no cerne
nas veias
e por escolher permanecer
sou refém da felicidade,
para contigo ser…
aprisionada por vontade.

Lara Utzig

Curso de Licenciatura Intercultural Indígena da Unifap celebra seus 15 anos de existência com seleção de arte visual

Haverá certificado de 4h por arte submetida e premiação surpresa para o artista ganhador.

O Curso de Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade Federal do Amapá (CLII/UNIFAP) celebra 15 anos de existência. Para comemorar essa data tão especial, o CLII realizará uma seleção de artes, com o objetivo de definir a sua identidade visual pelos próximos anos.

O CLII é um curso regular de graduação da UNIFAP e atua desde 2007 na formação de professores indígenas do Amapá e norte do Pará, visando atender estudantes indígenas de diferentes povos e possibilitando uma formação específica para atuação na educação escolar indígena.

Podem participar da seleção acadêmicos do CLII e membros das comunidades indígenas do Amapá e Norte do Pará. O acadêmico que enviar proposta de arte receberá um certificado de 4h e a arte selecionada será utilizada como identidade visual dos eventos do curso. O artista ganhador será contemplado com uma premiação surpresa.

As propostas de arte devem ser encaminhadas em formato digital para o email [email protected] até o dia 05 de outubro. No ato, o artista deverá informar nome, aldeia e um breve texto descrevendo o significado do desenho.

Colaboração de texto: Daniele Queiroz (Estagiária do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2021).

Poesia de agora: Luz e Assombros – Jaci Rocha

Luz e Assombros

A poeira acumulada na calçada dos dias
O vento que sopra a esquina da tarde que cai
Um fantasma sentado na esquina da Hamilton Silva
A lembrança da pureza batendo à porta.

A luz do dia e a sombra das coisas que já disse adeus
Às vezes se encontram
Sentam para uma cerveja
Ou para um simples olá….

Acho que encontrei comigo
Risonha, pateta.
O espelho sussurrou “já passou”
Sigo aqui, sei que ali, já não há mais nada

É só a poeira do tempo
Trazida no vento
E nas flores do jambeiro
Que jazem naquela calçada.

-E a chuva lava o fim de tarde
Com o (e)terno cheiro dos domingos.

Jaci Rocha

Exposição “Marabaixo – a essência de um povo” ficará disponível no Sesc Amapá

O projeto Entre Artes, do Sesc Amapá, mais uma vez cumprindo o objetivo de dar palco às produções artísticas locais realiza a exposição “Marabaixo – a essência de um povo”, do artista visual Jeriel. As obras vão estar disponíveis para visitação na Galeria de Artes Antônio Munhoz do Sesc Araxá no período de 24 de setembro a 11 de outubro, depois segue para o 1º piso do Sesc Centro, onde fica até 22 de outubro, com entrada gratuita.

A poética visual das telas de Jeriel nos fazem percorrer pelo imaginário da Amazônia brasileira. Através do olhar do artista, encontramos em suas obras a força do Batuque, a dança do Marabaixo, a vida do ribeirinho amazônico, do caboclo do Norte, dos rios e igarapés, e símbolos da cultura macapaense como a Fortaleza de São José de Macapá e o Monumento Zero do Equador.

Nas criações de Jeriel, transbordam cores, traços, narrativas e temáticas, que não só nos servem ao deslumbre do olhar como ao orgulho de sermos um povo mestiço, rico em patrimônio material e imaterial, em pluralidade e tantos outros aspectos que fazem de nós, brasileiros, singulares e grandiosos. Indagado sobre o seu papel no universo das artes, Jeriel reflete: “o artista é a essência do seu cotidiano e a força da sua cultura”.

Do ponto de vista técnico e estético, o artista traz seu próprio estilo, que ele batizou de “Pop Art Tucuju”. Entre as características mais marcantes do gênero “Pop Art” estão as cores vibrantes e a linguagem figurativa, com as quais Jeriel descobriu afinidade ao longo de seus anos de estudos acadêmicos e experimentações artísticas. Em sua pintura e técnica, ele já buscava composição de cores que levassem em conta o clima da Amazônia. Já a palavra Tucuju remete ao nome do primeiro povo indígena a ocupar o território onde hoje está localizado o estado do Amapá.

As cenas do cotidiano representadas por Jeriel expressam formas e cores de uma estética voltada para a arte regional, simples, mas ao mesmo tempo rica em autenticidade e engajamento, com posicionamento e referências multiculturais do povo Tucuju. “Acho fundamental que todo artista esteja presente em seu tempo e espaço”, declara o artista.

Haynan Iago Araújo – Assessor de Comunicação

“Literaturas do Norte” abre inscrições para curso de extensão

São ofertadas 250 vagas e o início das aulas está previsto para o mês de novembro.

O Grupo de Pesquisa e Extensão Literaturas do Norte: vozes e escritas da Amazônia iniciou na quarta-feira, 22, as inscrições para o curso de extensão realizado através do Programa de Formação, Capacitação, Aperfeiçoamento e Idiomas (PROFID). São mais de 250 vagas ofertadas pelo Departamento de Letras e Artes (DEPLA), em parceria com os cursos de Letras Inglês, Francês e Português (EaD).

O curso possui carga horária de 180h, com direito a certificado emitido pela Pró-Reitoria de Extensão e Ações Comunitárias (PROEAC). As aulas acontecerão virtualmente nos meses de novembro e dezembro de 2021 e janeiro e fevereiro de 2022, transmitidas pelo perfil do projeto na plataforma YouTube. Para participar, basta acessar o formulário de inscrição até o dia 24 de setembro e anexar a documentação exigida no edital.

O professor e mestre do curso de Letras – Português/Inglês, Marcos Paulo Torres, relata que já no primeiro dia o número de inscrições foi alto. “De início, planejávamos que pudéssemos atender a duas turmas de 30 alunos, em dois semestres de oferta, mas nessa nova condição acabamos aumentando um cadinho esse número… ao invés de 30, abrimos edital ofertando 25o vagas em cada semestre. Findo o primeiro dia de inscrição, já quase atingimos a quantidade de vagas da primeira turma! Esperávamos que a procura fosse grande porque nosso público-alvo é bastante plural […]”, relata o professor.

O grupo de pesquisa nasceu a partir de uma iniciativa do Núcleo de Pesquisas Pós-Coloniais (NePC), em conjunto com os colegiados dos cursos de Letras da universidade. Dentre os objetivos do projeto, temos a promoção de debates sobre os recortes históricos, rurais e urbanos da literatura nortista e do mercado literário da região, o incentivo da produção e circulação de livros entre a população, sejam eles literários ou didáticos, e a fomentação da pesquisa em relação ao assunto entre estudantes, professores, pesquisadores e demais interessados na área.

“Foto/Imagem: site Literaturas do Norte”.

“Desde o ano de 2020 ele [o projeto] vinha sendo pensado, maturado, até chegar nesse formato em que se oferece. A pandemia acabou por nos apresentar outras propostas e potencialidades de atuação, podendo, inclusive, atender a um público maior do que pensávamos. Também nos permitindo chegar a outras cidades do estado, como Oiapoque, Vitória do Jari e Jaranjal do Jari”, comenta Marcos Paulo.

O curso objetiva promover o interesse e a pesquisa acerca das literaturas produzidas na região norte do país, levando assim a capacitação, aprofundamento e atualização de conhecimento do público-alvo, através dos estudos sobre a identidade e cultura. Segundo Marcos Paulo, qualquer pessoa pode se inscrever, visto que seria impossível promover um diálogo e atingir os objetivos propostos se limitassem o curso a um público restrito.

“O Literaturas do Norte é para todos, que a Amazônia não é única, é plural em sua essência, em seu imaginário e em suas cores, assim como plural é seu povo”, finaliza.

Para mais informações, confira o site do projeto de extensão, onde consta o edital de abertura de inscrição do curso.

Colaboração de texto: Amanda Isis (Bolsista de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2021).

Poesia de agora: Dependurados contra o Sol – Luiz Jorge Ferreira

Dependurados contra o Sol

Jesus Cristo estava brincando com os vírus que tinham sobrado do Sarampo.
Quando minha mãe gritou para os Cúrios que sobrevoavam sedentos o Igarapé.
Podem pousar e beber, as águas do Pacoval não ardem.
Na Mongólia os lagartos ouviram a tradução em Libras, e correram em direção às dunas abandonadas na Líbia.
O Mundo é Azul.
A Terra é Azul.
E Eu sou Blue.

Não tenho obrigação de domar Botos, nem me amigar com Mururés.
Minha obrigação é colorir os ventos, fazer trança nas brisas, maquiar as bruxas, e colocar suas sombras de cócoras.
Enquanto Ontem de Anteontem.
Deus ensinava as estrelas a brilhar.
Faço trejeitos sutis para as estátuas de ceras dos Pastores de Ovelhas no Recôncavo Baiano.

Mamãe insiste com o bando de Cúrios …as águas do Pacoval não são tristes, se aproximem delas.

Uma nuvem jovem louca para mudar de cor e provocar trovões e relâmpagos.
Ajoelha-se em torno do menino de cabelos cacheados, que em Aramaico, lhe aconselha que beba d’água morna e sedosa, com que o Pacoval banha os tralhotos.
Minha mãe grita em Esperanto…as águas do Pacoval não ardem.
Em silêncio…eu desenho em Braile na areia sobre restos de escamas de Sereias e Caramujos lilás… Eu sei!

Luiz Jorge Ferreira

* Poema oriundo no dia 23.07.2020, também conhecido como Hoje. Osasco (SP) – Brasil.

 

 

Neste sábado (25), rola mais uma edição do projeto “Jazz na Calçada” (música de qualidade) #jazznacalcada #enricodimiceli #coletivojazzamapa #clubedojazzamapa

Hoje (25), a partir das 17h, vai rolar mais uma edição do ”Jazz na Calçada”. O encontro deste sábado contará com a participação especialíssima do violonista, compositor e cantor, Val Milhomem, que se apresentará junto os Coletivo Jazz Amapá. A programação visa a disseminação e valorização da musica instrumental amapaense. A entrada é franca e o público pode levar bebidas.

Iniciado em 2017, o projeto que está em sua 4ª temporada (interrompido em 2020 por conta da pandemia do Covid-19), consiste em uma Jam Session na Calçada da residência de Fineias Nelluty, filho de maestro, músico e produtor cultural hiperativo (ainda bem), com muito improviso e música de primeira.

Foto: divulgação

O ”Jazz na Calçada” conta com apoio da Secretária de Estado da Cultura (Secult/AP), por meio de seu titular, Evandro Milhomen.

“O convite é extensivo aos que curtem e fazem o jazz continuar sendo uma verdadeira inspiração aos que tocam e aos que apreciam a arte de se tocar um instrumento. A partir das 17h, estaremos plugados e fazendo som no Jazz da Calçada. Chegue aí pra ouvir música boa feita por grandes músicos amapaenses”, convida o o idealizador e realizador do projeto, o multiinstrumentista Fineias Nelluty.

As edições do Jazz na Calçada antecipam o Amapá Jazz Festival, que será realizado dias 22 e 23 de outubro e a programação está em fase de fechamento de atrações e é o maior evento de música instrumental do Amapá. Inclusive está no calendário nacional e internacional de eventos do estilo. O festival se consagrou pelo modelo popular, ao ar livre, na beira do rio Amazonas e por oferecer para o público um cardápio inquestionável de músicos, convidados brasileiros e estrangeiros de prestígio, que formam com o cenário um palco de cultura e natureza.

Assista abaixo o vídeo da penúltima edição, realizada no dia 28 de agosto de 2021 e saque o quanto a iniciativa é porreta:

Serviço:

Jazz na Calçada
Local: Avenida Clodóvio Coêlho 787, entre Hamilton Silva e Leopoldo Machado.
Data: 11 de setembro de 2021 (dia também conhecido como hoje).
Horário: a partir das 17h.
Informações: 991151774 – Fineias Nelluty.
Apoio: Secult/AP

Cultura: Grupo Pilão celebra 46 anos de criação (meus parabéns aos “Beatles do Laguinho”)

Grupo Pilão – Foto: Gabriel Flores

Criado em 25 de setembro de 1975, o lendário Grupo Pilão, precursor no uso e valorização da cultura regional do Amapá, celebra 46 anos de existência com uma linda trajetória e incalculável contribuição para a música amapaense e amazônica. Em 2020, para comemorar a data, eles lançaram o videoclipe da canção Pedra Negra, com roteiro e direção do jornalista, produtor cultural e ex-integrante da banda, Jorge Herbert. E ainda teve live lindona no dia 4 de setembro do ano passado. Acredito que hoje eles estão reunidos na casa de um dos “Cantos” para comemorar.

Foto: arquivo Grupo Pilão

Sobre os 46 anos da banda – Por Fernando Canto (membro fundador e compositor do Grupo Pilão)

No dia que antecedeu nossa apresentação no IV Festival Amapaense da Canção, fiz uma maratona levando no ombro um pilão de madeira de lei que pesava mais de 30 quilos. Carreguei esse artefato do bairro Jacareacanga ao Morro do Sapo, no Laguinho, depois de pedi-lo emprestado à Dona Tertuliana, mãe dos meus amigos João, Jorge e Dora Lima, que até hoje me cobram a devolução. Ele foi usado como instrumento de percussão na música “Geofobia”, de minha autoria e de Jorge Monteiro, classificada para o dito festival.

Apresentamos a música, eu, meu irmão Juvenal e o Bi Trindade, a essa altura meu amigo do conjunto “Fambers” do Grêmio Jesus de Nazaré. Estava formado, então o Grupo Pilão nesse dia 25 de setembro de 1975. E o Bi seria o primeiro pilonista do mundo. A música foi classificada para a final no dia 25 e a turma do Laguinho foi em peso para torcer por nós.

Fotos: arquivo Grupo Pilão

Entretanto, nada ganhamos. Por ironia fui eu que fiz os arranjos das músicas do Sílvio Leopoldo (que estava em Belém estudando na UFPA) e as duas músicas dele ficaram respectivamente em primeiro e segundo lugar interpretadas pelo Manoel Sobral. Houve protesto manifestado pelo pessoal do Laguinho que gritava em passeata na frente da Rádio Difusora, onde fora realizado o evento.

Diziam que era “masturbação cultural”, roubo, preconceito contra a turma do Laguinho e conservadorismo, por não entenderem que o novo sempre pode ser bom. Carregavam o Pilão e gritavam, sob a liderança do poeta Odilardo Lima. Na edição seguinte, o Jornal do Povo estampou a matéria com a seguinte manchete: “Festival termina com vaias ao júri caduco e alienado”, uma clara simpatia ao grupo.

Fotos: arquivo Grupo Pilão

O tempo passou e cinco anos mais tarde o cantor baiano Raimundo Sodré apresentou no festival da TV Globo a música “A Massa”, usando um pilão como instrumento musical, o que foi considerado inovador pela grande mídia. A música foi um grande sucesso.

O Pilão, que já usava coisas do Marabaixo na época de sua fundação, continuou inovando com projetos que valorizassem a música e a cultura de nossa terra. Fez inúmeros shows, participou de festivais culturais em Caiena e em Kourrou, em Belém, Maceió e Brasília, entre tantos outros lugares, divulgando a música regional e folclórica do Amapá. Gravou três discos (com cerca de 50 músicas) e mapeou a música popular do Estado desde o Marabaixo ao Coatá, das músicas indígenas de trabalho ao Boi-Bumbá, das Folias e Ladainhas ao Batuque e às canções de pássaros.

Fotos: arquivo Grupo Pilão

Realizou projetos nas escolas da capital e do interior onde ninguém ou quase ninguém conhecia nossa cultura, fez ensaios públicos nas praças, tocou nos teatros, na penitenciária, colégios e clubes de serviços, em botecos, ruas e balneários e em todo lugar que era chamado para dar uma “palinha”, sempre ou quase sempre na base do “paga beijo”. Apoiou e participou ativamente de projetos como a Marabaixeta, que resgatou o Marabaixo, agônico àquela época. Enfim, fez o que tinha que ser feito, pois sabíamos que teríamos seguidores confessos como os que estão aí, hoje, realizando o seu trabalho na chamada MPA.

Mesmo lutando com dificuldade, com a falta de apoio em seus projetos, dos quais alguns foram negados para aparecerem depois com outros nomes nas hostes governamentais, tivemos o apoio popular que até hoje dignifica o nome do grupo e o reconhecimento popular de comunidades e da câmara de vereadores.

Agradecemos assim, penhoradamente, a todos que nos honraram com o reconhecimento nesses quarenta anos de disseminação dessa bela cultura e música amazônica, pela nossa terra, nosso mundo identitário.

Foto: arquivo Grupo Pilão

Da minha parte agradeço a todos os que um dia fizeram parte deste grupo, pelo seu importante trabalho que nos sensibilizou pela parceria, tais como Neck, Paulo da Piçarra, Osmar Marinho, Nando, Edson Maciel, Osvaldo Simões, Jorge Herberth, Marilene Azevedo e Déa. E a todos os músicos que sempre nos acompanharam e arranjaram nossas músicas, bem como aos produtores, maquiadores, contrarregras, diretores, costureiros, técnicos de som, de luz e de palco. Agradeço do fundo do coração ao meu amigo Tito Melo pelo tempo que passou conosco e que nos deixou em janeiro deste ano para sempre.

Agradeço em especial ao meu querido irmão de música Bi Trindade, presente todos os instantes no meio de nós, por sua contribuição para o fortalecimento da música popular amapaense como cantor, compositor e tradutor de músicas para o idioma francês.

Aos atuais (e de sempre) meus irmãos Juvenal Canto, grande pesquisador de músicas folclóricas, Eduardo Canto, compositor e percussionista, ao Leonardo Trindade, violonista virtuoso e Orivaldo Azevedo, percussionista e historiador, os mais novos, que estão há quase trinta anos no Grupo, pelo companheirismo que nos uniu todos estes anos em busca da consistência e da identidade da música amapaense.

Foto: Max Renê

Agradeço a todos os que de alguma forma nos ajudaram na divulgação dessa nobre missão, o que seria impossível listá-los: técnicos, produtores, radialistas, jornalistas e fãs, e a alguns governos municipais e estaduais que em algum momento reconheceram a importância do Grupo a para a divulgação da música amapaense, ainda em amadurecimento.

Que venham pelo menos mais 46 anos com a gente sempre unidos pela mesma causa. Obrigadão do Fernando, Juvenal, Orivaldo, Eduardo e Leonardo.

Tenho a honra de ser amigo de alguns desses caras. Pela contribuição incalculável para a música amapaense e cultura geral do Amapá, agradeço e parabenizo os “Beatles do Laguinho” (Elton Tavares).

Proposta apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues: Senado aprovada reconhecimento do general Cabralzinho como Herói da Pátria – @randolfeap

Foto: Agência Senado

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou em decisão final, na quinta-feira (23), o Projeto de Lei do Senado (PLS) 707/2015, que inclui o nome de Francisco Xavier da Veiga Cabral, o general Cabralzinho, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A proposta foi apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e recebeu voto favorável, com duas emendas de redação, do relator, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES).

Ao justificar o projeto, Randolfe destacou a participação de Veiga Cabral na disputa entre Brasil e França por grande parte do território do Amapá, batalha travada no final do século XIX. Segundo afirmou ainda, o homenageado foi um dos líderes do lado brasileiro, “portando-se com resolução e heroísmo na contenda”.

Contarato também avaliou como “justa e relevante” a inscrição do nome de Veiga Cabral no Livro dos Heróis da Pátria: “Cabralzinho soube defender a causa nacional com destemor e bravura, enfrentando forças militarmente superiores para afirmar que aquela terra do Alto Norte era brasileira. Pouco depois, em 1905, vem a falecer relativamente esquecido, com apenas 44 anos”, afirmou.

Foto: Diário do Amapá

Disputa

A disputa pelo território do Amapá envolveu diversos países europeus nos primeiros séculos da colonização da América. Ainda em 1713, Portugal e França firmaram o Tratado de Utrecht, pelo qual se reconhecia no rio Oiapoque – ou Vicente Pinzón – a fronteira do Brasil com a Guiana Francesa. No entanto, ao longo dos anos, a área ao sul do Oiapoque voltou a ser alvo de reivindicações francesas, apesar da presença amplamente majoritária de brasileiros ali residentes. Assim, a partir de 1841, a região entre os rios Oiapoque e Araguari foi reconhecida como área “contestada”, sob a jurisdição conjunta do Brasil e da França.

O gatilho para o confronto é a descoberta de ouro por dois brasileiros no alto Calçoene, no início de 1894. O fato atrai grande número de aventureiros de vários países. Diante de medidas que restringiam o acesso dos brasileiros às minas, tomadas pelo representante do governo francês na região de Calçoene, eclode uma revolta dos brasileiros, que representavam cerca de 90% da população local.

Os combatentes brasileiros resistem por certo tempo, mas acabam derrotados pelos franceses, que atingem idosos, mulheres e crianças. Na disputa, morrem seis militares franceses e 38 brasileiros, no que se denomina a tragédia da Vila Amapá.

Cabralzinho, é reconhecido por sua conduta de heroica resistência no episódio, chegando a ser aclamado pela população em Belém, no Recife e no Rio de Janeiro, quando recebe, do Presidente da República Prudente de Moraes, o título de “general honorário” do Exército brasileiro.

Foto: Agência Senado

Heróis da Pátria

Os nomes inscritos no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria são de personalidades associadas a um feito heroico nacional. É também chamado de “Livro de Aço”, por ter as laudas de metal, e fica guardado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Como foi votado em decisão final pela CE, o PLS 707/2015 só será examinado pelo Plenário do Senado se houver requerimento nesse sentido de um décimo dos senadores. Caso contrário, será enviado direto à Câmara dos Deputados.

Fonte: Agência Senado

Prefeitura de Santana publica editais da Lei Aldir Blanc

A Prefeitura de Santana, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEME) e da Fundação de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer (FUNCTEL), torna público os editais referentes à Lei Aldir Blanc, denominados Seu Sabá, para proponentes identificados como pessoa jurídica e Odilon Sanfoneiro, para os proponentes identificados como pessoa física.

Nesta segunda-feira, 27 de setembro, o lançamento dos editais será acompanhado por uma solenidade no Restaurante Amazon Beach, às 19h, com transmissão ao vivo na página oficial da Prefeitura de Santana. Estarão presentes na ocasião autoridades federais, estaduais e municipais, como o senador Davi Alcolumbre, o governador Waldez Góes, o prefeito Bala Rocha, o secretário de Educação, Amarilson do Amaral e o presidente da Fundação de Cultura, Rogério Barbosa.

Os interessados em concorrer ao benefício terão acesso ao regulamento e anexos presentes nos editais no site da Prefeitura, e devem estar atentos aos requisitos para realização da inscrição. As inscrições devem ser feitas através do site https://inscrição.santana.ap.gov.br

Buscando homenagear artistas do Amapá, os editais levam os nomes de duas importantes figuras do cenário cultural amapaense, conhecidos como Seu Sabá e Odilon Sanfoneiro.

Contador de histórias, homem simples e da roça, Sebastião Dias de Souza, mais conhecido com Seu Sabá, foi um dos primeiros moradores da antiga Vila Maia, estabelecido na Av. José de Anchieta onde, junto de seus vizinhos, criou o ‘Terreirão da Anchieta’. O que começou como uma comemoração entre famílias, proporcionando um momento de descontração e lazer, principalmente para as crianças, tornou-se o maior evento da quadra junina de Santana.

Em 2003, aos 67 anos, Seu Sabá, grande entusiasta da quadra junina amapaense, partiu, deixando seu legado e sua memória viva na cultura local, através de seus feitos e conhecimento empírico a respeito de nossa floresta.

Carismático, talentoso, acolhedor e hospitaleiro, Antônio Odilon do Nascimento, popularmente conhecido como Odilon Sanfoneiro, nascido no Maranhão, viveu mais de trinta anos na cidade de Santana e contribuiu com a cultura local, animando forrozões e sendo mentor de diversos artistas locais.

No ano de 2019, aos 68 anos, Odilon, um dos músicos mais conhecidos do município, faleceu, deixando seu legado no imaginário daqueles que puderam acompanhar seu trabalho de perto.

Assessoria de comunicação da Prefeitura de Santana