Boletim oficial de casos de covid-19 no Amapá 28.11, às 18:00h – 535 novos casos confirmados, sendo 378 em Macapá (HOJE) – Égua-moleque-tu-é-doido

O Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COESP) traz novo relatório com dados sobre a covid-19 no Amapá com 535 novos casos confirmados, sendo 378 em Macapá, 101 em Santana, 21 em Calçoene, 10 em Mazagão, 8 em Laranjal do Jari, 8 em Porto Grande, 5 em Oiapoque e 4 em Pedra Branca do Amapari.

Também há o registro de um óbito no município de Macapá. A vítima é um homem de 79 anos (com doença pulmonar obstrutiva crônica), falecido em 18 de novembro.

Painel geral de casos pela covid-19:

Casos confirmados 58.835 (sendo: Macapá: 23.489/ Santana: 11.989/ Laranjal do Jari: 5.034/ Mazagão: 1.686/ Oiapoque: 3.101/ Pedra Branca: 2.849/ Porto Grande: 1.354/ Serra do Navio: 707/ Vitória do Jari: 2.998/ Itaubal: 325/ Tartarugalzinho: 1.523/ Amapá: 836/ Ferreira Gomes: 675/ Cutias do Araguari: 639/ Calçoene: 1.279/ Pracuúba: 351).

Recuperados: 46.769
Óbitos: 806

Casos confirmados hospitalizados: 159
Sistema público: 140 (51 em leito de UTI /89 em leito clínico)
Sistema privado: 19 (18 em leito de UTI /1 em leito clínico)

Casos suspeitos hospitalizados: 75
Sistema público: 14 (0 em leito de UTI /14 em leito clínico)
Sistema privado: 61 (9 em leito de UTI /52 em leito clínico)

Centro Covid HU – Foto: G1 Amapá

Total em isolamento hospitalar: 234

Com isso, o percentual de ocupação dos leitos voltados para o atendimento da covid-19 no Amapá é de 67,25%.

Isolamento domiciliar: 11.101
Em análise laboratorial: 1.904
Descartados: 41.922

Casos suspeitos declarados pelos municípios:

Macapá: 3.530
Santana: 402
Laranjal do Jari: 0
Mazagão: 63
Oiapoque: 17
Pedra Branca do Amapari: 2
Porto Grande: 189
Serra do Navio: 25
Vitória do Jari: 22
Itaubal: 8
Tartarugalzinho: 25
Amapá: 1
Ferreira Gomes: 15
Cutias do Araguari: 44
Calçoene: 70
Pracuúba: 5

Total: 4.418

Assessoria de comunicação do GEA

MPF cobra explicações do ONS e da CEA sobre mais um apagão no Amapá

Foto: https://bsbnoticias.com.br/

Em ofícios enviados ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e à Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), o Ministério Público Federal (MPF) cobra explicações sobre o apagão registrado na noite desta terça-feira (17). O segundo blecaute, em um intervalo de 15 dias, deixou sem energia elétrica os 13 dos 16 municípios do estado atingidos da primeira vez. Nos documentos expedidos nesta quarta-feira (18), o órgão fixa prazo de 48 horas para respostas.

Ao ONS, o MPF requisita que se manifeste sobre a nova ocorrência e apresente informações e documentos que esclareçam a causa e a responsabilidade sobre o sinistro, além das medidas tomadas para evitar que o episódio se repita. A CEA deve se manifestar, no mesmo sentido, bem como informar se houve impacto no cronograma previsto para normalização do fornecimento de energia no Amapá, cuja data seria, a princípio, 26 de novembro.

Ainda na terça-feira, o MPF requisitou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cópia de ofício da Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE) no qual a empresa sinaliza que a prestação do serviço público poderia ser afetada pela situação de pandemia. Além do ofício, o órgão quer também acesso aos demais documentos relacionados à questão, em 10 dias. No mesmo prazo, o MPF aguarda que a Aneel apresente o Relatório de Análise de Perturbação sobre o apagão no Amapá, que também deve subsidiar a atuação ministerial.

Inquérito civil – O inquérito civil aberto em 5 de novembro, no âmbito do MPF, busca apurar as causas do incêndio na subestação e responsabilizar os envolvidos. Como providência inicial, o órgão requisitou à LMTE, ONS, Aneel, CEA e Companhia de Água e Esgoto do Amapá informações sobre as causas do blecaute e medidas para restabelecer o fornecimento de energia e o abastecimento de água à população.

Na última semana, o MPF cobrou esclarecimentos adicionais à LMTE, Aneel e ONS. Também foi solicitado acesso a dados de inquéritos abertos pelo Ministério Público e pela Polícia Civil do Estado do Amapá. As respostas recebidas vêm sendo analisadas e embasam novas providências visando aprofundar as investigações.

A responsabilização dos envolvidos deve ocorrer após minucioso trabalho de investigação que pretende alcançar todos os atores que deram causa ao evento, por ação ou omissão.

Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal no Amapá
(96) 3213 7895 | (96) 98409-8076

Amapá entra no 15º dia de apagão com início de solução provisória para retorno de 100% da energia

Imagem – Fantástico

O Amapá entrou nesta terça-feira (17) no 15º dia de apagão, que afeta 13 dos 16 municípios do estado. Na segunda-feira (16), começaram a ser descarregados os 37 geradores termelétricos que devem garantir, de forma provisória, o retorno de 100% do fornecimento da energia elétrica assim que entrarem em operação.

Os problemas no fornecimento de energia iniciaram no dia 3 de novembro, depois que um incêndio atingiu a principal subestação do Amapá. As causas ainda são investigadas. O estado ficou completamente “no escuro” por quatro dias.

No dia 7 de novembro, o serviço começou a ser retomado e atualmente a distribuição para 90% da população do estado é através de rodízio, de 3 e de 4 horas.

Os geradores, que chegaram na segunda-feira vindos de Manaus em balsas, vão gerar 45 megawatts de energia. Segundo projeção do Ministério de Minas e Energia (MME), irão garantir o retorno da totalidade no fornecimento.

Usina termelétrica de Santana vai receber geradores — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Os equipamentos são instalados em duas subestações da Eletronorte, uma na capital Macapá e outra no município de Santana.

Ainda não há prazo exato para a retomada integral da eletricidade, pois a previsão depende da avaliação técnica das empresas de montagem dos geradores. No entanto, a CEA prevê manter o racionamento até o próximo dia 26.

Atualmente, o estado gera um total de 210 megawatts, sendo 70 da Usina Hidrelétrica de Coaracy Nunes e 140 megawatts através do sistema da Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE).

Geradores chegaram ao Amapá em balsas vindas de Manaus, no Amazonas — Foto: Rede Amazônica

Solução definitiva

Para garantir 100% do abastecimento e com segurança de reserva de energia é necessária a instalação de um segundo transformador na subestação que pegou fogo. Atualmente, a estrutura opera com apenas um, também danificado pelo incêndio, mas que foi recuperado no dia 7 de novembro.

A LTME tinha um terceiro transformador, justamente de reserva, mas o equipamento está em manutenção desde o fim de 2019.

A Rede Globo apurou ainda que, em 5 anos de operação, a subestação que pegou fogo não recebeu uma única fiscalização presencial da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Transformador para solução definitiva começou a ser transportado para Macapá — Foto: Emiliano Capozoli/Gemini

A Aneel esclareceu que a fiscalização do setor de transmissão de energia elétrica ocorre continuamente e tem por base o monitoramento de indicadores de desempenho das transmissoras.

A montagem do novo transformador está prevista para esta semana. Na segunda-feira o equipamento, que pesa cerca de 100 toneladas, começou a ser transportado de Laranjal do Jari, no Sul do estado, numa operação logística que envolve balsas e caminhões.

O parque elétrico de geradores que chega ao Amapá vai continuar no estado mesmo após a recuperação do transformador da subestação, como retaguarda.

Moradores da capital do Amapá, em Macapá, fazem protestos durante apagão — Foto: Maksuel Martins/Estadão Conteúdo

Apagão no Amapá

Atualmente, as cidades atingidas pelo apagão tem cerca de 80% da capacidade de fornecimento. O racionamento gerado pelo problema é alvo de reclamações e uma série de protestos desde o dia 6.

O ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, chegou a anunciar que o restabelecimento total estava previsto para o último fim de semana, porém a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) planeja que o racionamento dure até 26 de novembro, até que o segundo transformador esteja funcionando.

Inspeção na subestação com transformador incendiado ao fundo — Foto: Polícia Civil/Divugação

A concessionária responsável pela operação da subestação tinha até a quinta-feira (12) para dar uma “completa solução” para o problema, porém pediu prorrogação do prazo, que foi atendido pela Justiça Federal com data máxima até 25 de novembro.

Fonte: G1 Amapá

Frases, contos e histórias do Cleomar (V Edição Especial Coronavírus, Política e Apagão)

Tenho dito aqui – desde fevereiro de 2018 – que meu amigo Cleomar Almeida é cômico no Facebook (e na vida). Ele, que é um competente engenheiro, é também a pavulagem, gentebonisse, presepada e boçalidade em pessoa, como poucos que conheço. Um maluco divertido, inteligente, gaiato, espirituoso e de bem com a vida. Dono de célebres frases como “ajeitando, todo mundo se dá bem” e do “ei!” mais conhecido dos botecos da cidade, além de inventor do “PRI” (Plano de Recuperação da Imagem), quando você tá queimado. Quem conhece, sabe.

Em 2020, assim como a primeira, de março passado, a segunda de maio, a terceira em junho, a quarta em agosto, segue a V Edição Especial Coronavírus (agora com campanha política e apagão), cheia de disparos virtuais do nosso pávulo e hilário amigo sobre situações vividas e legendadas por ele mesmo. Boa leitura (e risos):

Arroz caro

A única certeza em aniversário na casa de pobre é o risoto, nessa caristía, a gente fica como?

Não vem de garfo

Tu pedes aquele combo de sushi, na esperança de que a falta de habilidade da moçada com os “pauzinhos” amenize o desespero na hora de comer, quando tu te espantas, tá todo mundo de garfo. Oh raiva!!

Máquina de lavar

Aqui em casa é assim, se vc esqueceu algum documento no bolso da calça, procure na máquina de lavar, se esqueceu cartão do banco, pen drive, chaves, procure na máquina de lavar. Agora se vc esqueceu algum trocado no bolso, te despede dele meu amigo, já era! Vou trocar essa máquina, ela tá de malandragem pra cima de mim!

Planos frustrados

Fiz tantos planos pra essa semana. Não ganhar no Amapacap jogou todos eles na merda.

Carne e risco de infarto

Aí tu vais cedo no mercado, escolhe aquela paulista bonita, capa de gordura certinha e pede pra patroa fazer um assado de panela ao estilo Ana Maria Braga. Trabalha a manhã toda pensando na gostosura que aquilo vai ficar. Na hora do almoço a decepção, na panela, a carne que vc comprou não existe mais, está limpa, sem um grama de gordura, sem brilho. A explicação: A carne tava muito gorda, tirei a gordura, vc vai acabar infartando. Vou sim, se tiver umas três raivas dessa na semana, com certeza eu infarto.

Calor

Hoje em Macapá a temperatura a tarde era de 39 graus, a sensação térmica era de que o capeta tinha tomado posse de tudo.

Pira

Tem dois dias que tô com uma coceira na palma da mão, minha mulher diz que é dinheiro, eu digo que vou no Dr. Palheta amanhã, acho que é pira mesmo.

Racismo

Só pra vocês ficarem espertos, tem uns preto aí, que tem raiva de preto, tipo aquele preto do DiCaprio no filme Django.

Linguajar

Nortista, quando fica nervoso e não sabe o que falar, manda logo um “eiiiita”.

Vacina

Eu tô parece a vacina de Oxford esse mês, achei que ia arrebentar e já me apareceu um monte de problema.

Sobre tomar ou não a vacina, se vcs não quiserem é até melhor. Menos gente pra vacinar, chega mais rápido pra mim.

Dinheiro e felicidade

Não posso perder o Globo Repórter de hoje, o tema: Menos dinheiro, mais felicidade ! Menos dinheiro eu já tenho…

Tratamento

Homem se apaixona sim pela forma que é tratado. Experimenta tratar que nem um fdp pra ver se a gente não gama.

Balanço do ano

Tivesse eu vinte cus, poucos seriam pra tomar neles em 2020.

Aporrinhação

Aqui em casa não existe esse negócio de “sem aporrinhação”. Aqui a gente resolve as coisas com aporrinhação, e muita.

Apagão

Precisou de um apagão pra tu perceberes que o cara da vendinha do bairro, o dono do posto de combustível, o do grande supermercado e até a dona do salão de beleza, estão cagando pra tua agonia.

Alguém sabe me dizer se a história de “Os humilhados serão exaltados” vale pra amapaense, ou também estamos fora da promoção?

Maior prejudicado fui eu, que perdi 5 kg de tamuatá nessa frescura de ficar sem energia.

Beleza

Se tivessem me falado que essa eleição ia ser na base da belezura, teria me candidatado. Garanto que não ia ser o fona.

Política

Se o Guaracy prometer que vai cuidar da cidade, com o mesmo carinho que cuida dessas sobrancelhas, meu voto tá garantido.

Só a nível de esclarecimento, o debate entre os candidatos à PMM ficou pra depois das eleições? É isso mesmo?

Ninguém lembra do Pastor Everaldo do PSC, aí tu falas: Aquele que peidou! Na hora todo mundo se lembra.

Tem uns candidatos que são até bem mais ou menos, aí tu vais ver os apoiadores, foooolêgo! Dá vontade até de rasgar o título de eleitor.

Auto-conhecimento

Quando vejo as merdas que eu postava a cinco anos, penso que eu era retardado. Quando vejo as que posto hoje, tenho certeza.

Mulher enfrenta parto sob luz de celular no AP: “Achei que fosse morrer” Via @universa_uol- Égua-moleque-tu-é-doido

A mãe Elaine Neves e o pai Bruno posam com a recém-nascida Sarah Beatriz Imagem: Arquivo pessoal.

Por Júlia Flores, de Universa

O Amapá está há 12 dias sem luz. No segundo dia de apagão, que atingiu 13 das 16 cidades do estado, Elaine Neves passou por um dos momentos mais complicados de seus 38 anos: entrou em trabalho de parto e, sob risco de vida, se viu numa sala de cirurgia no escuro.

Ela já sabia que o procedimento seria de risco. Pela idade, por ser diabética e pelo bebê pesar mais de 4 quilos, havia indicação de cesárea. Quando ela chegou no Hospital da Mulher Mãe Luzia, na manhã do dia 4 de novembro, Macapá já havia passado a noite no escuro.

“Na quarta-feira pela manhã eu fui internada, o gerador já estava funcionando havia muitas horas no hospital. De vez em quando ele apagava. Quando eu entrei na sala de cirurgia, deitada na maca, a energia caiu”, conta Elaine. E não voltou mais. Além de tomar anestesia, foi necessário que a mãe também tomasse um sedativo, por indicação médica.

Sarah Beatriz é a quarta filha de Elaine e Bruno Neves. O casal é pastor e líder de ministério de uma igreja local e mora no bairro de bairro Bioparque, uma parte rural da capital Macapá. “Não esperávamos que a Sarah fosse nascer nesse momento de adversidade. A Elaine engravidou antes da pandemia. Quando estávamos nos reerguendo desse momento.

Dar à luz em meio à escuridão

Em conversa por vídeo com a reportagem, Elaine chora ao lembrar do momento do parto. Ela agradece a atenção e o acolhimento da equipe médica, que ela chama de heróis. “A equipe foi muito atenciosa, fizeram de tudo para que acabasse logo. Eles tiraram a neném da minha barriga, eu não me recordo de ter visto a Sarah, eu só fui vê-la depois”, conta Elaine, que também previa uma laqueadura após o parto. “Quando eu fui levada ao quarto, a médica me explicou que, para evitar complicações e como eu estava sentindo muita dor durante a operação – mesmo sedada eu gritava de dor -, eles não conseguiram finalizar a laqueadura.”

Das memórias desse momento, que poderiam ter sido de alegria e celebração, uma cena ficou registrada: “Eu lembro da médica falando com a equipe: ‘Corram para outra sala e peguem lanternas’. Foi nesse momento que me sedaram. Eles finalizaram os pontos da minha barriga sob a luz do celular”. O processo foi desesperador sim, eu pensei que não fosse sobreviver por não ter energia para finalizar o procedimento A cirurgia durou cerca de uma hora. Do lado de fora do hospital, sem receber notícias da mulher, Bruno experimentava o que ele descreve como um filme de terror. “Quando eu cheguei no hospital, estava uma correria fora do normal. O hospital todo no escuro. Atendentes, enfermeiros, todos correndo. Neste momento eu orei.”

Por causa da falta de energia, o pai não tinha mais bateria de celular e estava sem se comunicar com a mãe. Após o procedimento, Elaine foi levada para o quarto. “A primeira vez que eu vi a Sarah eu já tinha saído do centro cirúrgico e minha amiga enfermeira que acompanhou o parto me falou que a bebê estava bem. Quando ela chegou com a Sarah, eu estava desesperada, naquele momento a Sarah começou a chorar e desceu muitas lágrimas dos meus olhos, e eu peguei na mãozinha dela e disse: ‘Minha, filha nós vencemos’.

“Senti muita raiva”, conta o pai Elaine conta que nos primeiros três dias depois do parto, ela não conseguia tocar no assunto. “Eu chorava muito, eu lembrava do desespero, de tudo o que eu passei, de não ter energia, do corre-corre”, diz. A indignação pelo momento caótico é compartilhada pelo casal: “Senti muita raiva por ter acontecido o que aconteceu em um momento tão lindo na vida de uma mãe”, diz ele. Há dez dias, o casal tenta contornar as dificuldades dos primeiros dias do pós-parto. Como estava tudo pronto para a chegada da bebê, eles contam que o apagão e a escassez de alimentos não afetaram a criança.

“Quem sofreu mais foi a Elaine. Ela precisava de suco, precisava de fruta para poder gerar leite e amamentar, não tinha espremedor, não tinha liquidificador, não tinha líquido”, diz Bruno, que pede socorro ao Amapá. “Esta situação é desumana e as autoridades não fazem nada”.

Universa questionou a Secretaria Estadual de Saúde sobre a falha no gerador do hospital estadual durante o parto de Elaine, mas não teve resposta.

Em casa, a família comemora a chegada da criança. “Tudo isso vai passar. Amigos brincam e dizem que o nome dela não devia ser Sarah Beatriz, devia ser Sarah Luz”, conta o pai. No final da entrevista, adiada duas vezes por problemas decorrentes da falta de energia, os pais apresentaram a criança à repórter, por vídeo. Com poucos dias de vida, a bebê nem imagina a batalha que já venceu.

Fonte: UOL.

Racionamento de energia no Amapá pode seguir até 26 de novembro, diz companhia elétrica – Égua-moleque-tu-é-doido!

A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) informou nesta sexta-feira (13) que o racionamento no fornecimento de energia elétrica no estado deve seguir por mais 13 dias, pelo menos até 26 de novembro. O prazo equivale ao tempo previsto para chegada em Macapá de um transformador vindo da subestação de Laranjal do Jari, no sul do estado, a cerca de 265 quilômetros da capital.

Transformador da subestação de Laranjal do Jari, que virá para Macapá – Foto: Emiliano Capozoli/Gemini

O Amapá vive um racionamento devido ao apagão iniciado em 3 de novembro após incêndio que atingiu a subestação de energia mais importante do estado.

Desde então, 13 dos 16 municípios estão com problemas no fornecimento e um rodízio está sendo feito para abastecer as cidades.

A CEA atentou que esses prazos deverão ser confirmados pelo Ministério de Minas e Energia (MME), do governo federal.

Marcos Pereira, diretor-presidente da CEA — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

“O racionamento tem uma previsão até o transformador ser colocado na subestação. A gente tem uma previsão por volta do dia 26. Ontem teve problema no transporte, a balsa que levava até lá não estava dimensionada. Temos essa informação via acompanhamento dessa situação”, explicou Marcos Pereira, diretor-presidente da CEA.

O ministro Bento Albuquerque chegou a anunciar que o restabelecimento total estava previsto para este fim de semana.

A concessionária responsável pela operação da subestação tinha até a quinta-feira (12) para dar uma “completa solução” para o problema, porém o prazo da decisão da Justiça Federal não foi atendido.

O equipamento, que pesa cerca de 100 toneladas, vai substituir um dos transformadores danificados no incêndio que atingiu a principal subestação do estado, em Macapá, na noite de 3 de novembro. Ele era um dos dois responsáveis pelo fornecimento da energia em 13 das 16 cidades do Amapá.

O presidente reforça que cobertura de energia no estado deve ser elevada antes do dia 26 com a chegada de transformadores termelétricos, abastecidos por combustível.

“A gente trabalha com esse cenário, temos uma previsão de energia adicional de termelétricas contratadas pela Eletronorte, que é um cenário um pouquinho mais curto que esse do dia 26. A gente vai ter um cenário de 8 a 10 dias subindo para pelo menos 90%”, reforçou.

Atualmente, as cidades atingidas pelo apagão tem cerca de 80% da capacidade de fornecimento, obrigando cerca de 90% da população a viver em racionamento, com rodízio de horários com energia. A medida gerou mais de 80 protestos por falhas na cobertura.

Cidades com eleição terão 100% no fornecimento

A CEA anunciou ainda que 12 das 13 cidades do estado atingidas pelo apagão, com exceção de Macapá, terão fornecimento integral de energia elétrica, sem rodízio, no domingo (15), dia de votação para prefeitos e vereadores.

A empresa explicou que com a suspensão do pleito apenas em Macapá, após pedido do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), será possível realizar manobras na rede para oferecer 100% de eletricidade aos 12 municípios durante as 24 horas do domingo.

“A CEA fez um planejamento para disponibilizar energia elétrica, privilegiando as eleições. Como Macapá acabou não realizando as eleições, a gente vai disponibilizar energia 24 horas para os outros 12 municípios. É um domingo, ou seja, tem uma carga menor, tem a supressão de algumas atividades e tudo mais. A gente fez esse planejamento, garantiu isso dentro dessa análise técnica”, explicou.

Fonte: G1 Amapá

‘Somos excluídos do país’: amapaenses veem ‘descaso nacional’ por apagão em meio a protestos e violência ( Via @bbcbrasil)

Moradores do bairro de Santa Rita, em Macapá, protestaram contra o apagão no Estado. Foto de Rudja Santos, no dia 7 de novembro

Por Leandro Machado e Vitor Tavares
Da BBC News Brasil em São Paulo

Nove dias após o início do apagão que deixou a maior parte da população do Amapá sem energia elétrica, moradores da capital, Macapá, ainda relatam dificuldades para retomar a vida normal e reclamam de “descaso” e do “abandono” por parte dos governos, além de falta de visibilidade para o problema no restante do país.

“Meu sentimento é de abandono. A gente (amapaenses) sempre se sentiu muito excluído do resto do Brasil, do resto da população. Acho que agora só ficou mais claro”, diz o estudante André Luiz Fonseca, de 23 anos.

A queda de energia, provocada por um incêndio em uma subestação da empresa Isolux, ocorreu na noite do dia 03 de novembro e atingiu 13 das 16 cidades do Estado. Cerca de 730 mil pessoas do Estado foram afetadas pelo corte, o que representa 85% da população local.

O Ministério de Minas e Energia afirmou hoje que aumentou o fornecimento de energia para 80% do Estado. Na sexta-feira, o ministro da pasta, Bento Albuquerque, disse que o completo restabelecimento é “complexo” e deve demorar pelo menos dez dias.

O governador do Estado, Waldez Góes (PDT), afirmou que o governo federal é quem deveria responder pelo apagão – Foto: Agência Brasil

Já o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), culpou o governo federal. “Quem deve dar resposta ao desastre em termos de punição é a Agência Nacional de Energia Elétrica e o Operador Nacional do Setor Elétrico. Quem deve dar resposta da transmissão também é o governo federal, porque já que a iniciativa privada é contratada, o governo federal deve dar resposta”, disse há dois dias, em entrevista à Globonews.

Há 48 horas, a eletricidade tem chegado a parte da população apenas por algumas horas ao dia, e em caráter de rodízio.

Na casa de André Luiz Fonseca, por exemplo, a energia funciona duas vezes por dia, das 6h às 12h e das 18h à 0h. Na noite de terça, porém, a família só teve luz elétrica durante uma hora.

“Pra dormir, a casa fica toda aberta por causa do calor, mesmo com medo da violência. Nessa semana uma farmácia na esquina de casa foi saqueada”, conta.

Por causa do rodízio e dos problemas causados pelo apagão, muito amapaenses saíram às ruas para protestar, o que gerou episódios de violência e repressão policial. Um adolescente foi atingido no olho por uma bala de borracha disparada pela polícia.

Na semana passada, filas quilométricas se formaram nos poucos pontos onde havia caixas eletrônicos em funcionamento, pois máquinas de cartões de débito e crédito não estavam ativas. Além disso, houve aglomerações em postos de gasolina e locais com fornecimento de água potável.

A pesquisadora Ana Rita Pinheiro Barcessat, grávida de cinco meses, cogitou a possibilidade dormir no laboratório da universidade com sua filha mais velha

‘Dormindo na universidade’

Na casa de Ana Rita Pinheiro Barcessat, 43, pesquisadora da Universidade Federal do Amapá, só há eletricidade por seis horas ao dia. O problema é a madrugada.

“Por causa do calor e dos mosquitos, a gente costuma dormir com ventilador ou ar-condicionado. Sem energia, fica praticamente impossível dormir. Sou privilegiada, moro num bairro central e em uma casa boa. Mas nos bairros mais pobres, as pessoas estão sofrendo muito”, diz.

Durante o dia, quando há energia, ela tem recebido amigos em casa, pessoas em busca de uma temperatura mais amena para descansar e de água para tomar banho.

Em Macapá, boa parte das casas tem poços artesianos para armazenar água. Porém, ela é retirada por meio de bombas, que precisam de eletricidade para funcionar.

“Alguns colegas, professores e pesquisadores, estão dormindo e tomando banho na universidade, onde há energia por causa do hospital universitário. Também levei um colchão para o meu laboratório, caso eu precise dormir aqui”, diz Ana Rita, que está grávida de cinco meses.

Ela conta ter cancelado as consultas odontológicas que dá em outro hospital público de Macapá. “Se eu ligar o compressor do consultório, a quimioterapia do hospital desliga. É uma situação desesperadora”, diz.

Daylane Barreto e um grupo de amigos se reuniram para doar água a moradores de regiões mais pobres de Macapá

#SOSAmapá

Já a administradora Daylane Barreto, 31, reclama que o rodízio tem favorecido bairros mais ricos. “Há comunidades de periferia onde a energia só chega por 2 hora ao dia, às vezes só por 20 minutos”, diz.

“A gente liga para os números de reclamação da empresa de energia e do governo, mas nada funciona. Não estamos só às escuras porque não tem eletricidade, mas também por falta de informação. É um descaso total”, afirma.

Ela e um grupo de amigos diariamente levam galões de água mineral e cestas básicas para moradores de bairros mais pobres de Macapá, como Macapaba e Novo Horizonte, onde a energia elétrica está bastante instável.

Barreto também critica a cobertura da imprensa sobre o caos enfrentado pelo povo amapaense, uma reclamação bastante citada nas redes sociais sob a hashtag #SOSAmapá.

“Se fosse no Sudeste, isso jamais estaria acontecendo. Teria plantão 24 horas na televisão, o dia inteiro falando do problema, influenciadores da internet cobrando uma solução. O que a gente tem visto são reportagens de um minuto, coisa rápida. Aí volta o apresentador, falando: ‘agora vamos falar mais sobre as eleições nos Estados Unidos'”, diz.

O estudante André Luiz Fonseca faz a mesma reclamação. “Aqui está todo mundo comentando sobre a resto do Brasil não dar a devida atenção pra gente. Fica todo mundo apreensivo, esperando os jornais na TV, pra ver se haverá atualização, e nada. Muitas vezes são matérias recicladas do jornal local”, afirma, por telefone.

“As pessoas esquecem que Amazônia não é só floresta. São pessoas, animais, cidades. É muito fácil colocar uma hashtag para salvar a Amazônia, pra gerar engajamento. Se o apagão fosse em São Paulo, estaria esquecido ou tendo uma comoção nacional?”, questiona.

Fonte: BBC News Brasil

Em apagão no AP, jovem dorme com gerador de energia ligado e é achado morto – Por @abinoan_

Jehoash Vitor foi encontrado morto no local de trabalho – Imagem: Arquivo Pessoal

Por Abinoan Santiago

A Polícia Civil do Amapá investiga a morte do técnico em informática Jehoash Vitor Monteiro, de 24 anos, encontrado morto em 6 de novembro, em Porto Grande, a 102 quilômetros de Macapá. A suspeita é de asfixia por inalação de gás expelido de um gerador de energia enquanto dormia na empresa onde trabalhava.

De acordo com a Polícia Civil, testemunhas contaram que a vítima procurou o espaço na madrugada de 6 de novembro para ter energia com o gerador movido a óleo diesel, já que a cidade estava sem eletricidade por causa do apagão que atinge o Amapá desde 3 de novembro.

Fonte: UOL.

Amapá tem 5ª noite de protestos contra rodízio de energia; base da PM é depredada

Amapá tem 5ª noite de protestos contra rodízio de energia; um dos atos interditou a BR-210 por cerca de 8 horas — Foto: PM/Divulgação

O Amapá registrou a 5ª noite seguida de protestos contra o apagão de energia, que chega ao 9º dia nesta quarta-feira (11). Manifestantes reunidos na noite de terça-feira (10) pediam a regularidade do fornecimento de eletricidade, que atende com falhas em sistema de rodízio, ligado por até 6 horas de maneira alternada.

O governo federal prevê que a distribuição volte a 100% até o fim desta semana, mas o prazo judicial obriga uma solução até esta quinta (12).

Fogo em pneus e pedaços de madeira no meio da BR-210, em Macapá, na tarde de terça-feira (10) — Foto: Ronaldo Brito/Rede Amazônica

Segundo balanço da polícia, entre sexta-feira (6) e a madrugada de terça-feira (10), foram mais de 50 atos contra o apagão. Um dos protestos desta terça-feira bloqueou por cerca de 8 horas a BR-210, na Zona Norte de Macapá. Centenas de moradores se reuniram em frente ao conjunto habitacional Macapaba, que tem 4 mil moradias populares.

Para chamar atenção, o grupo queimou pneus e pedaços de madeira. Crianças e idosos participavam do ato, segundo a Polícia Militar (PM), que declarou que teve dificuldades em conter os manifestantes. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também atuou para controlar a situação no local.

UPC do Macapaba foi depredada na noite de terça-feira (10) — Foto: PM/Divulgação

Atos de vandalismo foram registrados — um deles, a depredação de uma Unidade de Policiamento Comunitária (UPC) do conjunto Macapaba. É um prédio da PM que ainda não havia sido ativado. Vidros foram quebrados, e botijões, geladeira e extintores furtados.

Além da falta de energia, a população do conjunto cobra outros problemas no Macapaba, como a melhoria no fornecimento de água tratada e segurança pública.

No bairro Buritizal, na Zona Sul, grupo fez barricada — Foto: Reprodução

Outros atos reivindicando a normalização do serviço de energia aconteceram em outros pontos da cidade, como no bairro Buritizal, na Zona Sul. No local os moradores também queimaram pedaços de madeira e outros itens para chamar atenção.

PM tentou desmobilizar ato que seguiu por mais de 8 horas — Foto: Ângelo Fernandes/Arquivo Pessoal

Na segunda-feira, outro protesto bloqueou a Rodovia Duca Serra, na Zona Oeste, que liga Macapá a Santana. A PM tem registrado atitudes violentas durante os protestos de insatisfação. Na terça-feira, uma viatura do Corpo de Bombeiros foi atacada com pedras e teve o vidro frontal danificado na Zona Norte.

Fonte: G1 Amapá

Apagão no AP chega ao 8º dia com luz ‘parcelada’ e improviso na rotina – Égua-moleque-tu-é-doido!

Após cinco dias de apagão total, desde domingo (8) cerca de 90% da população do Amapá depende de um rodízio do fornecimento de energia elétrica. Oito dias após o início da crise no sistema energético, e ainda com falhas no fornecimento por turnos previsto pelo governo, moradores tentam adaptar a rotina para enfrentar períodos de até 12 horas sem luz. O prazo definido pela Justiça para solução definitiva do problema termina nesta terça (10) sob pena de multa de R$ 15 milhões.

Sem água, mãe e filha tomam banho e lavam roupa usando baldes em Macapá — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Dividida em dois turnos – de 0h às 6h e 12h às 18h ou de 6h às 12h e 18h às 0h – a retomada parcial do serviço, prevista para durar até o fim desta semana, impõe limitações ao trabalho dos amapaenses.

No Centro Comercial da capital, a maioria das lojas reabriu, mas o bocejar de vendedores e atendentes mostra que a alternância no fornecimento de eletricidade já prejudica o sono das pessoas. Muitos têm que acordar na madrugada para realizar tarefas que não puderam realizar durante o dia pela falta de luz.

Vendedor Antônio Lobato Gama trabalha pela manhã após ficar de 0h às 6h sem energia — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

“Passamos 5 dias sem energia, não tem luz, tenho duas crianças, e ficamos sem dormir porque tem muito mosquito”, relatou o vendedor Antônio Lobato Gama, que ficou sem luz de 0h às 6h e começa a trabalhar de manhã. Por causa do calor, equipamentos como ventiladores e ar-condicionado são indispensáveis para garantir o conforto durante o sono, sem eles, a opção é abrir as janelas e enfrentar a invasão de insetos.

A microempreendedora Tainara Silva Souza também teme pela segurança dela e da família, pois sem luz, ela diz estar com a casa desprotegida.

Bancos reabriram em Macapá e muitas pessoas foram até as agências — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

“Fiquei com muito medo, tem cerca elétrica, mas é perigoso. As câmeras são nossa segurança. Sei de alguns lugares que teve assalto, então a gente nem consegue dormir direito”, relatou.

Além dos problemas no trabalho, a falta do serviço retarda as tarefas domésticas. Na capital, além de faltar luz, também não tem água . Tomar banho e lavar louças ou roupas exigem adaptações.

“Não tem água, a torneira vazia. Aqui volta 12h [a energia], foi embora 18h, a água não sei por que não tem”, lamentou a dona de casa Conceição Corrêa, moradora do Conjunto São José, na Zona Sul. O sistema de abastecimento depende de bombas que operam com energia elétrica.

Dona de casa Conceição Correa fica sem água encanada quando vai embora a energia — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Em alguns locais, moradores reclamam que além do parcelamento da luz, o serviço é suspenso fora do horário programado e retomado sem qualquer aviso.

“Com esse cai cai já não sei se deixo as minhas coisas na tomada. E se cair? E voltar de novo com ‘força’. Vou perder tudo, os aparelhos vão queimar, e ninguém vai me ressarcir”, reclamou a dona de casa Tereza Queiroz.

Retomada total do serviço

A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) informou que o fornecimento pode melhorar conforme as medidas de suporte ao sistema elétrico durante a semana, como utilização de geradores e aumento de produção da Usina de Coaracy Nunes. O estado conta com cerca de 70% de distribuição após o reparo de um dos três transformadores da empresa Isolux.

O sistema de rodízio deve continuar até a chegada de outro transformador que, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), deve começou a ser desmontado para ser enviado à Macapá em até 15 dias.

Sobre a interrupção da eletricidade fora do horário previsto, a CEA explica que disse que os problemas serão corrigidos a medida que os consumidores relatarem as falhas, por meio do telefone 116.

A distribuidora de energia conta com três transformadores de energia para atender o estado: um deles foi atingido por um raio, que causou um incêndio que acabou atingindo os outros dois. Já o de backup estava parado para manutenção há quase 1 ano. O motivo da demora no reparo do aparelho de retaguarda será investigado. Depois da crise, apenas um dos três transformadores voltou a funcionar.

Fonte: G1 Amapá

Apagão no Amapá chega ao 7º dia com falhas em rodízio de energia

O apagão no Amapá chega ao 7º dia nesta segunda-feira (9). Parte do fornecimento de energia em 13 dos 16 municípios do estado foi retomada no sábado (7), e o governo estabeleceu um rodízio do fornecimento de luz com duração de 6 horas, por regiões. A solução provisória é alvo de reclamações dos moradores, que apontam descumprimento do cronograma.

Com apenas 65% do sistema elétrico restabelecido, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) fixou rodízio para que o estado todo fosse contemplado. Porém, há locais onde a energia voltou por apenas 2 horas .

Quase 90% da população do Amapá, o equivalente a 765 mil pessoas, ficou sem energia elétrica na última terça-feira (3), quando um incêndio atingiu a principal subestação do estado. Com a falta de eletricidade, houve problemas no fornecimento de água potável e nas telecomunicações, além de filas nos postos de combustíveis e prejuízos ao comércio.

O militar Marcelo Silva, de 40 anos, mora no bairro Marabaixo 3, na Zona Oeste de Macapá. Por lá, no rodízio, deveria ter energia das 6h às 12h e de 18h até meia-noite. No entanto, no domingo (8) foram mais de 12 horas sem o serviço.

“No meu bairro ficou sem energia das 18h de ontem até 6h30 de hoje. No meu local de trabalho chegou 4h30 da madrugada de hoje e 6h40 já foi embora. […] A gente tenta se organizar baseado no cronograma, mas não respeitam. O transtorno maior é não poder dormir, não conseguir descansar. É você não poder organizar a dispensa, ainda que tenha uma energia mínima, não dá pra fazer gelo, não dá pra congelar o almoço que vamos fazer amanhã porque corre risco de perder”, detalhou.

“É inadmissível nosso estado ser gerador de energia, com várias hidrelétricas, passar por uma situação dessa. O Amapá está mendigando energia”, acrescentou.

Estudante do Amapá diz que falhas no rodízio não a deixa organizar rotina durante apagão, como organizar compras de mercado da semana — Foto: Arquivo Pessoal

No bairro Muca, já na Zona Sul, o rodízio também deveria funcionar no mesmo horário que o Marabaixo 3. No entanto, na casa de uma estudante de 20 anos, que não quis ser identificada, só teve energia das 18h até 21h de domingo; voltou às 4h desta segunda-feira, mas duas horas depois o fornecimento foi interrompido.

“Eu acho isso um desrespeito, porque não dá pra se organizar. A gente não sabe se compra o almoço da semana porque não tem a segurança se dá pra conservar. Fora isso, os equipamentos podem queimar porque fica nesse liga e desliga”, afirmou.

O que diz a companhia de energia

O Ministério de Minas e Energia prevê retomada integral da distribuição de energia no próximo fim de semana, mas sem dia definido.

O diretor-presidente da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), Marcos Pereira, disse que os problemas serão corrigidos a medida que os consumidores relatarem as falhas. “Lembrando que estamos a menos de 48 horas desde que o sistema se normalizou nessa condição especial de rodízio e há questões técnicas a serem enfrentadas”, declarou.

“É um sistema complexo e que, só para desligar e religar em outra área, exige uma série de manobras que levam cerca de 30 minutos”, justificou Pereira.

Segundo o diretor-presidente, os consumidores precisam relatar o problema ao call center, através do número 116.

“Há problemas pontuais. Alguns problemas na rede elétrica ocorreram, como ocorreriam se a energia tivesse funcionando de forma normal. Pode ser que o consumidor esteja sofrendo alguns problemas que não são próprios do racionamento. Ele precisa se dirigir ao atendimento ou ao serviço de call center”, disse.

Pereira explicou ainda que a distribuidora de energia conta com três transformadores de energia para atender o estado; um deles foi atingido por um raio, onde aconteceu o incêndio, atingiu o segundo e o terceiro, o de back up, estava parado para manutenção há quase um ano.

O terceiro equipamento, único que opera no momento teve a manutenção acelerada e agora opera o rodízio.

Fonte: G1 Amapá

Apagão afeta 14 dos 16 municípios do Amapá e compromete serviços de saúde e comunicação – Égua-moleque-tu-é-doido!

Fogo em subestação — Foto que cirlulou em grupos de WhatsApp de jornalistas.

Quatorze dos 16 municípios do Amapá, incluindo a capital Macapá, continuam sem energia elétrica desde o incêndio que atingiu uma subestação localizada na Zona Norte da capital, por volta de 20h30 de terça-feira (3). Apenas Oiapoque, no extremo Norte, e Laranjal do Jari, no extremo Sul, têm eletricidade, pois são atendidas por outro sistema.

De acordo com a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), não há previsão para o restabelecimento do serviço.

Por volta de 9h, alguns bairros da Zona Sul da capital tiveram o fornecimento restabelecido, porém com oscilações, entre eles, Universidade, Zerão e Jardim Marco Zero.

“Um problema na linha de transmissão do Sistema Interligado Nacional causou a interrupção do fornecimento de energia no Estado. A ONS [Operador Nacional do Sistema] está investigando as causas do problema. O serviço foi restabelecido em algumas regiões nesta manhã, mas ainda não há previsão de normalização”, disse a companhia em nota, às 9h48 desta quarta-feira.

Por volta de 14h30, a ONS se manifestou sobre o caso, também em nota, confirmando o incidente, que causou desligamento automático de das linhas de transmissão Laranjal/Macapá C1 e C2 e das usinas hidrelétricas Coaracy Nunes e Ferreira Gomes.

Local que pegou foto – Foto: arquivo pessoal

“Hoje, às 06h09, foi iniciada a recomposição parcial das cargas da usina hidrelétrica Coaracy Nunes. O ONS está coordenando os agentes envolvidos e acompanhando a situação para que haja o mais rápido restabelecimento possível do fornecimento de energia na região”, informou, sem dar prazo.

O Centro Integrado de Operações em Defesa Social (Ciodes) informou que recebeu registros de duas pessoas atingidas por raios, que ocorrem em grande intensidade desde a madrugada. Os casos estão sendo apurados.

Apagão na Maternidade Mãe Luzia, a única da rede publica do Amapá — Foto: Victor Vidigal/G1

Hospitais

Os principais hospitais do estado, entre eles o Hospital das Clínicas (HC) e o de Emergências (HE), estão sendo alimentados com geradores à óleo diesel.

A única maternidade pública do estado, no Centro de Macapá, chegou a ficar sem energia. De acordo com informações de funcionários, são 18 bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal.

As unidades hospitalares também estão sem água. O governo estadual informou que está fazendo a captação em poços para garantir o abastecimento a pacientes, acompanhantes e corpo médico.

O HE, principal pronto-socorro da capital, precisou interromper cirurgias porque ficou momentaneamente sem óleo diesel para os geradores.

Fila posto de combustível de Macapá — Foto: Victor Vidigal/G1

Comércio e serviços

Donos de estabelecimentos comerciais reclamam de prejuízos, principalmente com a dificuldade para acondicionar alimentos perecíveis.

Farmácias e lojas que operam com sistemas ligados a internet, estão com os atendimentos comprometidos. Postos de combustível, que ainda seguem funcionando em Macapá, estão com filas.

Os sites oficiais vinculados ao governo do Amapá estão fora do ar desde o início da manhã. Alguns bairros de Macapá também estão sem o fornecimento de água.

Comunicação

O incêndio também pode ter provocado falhas na comunicação por telefone fixo, móvel e internet, que estão limitadas e com pouco acesso desde o sinistro.

A Rede Amazônica entrou em contato com as empresas de telefonia que atuam no estado:

Vivo informou através de nota que conta com geradores próprios em alguns pontos no estado para manter sua rede em funcionamento e que aguarda pelo restabelecimento da energia para normalizar todos os serviços.

Tim disse que alguns clientes podem estar com dificuldades na utilização dos serviços de voz e dados, e que técnicos da companhia trabalham para normalizar a prestação dos serviços o mais brevemente possível.

Fogo sob chuvas

A falta de energia foi combinada com as fortes chuvas que atingem diversas cidades do estado desde a noite de terça, com alagamentos e alta incidência de raios e trovões.

As chamas altas em meio à chuva chamaram atenção de quem passou pelo local. Em nota, a CEA informou que investiga as causas do problema e o que foi destruído pelo fogo. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conteve as chamas.

Fonte: G1 Amapá

Descaso em manutenção de ponte na rodovia A.P. 070 coloca população em risco

Ponte fixada na comunidade do Inajá, na rodovia estadual A.P. 070 – Fotos: Lúcia Pimentel

As condições em que se encontra uma ponte, fixada na comunidade do Inajá, na rodovia estadual A.P. 070, são precárias. A plataforma, que liga Macapá ao Distrito de São Joaquim do Pacuí e ao município de Cutias do Araguari, está deteriorada, o que coloca em risco os cidadãos que trafegam por ela. A situação preocupa tanto aos moradores das localidades citadas quanto a pessoas que residem na capital amapaense, mas precisam utilizar a estrada e realizam a travessia arriscada.

O fato foi denunciado pela servidora pública Lúcia Pimentel. Ela pede uma medida urgente da Secretaria de Estado de Transportes (Setrap), para que o órgão faça os reparos necessários na ponte e assim evite um possível acidente no local.

Ponte fixada na comunidade do Inajá, na rodovia estadual A.P. 070 – Fotos: Lúcia Pimentel

“Esta é uma ponte da A.P. 070, localidade Inajá, que coloca em risco a vida de todos aqueles que necessitam se deslocar para a região do Pacuí e município de Cutias. Precisamos que  o Executivo Estadual tome providências urgentes, pois a situação pode causar, além de danos materiais no automóvel que atravessa a plataforma deteriorada, um acidente grave com as pessoas que a utilizam”, destacou Lúcia Pimentel.

Conforme outro relato de Lúcia, outra ponte na A.P. 070, na localidade de Areia Branca, também está danificada Fica aqui o apelo da denunciante e deste site, para que não ocorra nenhuma tragédia anunciada na ponte em ruínas.

Elton Tavares

Jovem de 20 anos é indiciada no Amapá por apologia ao nazismo nas redes sociais – Égua-moleque-tu-é-doido!

Por Caio Coutinho

Uma jovem de 20 anos foi indiciada na manhã desta segunda-feira (5) pela Polícia Civil do Amapá por fazer apologia ao nazismo nas redes sociais. Além de enaltecer o ex-ditador alemão Adolf Hitler, a internauta ainda veiculava no perfil símbolos e emblemas da propaganda nazista, como a cruz suástica.

Em uma captura de tela feita pela polícia é possível notar que uma das postagens foi curtida por mais de 10 pessoas.

De acordo com Leandro Leite, delegado responsável pelo inquérito por meio da 6ª Delegacia de Polícia (DP), o perfil foi criado em maio de 2018 e tinha 1 mil seguidores.

Caso foi apurado pela 6ª Delegacia de Polícia, de Macapá, — Foto: Victor Vidigal/G1

“O enaltecimento e a apologia ao nazismo devem ser coibidos por toda a sociedade e a Polícia Civil atuou no sentido de debelar o crime”, frisou.

A suspeita foi identificada pela investigação que checou os dados cadastrais da conta. O perfil investigado foi excluído da internet.

A pena para o crime de apologia ao nazismo é de reclusão de 2 anos a 5 anos e pagamento de multa.

Fonte: G1 Amapá