PF prende em flagrante por receber droga enviada pelos Correios em Macapá/AP

A Polícia Federal prendeu em flagrante na manhã deste sábado (4/7), dois homens, de 20 e 24 anos, por tráfico de drogas, com um pouco mais de três quilos de Skank, em Macapá/AP.

A ação teve participação de 15 policiais federais e contou ainda com o cão farejador da corporação.

As investigações apontaram que a droga teria sido encaminhada pelos Correios, originada de Campo Grande/MS.

O cão farejador de entorpecentes da PF confirmou a presença das drogas em três encomendas postais, no Centro de Distribuição Domiciliária (CDD) Marco Zero, em Macapá/AP.

Os presos foram conduzidos à Superintendência da Polícia Federal no Amapá e após procedimentos, encaminhados ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN), onde ficarão à disposição da Justiça e poderão responder pelo por tráfico interestadual de drogas, cuja pena é de até 25 anos de reclusão.

Comunicação Social da Polícia Federal no Amapá
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(96) 3213-7500

FENAJ: presidente Bolsonaro promove 245 ataques contra o jornalismo no primeiro semestre

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) divulgou na última quinta-feira, 2 de julho, dados atualizados sobre o monitoramento de ataques contra o jornalismo por parte do Presidente da República, Jair Bolsonaro, referentes ao primeiro semestre de 2020. Foram registradas 245 ocorrências de janeiro a junho de 2020, sendo 211 categorizadas como descredibilização da imprensa, 32 ataques pessoais a jornalistas e 2 ataques contra a FENAJ. São quase dez ataques ao trabalho jornalístico por semana, neste ano.

O monitoramento da FENAJ contempla declarações públicas do presidente em suas lives publicadas no YouTube, conta pessoal no Twitter, vídeos de entrevistas coletivas em frente ao Palácio do Alvorada e transcrições de discursos e entrevistas disponibilizadas no portal do Planalto.

Para além dos números, os dados mostram que as notícias sobre as ações do governo ou a postura do presidente sobre diversos assuntos transformam a imprensa em sua “inimiga”, com a construção de uma narrativa de ataques com o objetivo de promover a descredibilização do trabalho jornalístico e da credibilidade da produção de notícias. Algumas vezes o presidente coloca a imprensa e os jornalistas como “inimigos do País”, por conta de coberturas que o desagradam.

Retrospecto

Entre os meses de janeiro e a primeira semana de março, o presidente Bolsonaro se referiu ao trabalho da imprensa, por diversas vezes, como mentirosa, omissa, sem credibilidade ou confiabilidade, afirmou que a imprensa atrapalha, é uma vergonha, deturpa, esculhamba, tripudia, que falta notícias verdadeiras, chama de fake news, que destrói reputações. No mês de fevereiro, o jornalismo profissional também sofreu ataques misóginos e homofóbicos por parte do presidente.

O presidente chega ao ponto de fazer gestos ofensivos aos profissionais jornalistas que atuam na cobertura em frente ao Palácio do Alvorada, em Brasília, e a contratar um humorista para distribuir bananas.

Em 10 de março é registrada a primeira ocorrência em que o presidente Bolsonaro fala sobre a pandemia do coronavírus. Durante discurso em sua viagem aos Estados Unidos, Bolsonaro fala que a mídia propaga “fantasia”. A partir desse momento, o trabalho jornalístico na cobertura da pandemia é reiteradas vezes alvo do presidente: ele diz que “grande parte da mídia potencializou em cima desse evento”, associa capa de jornal com “busca do caos” no contexto da pandemia, segue afirmando que o povo “foi enganado” por governadores e “grande parte da mídia” em relação ao coronavírus.

Nesse contexto, as diversas outras ocorrências públicas correlatas, como manifestações, presenciais, virtuais ou nas janelas, seriam “inventadas” ou “incentivadas” pela imprensa, que também seria a responsável por “fabricar” crises com seus ministros.

Nas entrevistas coletivas em frente ao Alvorada, estimula que apoiadores ajam com hostilidade à imprensa, especialmente a partir do dia 23 de março. Nesta mesma data, afirma que intrigas alimentam o pânico e que jornalistas “insistem em falar em assuntos” que alimentariam essas intrigas, ao postar em seu Twitter anúncios sobre a covid-19.

Dia 24 de março faz pronunciamento em cadeia de TV e rádio afirmando que meios de comunicação “espalharam exatamente a sensação de pavor” e pela primeira vez associa a atuação da imprensa no contexto da pandemia como causadora de “histeria”.

Na mesma semana, ataca os repórteres que realizam a cobertura no Alvorada, questionando a presença deles no local e se não estão com medo do coronavírus e repete a associação à histeria. No dia 27 de março, Bolsonaro compara a imprensa a um vírus “pior que coronavírus”.

Conforme os meses vão passando, a postura de descredibilizar a cobertura do jornalismo segue a mesma linha de associar ao terror, histeria, caos, disseminação de pânico. Em junho, mês em que o Brasil ultrapassou 50 mil mortes pela covid-19, Bolsonaro ainda repete que grande parte da imprensa criou “estado de pânico junto à população”, como ocorrido dia 2 de junho, em entrevista coletiva em frente ao Alvorada, ou no dia 5 de junho, quando afirma que veículos de imprensa (cita Jornal Nacional e O Globo) “gosta de dizer que o Brasil é recordista em mortes”.

No dia 9 de junho, diz que as manchetes acusam o governo federal “como se a responsabilidade fosse exclusivamente minha”. Nesse mesmo dia, ele fala que “o pânico foi pregado lá atrás, por parte da grande mídia”, que “teima em rotular este governo”.

Neste último mês, contudo, o número de ataques foi reduzido, com 28 ocorrências, todas classificadas como “descredibilização da imprensa”. Não inserimos neste relatório alguns casos que denotam mudança de postura do presidente em suas postagens no Twitter e discursos oficiais disponibilizados pelo Planalto, em que Bolsonaro usa de expressões de ironia para se referir ao trabalho da imprensa, mas sem desferir ataques.

(Brasília – DF, 15/01/2020) Conversa com imprensa após Audiência. Foto: Marcos Corrêa/PR

Agressões a jornalistas

Em abril, Bolsonaro chama jornalistas de urubus e fala que trabalham “amontoados”, sendo que os trabalhadores estavam ali justamente porque eram as condições proporcionadas pelo governo federal. Ele repete dia 10 de abril que repórteres trabalham aglomerados e ironiza que contrariam normas de saúde. Utiliza expressões como “amigos do vírus”, “vírus politizado” e que é a imprensa que quer responsabilizá-lo em questões relativas ao coronavírus.

Em maio, o presidente direciona o ataque à imprensa relacionando a crise econômica como efeito do coronavírus, dizendo que a imprensa deve “parar com essas babaquices, e fazer coisa séria”.

Dia 5 de maio, durante entrevista coletiva no Alvorada, manda jornalistas “calarem a boca” e usa os adjetivos “patifaria” e “canalha” para se referir ao teor de matérias jornalísticas. Na mesma semana, ocorre o episódio sobre ter anunciado um churrasco durante a pandemia para depois chamar jornalistas de “idiotas” por acreditarem em “fake news”.

Nesse período, durante vários dias, o presidente usa os espaços das lives, twiter, vídeos no youtube e pronunciamentos no Alvorada para direcionar ataques à emissora Globo, com o caso do vídeo de reunião ministerial divulgado na íntegra após a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça.

Dia 11 de junho, Bolsonaro se manifesta sobre as agressões físicas a jornalistas no exercício profissional, como os que ocorrem em frente ao Alvorada, por parte de seus apoiadores, e que geraram reação por parte das empresas jornalísticas, que retiraram seus trabalhadores das coberturas: “se são agredidos, saiam dali, pô! Vocês não tão obrigados a ficar ali.”

Violência contra jornalistas

Como a FENAJ vem denunciando desde o ano passado, os ataques de Bolsonaro à imprensa estimulam a violência contra jornalistas em coberturas diárias. Em 10 de abril, em São Paulo, o repórter Renato Peters estava ao vivo quando teve o microfone arrancado por uma apoiadora do presidente. No mesmo mês, em Salvador, ao menos dois repórteres foram perseguidos por apoiadores de Bolsonaro.

Em 19 de abril, em manifestação com pautas antidemocráticas e com a participação de Jair Bolsonaro, em Brasília, equipes de reportagem foram agredidas fisicamente e expulsas do local. No mesmo dia foram registradas agressões a jornalistas em Porto Alegre e em Fortaleza.

No Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, em 1º de maio, jornalistas e manifestantes em Brasília foram agredidos por simpatizantes de extrema-direita, em protesto de trabalhadores da saúde. Em 25 de maio, apoiadores do presidente xingaram e se aproximaram de jornalistas que cobrem as entrevistas coletivas diárias de Bolsonaro, na saída do Alvorada. O episódio fez com que empresas jornalísticas deixassem de mandar repórteres ao local, reivindicação feita há tempos pela FENAJ e pelo Sindicato do DF.

Mais recentemente, em 22 de junho, apoiadores de Bolsonaro hostilizaram um repórter na Avenida Paulista, em São Paulo, e ele precisou se retirar da cobertura. Além disso, ao longo do semestre, jornalistas que fazem cobertura crítica ao governo foram atacados nas redes sociais, e alguns até tiveram seus dados pessoais vazados, como a FENAJ vem denunciando em seu site.

Ação Judicial

A FENAJ, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, o Instituto Vladimir Herzog, o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, o Repórteres sem Fronteiras e a Artigo 19 protocolaram na terça, dia 30 de junho, uma ação contra a omissão do Governo Federal em promover medidas de segurança para garantir a atuação de jornalistas.

A ação lembra que os ataques são estimulados pelo tratamento abusivo do presidente e ministros contra profissionais de imprensa, e também pede indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 300 mil.

*Meu comentário: Sou integrante da FENAJ. Bolsonaro se diz o defensor e restaurador da ordem perdida, mas a verdade se trata de um homem racista, machista, homofóbico, ditador e reacionário (não sou eu que digo, ele disse em várias entrevistas).

Ele e os que lhe rodeiam são inimigos da liberdade de expressão e direitos conquistados em décadas de lutas. Uma verdadeira ameaça à democracia brasileira. Estamos nas trincheiras neste período sombrio desde que esse senhor se tornou o mandatário dessa nação. Seguimos na missão e faremos nosso papel de jornalistas no combate aos abusos sempre.

Fonte: FENAJ

100 dias de solidão – Por Carlos José Marques (Égua-moleque-tu-é-doido)

Foto: Adriano Machado

Por Carlos José Marques

Com o perdão e a licença poética do magnífico Gabriel García Márquez, aqui o enunciado é para classificar esse longo e — aos olhos de todos — interminável interregno. Lá se foram mais de três meses e o isolamento encerra lições que devem, pelo bem ou pelo mal, transformar a humanidade e a maneira como vivemos em sociedade. Em todas as direções. Econômica, política, de relações interpessoais, profissionais, de conduta emocional e de visão de mundo. Nesses tempos de absoluto confinamento para alguns, de descaso com as medidas para outros, de riscos para quem não tem qualquer opção que não a de sair, vivemos o imponderável, o medo do desconhecido e da morte propriamente dita. Diante da ameaça sorrateira as máscaras caíram. De diversos personagens. Talvez de todos.

Haters dissimulados mostraram a autêntica face e encontraram o ambiente ideal para destilar o ódio que acalentavam. Os desprovidos de compaixão assumiram como de fato não reservam qualquer interesse pelo próximo. São eles em primeiro lugar. Seus negócios, sua realidade, a sobrevivência pessoal que importam. Quanto aos outros? Que simplesmente…morram. É da vida. “Faz parte!”, disse aquele líder bananeiro de atitudes tresloucadas.

Governantes do fim do mundo expuseram a carapuça mais sombria e abominável da ausência de caráter e capacidade de liderança. Nesse caso, nenhum deles superou em aberrações e irresponsabilidade o mandatário brasileiro Jair Messias Bolsonaro, um escroque de maldade e intolerância que maquinou afrontas à segurança nacional e crimes de responsabilidade em profusão. Tripudiou do drama alheio andando de jet ski, a cavalo e em aglomerações provocativas que escandalizaram o mundo. Ignorou qualquer gesto de consolo aos familiares destroçados pela doença, enquanto sugeria fazer um bom churrasco, com três mil participantes, para esquecer tudo e zombar das restrições. Vangloriou-se da condição de “atleta” que não cede a uma “gripezinha”. Foi o insensível em estado puro.

Nesses 100 dias de solidão, quase 60 mil morreram, mais de um milhão caíram de cama vitimados por uma pandemia implacável. E isso apenas no Brasil, que exibe recordes impensáveis e vergonhosos — boa parte decorrente da imprudência, irresponsabilidade, politicagem tacanha de gestores que não entendem o autêntico sentido da palavra governar. Brasileiros estão aprendendo na marra, e de forma dolorida, o quanto custa e o tamanho do problema que é fazer uma escolha eleitoral errada. O contemplado, em circunstâncias limite, sai movido estritamente pelo propósito da sobrevida nas urnas, abrindo caminhos ideologicamente nefastos e socialmente injustos. Messias Bolsonaro, no hiato dos últimos 100 dias, para além da coleção de peripécias, abusos e desvios de conduta, desde que assumiu há mais de um ano, viu seu mandato se esfarelar. Praticamente virar pó, diante de tantas perversões. No momento encontra-se envolto nas investigações do laranjal do filho zero um, de seus comparsas e do esquema de rachadinha, que já levaram para a cadeia o dileto amigo de 40 anos de relação, Fabrício Queiroz, e colocaram em suspeição o advogado da família, tido como um faz tudo da casa. Abatido, o presidente ainda está precisando lidar com acusações de ter interferido na Polícia Federal e, suprema humilhação, tendo de depor para explicar o inexplicável.

Os empresários amigos e políticos aliados foram alvos de batidas policiais e de averiguações em inquéritos que levantam esquemas de financiamento ilegal de fake news e de mobilizações antidemocráticas de ataques aos poderes constituídos. Para completar, o Planalto ainda se enfronha numa mal explicada operação de fuga do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub que saiu às pressas do Brasil, com passaporte diplomático que não poderia usar, para evitar ser pego para julgamento no STF. É uma pororoca de maus presságios que cercam Bolsonaro e um governo que submerge, isolado, solitário, há bem mais de 100 dias. Como tábua de salvação, mistura-se ao que existe de pior na política, o cordão de encalacrados do Centrão que pede verbas e postos em troca de sustentação.

Bolsonaro desce ao poço e se pendura na mediocridade administrativa. Não quer que sejam votadas as reformas, administrativa e tributária, para evitar dissabores com eleitores. Disse isso de viva voz. Alegou ser um “desgaste muito grande” o engajamento nessas pautas que ajudariam no desenvolvimento do País. Ele não está preocupado com isso. É um desinteressado das reformas, do combate à corrupção, da luta em prol do bem comum. Na solidão do poder, governa para ele, para os seus, para os apaniguados. A bem mais de 100 dias é assim, em um interregno que não parece mesmo ter fim.

Fonte: Isto É

TCU emite alerta ao governo federal. País não tem estratégia de combate à pandemia.

O Tribunal de Contas da União aprovou a emissão de um alerta ao governo federal pela falta de diretrizes estratégicas contra a pandemia do coronavírus. Em relatório, o ministro Vital do Rêgo apontou ausência de gerenciamento de risco e de profissionais da área da saúde atuando para mitigar o impacto da Covid-19: “Não existe modelo nenhum”, afirmou.

Fonte: Repiquete no Meio do Mundo (que reproduziu a notícia do site O Globo).

Mudo e quedo há uma semana, Bolsonaro hoje deve sair do mutismo. Mas sairá das cordas?

Bolsonaro, há uma semana, está mudo.
Mudo e quedo.
Foge de contatos com a Imprensa.
Já não faz mais deboches, já não mais expele grosserias, já não mais vomita seu ódios no circo – ou cercadinho – armado há meses e meses à entrada do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro, mudo e quedo, mandou transferir para o lado de dentro dos portões os poucos simpatizantes que ali batem ponto diariamente. E ali se forma o minicirco, à distância suficiente para evitar que microfones audaciosos captem as repulsivas alocuções de Bolsonaro.
O mutismo dele completa hoje sete dias.
E coincide, é claro, com a prisão de Fabrício Queiroz e todos os desdobramentos – tenebrosos, diga-se – que isso implica para a família Bolsonaro.
Bolsonaro, já faz tempo, é um governante nas cordas.
Não lidera.
Não governa.
Não administra.
Não articula politicamente pelo bem do país – o que se espera de todo bom presidente.
Há 1 ano e seis meses, ele apenas envergonha o País e descrendecia a política como atividade legítima para o equilíbrio que se pretende manter em qualquer sociedade democrática, sobretudo numa sociedade como a brasileira, tão múltipla e tão sufocada por assustadores contrastes e injustiças sociais.
Mas hoje é dia de live, né?
Bolsonaro, certamente, sairá do mutismo.
Sairá das cordas?
Duvido muito.
Mas vamos conferir.

Fonte: Espaço Aberto

Conselheiros de Bolsonaro querem o fim do cercadinho

Vejam como é.

A coluna Radar, de Veja, informa que conselheiros de Bolsonaro têm-no aconselhado a acabar com as performances diárias, diríamos circenses, do presidente naquele cercadinho armado à entrada do Palácio da Alvorada.

De fato, aquele ambiente é nefasto, patético, deprimente, vergonhoso.

Bolsonaro em seu cercadinho: um ninho de crises e cenas patéticas

E tanto é assim que jornalistas já se convenceram disso e passaram a evitá-lo, por não suportarem mais os insultos vergonhosos expelidos por Bolsonaro.

Pelo menos um terço das crises criadas por Bolsonaro tiveram origem nas pavorosas alocuções dele nesse cercadinho.

Agora, uma coisa é certa: sem cercadinho, o Brasil será um país menos divertido.

Fora de brincadeira.

Fonte: Espaço Aberto

Leitura alternativa do calendário maia sugere que o fim do mundo é hoje, 21 de junho – Égua-moleque-tu-é-doido!

Calendário maia antigo – Imagem New York Post

Se você pensou que COVID-19, distúrbios civis, gafanhotos, erupções vulcânicas e furacões sinalizaram o Armageddon – você pode estar certo!

A leitura do calendário maia estava errada, de acordo com uma teoria da conspiração no Twitter, e, embora o mundo não tenha terminado em 21 de dezembro de 2012, como foi originalmente profetizado pelos leitores do calendário, o dia do juízo maia é em algum momento. Postagens em redes sociais sugerem que houve um erro de cálculo e que na verdade o mundo acabaria em 21 de junho de 2020. Dia também conhecido como HOJE.

Após o calendário juliano, estamos tecnicamente em 2012… O número de dias perdidos em um ano devido à mudança para o calendário gregoriano é de 11 dias. Durante 268 anos, usando o calendário gregoriano (1752-2020) vezes 11 dias = 2.948 dias. 2.948 dias / 365 dias (por ano) = 8 anos ”, twittou o cientista Paolo Tagaloguin na semana passada, de acordo com o Sol. A série de tweets já foi excluída.

Se Tagaloguin estiver correto, somando todos os dias perdidos, a data do juízo final maia é … esta semana.

Em 2012, os teóricos do dia do juízo final estavam convencidos de que o mundo estava terminando em 21 de dezembro, e hordas de fiéis se reuniram em locais maias no México e na Guatemala – apenas para ficar desapontados e sujos devido à falta de saneamento nas pirâmides maias antigas.


Meu comentário: Bom, como eu disse, na virada de 1999 para o ano 2000, nos tempos do famoso “Bug do Milênio”; em 2012, por conta do tal calendário Maia (a existência se extinguiria em 12/12/2012 como dito no texto acima) e a teoria da facção religiosa chamada de “Deus Pentecostais em Camuy” (que afirmou que o fim chegaria entre os dias 22 e 28 de setembro de 2015, por meio de um asteroide); em 29 de julho de 2016 ( quando os polos da Terra se inverteriam, causando uma mudança de temperatura tão drástica que o planeta vai se tornar inóspito para a raça humana, provocando sua extinção) e em 2017, quando um asteroide arrepiaria tudo aqui,  repito: se o mundo acabar, minha vida valeu a pena. E como valeu!

Nessa vida, que segundo a previsão da tal releitura do calendário maia, está na reta dos boxes, curti, amei e honrei minha família e amigos; namorei muito; viajei bastante; bebi e comi demais; amanheci na farra incontáveis vezes; dei porrada em safados de todo tipo (verbal, textual e fisicamente); assisti a shows de rock; escrevi e disse o que quis para quem gosto e para os que detesto; pulei carnaval; vi o Flamengo ganhar vários títulos e a seleção brasileira ser campeã do mundo duas vezes; trabalhei e fui reconhecido; fui amado e também odiado quase na mesma proporção.

Portanto, querido leitorado deste site, se mesmo rolar apocalipse, diga “eu te amo” para familiares, amigos de verdade e seus amores. E que todos nós levemos o farelo. Pois, se ficarem uns gatos pingados pra contar vantagem, aí é sacanagem!

Apesar de eu ter certeza que é só mais um papo furado, caso este editor estiver errado, tenham um ótimo fim. Senão, este site seguirá com sua programação normal. É isso.

Elton Tavares

Fontes:    OVNI Hoje   , History &    New York Post 

Bolsonaro prega a guerra e depois a paz. E segue em sua ciclotimia

Bolsonaro, esse ciclotímico, parece que sempre se mostra mais claro, elegante, sincero e autêntico em certos ambientes, como naquela reunião de lordes, realizada em 22 de abril.

Em outros ambientes, Bolsonaro não consegue traduzir nem o que ele mesmo diz.

Na manhã desta quarta (17), o presidente afirmou isso que você assiste no vídeo.

Horas depois, na solenidade de posse do novo ministro das Comunicações, mudou de tom, de mensagem, de linguajar, de tudo, enfim.

E pregou, vejam só, a harmonia entre os poderes e proclamou suas paixões pela Constituição e pela democracia.

Viva Bolsonaro, esse ciclotímico.

Fonte: Espaço Aberto

Com veto de Bolsonaro Amapá perde mais de R$ 360 milhões – Égua-moleque-tu-é-doido!

Ontem (03), o presidente Jair Bolsonaro sancionou uma lei que extingue um fundo administrado pelo BC, com veto ao repasse dos recursos disponíveis, o montante de R$ 8,6 bilhões que seria destinado aos estados e municípios.

Os recursos seriam distribuídos na proporção de 50% para estados e 50% para os municípios, de acordo com regras estipuladas pelo Poder Executivo, que deveria considerar, ainda que não exclusivamente, o número de casos observados de Covid-19 em cada ente da Federação.

Num cálculo aproximado, caso fosse adotado o critério de distribuição do Fundo de Participação dos Estados mais a taxa de incidência da Covid-19, o valor que o Amapá deixa de receber seria superior a R$362 milhões que poderiam ser usados no enfrentamento do coronavírus no Estado que é o primeiro em incidência da doença, com mais de 11 mil casos e 227 óbitos confirmados. Isso sem levar em consideração os recursos que viriam para os municípios.

O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) fez a defesa do recurso muito importante para apoiar os Estados. “O Governo Federal tem sido omisso no apoio aos Estados e municípios, que é onde o coronavírus é agressivo”, explicou.

Assessoria de comunicação do senador Randolfe Rodrigues

Um Brasil esquizofrênico: eu tenho medo de Bolsonaro, mas também Bolsonaro tem medo de mim – Texto bacana via @EspacoAberto

Torcedores do Corinthias em ato pró-democracia – Foto: Pam Santos

Vivemos um momento de pandemia, sem dúvida.

Mas também de esquizofrenia.

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Eu, por exemplo, só vejo fascistas no horizonte. Bolsonaro à frente, é claro.

Tenho medo deles. Porque fascistas, realmente me apavoram.

Mas bolsonaristas, já descobri, têm medo de mim. Porque sabem que fascistas a mim causam asco.

Então, é o seguinte.

Foto: Mídia Ninja

Golpe por golpe, todo mundo está com medo.

Antibolsonaristas têm a clara impressão de que Bolsonaro, presa de tentações fascistas, está preparando um golpe. Só não partiu para os finalmentes (como diria Odorico) porque ainda não conseguiu convencer as Forças Armadas a lançar mão das armas para sepultar o regime democrático que, bem ou mal, sustenta-se no Brasil.

E os bolsonaristas?

Também acham a mesma coisa.

Acham que todos aqueles que prezam a democracia, que denunciam as tentações fascistas dos bolsonaristas e consideram Bolsonaro um incapaz – intelectualmente e moralmente – para dirigir o País estão armando um golpe para retirar do cargo o presidente eleito.

Figura que peitou os caras. Porreta!

Há um detalhe, todavia, nada desprezível em meio a essa esquizofrenia: quem está no poder é Bolsonaro. Ele é que, em tese, detém alguns trunfos bem eficazes para aplicar um golpe que seu próprio filho já previu.

Por seu perfil, por sua trajetória autoritária (de quem faz apologia a torturadores), pelo desprezo ao decoro com que se porta, pela apoio explícito, escancarado e escrachado a manifestações golpistas, pelas agressões à Imprensa, por sua capacidade de manter o país em crise desde 1º de janeiro de 2019, por tudo isso e muito mais, Bolsonaro oferece há 18 meses, todo dia, o dia todo, as demonstração mais evidentes de que, sim, é um golpista frustrado.

Até ele aplicar um golpe, é claro.

Fonte: Espaço Aberto

Weintraub, o valente, começa a se amansar. Por que não nomina em público os “vagabundos” que ele quer ver na cadeia?

Valente, destemido, intimorato e desbocado em privado, Abraham Weintraub vira um impreCionante lorde em público.

Na reunião dos horrores de 22 de abril, Weintraub disse que, por ele, seriam presos os “vagabundos”, começando pelos ministro do STF.

O ministro está na iminência de perder o cargo e ser alvo de processos por injúria. Aí, ele começa a se amansar, digamos assim.

Olhem o que Weintraub escreveu em seu perfil no Twitter. O blog fez um comentário no tuíte dele.

De forma impreCionante, o ministro diz que não atacou “instituições”, no caso ao STF, ou a “honra de seus integrantes”, no caso seus ministros.

Não atacou?

Ele atacou quem, então? Ou por outra: como seria um ataque de Weintraub a instituições e à honra de seus integrantes, já que, com aquela intervenção vil, de baixo nível, ele considera que não atacou ninguém?

Como dito pelo blog no comentário ao tuíte do ministro, diante da ponderação de Weintraub, de que manifestou sua indignação em ambiente reservado, então, uma vez que o vídeo foi revelado, por que ele não revela nominalmente as pessoas que julga vagabundas e que deveriam ser presas?

Fonte: Espaço Aberto

Na Aula Magna do “Profeçor” Bolsonaro, os gigantes do “çaber” ensinam a Nação – Égua-moleque-tu-é-doido!

Bolsonaro fala durante reunião ministerial de 22 de abril — Foto: Reprodução/GloboNews

Desde que Bolsonaro assumiu a Presidência da República, em 1º de janeiro de 2019, eu alimentava um sonho – e externei isso a vários pessoas: saber como é o Bolsonaro em privado, tipo assim numa reunião reservada com seus ministros.

Eis que esse sonho está mais ou menos realizado.

Com a decisão do ministro Celso de Mello, do STF, de quebrar o caráter secreto do vídeo da reunião de 22 de abril, em que Bolsonaro menciona sua disposição de interferir na Polícia Federal, temos um pequeníssimo exemplo sobre o que falam e como falam Bolsonaro e vários de seus ministros mais alucinados.

O que temos é um verdadeira aula de moral e cívica conduzida por esse çábio, o Profeçor-Doltor Jair Bolsonaro, essa sumidade.

Vejam abaixo alguns desses trechos de memorável Aula Magna:

Quero que o povo se arme, diz o Profeçor Jair Bolsonaro durante a aula de moral e cívica que proferiu no dia 22 de abril

Nosso ministro da Educassão, Abraham Weintraub, lançando sua tese sobre a independência dos poderes numa democracia durante a aula do Profeçor-Doltor Jair Bolsonaro. Imprecionante.
Uma imprecionante preleção sobre divercidade cultural do ministro da Educassão, Abraham Weintraub, durante a Aula Magna proferida pelo Profeçor Jair Bolsonaro
Na aula do Profeçor Bolsonaro, a ministra Damares Alves avisa que já esta preparando o camburão para meter na cadeia governadores e prefeitos. Preparem-se!

Fonte: Espaço Aberto

Humilhado, Nelson Teich deveria logo sair do governo. Mas não sairá, porque ainda nem sabe que entrou

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Desde que assumiu o cargo, há cerca de um mês, o ministro da Saúde, Nelson Teich, tem se notabilizado por mostrar-se ora repetitivo, ora hesitante, ora alheio, ora enrolado nas explicações que tenta oferecer publicamente, sobretudo quando em contato com jornalistas.

Nesta segunda-feira (11), Teich protagonizou uma das cenas mais hilariantes, bizarras e patéticas, para não dizer trágicas, já protagonizadas por um membro do primeiro escalão desse governo amalucado.

Vejam o vídeo.

O ministro, ao vivo e em cores, confessou simplesmente não saber que academias, salões de beleza e barbearias foram incluídos como atividades essenciais por Bolsonaro. Ou seja, debochadamente, como sempre, o presidente insiste em querer que mais brasileiros vão para a rua, para correrem o risco de morrer de Covid-19.

Enfim, confrontado com essa informação numa entrevista coletiva, Teich disse que não era com ele, mas com o Ministério da Economia.

Se estiver lembrado de outras frituras neste governo, entre as quais seu próprio antecessor, Nelson Mandetta, Teich pediria logo para sair.

Mas, coitado, ele não pedirá pra sair porque talvez nem saiba ainda se já começou mesmo sua gestão à frente do Ministério da Saúde.

Que coisa mais patética, gente.

Fonte: Espaço Aberto

Sem médicos, Amapá quer chamar cubanos; CRM se diz “totalmente contra” – Por @abinoan_

Com a maior incidência de casos confirmados do novo coronavírus no país, o Amapá está sem médicos suficientes para dar conta da demanda de atendimentos na rede pública estadual. Para suprir a carência, o governo avalia a contratação de médicos cubanos ou de brasileiros com graduação no exterior, mas que ainda não passaram pelo Revalida – teste que reconhece diplomas de medicina emitidos em outros países.

No último edital lançado no fim de abril, das 115 vagas ofertadas para médicos, apenas 14 foram preenchidas, segundo o Ministério Público (MP) do Amapá, que entrou ontem na Justiça com uma ação que pede para o governo local ser obrigado a contratar médicos, incluindo intercambistas, para tratar de pacientes com covid-19.

Em nota emitida anteontem, o Conselho Regional de Medicina (CRM) do Amapá se diz “totalmente contra” a possibilidade estudada pelo governo local.

“Tínhamos o impedimento [de contratar médicos cubanos] que é uma recomendação do CRM. Fizemos o primeiro edital e deu poucos médicos [inscritos]. Estamos lançando mais um para médicos do Brasil. Agora, estamos tratando com o Ministério Público e a Justiça para que os próximos editais abram para profissionais que atuaram como médicos da família. Isso inclui não apenas cubanos, mas também todos os não brasileiros e brasileiros sem registro no CRM”, declarou o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), em entrevista à Rede Amazônica, afiliada da Rede Globo, no estado.

Góes pediu a compreensão do CRM para que médicos cubanos possam atuar na rede pública estadual para suprir a carência de profissionais brasileiros. Atualmente, o Amapá conta com 2.671 casos de covid-19, sendo 73 mortes.

“É importante a gente ter a compreensão do CRM. Faço esse apelo. É preciso a gente se unir. O governo já deu demonstração de interesse e abriu edital, mas não conseguimos preencher as vagas”, completou.

Em razão da falta de adesão de médicos brasileiros, o Pará chegou a fazer a contratação de médicos cubanos. Atualmente, 86 profissionais atuam no combate à pandemia no estado.

O UOL questionou hoje o governo do Amapá sobre em qual etapa de estudo está a contratação de médicos estrangeiros, mas ainda não obteve resposta sobre o caso.

Em nota, o CRM do Amapá se posicionou em desfavor da medida por acreditar que sem o Revalida, o “candidato não está preparado” para desempenhar as funções.

“O CRM-AP é totalmente contra flexibilização do Revalida usando covid-19 como justificativa para contratação irregular de não médicos. (…) Em lugar de ações nesse sentido, o Amapá precisa da oferta de equipamentos de proteção individual para que médicos e profissionais da saúde, que já estão na linha de frente possam cumprir o seu papel”, protestou a entidade, em nota.

Ao UOL, o presidente do CRM do Amapá, Eduardo Monteiro, avaliou que para o Amapá tornar a carreira de médico atrativa, mesmo em um momento de pandemia, seria necessário dar condições financeiras e de proteção à saúde do profissional.

“O piso nacional para 20 horas é de R$ 15.074. Aqui, é de R$ 7.900. Este é o valor que nós da prefeitura de Macapá e do governo estado ganhamos. Também não deve ter teto constitucional para o médico receber o seu salário, além de proteção aos profissionais da linha de frente. Com isso, tem médico que vai trabalhar. (…) Vamos entrar na Justiça caso isso [contratação de médicos estrangeiros] ocorra”, comentou Monteiro.

Na ação que o MP moveu para obrigar o Amapá a contratar médicos, a 4ª Vara Cível da Fazenda Pública de Macapá avaliou que o caso era competência da Justiça Federal. O Ministério Público recorreu ao Tribunal de Justiça (TJ) do Amapá.

Segundo a promotora de Saúde, Fábia Nilce, entre as possibilidades que o governo pode adotar para suprir a carência, a contratação de médicos intercambistas é uma alternativa que poderia ser avaliada, pois é necessário que o estado garanta recursos humanos para os atendimentos dos casos do novo coronavírus e amenize o caos que se encontra o sistema.

“Acredito que se não houver contratação, é uma possibilidade a ser pensada pelo estado. Dentro do que tem na lei, a ação busca usar a obrigatoriedade para a contratação dos médicos. Foram dadas várias possibilidades”, disse ao UOL, a promotora.

Poucos Médicos em Macapá

A ação do MP também abrange a prefeitura de Macapá, que enfrenta a mesma dificuldade para contratar médicos. A capital do Amapá tem hoje 1.832 casos confirmados do novo coronavírus e 44 mortes.

Segundo o prefeito Clécio Luís Vieira (Rede), existem atualmente três Unidades Básicas de Saúde (UBS) exclusivas para tratar de casos de suspeitas e confirmações de covid-19, mas a escassez na mão de obra de médicos resulta em filas no atendimento.

O político afirmou que a prefeitura está com chamada aberta e que profissionais de qualquer lugar do país podem acionar o município para atuarem na pandemia.

“Estamos precisando de médicos na rede pública municipal. Temos unidades preparadas, mas nos faltam médicos. Toda nossa estratégia está no diagnóstico precoce da covid-19 e isolar esse paciente para que não precise de leito de UTI [Unidade de Terapia Intensiva]. Para isso, precisamos de profissionais médicos para diminuir as filas e melhorar o atendimento. Faço um apelo de coração. Você, médico, estamos precisando de você”, afirmou o prefeito, em suas redes sociais.

O UOL perguntou, através da assessoria do prefeito, se ele também avalia contratação de médicos estrangeiros e aguarda resposta.

Além de médicos, faltam remédios e leitos

Somada a falta de médicos, o Amapá enfrenta a escassez de medicamentos e leitos em sua rede pública estadual em razão da demanda que saturou o seu sistema de saúde.

Desde sexta-feira (8), tramita na Justiça um pedido do MP que tem a intenção de obrigar o governo a fornecer remédios para pacientes com suspeitas e confirmações de covid-19. De acordo com relatos que chegaram à Promotoria de Saúde, não tem sedativos e bloqueadores musculares nos centros criados para tratar pacientes com a doença.

O Hospital Alberto Lima (HCAL), onde está o Centro de Tratamento Covid-I, foi enfático ao esclarecer que o sedativo fentanil e os bloqueadores musculares estão em falta, segundo o MP.

Já os medicamentos propofol e tiopental, também usados para os pacientes em sedação, durariam mais três dias. O email enviado pelo hospital ao MP era datado do dia 07 de maio. Sendo assim, o estoque acabaria no anteontem ou no máximo ontem.

Conforme apurou o MP, na sexta-feira, no Hospital de Emergência (HE) de Macapá – porta de entrada da rede estadual para pacientes com suspeitas e confirmações de covid-19, dez pessoas internadas aguardavam transferência para o Centro Covid-I.

Sem remédios, nos centros especializados, não tem como abrir novos leitos. Segundo o MP, no primeiro centro, dos 26 leitos de Unidade de Terapia Intensiva, 22 estavam funcionando. Já no segundo, existiam apenas 16 dos 58 anunciados.

A falta de remédios e leitos foi o caso enfrentado pela autônoma Maria Bernadete Picanço, de 61 anos. Hipertensa e diabética, ficou deu entrada na madrugada de 7 de maio no Hospital de Emergências, com covid-19.

A família conta que, mesmo sem condições financeiras, decidiu levar ontem a idosa para um hospital privado, pois não tinha previsão de a rede pública fornecer medicação e leitos em um dos Centros de Tratamento Covid, inaugurados pelo governo, em Macapá.

“O descaso é enorme. As pessoas estão morrendo e não tem medicação. Minha mãe estava embaixo de uma central de ar imunda, pingando no leito dela. Ela quase morreu. Não temos dinheiro para pagar, estamos na coleta, mas vamos pagar porque é uma vida. E as outras que ficaram lá?”, declarou ao UOL, sob forte emoção, a filha da paciente, Kinttia Rodrigues.

A filha relata que a família precisou conviver com mortes de pacientes na mesma enfermaria da idosa. Eles também estariam à espera de um leito.

Segundo o MP, em apenas seis dias, na semana passada, 23 pessoas que aguardavam leitos morreram no Hospital de Emergências, unidade responsável pela triagem de pacientes aos centros especializados no tratamento da covid-19.

O UOL mostrou em 7 de maio que pacientes esperavam vagas de leitos ao lado de corpos, que chegavam a ficar até seis horas na mesma enfermaria.

“Um dia antes de a minha sair, morreu um rapaz ao lado dela. Eles não estão isolados. O governo diz uma coisa na televisão e a realidade é totalmente outra. Eu vivi na pele tudo isso. Não tem profissionais. O médico chegou com o meu irmão e falou: “Rezem porque não temos o que fazer, pois não tem remédios, profissionais e EPIs”. Muito triste. Na rede pública não tem medicamento, posso garantir”, contou a filha da idosa.

O UOL questionou o governo do Amapá sobre a falta de remédios e leitos na rede pública estadual, conforme relatado pelo MP, mas a assessoria de comunicação também não respondeu a esta demanda.

Fonte: UOL