Poetas Azuis lançam seu novo trabalho, “O amor mora aqui”

Um escritor britânico chamado Philip Pullman disse uma vez, ao receber um prêmio, que “crianças precisam de arte, e de histórias, e de poesia, e de música tanto quanto precisam de comida, ar fresco e brincadeiras”. Seguindo nesse propósito, surge a Duas Telas Produções, iniciativa de Susanne Farias e Josimar de Sales, visando o incentivo por meio da elaboração de projetos e promoção de eventos de diversos segmentos artísticos, para sanar não apenas a necessidade das crianças, como disse Philip, mas de públicos de todas as idades. A produtora lança agora o seu mais novo trabalho: O Amor mora aqui, do grupo litero-musical Poetas Azuis.

Que o Amapá tem uma cultura riquíssima, isso não é novidade para ninguém, mas o que também não é novidade é falta de um cenário estável e apoio aos artistas locais atuantes. Porém, essa é uma realidade que está mudando, agora com o auxílio da Duas Telas. Já há dois anos como microempreendedores da cultura, Susanne e Josimar, amapaenses apaixonados por cultura em sua variada expressão, que também produzem a premiada cantora amapaense Patrícia Bastos, iniciam mais um trabalho que com o selo da produtora junto aos Poetas Azuis, Pedro Stlks e Thiago Soeiro.O grupo Poeta Azuis, dono de uma carreira admirada e nacionalmente conhecida pelos fãs da poesia, anunciam seu mais novo show, intitulado “O amor mora aqui”. Para o poeta Thiago, ter a produção da Duas Telas, marca a nova fase do grupo. “nesse momento da carreira, a gente precisava ter uma visão externa, com novos olhares para somar ao nosso trabalho”, diz o poeta, um dos fundadores do grupo.

Susanne conta que trabalhar com o grupo já era uma vontade antiga. “o desejo de produzi-los já nos movia há um ano. E os olhares eram recíprocos. Até que vimos, e sentimos, no projeto do “Amor Mora aqui”, o momento certo pra consolidar este compromisso”, explica ela, sobre o encontro do Poetas Azuis e a Duas Telas.

Mas a produção não é a única novidade. Após 7 anos de tradição com cenários marcantes e músicas divertidas, o grupo renasce com uma nova proposta, que surge exatamente da maturidade adquirida ao longo desses anos. Letras e cores são as primeiras mudanças que serão observadas pelo público que irá assistir ao show, segundo Pedro Stlks. Optar por ter apenas violão e teclado também faz parte dessa nova fase. “Sempre foi uma vontade nossa fazer uma coisa mais intimista, porque pra falar de amor tem que ser ali, olho no olho”, justifica a mudança. A direção musical do show é de Vinícius Bastos.

Essa e outras surpresas sobre o novo trabalho do Poetas Azuis, sob produção de Duas Telas, serão assistidas na próxima sexta e sábado, dias 8 e 9 de novembro, no Teatro Marco Zero, em Macapá, por um público de aproximadamente 250 expectadores nas duas noites. Segundo a equipe envolvida no projeto, a expectativa é muito boa, mas “a ansiedade de mostrar para as pessoas tudo o que está sendo preparado” é o que mais acomete o grupo.

Serviço:

Show “O Amor Mora Aqui” – Poetas Azuis
Local: Teatro Marco Zero
Dia: 8 e 9 de Novembro
Horário: 20h
Mais informações:
Produção: 96 991139341 – Josimar de Sales
Assessoria de Imprensa: 96 991230923 – Evelyn Pimentel

Carnaguari em Ferreira Gomes terá atrações que vão do brega a música eletrônica

Foto: Maksuel Martins/Secom

Por Ailton Leite

O tradicional Carnaguari, tradicional carnaval fora de época que acontece na orla do município de Ferreira Gomes, distante 139 quilômetros de Macapá, terá o apoio do Governo do Amapá, para a estrutura (palco, som, iluminação, banheiros químicos e camarim) e apresentações artístico-culturais. O evento será de sexta-feira, 8, a domingo, 10.

“Como se trata de um evento que está dentro do calendário cultural do Amapá, o Estado já possui essa parceria com o município, e estamos apoiando com toda a parte estrutural, além de artistas, para a realização deste evento, que, há três anos não acontecia naquele município”, falou o coordenador de Desenvolvimento Cultural da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Amadeu Cavalcante.

Segundo ele, serão 10 atrações culturais (entre cantores, bandas, DJs e dois apresentadores) de vários segmentos musicais, desde o brega, passando por samba e pagode, axé até música eletrônica.

“A participação do Estado nesse tipo de evento cultural, que, além de atrações locais, conta com a participação de atrações nacionais, é importante, pois, fomenta a cultura, o turismo, a economia daquele município”, ressaltou o coordenador.

Além do apoio cultural, o governo estará presente no evento com ações da Operação Lei Seca, que iniciam nesta quinta-feira, 07, com barreiras de fiscalizações nas proximidades da sede do município de Ferreira Gomes.

MP-AP recebe exposição com obras de artistas da Amazônia

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) recebeu na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, na última segunda-feira (04), o projeto “Cores da Amazônia”. O trabalho é de autoria do grupo ARTEAMAZON, que visa divulgar e valorizar obras de artistas da Amazônia. O objetivo da exposição, aberta de 8h às 14h, é atingir um público diverso e levar arte para lugares públicos.

A exposição tem como curador o servidor do MP-AP, Gilberto Almeida. Ele explica que o projeto “Cores da Amazônia” visa promover a arte em suas mais belas expressões, possibilitando o contato direto do público com as obras. “Ver a reação das pessoas diante das obras, vê-las admirando os quadros, nos emociona e traz um sentimento único, permitindo que elas se sintam parte do trabalho”, disse o curador.

De acordo com a procuradora-geral do MP-AP, Ivana Cei, é necessário aproveitar todos os lugares que possam ser destinados a arte, como o local onde a mostra está exibida, no corredor no térreo da PGJ.

“A exposição incentiva a valorização e a difusão das manifestações culturais, ressignifica o espaço e valoriza o trabalho dos nossos artistas, além de proporcionar que membros e servidores do MP-AP, bem como toda a sociedade, o acesso à cultura, às artes, pois é um direito constitucional e condição fundamental para o exercício pleno da cidadania”, comentou Ivana Cei.

O subprocurador-geral de Justiça, Nicolau Crispino, também aproveitou para dar uma pausa no corredor da PGJ e admirar as obras e fala da importância de enaltecer os artistas amapaenses e paraenses e divulgar suas obras para os demais.

“É um prazer enorme observar a produção de artes visuais de artistas do norte tão de perto, que demonstram para nós a cultura, a fauna e a flora da região, para nós é muito importante admirar isto. É importante também divulgar esses artistas para que todos tenham acesso as suas obras”, ressaltou Nicolau Crispino.

O ARTEAMAZON possui uma galeria de artes online que funciona como um e-commerce através da internet em https://arteamazon.com.

Saiba mais em: https://arteamazon.com

SERVIÇO:

Diretor de Comunicação: Elton Tavares
Texto: Nelson Carlos e Vanessa Albino
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Contato: (96) 3198-1616
E-mail: [email protected]

Poeta José Pastana lança livro “Poemas e um Amor” nesta sexta-feira (8), na Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda

 


Nesta sexta-feira (8), a partir das 19h, na Biblioteca Elcy Lacerda, o poeta José Queiroz Pastana lançará sua quarta obra literária: o livro Poemas e um Amor. A publicação contará com 90 poesias. A Entrada será gratuita. Você é convidado deste evento cultural.

Sobre José Queiroz Pastana

José Pastana é um dos 22 imortais da Academia Amapaense de Letras (AAL), tem 54 anos de idade – dos quais, 30 dedicados à atividade literária. Atualmente, é diretor da Biblioteca Pública Elcy Lacerda

Também é membro da Associação Literária do Estado do Amapá (Alieap), integra o Conselho Municipal de Cultura de Macapá e é autor dos livros Oscilações, No meio do Mundo, Nos céus da vida e,  agora,  Poemas e um amor.

Além destes, Pastana tem no currículo seis coletâneas de poemas e contos, um CD de poemas em coautoria com Ricardo Pontes e Sânzia Brito e uma revista literária “Amapá Cultural”, em coautoria com Ricardo Pontes e Joseli Dias.

Serviço:

Lançamento do livro “Poemas e um Amor”, de José Pastana,
Data: 08/11/2019
Local: Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda
Hora: 19h
Entrada: gratuita

Elton Tavares, com informações de José Pastana

Resenha literária do livro “Poemas e um amor”, de José Pastana – Por Fernando Canto

Por Fernando Canto

O artista que fez a capa do livro em análise foi muito feliz ao expressar no seu desenho a essência do poeta. Em primeiro plano, a rosa púrpura quebrada sobre uma mesa esvai-se em lágrimas, talvez por se sentir perseguida e oprimida por uma lagarta colorida que aparentemente desce (ou sobe) em uma linha amarrada ao talo espinhoso da flor, cujas folhas o inseto devorou.

Nota-se nos poemas um constante confronto nas temáticas dos textos de José Pastana. Algo dialético e significante, pois são variados, versáteis e se envolvem às vezes, gerando um resultado estilístico positivo. Entretanto, o autor se vale de uma linguagem hipercomunicativa pela simplicidade dos seus escritos, onde o amor mora em todas as cavernas e escaninhos. Ele se vale também de formas prosaicas de construção de poesias, como o soneto, por exemplo. Seus versos denotam uma grande capacidade de expressar sentimentos à deusa do Amor, ainda que lhe custe caro a opressão da religiosidade que carrega em suas costas, sem se libertar a contento, mas experimentando outras formas e outras manifestações inspirativas que o levam a dimensões mais reflexivas, pois “ O bardo transita entre o real e o imaginário/ Das mãos surge a arte que advém do coração” (Inspiração). E assim ele expressa seu conhecimento de mundo e provoca outros poetas, para também questionarem o seu devir e ofício. E melhor, adere, sem timidez, a sua
qualidade de poeta amazônico, tematizando sobre as coisas da região e, sobretudo do Amapá, terra em que nasceu. Conta de sua revolta sobre as mazelas deixadas pela colonização portuguesa e sobre os negros africanos escravizados, através de uma leitura histórica e humanística. A fé do poeta é um dos aspectos também expressos nos seus versos. A fé se transforma em Amor, que é a base de toda a sua produção neste novo trabalho, embora, como falamos acima, se perceba um escape implícito na sua religiosidade. Ele esbraveja com a história, mas se envolve definitivamente com o sagrado.

Talvez por isso a ilustração de capa traga uma lagarta, que tem, entre o indianos, o duplo preconceito que se liga à larva, que é um gênio malfazejo e ao animal rastejante em geral. Porém, um dos livros sagrados dos hindus fez desse inseto o símbolo da transmigração, em função da maneira pela qual ele passa de uma folha à outra, e do estado de larva aos de crisálida e borboleta, assim como a vida passa de uma manifestação corporal a outra, significando também leveza, uma sensação de imagens oníricas que evocam a dança, um véu transparente e flutuante, a música e tudo o que é aéreo. Trata-se de uma liberação que pode ser buscada pela superação.

Quebrado ou não, o talo amarrado e quebrado da rosa pode também significar uma mudança, pois o sangue nela derramado ou por ela vertido é um renascimento místico. Bela e famosa, é a flor mais empregada no ocidente. E mais do que isso, tornou-se o símbolo do amor e do dom do amor, do amor puro.

E o amor expresso nos poemas das páginas deste livro, trazem o amor que transcende qualquer paixão ou sentimento sofrido. O amor, o amor puro, são todos os poemas.

SERVIÇO:

Lançamento: dia 08.11.2019
Local: Biblioteca Pública Elcy Lacerda
Hora: 19h00
Capa: Dekko
PASTANA, José. Poemas e um amor. Cronoset. Macapá, 2019.

Hoje rola Quarta de Arte da Pleta – Edição In Solos Tucujus

Hoje (6), a partir das 19h, no Sankofa, rolará o projeto Quarta de Arte da Pleta, edição “In Solos Tucujus”.

In Solos Tucujus é o Festival de Solos cênicos (monólogos e números) idealizado através da parceria entre a Cia de Artes Tucuju, a Cortejo Produções Artísticas e a Acessa Cult Produções.Com ações propostas a acontecer em distintos espaços culturais da cidade de Macapá, tais como: Fortaleza de São José de Macapá, CÉU das Artes, Anfiteatro da Praça Chico Noé, Espaço Âmago, Sesc Araxá, Escolas Públicas, Espaço Cultural Sankofa e Teatro Marco Zero no período de 08 a 16 de novembro de 2019.Um dos objetivos do evento é acolher e dar visibilidade à arte e cultura com o slogan: “Plante uma ideia – germine arte”, do jovem produtor Jhou Santos.

A Quarta de Arte da Pleta oferece uma pequena amostra do que será o grandioso festival. Vem conferir a programação feita com todo carinho pra você!

Programação:

Quarta de Arte da Pleta – Edição In Solos Tucujus
MÚSICA :
◇ Ozzy Rodrigues
◇ Erick Pureza
◇ Wendel Cordeiro
◇ Fernanda Canora

POESIA:
◇ Poetas Azuis
◇ Kassia Modesto

EXPERIMENTOS CÊNICOS/CIRCENSES/POÉTICOS
◇ Patativas Tucujus com a Cia de Arte Tucujus
◇ “Máscaras” com Lucas Sousa
◇ “O Bar” com Dinho Araújo
◇ Dan Ojúara e Alex Moizinho
◇ Natasha Morrison

SERVIÇOS:

Quarta de Arte da Pleta – Edição In Solos Tucujus
Data: 06/11/2019
Local: Sankofa, localizado na Rua Beira Rio 1488, Orla do Santa Inês, zona sul de Macapá.
Hora: a partir das 19h
Couvert: R$ 5,00
Mais informações pelo telefone: 98109-0563 (Andreia Lopes).

Shows, oficinas e exposição: artistas amapaenses levam cultura quilombola para Recife (PE)

Uma programação com destaque para a cultura quilombola ocupa espaço no Recife, lançando olhar através de quatro shows, duas oficinas de percussão gratuitas, mesa de debate e uma exposição fotográfica de Paulo Rocha, coordenador do evento, que apresenta imagens de festas religiosas e profanas, louvores e batuques quilombolas macapaenses. A Caixa Cultural Recife, no bairro do Recife, recebe da quarta-feira (6) até o sábado (9), o projeto Preces, Louvores e Batuques do Quilombo do Curiaú, uma mostra de conteúdos artísticos e culturais vindos do Macapá (AP).

A programação de shows começa com a cantora Brenda Melo, na quarta-feira (6), que em sua música busca na brasilidade as raízes quilombolas. Na quinta (7), é a vez do cantor, compositor, regente e arranjador Paulo Bastos. O grupo AfroBrasil, que em sua sonoridade mostra a riqueza e diversidade da cultura do Extremo Norte do Brasil, se apresenta na sexta-feira (8). Encerrando a programação musical, no sábado (9), o Grupo Raízes do Bolão, composto por agricultores que são tocadores, cantores e dançadeiras, traz a música de essência quilombola.

Além da exposição e dos shows, o projeto oferece duas oficinas gratuitas e um bate-papo. A Oficina Percursos Sonoro-Coreográficos acerca do Batuque do Curiaú é sobre a forma de tocar, cantar e dançar o Batuque e ocorre dia quinta-feira ( 7), das 10h às 13h. Já a Oficina Percursos Sonoro-Coreográficos acerca do Marabaixo do Curiaú, onde os integrantes do projeto mostram o canto, a dança e o toque do Marabaixo, ocorre na sexta-feira (8), das 10h às 13h. As oficinas têm 20 vagas cada, a classificação indicativa é 16 anos, e a inscrição deve ser enviada para o e-mail: [email protected].

No sábado (9), às 16h, o projeto promove o debate Interferências Étnico-Raciais na Música Amapaense. É um relato de experiências mediadas por Paulo Bastos, Brenda Melo, Alan Gomes e Adelson Preto. A entrada é gratuita, e as senhas serão distribuídas na bilheteria.

SERVIÇO:

Projeto Preces, Louvores e Batuques do Quilombo do Curiaú
Onde: CAIXA Cultural Recife – Av. Alfredo Lisboa, 505, Praça do Marco Zero, Bairro do Recife
Quando: Quinta-feira (6) até sábado (9), das 10h até às 20h
Quanto: Shows – R$ 30 (inteira) e R$ 15. Oficinas gratuitas

Programação:
Quarta-feira (6)
10h às 20h – Visitação à exposição Preçes, Louvores e Batuques (Galeria 2; gratuito)
20h – Show da cantora Brenda Melo

Quinta-feira (7)
10h às 20h – Visitação à exposição Preçes, Louvores e Batuques (Galeria 2; gratuito)
10h às 13h – Oficina Percursos sonoros-coreográficos acerca do Batuque do Curiaú (Oficina 1; inscrição gratuita pelo e-mail [email protected])
20h – Show do cantor Paulo Bastos

Sexta-feira (8)
10h às 20h – Visitação à exposição Preçes, Louvores e Batuques (Galeria 2; gratuito)
10h às 13h – Oficina Percursos sonoros-coreográficos acerca do Marabaixo do Curiaú (Oficina 1; inscrição gratuita pelo e-mail [email protected])
20h – Show do Grupo AfroBrasil

Sábado (9)
10h às 20h – Visitação à exposição Preces, Louvores e Batuques (Galeria 2; gratuito)
16h – Debate Interferências étnico-raciais na música Amapaense (Sala Multimídia; gratuito)
20h – Show do Grupo Raízes do Bolão

Fonte: Diário de Pernambuco

Espetáculo musical conta história sobre Macapá e o mito das três palmeiras

O palco do Teatro das Bacabeiras recebe nos dias 5 e 6 de novembro, o espetáculo musical “Historieta de Macapá e o mito das três palmeiras”. Criado para o público infantil e para toda família a apresentação faz parte do projeto artístico “Histórias para sonhar acordado” do Grupo de Teatro GTI, de Goiânia-Go.

Durante o espetáculo os atores/contadores interpretam, narram histórias e encenam de forma interativa com a plateia. Resgatam cantigas e brincadeiras populares, e ressaltam a música popular amapaense tocada e cantada ao vivo. O texto é uma adaptação dos livros “Macapá – a capital do meio do mundo”, de Adriana Abreu e Herbert Emanuel, e “Uasei, o livro do açaí”, publicado pelo IEPÉ.

“Fizemos um apanhado sobre a história de Macapá a qual utilizamos componentes cotidianos da formação dos bairros e locais mais conhecidos da cidade. Vamos contar ainda sobre o mito das palmeiras bacaba, açaí e buriti através dos saberes do povo Karipuna”, explica o diretor e produtor Bruno Peixoto.

Toda produção, criação, aplicação de cenários virtuais, figurinos e cenografia foram baseados na cultura amapaenses.

“Macapá é uma cidade incrível, um caldeirão de cultura. Por isso, busquei trabalhar em algo que resgate a memória e a afeição que o povo tem que ter por esse lugar. Queremos envolver o público de uma forma divertida e mágica para que sejam cada vez mais motivados a valorizar esta terra tucuju”, ressaltou Bruno.

A estreia do espetáculo será fechada às escolas públicas estaduais e municipais. Porém o Grupo já prepara para as comemorações de aniversário de 262 anos de Macapá a sua estreia pública, em fevereiro de 2020.

Toda produção conta com o apoio cultura da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Fundação Municipal de Cultura (FUMCULT), Prefeitura de Macapá, Sindicado dos Servidores Públicos do Amapá (SINSEPEAP), Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (CEBRAPAZ), Biblioteca Elcy Lacerda, Jardim Mariele Franco, Associação Artística Cultural Casa Circo, Grupo Tatamirô e Wilson Andaimes.

FICHA TÉCNICA

Projeto: Histórias para sonhar acordado
Literatura de inspiração: livro “Macapá- a capital do meio do mundo”, de Adriana Abreu e Herbert Emanuel e “Uasei, o livro do açaí”, publicado pelo IEPÉ.
Realização: Teatro GTI – Núcleo de Investigação Cênica
Espetáculo Musical: Historietas de Macapá e o mito das três palmeiras
Direção Geral: Bruno Peixoto
Atores/ Cantores: Anderson Pantoja, Antoniele Xavier e Márcia Fonseca
Músicos: Ícaro Bandeira e Marcus Guedes
Figurino, adereços, iluminação e cenografia: Paulo Rocha
Assessoria de preparação de elenco: Ana Caroline Santos
Arte gráfica, fotografia e cenografia virtual: Luan Macêdo
Gestão e produção: Vivian Régia

Serviço:

Espetáculo Musical Histórias de Macapá
Data: 5 e 6 de novembro de 2019
Hora: 9h e 15h
Local: Teatro das Bacabeiras
Endereço: Rua Cândido Mendes, Centro
Contato: Bruno Peixoto (62) 98146-7099

Assessoria de comunicação

FESTIVAL IN SOLOS TUCUJUS

Festival de Solos cênicos (monólogos e números) idealizado através da parceria entre a Cia de Artes Tucuju, a Cortejo Produções Artísticas e a Acessa Cult Produções. Em sua primeira edição contemplará apresentações de espetáculos nacionais e locais, atividades formativas (oficinas e Mesa Redonda) e uma Mostra Competitiva com solos de curta duração nas categorias de Teatro e de Circo, destinada a estudantes, grupos e artistas do estado do Amapá. Com ações propostas a acontecer em distintos espaços culturais da cidade de Macapá, tais como: Fortaleza de São José de Macapá, CÉU das Artes, Anfiteatro da Praça Chico Noé, Espaço Âmago, Sesc Araxá, Escolas Públicas, Espaço Cultural Sankofa e Teatro Marco Zero no período de 08 a 16 de novembro de 2019.

Nos dias 12, 13 e 14 de novembro pelos turnos da manhã e tarde as escolas públicas: Alexandre Vaz Tavares, Azevedo Costa, Princesa Izabel, Hildemar Maia e Irineu Gama, receberão apresentações dos solos de circo e teatro: “Jornada Bufa” com Jhou Santos da Cortejo Produções Artísticas (AP), “Floops” com Sandro Brito da Cia Trecos In Mundos (AP), “o espetáculo de um Homem só” com Yure Lee (PA) e “SertãoHamlet” com Guido Campos (GO).

PROGRAMAÇÃO:

Sexta Feira – 08 de novembro
18h Cortejo Artístico – Parque do Forte
19h Abertura Oficial – Fortaleza de São José de Macapá
Apresentação do solo local convidado “As Reprises nossas de cada dia” com Alice Araújo / Cia Cangapé.

Sábado – 09 de novembro
19h Mostra Competitiva de solos – Categoria: Circo
Local: CÉU das Artes (Bairro Infraero ll)

Domingo – 10 de novembro
19h Anfiteatro da Praça Chico Noé – Apresentação do solo circense nacional convidado “O espetáculo de um Homem Só” com Yure Lee / Cia Circo Nós Tantos (PA)
Palco Aberto – Apresentações de números circenses de artistas de rua.

Segunda Feira – 11 de novembro
19h Teatro Marco Zero (Bairro Perpétuo Socorro)
Mesa Redonda: “De Solo a Solos”
Participantes: Alice Araújo (AP), Maurício Maciel (AP), Yure Lee (PA) e Guido Campos (GO).
Mediação: Ator/Professor Raphael Brito (MA)

Terça Feira – 12 de novembro
19h30 Teatro Marco Zero (Bairro Perpétuo Socorro)
Apresentação do solo local convidado “Shirra” com Maurício Maciel / Cia Teatro de Boteco

Quarta Feira – 13 de novembro
19h Mostra Competitiva de solos – Categoria: Teatro
Local: Teatro Marco Zero (Bairro Perpétuo Socorro)

Quinta Feira – 14 de novembro
19h Mostra Competitiva de solos – Categoria: Teatro
Local: Teatro Marco Zero (Bairro Perpétuo Socorro)

Sexta feira – 15 de novembro
19h30 Teatro Marco Zero (Bairro Perpétuo Socorro)
Apresentação do solo nacional convidado “SERTÃOHAMLET” com Guido Campos / Cia. Sertão Teatro Infinito

#12, 13 e 14 / (terça, quarta e quinta) de Novembro
Oficina “O Ator Contemporaneo” com Guido Campos (GO)
Manhã – das 9h ás 12h Local: Espaço Âmago (Bairro Laguinho)

Oficina “Técnicas circenses e inovação” com Yure Lee (PA)
Tarde – das 15h ás 18h Local: Lona de Circo / Sesc Araxá

COORDENAÇÃO:

Jhou Santos (Idealizador e coordenador Geral)
Ingrid Ranna (produtora)
Kassia Modesto (Produtora Executiva)
Assistente de Produção: Renilda Navegante, Kayke Sampaio e Juliana Monteiro.
Comissão de apoio: Alex de Jesus e Adalton Baia

Sesc – Amapá promove capacitação audiovisual com artista nacional

“Animação 2D – Do lápis ao digital”, esse é o tema da capacitação audiovisual que a artista Debora Mini Almeida estará ministrando no período de 25 a 29 de novembro, na sala do audiovisual do Sesc Araxá. As inscrições serão limitadas e devem ser realizadas na sala da Coordenação de Cultura, com o valor de 10,00 e 1 kg de alimento de alimento não perecível. Serão ofertadas apenas 20 vagas.

A capacitação está inserida no projeto Capacitação Audiovisual do Sesc. O projeto garante capacitações contextualizadas que subsidiem conhecimentos sobre como desenvolver competências de modo a permitir que no cumprimento das suas funções estejam contempladas as dimensões técnicas, para a ampliação de conhecimentos dos produtores independentes e assim, estimular a produção de filmes, que são igualmente importantes e imprescindíveis ao desenvolvimento e fortalecimento da linguagem audiovisual.

A animação é um universo imenso a ser explorado e nessa modalidade, serão realizadas oficinas de curta duração diversos assuntos que compõem esse mundo. O participante receberá atividades de teorias e atividades práticas por meio de exercícios que desenvolvem habilidades técnicas e exploram o potencial da animação.

Sobre a artista:

DÉBORA MINI ALMEIDA graduada, bacharel em Cinema de Animação e Artes Digitais na UFMG; realizou Intercâmbio – pelo Instituto Politécnico de Bragança, no curso de Design de Jogos Digitais, atua como Ilustradora e animadora na produtora de animação. É professora de animação no projeto OPA (Oficinas Poeira de Animação), um projeto social que utiliza o cinema de animação como ferramenta pedagógica e de inclusão audiovisual. Débora Almeida realizou a Ilustração do livro infantil “I am beautifully unique” da autora Stephany Simmons, 2018. Ilustradora da TV Record Minas, de setembro de 2013 até agosto de 2014.

O projeto Capacitação Audiovisual garante capacitações contextualizadas que subsidiem conhecimentos sobre como desenvolver competências de modo a permitir que no cumprimento das suas funções estejam contempladas as dimensões técnicas, para a ampliação de conhecimentos dos produtores independentes e assim, estimular a produção de filmes, que são igualmente importantes e imprescindíveis ao desenvolvimento e fortalecimento da linguagem audiovisual.

Realizou produção em animação e vídeos dos filmes:

– “Pintando a Sétima Arte” (2017) – direção Joacélio Batista, 13 episódios 7’ – Série para a TV – Técnica mista, Função: Oficineiro e orientação de animação;
– “A “Primeira Flauta” (2017) – 3’47” – Animação / Recorte Digital; Função: Clean de animação;
– “Sayounara” (2017), direção Débora Mini – 4’41” – 2D Digital; Função: Roteiro, Direção e Animação;
– “A Doida” (2016), direção Svetlana Filippova – 1’04”- Stop Motion; Função: Animação.

Serviço

Para informações e inscrições basta procurar a sala de Cultura do Sesc, localizada na R: Jovino Dinoá, 4311 – Beirol. Telefones: 3241-4440, RAMAL 239.

Sesc Amapá realiza I Campanha de arrecadação de gibis

Com o objetivo de desenvolver, fomentar e disseminar o hábito da leitura entre as crianças e jovens usuários das bibliotecas do Sesc Amapá, proporcionando assim a formação de novos leitores, o Sesc Amapá realiza a 1ª campanha do Gibi, do dia 04 de novembro ao dia 06 de dezembro.

A campanha se dá através de arrecadação de gibis por meio de doações da comunidade interna e externa do Sesc Amapá. As doações serão recebidas até o dia 05 de dezembro e a culminância do projeto se dará no dia 06 de dezembro com o sorteio e premiação.

A campanha funcionará como um embrião para o projeto que se chamará Semana do Livro e da Biblioteca, que deverá acontecer anualmente, na última semana do mês de outubro, alusivo a comemoração dia nacional do livro (29 de outubro).

Pontos de arrecadação:

Sesc Araxá – Rua Jovino Dinoá, 4311 A – Beirol, Macapá/AP
Escola Sesc – Rua Jovino Dinoá, 4311 B – Beirol, Macapá/AP
Sesc Centro – Rua Tiradentes, 998 – Centro, Macapá/AP
Rede Amazônica – Av. Diógenes Silva, 2221 – Buritizal, Macapá/AP

Período de arrecadação
Data: 04/11 a 06/12
Hora: manhã e tarde (horário comercial)

HOJE: Vila do Rock volta com tradicional festa de Halloween no Bar do Vila

Uma noite assombrada regada a doces, travessuras, fantasias e muito rock and roll. Assim será o open bar de Halloween que está sendo produzido pelo Bar do Vila e vai acontecer HOJE, 02 de novembro, das 23h às 03h da manhã. A proposta é retornar com eventos trazendo atrações locais e que são sucesso entre o público amapaense.

No palco serão duas atrações, banda Sistema Feudal e DJ Insane, “teremos também a premiação para a melhor fantasia de halloween com uma bolsa integral do curso de inglês da escola Minds”, contou Manuh Coutinho, uma das produtoras do evento.

Manuh explica que a produtora Vila do Rock está retornando com as produções culturais, “a produtora iniciou em 2011 e, em novembro de 2018, inauguramos o bar do Vila, nosso histórico todo vem da produtora, nada melhor que voltar em grande estilo, apresentando para o nosso público um evento especial”.

Macapá conhece bem a marca da produtora Vila do Rock pelas festas que ela já realizou na capital. A produtora Vila do Rock nasceu com a ideia de fornecer entretenimento alternativo para os fãs do Rock e, desde então, vem conquistando mais fãs para seus eventos.

Com a abertura do Bar do Vila, as produções do Vila do Rock deram uma freada e agora a promessa é retornar com toda a força novamente. O bar agrada vários estilos, a proposta é ser um local onde todos se sintam acolhidos, era um sonho antigo dos integrantes do Vila do Rock, “era um sonho, conversamos sobre isso várias vezes, mas sempre faltava alguma coisa, ou dinheiro ou incentivo, queríamos um lugar mais alternativo, mais uma opção na verdade, porque atualmente só existem alguns bares que tem a mesma dinâmica que a gente e o nosso público gosta”.

Desde de a abertura os organizadores do Bar do Vila vem experimentando vários estilos, a intenção é ser mais abrangente, “nós observamos nosso público e vamos abrindo espaço na nossa programação para o que agrada e dando lugar para outros experimentos”.

Com quase um ano de abertura do bar os organizadores resolveram voltar com a produtora realizando mais uma edição Open bar de Halloween, “nosso público, tanto do bar como da produtora, pode esperar um evento organizado, com pontualidade é diversão garantida”, finalizou Manuh.

Serviço: 

Telefone de Contato: 99112 1330
Postos de venda: Sorveteria Santa Clara, Loja Norte Rock, Bar do Vila
(Texto: Araciara Macedo)

Apresentação poética ‘Xapiri-Curuocangô’ integra programação cultural no Sesc Araxá

O Sesc Amapá promove a apresentação sonora ‘Xapiri-Curuocangô’, com o Grupo de Poesia Tatamirô, hoje (1ª), às 19h, no salão de eventos do Sesc Araxá. Promovendo ações de capacitações que visam contribuir para o fomento à produção local e nacional, além de facilitar acesso a produções literárias por meio das inovações propostas por cada momento, sendo estes apresentados, nos encontros com os artistas ou por meio das oficinas com os profissionais da linguagem literária.

A suíte ‘Xapiri-Curuocangô’ é uma performance poética do Tatamirô Grupo de Poesia, fruto de três anos de estudos dos cantos, rituais de etnias indígenas da Amazônia e da leitura interminente do livro “A queda do céu” do xamã yanomami Davi Kopenawa e do antropólogo franco-marroquino Bruce Albert, que culminaram em Poesia Sonora.

A apresentação da Suíte compõe o duo: palestra e espetáculo. Desta forma, o grupo acredita estar contribuindo para a divulgação das sonoridades de povos tradicionais, possibilitando, também, o contato com outras sonoridades (poesia sonora); levando o público ao experimento transcultural por intermédio da Literatura.

SOBRE O GRUPO TATAMIRÔ

O Tatamirô Grupo de Poesia, grupo macapaense, que atua há dez anos fomentando a leitura com ações voltadas para as artes em âmbito geral—destacando a Poesia—, tem se dedicado a difundir a Poesia Sonora com palestras, oficinas e apresentações no Amapá e outros Estados. Dentre elas, a suíte sonora “Xapiri-Curuocangô”, poesia sonora resultante de três anos de pesquisa dos sons, cantos, rituais de etnias indígenas da Amazônia e da leitura do livro “A queda do céu” do xamã Davi Kopenawa e do antropólogo Bruce Albert.

Adriana Abreu – 46 anos, é amapaense, professora de Literatura e Língua Portuguesa, arte-educadora, contadora de histórias, declamadora, coautora do livro “Macapá – a Capital do Meio do Mundo”, publicado pela Ed. Cortez, São Paulo/2008. É integrante do Tatamirô Grupo de Poesia e do Pium Filmes – Movimento do Cinema Possível em Macapá.

Herbert Emanuel – 56 anos, é amapaense, poeta e professor de filosofia, com vários livros de poemas publicados, com traduções para o castelhano e catalão. Apresenta-se também como poeta performático, com poesia sonora, em vários encontros de literatura e poesia no Brasil. É integrante do Tatamirô Grupo de Poesia e do Pium Filmes – Movimento do Cinema Possível em Macapá.

Paulo Rocha – 33 anos, é paraense, formado no Curso de Letras com Habilitação em Língua Francesa (UEAP) com atuação efetiva na rede pública de ensino amapaense e no setor administrativo da Fundação Municipal de Cultura de Macapá para a gerência de programas e políticas do setor cultural. É fotógrafo, produtor e diretor de arte com experiência em multilinguagens artísticas e que durante os anos de 2011 e 2015 participou do Grupo Eureca Educação Arte e Cultura. Atualmente, integra o Movimento de Contadores de Histórias no Amapá, a Cia. Supernova de Teatro Experimental, o Coletivo de Artistas, Produtores e Técnicos em Teatro do Estado do Amapá (CAPTTA) e o Tatamirô Grupo de Poesia.

Informações: SESC Araxá, Setor de Cultura – Rua Jovino Dinoá, 4311 – Beirol – Tel. 3241-4440, Ramal 239.

Assessoria de comunicação do Sesc/AP

Sobre a palestra “O livro impresso e o livro digital na contemporaneidade, de Fernando Canto, ministrada ontem na Unifap

Ontem (30), durante a Semana do Livro da Universidade Federal do Amapá (Unifap), no auditório da Biblioteca da Unifap, o sociólogo, professor, Doutor, poeta e escritor, entre muitos outros talentos que o cara possui, ministrou a palestra “O livro impresso e o livro digital na contemporaneidade”.

Imortal membro da Academia Amapaense de Letras (AAL), e escritor “imparável, Fernando Canto possui 16 obras publicadas.

Nos textos abaixo quero fazer o contraponto sobre este assunto. O primeiro deles reflete o que eu pensava há cerca de dez anos (texto esse que foi publicado no meu blog “Canto da Amazônia” e em um jornal da local, em 2010) e o segundo surge me influenciando a aderir os livros digitais, mas sem pressão, afinal sou um escritor, um produtor de textos, e não um comerciante de produtos eletrônicos.

A título de orientação, causada pelo convite a uma palestra onde o livro impresso e o digital são os elementos principais, coloquei no segundo texto referências diversas que se encontram entre aspas, mas sem fonte, pois foi o pensamento de outros autores que me fizeram contextualizar o tema, por isso resolvi colocá-los aqui.

1. ADORADORES DO LIVRO IMPRESSO

Desde o surgimento dos computadores pessoais que ouço falar no fim do livro impresso. E já se vão anos.

Cientistas falam de um mundo novo, de substituição de tecnologias, e apontam como exemplo a revolução sem igual na história que foi a invenção do livro impresso por Gutenberg, pois antes disso só havia livros copiados, manuscritos que valiam fortunas.

Jornalistas e especialistas em C&T falam sobre o assunto, enfatizando a informação de que a revolução citada acima já acabou há cerca de 20 anos, “quando a internet começou a crescer para valer”, e que ela passaria uma borracha na história do papel impresso e começaria outra. Uma revista cita que “os 7 milhões de volumes que a Universidade de Cambridge mantém hoje nos 150 quilômetros de prateleiras de suas várias bibliotecas caberiam em quatro discos rígidos de 500 bytes. Só quatro. Sem falar que ninguém precisaria ir até Cambridge para ler os livros”.

Mas apesar disso tudo a internet não mudou muito a história dos livros. Permanece um mistério inexplicável. O livro não foi morto nem enterrado. A revista Superinteressante diz que o segundo negócio online que mais deu certo (depois do Google) é uma livraria, a Amazon. E informa também que o mercado de livros eletrônicos deslanchou nos E.U.A com vendas em torno de 350 milhões de dólares em 2009, sendo que em 2008 elas atingiram um patamar inferior a 150 milhões.

Concordo que ler um livro no computador é um negócio ruim, até mesmo insuportável, porque ler por horas numa tela é o mesmo que ficar olhando uma lâmpada acesa. Não há quem aguente. Porém, já apareceu (há dez anos) o primeiro livro realmente viável: o Kindle, da Amazon, que cabe 1.500 obras e só pesa 400 gramas. Tem tela monocromática e pequena. Ele não emite luz e a tela é feita de tinta, preta para as letras e branca para o fundo. Depois apareceu o iPad, da Apple, que segundo a revista citada, “tudo o que o Kindle tem de péssimo este tem de ótimo: tela enorme, colorida, páginas que você vira com os dedos, sem botão como se estivesse com um livro normal, mas a tela é de LCD. Não dá para ler um romance inteiro nele”.

Agora dezenas de empresas estão trabalhando para unir o que os dois têm de melhor, até chegarem ao livro eletrônico perfeito. A Phillips, por exemplo, desenvolveu o protótipo Liquavista, com tela de tinta colorida e a Pixel Qi um com LCD sensível ao toque, mas que não emite luz, de acordo com a informação da Superinteressante. Outra forma de ler livros, como se sabe bem, são os que estão nos aplicativos de livros digitais, por meio de smartfones, tablets e e-readers (Um e-reader é nada mais do que um leitor de livros digitais. Um pequeno aparelho que tem como função principal mostrar em uma tela para leitura o conteúdo de livros digitais (e-books) e outros tipos de mídia digital. Ele possui a melhor tecnologia disponível para leitura de livros digitais).

Mas enquanto o “livro perfeito” não vem, vou fazendo como os adoradores de livros impressos o fazem sem pestanejar: curtir meu afeto por eles.

Quantas pessoas, apaixonadas ou não, já não guardaram dentro deles flores, folhas, e até mechas de cabelos que lhes trazem boas lembranças, de amores e de desilusões? Folheá-los pode significar o encontro com algumas cédulas de real guardadas por acaso para uma ocasião e esquecida sem querer. Arrumá-los na estante é um trabalho que nunca dá preguiça. Lê-los, é, sobretudo, apreender e conhecer o legado da Humanidade. No livro eletrônico essas historinhas bobas de quem ama os livros não seriam possíveis. Há alguns senões, como o acúmulo de poeira nos livros mais antigos e não manuseados que fazem um estrago nos leitores que têm rinite alérgica. Mas isso faz parte do negócio de quem gosta de ler.

Quando recebo um novo livro meu da editora que o publicou, confesso do prazer de senti-lo ao tocar sua capa e abrir suas páginas, de ver impresso um trabalho de anos, da satisfação de tê-lo nas mãos e de saber que iria compartilhar com meus queridos leitores viagens imaginárias, informações e opiniões que deixei escritas em um objeto vivo, que todos podem, como eu, acariciar e carregar nas mãos. Mas eu sei do carinho que tenho por todos os outros que estão na minha biblioteca. E olhe que não são poucos. Conheço cada um deles, afinal me acompanham sempre. Uns de muito tempo e outros mais recentemente. Alguns foram roubados outros não encontraram a volta, mas certamente serviram de guia para quem não devolveu. Ler e escrever, para mim, é um processo litúrgico, um ritual de imaginação criativa.

Que venha o livro digital com suas facilidades. Tudo muda, mas o livro impresso ainda é “o cara”.

2. A CONTEMPORANEIDADE E OS LIVROS

Estamos hoje passando pela chamada 4RI, ou Quarta Revolução Industrial. Viajamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos.

A economia passou por três processos anteriores: a primeira com a Revolução Industrial surgida na Inglaterra entre 1780 e 1830, a segunda aparece na segunda metade do século 19, com a invenção do motor à explosão, o uso do petróleo, o telégrafo, da produção em série e em massa. A terceira ocorre nos meados do século 20, com as telecomunicações, os computadores eletrônicos, a internet e a digitalização de dados. O Banco mundial chama a terceira Revolução Industrial de Revolução da Informação. Na definição da Entidade, a 4RI também poderia ser chamada de segunda Revolução da Informação. Há quem diga, entretanto, que as transformações atuais não representam uma extensão da terceira revolução industrial por três grandes razões: a velocidade, o alcance e o impacto. Por isso a velocidade dos avanços não tem precedentes na história e está interferindo em quase todos os países.

Fiz este preâmbulo para adentrarmos na contemporaneidade, ou seja na mesma época em que vivemos, como se verdadeiramente não ficássemos pasmos com a velocidade das descobertas científicas e as novas tecnologias que surgem em todos os fazeres humanos. Afinal, foram necessários milhares de anos para que fosse inventada a escrita e as formas de sua conservação. Agora tudo caminha em nossa frente com acesso relativamente fácil, principalmente nos sistemas de ensino.

Porém, devemos dizer que essa facilidade também limita o aprendizado por causa da velocidade da informação e ainda pelo seu reducionismo, nas notícias que recebemos da televisão, do Rádio e dos sites, onde o capitalismo respira a sua máxima de que “tempo é dinheiro”. Muito mais ainda é a indolência dos usuários das redes sociais, que, aliás, somos todos nós que as utilizamos para nos comunicar nesta época. Com isso também adveio não só a redução das palavras como um verdadeiro assassinato do idioma português, que por estar assim torna nossa identidade mais vulnerável no seu aspecto cultural.

Arnaldo Niskier, acadêmico da Academia Brasileira de Letras, conta que em recente evento educacional no Rio de janeiro o engenheiro e doutor em Ciências da Computação da UFPE, Sílvio Meira, disse que “O principal inimigo do livro impresso não é livro digital, mas os games e as redes sociais que faturam hoje bilhões de dólares”. Mostrou que a procura por games dobrou de 2011 para cá, chegando a 142 horas por ano por pessoa. Afirmou ser decrescente o faturamento em livros impressos e que os digitais constituem um instrumento precioso de sustentação do fenômeno da leitura. O programa que mais cresce é o chamado “Angry birds”, com 30 milhões de jogadores por dia, e o Facebook é um ambiente com 1 bilhão de usuários. São números extraordinários, que tendem a crescer quando for lançado, até o Natal, o Kindleda Amazon, um sistema inteiro que irá balançar o livro tradicional. Não terá propriedade intelectual e entrará livremente nas bibliotecas das escolas. A previsão de Sílvio Meira, é de que muitas livrarias, a partir daí, poderão quebrar, embora os livros de conteúdos, com funcionalidade, devam ter uma grande sobrevida.

O escritor Muniz Sodré, que foi presidente da Biblioteca Nacional. Especialista em Comunicação, demonstrou que “do impresso nasceu uma nova economia do tempo de aprendizagem”. Quando a oralidade era predominante, não se precisava do livro para pensar e debater. Passou pelo conceito de hipertexto (é a complementaridade dos textos) e classificou a internet como a realização tecnológica do intertexto, “onde leitor é incitado o tempo todo à livre navegação dos bytes, ao veloz nomadismo do hipertexto, sem contas a prestar ao autor.”

Para ele, não se está assistindo ao fim da forma-livro, mas à sua continuidade em outro suporte material, como assinala Umberto Eco, para quem o livro é uma invenção definitiva. Com o digital abrem-se outras possibilidades para a interatividade. Muniz defende a existência de uma “ciberliteratura”, criticou os nossos escassos índices de leitura e revelou a existência, no Brasil, de um descompasso pedagógico frente à ascensão dos novos modos de ler, que incidem justamente sobre as práticas juvenis de interpretação de textos no âmbito de escrita digital.

Ficou no ar a convicção de que o livro não morrerá, mas ganhará novos e ampliados contornos.

“Mas como vivemos uma era extremamente digital, hoje, quase tudo em nossas vidas – principalmente para as crianças que nasceram nesta geração – se alinha tecnologicamente com algo. Não poderia ser diferente com a leitura. Partindo desse entendimento, uma pergunta surge na mente de educadores e pais: qual é a melhor opção para as crianças e adolescentes, livro digital ou impresso?

Antes de responder a essa questão, é preciso entender que temos não apenas livros, como também quadrinhos, jornais e revistas, em versões digitais.

Pensando nisso, vamos partir da ideia de que leitura é leitura, independentemente do modo como é praticada. Quando se trata dessa atividade, não existe pior ou melhor, afinal, os resultados da leitura dizem respeito ao ato de ler e não ao meio utilizado para isso” (Blog Árvore de Livros).

Ler um livro é uma atividade que mexe com todos os sentidos, recupera memórias afetivas e nos leva para outro lugar. Por isso, para algumas pessoas a leitura é um ritual, e por isso, por ter sequência lógica, finita e definida de instruções que devem ser seguidas para executar uma tarefa, trata-se de um algoritmo, algo que está em toda parte, inclusive no nosso cotidiano, sem mesmo que o percebamos.

Tudo isso nos leva a reflexões sobre a questão da cultura política quando transferimos para essas inteligências artificiais o que somos e o que queremos na realidade, pois cada revolução industrial trouxe melhorias na qualidade de vida em relação ao passado, aumentando, inclusive nossa expectativa de vida. Agora depende de nós, seres humanos, seres leitores em busca de lazer e de conhecimento, descobrir aonde queremos chegar e como a gente quer chegar. Da minha parte eu parto para a leitura do mundo, seja lá como for, de forma digital ou impressa, vou ler e refletir como um velho filósofo pitagórico.

(*) Subsídios para uma palestra na Biblioteca Central da UNIFAP em 30 de outubro de 2019, por ocasião da Semana do Livro.