O trajeto da A Banda através do tempo e antigos pontos de referência (minha crônica saudosista)

Crônica de Elton Tavares

Há 28 anos, saio na Banda pelas ruas de Macapá. Eu e meus amigos esperamos a terça-feira gorda o ano todo (mas em 2024, será hoje domingo (3), por conta do adiamento após fortes chuvas na terça-feira gorda, último 13 de fevereiro) , pois a marcha louca e feliz sempre foi um dos dias mais felizes. Como disse minha amiga Rejane: “o coração batuca na esperança de ver a Banda voltar a passar”. Republico essa crônica por motivos de HOJE TER A BANDA mais uma vez.

A Banda, maior bloco de sujos do Norte do Brasil, tem o mesmo trajeto nestes 59 anos de existência, mas o que ficou pelo caminho do tempo nestas mesmas ruas de Macapá? Fiz uma espécie de resgate (um tanto desordenado) de vários locais que povoam a memória afetiva do macapaense. Deixa suas lembranças agirem e vamos lá:

O ponto de partida do bloco, o mais popular dos festejos de Momo no Amapá, é na esquina da lanchonete Gato Azul e a loja Clark. Os foliões seguirão pela frente da loja A Pernambucana, dobrarão na esquina do Banco Bamerindus (pois “o tempo passa, o tempo voa…); Farmácia São Benedito; Moderninha e da Banca do Dorimar. As pessoas se trombam ao redor dos trios e carros de som. Todos molhados de suor, ou chuva.

A folia desce a Rua Cândido Mendes e o trajeto passa em frente também da Irmãos Zagury – Concessionária da Ford; Farmácia Modelo; do Banap; lojas São Paulo Saldo; Esplanada; Cruzeiro; Hotel Mercúrio; Casa Estrela; Casa Marcelo; Setalar; Tecidos do povo; Tecidos do Sul; A Acreditar; Casa Estrela; Beirute na América, ponte do Canal; Banco Econômico e Farmácia Serrano. Pelo caminho, muitos se juntarão a multidão.

Rainha Mona, Alice Gorda, em A Banda

Os foliões passarão em frente a Fortaleza de São José de Macapá, dobrarão na esquina da Yamada, subindo pela lateral da Feira do Caranguejo, em frente a boate Freedom e subirão a ladeira até o supermercado Romana, na esquina, a curva do Santa Maria. Sempre com os ritmos levantam nosso astral.

A marcha alegre seguirá pela Feliciano Coelho, onde a maioria já estará possuído pela cerveja, passará pelo Urca Bar; Leão das Peças; Cine Veneza e Farmatrem. A Banda chegará à Esquina do Barrigudo, na Leopoldo Machado. Continuará a passar em frente a Acredilar, lanchonete Chaparral, Casa Nabil, Hotel Glória e Baby Doll. Na brincadeira terá folião de toda idade, a maioria na maior curtição, sempre driblando os poucos que querem confusão.

Hoje tem de novo e com a mesma magia. Bora pra A Banda!!

Patrimônio Cultural do Amapá: hoje tem A Banda! Bora para o maior bloco de sujos do Norte do Brasil

Os macapaenses esperam o ano todo para sair às ruas neste domingo (adiado após fortes chuvas na terça-feira gorda, último 13 de fevereiro). Sim, é hoje! Chegou o dia do ápice do Carnaval amapaense, A Banda! E este ano será sua 59ª edição. Alguns verão a Banda passar e outros, como eu, sairão pela cidade cantando e pulando no maior bloco de sujos do Norte do Brasil.

A boneca Chicona e seus amigos Iracema, Vanderlei, Arizinho e Arimatéia estão prontos e vão ganhar mais cinco colegas bonecos, em homenagem a outros fundadores do bloco e tradicionais foliões de Macapá. A organização estima que 220 mil pessoas participarão da edição deste ano. São mais de 7,5 quilômetros de música, suor, birita, cores e alegria pelas ruas do Centro de Macapá.

Todo ano é a mesma coisa. Acordo, banho, como algo leve e vou para a concentração às 14h.A Banda foi fundada no carnaval de 1965, pelos foliões Nonato Leal, professor Savino, Jarbas Gato, tenente Pessoa, Amour Jaci Alencar e José Maria Frota. E lá se vão 59 anos!

Na Banda a gente ri dos amigos, ri da gente, ri de estranhos. Nós bebemos debaixo de sol e chuva. Subimos e descemos ladeiras, rodamos as vias de Macapá num incrível espetáculo colorido e democrático.

Hoje o espírito folião de Macapá aflora e A Banda passa sem papas na língua. O improviso e a desorganização são marcas registradas dos foliões. Alguns satirizam a política local e nacional com faixas e cartazes, sempre em tom de ironia, deboche e o bom humor multifacetado do carnaval. Milhares de caras vestidos de mulheres e a criatividade sacana dos brincantes não têm limites. Tem de tudo, até manifestações artísticas.

Saio na Banda há 28 anos. Sempre na paz e acompanhado de amigos. Que hoje seja assim de novo. A marcha louca leva pra rua a massa. Nela, a gente perde a tristeza, acha a folia de mãos dadas com a alegria.

A marcha alegre nos faz esquecer o cansaço dos dias e da realidade, com seus cheiros, música, fantasia e mágica. Lá nós vemos de tudo e nos divertimos muito com isso.

A Banda faz parte da nossa Cultura. É uma tradição do Carnaval amapaense, uma manifestação popular incrível, um verdadeiro show de irreverência e humor. Eu me ‘esbaldo’ na festa, pois a marcha é alegre. E bote alegre nisso! Estarei de Pirata entre os milhares de foliões. Desejo uma ótima brincadeira a todos.

Elton Tavares

Sobre quando encontrei o velho professor Edésio na Banda, uma história de Carnaval – Crônica de Elton Tavares

Eu e o querido professor Edésio – Foto: Patrick Bitencourt

Crônica de Elton Tavares

Em fevereiro de 2015, em uma Terça-Feira Gorda, nós seguíamos na A Banda, a rua cheia de gente, milhares fantasiados… E o Patrick Bitencurt, meu velho amigo e companheiro no bloco de sujos há 27 anos, diz: olha quem tá ali.

Olhei para a calçada do antigo “Urca Bar” e… Égua! Avistei Edésio Lobato de Souza. Sim, o lendário professor Edésio. Fiquei feliz de vê-lo, pois o cara sempre foi porreta. Quem, como eu, estudou no Colégio Amapaense (CA) na primeira metade dos anos 90 entende o motivo de “lendário”.

Edésio foi um professor de matemática brilhante e diretor do velho CA por anos. Mesmo com as aulas particulares que frequentei na casa dele, no bairro do Trem, em meados de 1990, odeio matemática. Sempre odiei. Aliás, fui reprovado algumas vezes e nas outras passei raspando, isso na recuperação.

De tão engraçado e caricato, Edésio multiplicou amigos, adicionou admiradores, subtraiu tristezas e dividiu alegrias. Sim, ele era e é um cara pai d’égua. Apesar de irreverente, todos os seus alunos e colegas professores o respeitavam.

Edésio foi um diretor que apoiava as atividades esportivas, gincanas, feiras de ciências ou qualquer programação que envolvia os alunos do CA. Além disso, era chapa de todos, quem ia pra diretoria levava uma senhora escrotiada, mas nada além disso. A não ser que fosse um caso grave e tals.

Em novembro daquele mesmo ano, Edésio fez sua subida tridimensional, como diz o Fernando Canto sobre o desencarne. Foi a última Banda dele, o seu último Carnaval. Pelo menos nesse plano.

A gente sente saudades de vê-lo fantasiado de homem das cavernas (naquele dia, o cara ainda fez um barulhinho tipo grunhido do personagem de sua fantasia). Ele sempre foi uma figuraça. Essa foi mais uma história de Carnaval e memória afetiva deste folião incorrigível.

Valeu, Edésio!

Governo do Amapá monta esquema de atendimento em saúde para Circuito de Blocos e desfile de ‘A Banda’

O Governo do Amapá vai garantir a assistência em saúde para os quatro dias de Circuito Centro Folia de Blocos, a partir desta quinta-feira, 29, e também para o desfile de ‘A Banda’, que acontece no domingo, 3, com estimativa de reunir cerca de 150 mil foliões no percurso pelo Centro de Macapá.

Para as duas programações, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) organizou a logística assistencial do fluxo de pacientes, reforçando as equipes do Hospital de Emergências (HE) de Macapá e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que terá 20 profissionais para atender os foliões.

“Organizamos todo o suporte intermediário e avançado para atendimentos de média e alta complexidade e qualquer eventualidade. Nossos profissionais estarão a postos para auxiliar e dar os encaminhamentos necessários para preservar a saúde e segurança dos brincantes”, detalha o diretor do Samu, Donato Farias.

Para os quatro dias do Circuito Centro Folia uma ambulância de suporte intermediário estará disponível para atender os participantes em frente à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na Rua Independência.

Já para o maior bloco de rua da região norte, ‘A banda’, serão três ambulâncias, sendo duas de suporte avançado e uma intermediária. As ambulâncias se movimentarão a cada 1h30, com a finalidade de cobrir todo o percurso. Para os dois eventos, o HE de Macapá será a unidade de retaguarda para atender os casos graves de urgência e emergência.

Ao todo, 20 profissionais do Samu estarão envolvidos na assistência em saúde durante as festividades, com uma equipe multiprofissional completa composta por médicos, técnicos em enfermagem, enfermeiros e condutores.

Texto: Jamile Moreira
Foto: Gabriel Maciel/Sesa
Secretaria de Estado da Comunicação

A Banda: Governo do Amapá garante segurança de foliões com mais de 450 agentes públicos

Com nova data para levar os foliões pelas ruas e avenidas do Centro de Macapá, ‘A Banda’ fará o tradicional percurso neste domingo, 3. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) mantém o planejamento operacional com 450 agentes para garantir a tranquilidade das cerca de 150 mil pessoas que devem acompanhar a 59ª edição do evento. A estimativa é da Associação de Brincantes e Simpatizantes do Bloco de Sujos, responsável pelo bloco.

A estratégia de segurança segue o mesmo reforço que estava programado para o dia 13 de fevereiro, quando a programação foi suspensa devido às fortes chuvas que atingiram a capital e que provocaram alagamento em vários pontos da cidade.

Os agentes de defesa social estarão dispostos por todo o trajeto, com apoio de equipamentos modernos de monitoramento. Serão mais de 283 policiais militares, 100 bombeiros e 30 policiais civis. Também integram o planejamento a Polícia Científica, com 36 profissionais, e o Grupo Tático Aéreo (GTA), que empregará oito agentes distribuídos no policiamento terrestre e aéreo, com o helicóptero Gavião 01 e uso de drones.

Também fazem parte do planejamento 11 servidores e 3 viaturas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e profissionais do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). A Sejusp destaca, ainda, que os batalhões da Polícia Militar e efetivos das demais forças continuarão no serviço ordinário em todo o estado atendendo eventuais ocorrências registradas pelo Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes), através dos números de telefones: 190 e 193.

Polícia Militar

A Polícia Militar (PM) irá atuar com a unidade móvel de monitoramento, viatura com o operador de drone, policiamento a pé e motorizado com carros e motocicletas. Do efetivo total, mais de 180 militares estarão dispersos em pontos estratégicos e entre a multidão.

Os batalhões de Policiamento de Trânsito (BPTran) e Rodoviário Estadual (BPRE) estarão atuantes na organização do tráfego de veículos e trânsito durante o percurso.

Corpo de Bombeiros

O efetivo militar do Corpo de Bombeiros (CBM) irá atuar com atendimento pré-hospitalar garantindo os primeiros socorros às pessoas que, por ventura, passem mal ou se machuquem durante o evento. Os agentes também farão o deslocamento para unidades hospitalares em ambulâncias, caso algum brincante necessite de atendimento de média e alta complexidade.

O CBM terá disposto durante o percurso sete viaturas de atendimento avançado e de suporte básico, viatura de salvamento em geral e ainda um veículo responsável pela vistoria contra incêndio e pânico.

Polícia Civil

Durante o período do carnaval, as Centrais de Flagrantes da Polícia Civil estão com reforço no efetivo. Na passagem da Banda, na 6ª Delegacia de Polícia da Capital, localizada no bairro do Trem, será ativada uma central de atendimento para registro de boletim de ocorrência e lavratura de flagrante de crimes de menor potencial ofensivo.

Além disso, haverá profissionais do setor de inteligência infiltrados entre os foliões realizando rondas, contribuindo com a segurança da festa popular.

Polícia Científica

O Plano Operacional da Sejusp conta também com os trabalhos da Polícia Científica do Amapá, que atuará com 36 profissionais divididos em peritos, técnicos periciais e papiloscopista para auxiliar a central de atendimento da Polícia Civil em caso de eventuais ocorrências.

GTA

O Grupo Tático Aéreo estará operando no policiamento aéreo e terrestre e com drones. A ação do GTA se concentra em monitorar possíveis aglomerações atípicas entre a multidão, dando suporte para as equipes do policiamento a pé, além de atuar preventiva e ostensivamente em apoio às outras forças de segurança.

Texto: Marcelle Corrêa
Foto: Netto Lacerda, Israel Cardoso e Maksuel Martins/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Com apoio do Governo do Amapá, Circuito de Blocos promete agitar foliões em despedida do Carnaval 2024

A partir de quinta-feira, 29, os foliões podem novamente vestir abadás, fantasias e roupas coloridas para celebrar os últimos dias do Carnaval 2024. O Circuito de Blocos, na orla de Macapá, reunirá 44 grupos de brincantes e promete agitar a população ao som de hits do momento e marchinhas até domingo, 3, dia em que acontece ‘A Banda’, o maior bloco de carnaval de rua da região Norte.

Após o adiamento pelas fortes chuvas que atingiram Macapá, a programação retorna de modo seguro para a alegria dos brincantes. O Circuito de Blocos acontece a partir das 17h, no percurso que começa na Rua Azarias da Costa Neto, em frente à praça Isaac Zagury, até a Casa do Artesão.

O evento reúne grupos do Centro Folia, da Agência Beira Rio, da Associação dos Blocos Carnavalescos do Amapá (Abloca) e da Liga Independente dos Blocos Carnavalescos do Amapá (Liba).

A secretária da Cultura, Clicia Vieira Di Miceli, detalha que, ao investir em eventos como o Circuito de Blocos, o Governo do Estado incentiva o aquecimento econômico e a geração de renda, além de ser um momento de celebração.

“Após o adiamento das programações em acordo com o presidente de ‘A Banda’ e com os representantes do Circuito de Blocos, retornamos de modo seguro para celebrar essa festividade histórica e que está no coração dos amapaenses. Cada bloco que sai pelas ruas mobiliza uma extensa cadeia de fornecedores, além de ser um momento para reunir famílias, amigos e desfrutar da folia do jeito que a população espera e merece”, reforça a secretária.

Confira a programação do Circuito dos Blocos e de ‘A Banda’:

Quinta-feira, 29

Circuito Centro Folia

19h – Amigos da Tefé
19h30 – Bloco Barom Folia
20h – Bloco Os Fuleiras
20h30 – Bloco Os Charqueiros
21h – Bloco Point Folia
21h30 – Bloco Crocodilo
22h – Bloco Tropa do Cabaré
22h30 – Bloco Fefam Folia
23h – Bloco Carnafortal
23h30 – Bloco Flamacapa
0h – Bloco Nana
0h30 – Bloco do Piseiro
1h – Aparelhagem Trepidante
Sexta-feira, 1º

Circuito Beira-Rio

17h30 – Clubinho
19h – Unidos da Nery
19h40 – Bloco do Alho
20h20 – Me Leva
21h – Quero Mais Folia
21h40 – Tomalá da Cá
22h20 – Gingaê
23h – Melo Banho
23h40 – Galo do Meio Dia
0h20 – Tambores Tucujus
1h – Odará
1h40 – Rosa na Folia
Sábado, 2

Circuito Liba

19h – Unidos do Pau Grande
19h35 – Rolará
20h10 – Kubalança
20h45 – Habeas Copos
21h20 – Unidos da Mãe Luzia
21h55 – Unidos do Cabralzinho
22h30 – Mancha Negra
23h05 – Bafo da Onça
23h40 – Pica Pau Boleiro
0h15 – Metidos na Xexênia
0h45 – Atração musical
Domingo, 3

Circuito Abloca

18h30 – Bloco Tô na Luta
19h – Bloco Charangas
19h40 – Bloco Tonga da Milonga
20h20 – Bloco Açucena
21h – Bloco Pororoca
21h40 – Bloco Beijo
22h20 – Bloco Gorgia
23h – Bloco Tia Fé
23h40 – Bloco Urubuzada
0h20 – Bloco Auê
1h – Bloco Unidos da Pau Nela
1h40 – Atração musical

Texto: Eduardo Belfort
Foto: Gabriel Penha/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Depois do Carnaval a gente recomeça (Crônica sensacional de Fernando Canto) – @fernando__canto

Fernando Canto, no desfile da sua Boêmios do Laguinho, no Carnaval 2023. Foto: Márcia do Carmo

Por Fernando Canto

Não tenho nenhuma dúvida que quem gosta do carnaval é hedonista, e nesse caso guarda a obrigação para depois do prazer. O carnaval é o tempo em que se tira o uso da carne, no seu sentido literal do latim carnelevamen, mas que é tempo também em que se promove a licenciosidade, a crítica, o erotismo e a voluptuosidade.

Deixar as coisas para depois desse grande acontecimento na vida do brasileiro é prática normal. Tudo se resolve depois do carnaval. O tratamento daquela gastrite, a construção da calçada, o pagamento da luz e do cartão de crédito e até o abastecimento da geladeira. – Ora, ainda tem muita coisa pra se aproveitar na despensa. Pensa o guerreiro fantasiado. – Depois a gente resolve isso, fica frio, diz o chefe da repartição. O Governo abre o orçamento bem pertinho do carnaval, mas só depois é que as ações deslancham e se encaixam, após a imprescindível curtição da ressaca. Às vezes até adianta o pagamento dos funcionários públicos para que estes possam ser felizes e não se esquecerem jamais o quanto os governantes são legais. Depois que acaba o dinheiro do salário, o folião não tem o menor pudor de pedir fiado no mercantil da esquina, no boteco da praça e até no ambulante que conheceu um dia desses no ensaio da escola de samba. Pagará depois, se assim o dono da birita ou da comida aprovar.

O depois do carnaval pode ser espichado para muito longe, depende do valor do fiado, dos interesses do chefe da repartição ou do Governo, que sempre aproveita essa época para encaminhar projetos ao Legislativo, sem alarde, porque o povo nem vai saber. O povo não está nem aí, quer curtir o carnaval. E só. Se souber, diz: – Depois a gente pensa no assunto e tenta resolver.

Soube pelo jornal que o Governo e a Prefeitura vão mudar o secretariado logo que termine a quadra momesca, porque se mexer muito agora pode ter prejuízos políticos. Desde pequenos damos ouvidos a expressões idiomáticas como “Não se deixa para depois o que se pode fazer hoje” e “Deus ajuda quem cedo madruga”, que ensejam a necessidade do trabalho bem feito, com tempo e disposição ou aquela que trata do mau trabalho, daquilo feito com má vontade, onde o tempo também é elemento necessário: “o preguiçoso trabalha duas vezes”. Ideólogos dizem que elas são frases carregadas do espírito capitalista que desde o início da colonização tentou mudar o rumo da vida brasileira a dizendo que o índio era indolente.

Que besteira, dizem uns, por que iria querer trabalhar feito um cão para ganhar dinheiro se a natureza dava tudo a ele? O peixe, as caças, as frutas da floresta, a água… Talvez por isso tenha sido escravizado em algumas regiões. Mal sabiam, porém, os portugueses, que eles mesmos iriam introduzir o carnaval do Brasil e com isso deixar a festa rolar. Assim abandonaram a grosseria do entrudo para depois, em 1852, trazerem a novidade do Zé Pereira, que era “um conjunto de bombos e tambores capitaneados pelo sapateiro português José Nogueira de Azevedo Paredes”, segundo o musicólogo Edigar de Alencar. Por ser ruidoso e contagiante logo se alastrou pelo Rio de Janeiro e depois por todo o país.

Para muitos de nós, brasileiros, as resoluções que tomamos no ano novo só iniciam mesmo depois dessa festa, quando pensamos em criar vergonha e caminhar para perder uns quilinhos, quando decidimos sobre o que precisamos e queremos há tempos, para depois realizarmos algumas ações hipocritazinhas como se nada tivesse acontecido no carnaval, embora sempre haja a conivência de alguém. Eu poderia ir bem mais longe com estas elucubrações, porém hoje é dia de desfile e a minha escola me chama.

Fernando Canto, no bloco A Banda 2020- Foto: Alcinéa Cavalcante

Não posso deixar esse desfile tão esperado por um ano para nele faltar, assim vão falar mal de mim até depois do carnaval. Talvez nem venha a concluir este artigo, por causa da agitação que precede um acontecimento importante como este, onde minha agremiação é uma das favoritas para ser a campeã. Também não posso de jeito nenhum deixar de assumir minha responsabilidade que é escrever este artigo. Mas hoje é sábado e posso concluí-lo mais tarde. Ou talvez depois das 12h00 da quarta-feira de Cinzas quando me recolho, como milhões de outros brasileiros, a uma quase santa meditação.

É que vem o tempo da Quaresma e depois da Semana Santa, no Domingo da Páscoa, rompendo a Aleluia, inicia o ciclo do Marabaixo.

*Publicado em 2008. Jornal do Dia

A Banda Paralela no universo do folião amapaense – Crônica de Elton Tavares

Foto: Elton Tavares

Crônica de Elton Tavares

Na última terça (13), o tradicional desfile do bloco “A Banda” foi adiada em Macapá, por conta de chuvas intensas que atingiram a cidade desde a madrugada e por boa parte do dia. A Prefeitura de Macapá decretou situação de emergência no município e muita gente ficou desabrigada ou prejudicada de alguma forma por conta da tempestade.

Em decisão conjunta com órgãos de governo e do município, a coordenação do maior bloco de sujos do norte reagendou o desfile da Banda, para o dia 3 de março de 2024.

Foto: Elton Tavares

Como A Banda é do Povo e o poder público está na assistência das pessoas e segurança da população, muita gente foi para as ruas na terça-feira gorda sim. Eu estava entre as centenas de pessoas que fizeram uma espécie de bloco paralelo, na contramão da ordem do Gabinete da Tristeza de São Pedro, que arriou toda aquela chuvarada desnecessária aqui no meio do mundo.

Mesmo com o adiamento do evento decretado, centenas de foliões estiveram presentes na Rua Cândido Mendes. Eu entre eles. Pois a fome e sede de Carnaval, foi saciada no churrasco de alguns amigos, que tinham se reunido para ver A Banda passar, “cantando coisas de amor”.

Foto: Elton Tavares

Sim, uma porrada de gente fantasiada ou com abadás aproveitaram a bateria da Império da Zona Norte e caixas de som que embalavam o festejo na casa em que os caras se confraternizavam e lá se esbaldaram.

A justificativa, embora nobre em sua essência, não foi atendida pelos amantes do Carnaval. Claro que ninguém ficou feliz com o problema das pessoas atingidas com as chuvas torrenciais, mas o Estado, Prefeitura e demais autoridades cuidaram da situação.

Foto: Elton Tavares

Afinal, era a semana mais esperada do ano, um período de liberdade e celebração onde as tradições se sobrepõem até mesmo às preocupações mais pragmáticas. Ir contra isso era como tentar segurar o ímpeto das ondas com as mãos nuas.

“A Banda paralela” não deixou a desejar em nada a irreverência e alegria contagiante de seus foliões sujos de purpurina. Os tambores continuaram a ecoar pelas ruas, os carros de som improvisados surgiram em cada esquina e as manifestações da quadra momesca encontraram espaços para florescer na Rua Cândido Mendes, em frente ao Teatro das Bacabeiras e no Mercado Central de Macapá.

Tradição foi difícil ir contra. Uma boa parte da população ganhou as ruas e curtiu cada batucada, cada carro de som e cada manifestação da quadra momesca que rolou. Afinal, a chuva não apagou o fogo sagrado do Carnaval. Para mim, foi a expressão mais genuína da alma de um povo que encontra na festa uma forma de reinventar e de afirmar sua identidade cultural diante de qualquer tempestade que possa surgir.

Eu e Kledson Mamed, o Jesus que operou o milagre da Banda Paralela

“...A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
E tudo se acabar na quarta-feira…” – A Felicidade – (Vinícius de Moraes).

Carnaval 2024: Piratas da Batucada (Tetracampeão) e Império do Povo dividem o título de campeãs do Grupo Especial

Com uma disputa acirrada em boa parte da apuração nesta quarta-feira, 14, no Sambódromo em Macapá, as escolas Império do Povo e Piratas da Batucada conquistaram o título de campeãs do Carnaval 2024 – Amapá 80 anos, promovido pela Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (Liesap) em parceria com o Governo do Estado, senador Davi Alcolumbre e Sebrae.

Nota a nota, as agremiações empataram, cabendo pelo regulamento, o sorteio. Mas, os presidentes conversaram com a Liesap e decidiram por dividir o título, fazendo a alegria dos foliões de Santana, reduto da Império, e da Zona Sul de Macapá, onde o Piratão nasceu.

Na outra ponta do resultado, Unidos do Buritizal foi rebaixada para o Grupo de Acesso. Em 2025, quem assume o lugar é a escola de samba Império da Zona Norte, campeã do Grupo de Acesso.

Carnaval 2024 em Macapá no Amapá – Escola de Samba Império do povo

Império do Povo

A “caçula” entre as agremiações do Amapá, com 30 anos de existência, a Associação Recreativa Escola de Samba Império do Povo, do município de Santana, abriu o desfile das escolas do Grupo Especial, na sexta-feira, 9. A verde e branco levou para Avenida Ivaldo Veras o enredo: “A folia da mãe de Deus da piedade!”, com a história de fé e resistência da comunidade do Igarapé do Lago.

Com sons de batuques de marabaixo, a escola levou mais de 1,2 mil brincantes, divididos em 13 alas, 2 carros alegóricos e 2 tripés e fez referência às tradições e costumes das religiões de matriz africana, com adereços que representavam resistência e a diversidade cultural da comunidade do Igarapé do Lago, localizada no limite do município de Santana.

O carro abre-alas, que carregava a águia dourada, mascote da agremiação, levantou o bico, levantou o público em sua apresentação, enquanto seus passistas representavam a liberdade do quilombo santanense.

Carnaval 2024 em Macapá no Amapá – Escola de Samba Piratas da Batucada

Piratas da Batucada

Atual tetracampeã, a Associação Recreativa e Cultural Escola de Samba Piratas da Batucada, entrou na avenida Ivaldo Veras, debaixo de chuva, no Sambódromo de Macapá, com o enredo “Nas águas do tempo, mergulhei no coração, sou Piratão além da imaginação”.

Mergulhando no universo místico dos mares, desaguando na própria história, na predominância das cores dourado e azul, o “Piratão”, destacou na avenida Ivaldo Veras, a relação dos piratas com as criaturas do mar e os seus 50 anos de história, apresentados por mais de 2,5 mil brincantes, 13 alas, dois carros alegóricos e 3 tripés.

Carnaval 2024

Em 2024, o Governo do Amapá investiu R$ 5,6 milhões no desfile das escolas de samba, fruto de articulação do senador Davi Alcolumbre. A cada R$ 1 investido, a expectativa é de R$ 4 a R$ 7 de retorno, com aquecimento de diversos setores econômicos, como gastronomia, lazer e rede hoteleira.

O investimento foi entregue diretamente às dez agremiações, por meio da Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (Liesap). A programação também contou com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Confira a classificação geral do Carnaval 2024 – Amapá 80 anos!

Grupo Especial

1ª – Piratas da Batucada (tetracampeão) e Império do Povo
2ª -Maracatu da Favela
3ª – Piratas Estilizados
4ª – Boêmios do Laguinho (levou largura)
5ª – Unidos do Buritizal (caiu)

Grupo de Acesso

1ª – Império da Zona Norte (subiu)
2ª – Solidariedade
3ª – Emissários da Cegonha
4ª – Embaixada de Samba

Fotos: Maksuel Martins/GEA, Crystofher Andrade/GEA e Nayana Magalhães/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Rompi com o mundo SQN – Croniqueta meia-boca pós-Carnaval de Ronaldo Rodrigues

Croniqueta meia-boca pós-Carnaval de Ronaldo Rodrigues

Tentei romper com o mundo, mas parece que foi sem sucesso. Parece, não! FOI sem sucesso! Ser ermitão na Idade Média deve ter sido mais fácil. Agora, com esse monte de recursos, a solidão e o isolamento parecem mais distantes.

Mas o que digo aqui trata-se de uma ruptura simbólica, ou vontade apenas. O fim do Carnaval traz para mim essa coisa de fim/começo de ciclo. Logo, vem a tal da reflexão sobre isso. Foi-se a folia, que virou cinza, e outra urgências se apresentam.

Já que não sinto ressaca (a não ser que sono possa ser chamado de ressaca), para me ocupar com alguma coisa, me restou partir para esta reflexão que ora coloco diante de vossos olhos.

Para muitos, o ano só começa depois do Carnaval. Para mim, é assim também, mas tem uma certa coerência. Vejamos: logo depois das farras de Natal e fim de ano, vêm as celebrações do meu aniversário em janeiro, que faço questão de comemorar, já que sempre pode ser o último (um dia será). Depois, engato no Carnaval, que não deixo escapar de jeito algum.

Pois bem, o Carnaval passou e me deixou esta reflexão que sabe-se lá irá servir para alguma coisa, tipo entender que, se não rompi com o mundo, é porque ele não merece toda essa atenção.

Pelo menos, rendeu esta croniqueta meia-boca. O Carnaval foi ótimo, veremos o resto. Bom ano a todos.

Carnaval 2024: bloco ‘A Banda’ estima reunir cerca de 150 mil pessoas em Macapá

Foto: Maksuel Martins

Por Josi Paixão e Francisco Pinheiro

O principal bloco de rua de Macapá, ‘A banda’ está se preparando para mais uma edição. A realização está confirmada para acontecer como já é tradição, nesta terça-feira (13) de carnaval. A organização espera receber cerca de 150 mil pessoas.

A programação vai contar com 9 bonecos para o desfile, com um deles homenageando os 80 anos do território do Amapá, além de mais de 5 trios elétricos e participação de artistas locais.

A concentração inicia às 8h em frente a sede do bloco, localizado na avenida Iracema Carvão Nunes no centro da capital. A organização vai distribuir caldo, para o público aguentar o percurso. Após isso, será realizada a recepção das autoridades, é a partir desse momento, que inicia o desfile pelas ruas de Macapá.

O percurso começa na Praça Veiga Cabral, passando pelas ruas Cândido Mendes, Henrique Galúcio, passando pelo pequeno trecho da rua Tiradentes, passando pela avenida Feliciano Coelho, rua Leopoldo Machado e finalizando na avenida Ernestino Borges, na sede do bloco.

Foto: Maksuel Martins

Um dos destaques desse ano, é a participação do bloco ‘Bloco Medida Protetiva’, organizado pela Secretaria Estadual da Mulher, que visa destacar a importância de respeitar a medida protetiva e reforçar a importância do lema ‘Não é não’.

Segundo informações do Secretário do bloco ‘A Banda’, Helder Savino, esse ano, haverá a inclusão de pessoas com deficiência e também não será tolerado qualquer tipo de preconceito ou assédio no evento.

A expectativa da organização é encerrar o desfile às 19h.

A Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (Ctmac) estará realizando o controle do trânsito próximo ao desfile. O evento conta também com o apoio de outros órgãos como a Polícia Militar do Amapá e Guarda Municipal. Aproximadamente, 500 profissionais estarão no percurso e aos arredores garantindo a segurança aos brincantes.

Fonte: G1 Amapá.

Em 2024, ‘A Banda’ reforça políticas de inclusão e traz homenagem aos 80 anos de criação do Amapá

As ruas de Macapá serão tomadas por uma maré humana nesta terça-feira, 13, em mais uma edição de ‘A Banda’, o maior bloco de carnaval de rua da região Norte . Em 2024, a manifestação cultural reforça a importância da inclusão de pessoas com deficiência e homenageia os 80 anos de criação do Amapá nos adereços de um dos tradicionais bonecos que fazem parte da tradição de 59 anos.

O Governo do Estado apoia ‘A Banda’, que espera reunir mais de 150 mil foliões para dançar e se divertir no ritmo dos tamborins com muita cor e fantasias irreverentes, espalhando alegria pelo Centro da cidade. Um dos destaques deste ano é o ‘Bloco Medida Protetiva’, promovido pela Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres, que enfatiza o lema ‘Não é não’, contra a importunação sexual.

“Este ano, A Banda também reforça o combate a qualquer tipo de preconceito ou assédio”, afirma o secretário do bloco, Helder Savino.

Durante o trajeto, a Superintendência de Vigilância e Saúde (SVS) prevê a distribuição de mais de 20 mil preservativos masculinos por meio de dispensadores, em um incentivo à prevenção contra Infecções Sexualmente Transmissíveis.

Tradição

A Banda surgiu em 1965, criada por um grupo de amigos, em um jogo de carteado e é conhecida pelos seus tradicionais bonecos, com metros de altura. Ao todo, são nove personalidades homenageadas. Há, ainda, cinco trios elétricos e artistas locais. Antes do bloco iniciar sua passagem pelas ruas, a organização serve um caldo para garantir energia aos foliões.

A concentração começa às 8h, na Avenida Iracema Carvão Nunes, com a expectativa de término às 19h, na sede do bloco. O percurso inicia na praça Veiga Cabral, passando pelas ruas Cândido Mendes, Henrique Galúcio, Tiradentes, Avenida Feliciano Coelho, Rua Leopoldo Machado e finalizando na Avenida Ernestino Borges.

Segurança reforçada

De acordo com o Plano Operacional de Segurança para o Carnaval, A Banda contará com policiamento a pé, motorizado, aéreo e de trânsito, com barreiras em locais estratégicos e atuação da Operação Lei Seca.

No bloco, serão três ambulâncias, sendo duas de suporte avançado e uma intermediária. O Hospital de Emergências (HE) de Macapá será a unidade de retaguarda para atender os casos de urgência e emergência. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Sul ficará responsável por receber os casos de média complexidade registrados pelas equipes.

Carnaval 2024

Como incentivo para a cultura, o turismo e a economia, em dezembro, o Governo do Amapá destinou R$ 4,5 milhões para o Carnaval 2024. O recurso foi entregue diretamente às 10 agremiações em uma parcela única, por meio da Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (Liesap).

As apresentações, marcadas para os dias 9 e 10 de fevereiro, acontecem na Avenida Ivaldo Veras, no Sambódromo, que voltou a receber, em 2023, a programação carnavalesca. A estrutura foi revitalizada após oito anos para receber o tradicional desfile das escolas.

Texto: Winicius Tavares
Fotos: Gabriel Penha
Secretaria de Estado da Comunicação

Poema de agora: Carnaval Moderno – Pat Andrade

CARNAVAL MODERNO

andei à procura da máscara ideal
teci minha bela fantasia
para brincar mais um carnaval
comprei confete e serpentina
encomendei lança perfume
purpurina e coisa-e-tal
[mas não achei salões para bailar]

o Arlequim se mudou pra Bahia
finalmente cansou de chorar
a Colombina, poderosa,
vive a trocar de par
o Pierrô foi morar na praia
agora é dono de pousada e bar
[parece que lá pra Marudá]

nesse carnaval moderno
já vi gente com cara de sério
já vi gente pulando de terno
nesse carnaval moderno
não dá mais pra se apaixonar
é esquecer o que vira cinza
depois que o sol raiar
[no carnaval deste ano, vou é me acomodar]

PAT ANDRADE

Carnafarofa 2024: nesta segunda-feira (12), rola folia no Calçadão Anexo Farofa Tropical

Este ano, nosso Carnaval vai homenagear nossa querida Zinoca Lacerda, mãe do Gudy, Beto e Bebel, moradora do Laguinho há mais de 20 anos, onde ficava localizado o buffet da Zinoca.

Cozinhar era sua grande paixão. Assim que ela chegasse, tinha que ter cerveja acompanhada de um tira – gosto que ela mesma preparava, e se tivesse baralho a festa estava completa. Ela também era conhecida por seus jargões: “Não me enche o saco”, “vai à merda”, “Se chifre fosse chocalho ninguém dormia!”

Mulher além do seu tempo, quebrando barreiras e paradigmas, seu espírito era livre, viveu tudo intensamente.

Serviço:

Carnafarofa 2024.
Data 12 de fevereiro ( segunda de carnaval).

Atrações: Neivaldo, Marcia Fonseca e DJ Abacate

Local: Calçadão Anexo Farofa Tropical.
Rua São José,1024 laguinho.
A partir das 19:00.
Vendas de abadá 981373130.
Várias atrações musicais🎹🎼