50 vezes Paysandu: Papão empata com Remo e conquista o título do Campeonato Paraense de futebol #Papão

O Paysandu é campeão paraense mais uma vez. Neste domingo, o Papão da Curuzu empatou com o Remo por 1 a 1, no Estádio Mangueirão, em Belém, e conquistou o título estadual. O gol do título foi marcado por Nicolas, que abriu o placar, de pênalti. O Remo empatou com Ronald pouco tempo depois, mas não foi suficiente para a conquista do título.

No jogo de ida, na última semana, o Paysandu havia vencido por 2 a 0 e encaminhou a conquista do título. A taça levantada encerrou jejum de dois anos do Paysandu. O Papão foi vice para o Remo em 2022 e nem chegou à decisão em 2023.

O Paysandu é o maior campeão estadual. O time chegou ao 50° título, enquanto o arquirrival Remo tem 47.

Fonte: Diário do Amapá.

Literatura: sobre a apresentação do último capítulo do folhetim “Emília”, publicado pela Revista Literária “O Zezeu”

Por Sílvio Carneiro

Na noite da última quinta-feira (11), o Madrid Coffee se tornou o epicentro da efervescência literária amapaense, ao sediar o aguardado lançamento do último capítulo do folhetim “Emília”, publicado pela Revista Literária O Zezeu desde janeiro deste ano. O evento, idealizado pelo escritor Bruno Muniz, reuniu amigos escritores, leitores fervorosos e a elite literária do Amapá em uma atmosfera de expectativa e celebração.

Desde o início do ano, os leitores têm sido agraciados com capítulos diários de “Emília”, uma narrativa cativante que prendeu a atenção do público, conquistando corações e mentes com sua trama envolvente e personagens marcantes. O folhetim, publicado de segunda a sexta-feira, conquistou espaço cativo nos corações dos amantes da literatura regional.

No lançamento do último capítulo, a atmosfera estava carregada de emoção e ansiedade, à medida que os presentes aguardavam para conhecer o desfecho dessa história que os acompanhou por meses a fio. Para tornar a ocasião ainda mais especial, o escritor Bruno Muniz convidou a talentosa atriz Sabrina Zahara para realizar uma leitura dramática do aguardado desfecho, acrescentando uma camada extra de profundidade e emoção à experiência literária. A leitura foi apresentada em vídeo.

“A jornada de ‘Emília’ tem sido uma montanha-russa emocional para todos nós. Ver essa história chegar ao seu ápice é verdadeiramente emocionante”, compartilhou Muniz, visivelmente emocionado com o momento.

Enquanto os convidados se acomodavam nas mesas, o Madrid Coffee se transformava em um palco de sentimentos à flor da pele, onde os espectadores mergulhavam nas últimas reviravoltas e revelações de “Emília”. Cada palavra lida por Sabrina Zahara, no vídeo, ecoava no ambiente, transportando os presentes para o universo fictício criado por Bruno.

Ao final da leitura dramática, aplausos calorosos ecoaram pelo espaço, em uma ovação merecida não apenas para o desfecho magistral de “Emília”, mas também para todos os envolvidos na jornada literária que cativou o Amapá ao longo dos últimos meses.

“É sempre um privilégio ver o poder da literatura em unir pessoas e criar comunidades apaixonadas”, refletiu Muniz, enquanto cumprimentava os presentes após o evento.

Com o lançamento do último capítulo de “Emília”, O Zezeu encerra mais um capítulo de sua história como uma nova referência da literatura produzida no Amapá, deixando um legado de inspiração e paixão pela escrita e pela leitura. Enquanto os convidados se dispersavam, ficava a certeza de que novas histórias aguardavam para serem contadas e apreciadas, mantendo viva a chama da literatura no coração do Amapá.

*Fotos: Flávio Cavalcante. 

 

Não deu pra escrever algo legal. Então vamos beber! – Crônica de Elton Tavares – *(Do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bençãos e Canalhices Diárias”)

Ilustração de Ronaldo Rony

Crônica de Elton Tavares

Mesmo que minha vontade grite em meus ouvidos: “escreva, escreva”, a força criativa não estava muito inventiva na sexta-feira. Mesmo assim, resolvi tentar atender tais sussurros.

Você, meu caro leitor, sabe que gosto de devanear/ “cronicar” sobre tudo. Escrevo sobre o que dá na telha e tals. Só que hoje não. Pensei em escrever uma lista de clássicos do Rock and Roll, shows das grandes bandas que assisti, uma lista de meus filmes preferidos; quem sabe redigir sobre futebol (pênalti perdido pelo Roberto Baggio em 1994, que me fez beber pra cacete), carnaval, amor ou política, mas apesar da inquietação, nada flui. É, tudo pareceu tão óbvio, repetitivo e desinteressante este momento. Foda!

Quem dera ser um grande contista ou cronista. Ser escritor, de verdade, deve ser legal. Não falo de “pitacos” e devaneios em um site – sem nenhum tipo de ironia barata. E sim de caras que possuem livros publicados, bibliotecas na cabeça, bagagem cultural e não pseudo-enciclopédias, que só leram passagens ou escutaram fulanos contarem sobre obras literárias lidas. Talvez, um dia, eu chegue lá. Quem sabe?

Mesmo que seja sobre uma bobagem, precisa-se de merda engraçada, porreta de se ler. Às vezes escrevo assim, de qualquer jeito. Por que? Dá muito trabalho contar uma história ou estória de forma bem escrita, oras. Quem dera pensar: agora vou me “Drummonizar” e voilà: escrever um “textaço”. Não, não é assim. Já ri muito de alguns velhos posts pirentos por conta disso.

Por fim, vos digo: textos ruins parecem cerveja quente em copo de plástico, ou seja, não rola. Já uma boa crônica parece mais uma daquelas cervas véu de noiva de garrafas enevoadas, na taça, claro.

E já que não deu pra escrever algo caralhento, vamos beber, pois é sexta! Bom final de semana pra todos nós!

“Acho que a gente devia encher a cara hoje, depois a gente fala mal dos inúteis que se acham super importantes” – Charles Bukowski.

Foto: Flávio Cavalcante

*Texto do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, de minha autoria, lançado em 2020.

Projeto Música da Gente terá o pagode do grupo “Os Moreiras”, no Sesc Araxá, nesta sexta-feira (12)

O Sesc Amapá traz pela primeira vez no projeto Música da Gente uma noite de pagode. com a participação do grupo Os Moreiras. A programação, que acontecerá no Salão de Eventos do Sesc Araxá, na sexta-feira (12), inicia às 18h30, com entrada gratuita.

Música da Gente – tem sido uma plataforma para a exibição de talentos musicais do Amapá, com o objetivo de promover a música popular local. A iniciativa valoriza a diversidade musical do estado, destacando cantores, músicos, intérpretes, compositores e bandas locais em sua programação. A ideia é apreciar a excelência de suas obras, incentivar o aparecimento de novos talentos e atrair espectadores para apreciar a rica musicalidade da região.

.Os Moreiras – O grupo iniciou sua carreira em 2010, em Macapá, ainda com o nome de “Atitude”, e desde então atuou fazendo shows em consagradas casas de espetáculos na cidade e festivais em outros municípios do Amapá. Também abriu shows nacionais para o Exaltasamba, Grupo Fundo de Quintal, Péricles, Thiaguinho, Turma do Pagode, e acompanhou artistas de renome nacional, na banda base, como o Mumuzinho e Chrigor,

No show dessa sexta-feira, o grupo Os Moreiras apresenta uma viagem musical através dos clássicos da música popular brasileira –samba e pagode. Uma releitura de grandes sucessos de consagrados artistas, com novos arranjos, dentro de uma concepção moderna, sem perder a essência musical produzida e reconhecida nacionalmente.

SERVIÇO:

Música da Gente – Os Moreiras
DATA: 12/04/2024
HORA: 18h30

Jamily Canuto – Assessora de Imprensa
Telefone: 3241-4440, ramal 235
WhatsApp: (96) 99131-6750
E-mail: [email protected]

Governo do Amapá e Coletivo ‘Tudo com Arte’ promovem feira de artesanato indígena na Fortaleza de São José de Macapá

Para demonstrar a riqueza cultural dos povos originários do estado, o Governo do Amapá e o Coletivo “Tudo com Arte” promovem uma feira de artesanato indígena neste sábado, 13, e no domingo, 14, na Fortaleza de São José de Macapá. A atividade tem o objetivo de impulsionar a bioeconomia e aproximar a cultura indígena da população e os turistas que visitam o local.

A feira terá exposição de artesanatos produzidos pelas etnias Palikur, Galibi Marworno, Tiriyo, Apalai e Waiana. As biojoias, como brincos, pulseiras, colares e outras peças, são produzidas com matéria-prima retirada das florestas, como caroços, folhas, penas, cipós e outros. A programação conta com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi).

“Estamos muito felizes por estar de volta com a programação. Nosso objetivo é ter nosso artesanato reconhecido por todos os artesãos indígenas que estão participando. A expectativa é ter a população macapaense visitando e levando nosso artesanato para casa”, conta a artesã Dilza Orlando, da etnia Palikur.

A última exposição, em março deste ano, contou com um público diversificado e interessado em conhecer e adquirir os produtos artesanais. A gerente do Museu da Fortaleza, Flávia Souza, explica que a ideia de realizar uma feira indígena no espaço histórico começou como parte das comemorações de aniversário do monumento em 2023. A expectativa é que elas se tornem cada vez mais frequentes e ampliem a oferta de produtos e experiências.

“O público tem recebido muito bem, é o maior sucesso. Quando é divulgado, vem gente de todo lugar, daqui da cidade e até mesmo visitantes de fora. Com as feiras, queremos promover uma interação entre as culturas indígenas e o público que visita a fortaleza”, pontua a museóloga.

Texto: Thaysa Ruane
Fotos: Albenir Sousa/GEA e Israel Cardoso/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Novo Amapá Jovem: show nacional e atividades culturais marcam lançamento do programa neste sábado, em Macapá

O Governo do Amapá lança neste sábado, 13, o Novo Amapá Jovem, que irá ampliar os atendimentos em todo o estado com a implementação de eixos de atuação que contemplarão a juventude na área urbana e rural, além de promover a permanência escolar com capacitação profissional. Para celebrar, a artista nacional Lexa promete animação e o melhor do funk para o público, com show gratuito.

A programação é desenvolvida pela Secretaria de Estado da Juventude (Sejuv), com apoio do senador Randolfe Rodrigues e Sebrae Amapá. Além do lançamento, serão ofertados serviços de emissão de documentos, atendimento empresarial e orientações sobre como se inscrever no Amapá Jovem.

Também terá batalha de Vogue, grafitagem, power Jump, competição de TikTok, aulão funcional e visita ao planetário itinerante da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec).

Com a reformulação, o Amapá Jovem terá nova estrutura e critérios de seleção. O investimento que será repassado aos beneficiários recebeu aumento de até 270% em sua modernização. Além disso, o programa conta com seis novos eixos de trabalho, que atuam transversalmente entre políticas públicas de promoção da educação, profissionalização e protagonismo juvenil. O lançamento acontece a partir das 16h, no Trapiche do Santa Inês.

Confira os serviços ofertados:

Inscrições e orientações sobre o Novo Programa Amapá Jovem;
Serviços do Programa Acolher Amapá;
Aplicação de imunizantes contra: HPV, Meningo ACWY e Tríplice Viral;
Emissão de Cartão do SUS, 2ª via de CPF e cartão do TEA;
Inscrição do Projeto Jovem Descolado do SEBRAE;
Inscrição no Desafio Liga Jovem do SEBRAE;
Atendimento empresarial SEBRAE.
Confira a programação cultural:

16h – DJ Insane;
16h – Apresentação de Break com o grupo Prodígio;
16h20 – Banda gospel Palavra Viva;
16h50 – Apresentações de capoeira com o grupo Raízes do Brasil;
17h10 – Mc Deeh;
17h40 – Grupo Sunrise (K-pop)
19h – Apresentação de Break com os grupos Master Máxima, Movimento Sem Limite,
Staly Break, Crazy Bboys e El-Shammah;
19h20 – Competição de TikTok;
20h – Apresentação musical da Banda Luxuosos Corações;
20h20 – Batalha de Vogue;
21h – Atração nacional Lexa.

Texto: Vanessa Albino
Foto: Jorge Junior/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Aldeia Kuahi, em Oiapoque, recebe ação do Mês da Vacinação dos Povos Indígenas com apoio de Randolfe Rodrigues

O Ministério da Saúde e o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Amapá e Norte do Pará, iniciam neste sábado (13), o Mês de Vacinação dos Povos Indígenas. Com a articulação do senador Randolfe Rodrigues, a cerimônia oficial ocorrerá na Aldeia Kuahi, no município de Oiapoque.

De acordo com o senador Randolfe esse é mais um esforço em conjunto, governo federal e governo do Amapá, para garantir saúde e o bem-estar das populações indígenas do estado.

“A ação do mês de vacinação das populações indígenas é uma estratégia de saúde pública do governo Lula, DSEI e governo do Amapá, para proteger nossas comunidades vulneráveis contra doenças infecciosas. É nosso dever e direito dos povos originários”, afirmou o senador Randolfe.

Assessoria de comunicação

BILÍNGUE (Poema de Fernando Canto para o Elton Tavares) – @fernando__canto

BILÍNGUE (Poema de Fernando Canto para o Elton Tavares)

Tenho duas línguas
De fera:
A doce de sonho
E a áspera que espera
Há tempos
Provam os lábios
Do mundo

– Melíflua e exata –
Uma beija
E a outra mata

Amor, louco, amor (microconto)

Ao se verem pela primeira vez, ela o olhou e devaneou: “gostei desse doido”.

Por sua vez, ele, sem juízo, ajuizou: “curti essa maluca”.

Eles nunca terão alta. E foram felizes para sempre no manicômio do Hospital das Clínicas. Fim.

Elton Tavares e Fernando Canto

A CASA DO EZEQUIAS – Por do Fernando Canto

Crônica de Fernando Canto

A metade dos anos 80 trazia a grande expectativa de mudanças no caminho político do Brasil. Após a anistia de 1979 restava ainda o término do Governo Figueiredo e a transição democrática que se estabeleceria com a eleição de Tancredo e a posse de Sarney.

No Amapá tudo isso era motivo de conversa e os jornais emitiam opiniões bem diversificadas sobre o destino de nossa terra, causando certo frisson entre os leitores. E com a possibilidade de transformação em estado o antigo Território Federal cedeu espaço a centenas de aproveitadores políticos que para cá vieram em busca de uma vaga no parlamento. Foi nesse contexto que ressurgiu o Amapá Estado, fundado por Haroldo Franco, Silas e Ezequias Assis.

Governador Henning – Foto blog Repiquete no Meio do Mundo

Esse jornal havia sido editado pela primeira vez durante o governo de Henning, que segundo eles, quando leu o primeiro número o amassou e jogou fora dizendo que a pretensão dos jornalistas não passava de um engano,de uma utopia. Foi, também, nesse contexto que posteriormente foi lançado o jornal Fronteira, onde trabalhei com uma coluna informativa, ao lado de grandes expressões do jornalismo local como Alcy Araújo, Luís Melo, Jorge Herberth e Wilson Sena, por sinal o primeiro presidente da Associação dos Jornalistas do Amapá. Antes disso o Silas fechou o Amapá Estado e foi se estabelecer em Belém com um jornal maior.

Humberto Moreira – Foto: Blog Porta Retrato

Mas os grandes assuntos da pauta semanal do Fronteira eram discutidos na casa do Ezequias. Todos os sábados ele nos recebia com aquele jeito brincalhão, mostrando um exemplar que o Ricardo, seu filho, pegava no aeroporto (Naquela época era impresso em Belém.) e não economizava o orgulho de ver editado mais um número. E o que era para ser apenas informação virava celebração, pois nunca faltava uma boa dose do melhor uísque, uma carne de caça que o Baleia fornecia para o dono da casa desde que ele fora chefe de Gabinete da Secretaria de Obras e a viola do Nonato Leal, às vezes em duo com a do Sebastião Mont’Alverne. Ao lado disso, apreciadores da boa música, como o Alcy, se deleitavam ouvindo o Humberto Moreira interpretar Taiguara. Artistas e intelectuais chegavam como se estivessem ligados a uma rede invisível e automática, num tempo em que não havia celulares. Aimorezinho era um espetáculo tocando bossa nova com a sua escaleta e o inesquecível bandolim do Amilar parecia pousar em uma partitura mágica vinda das Brenhas de Mazagão. Ritmos se fundiam numa democracia musical crescente que só acabaria quase no início da noite com o sorriso sempre aberto da ilustre e querida amiga Nazaré Trindade. Antes, porém, Ezequias, Nonato e Sebastião faziam um coral com a música “Saci Pererê” de autoria dos três. Depois cantavam “Tauaparanaçu”, de Nonato, e arrematavam com “Rio Amazonas”, de autor desconhecido. A audiência não poupava elogios ao trio e se despedia de mais uma seresta tropical que a todos encantava.

Ezequias Assis, Jorge Herberth e Fernando Canto. Professor Munhoz ao fundo – Foto encontrada no blog da Sônia Canto.

Tanto Ezequias como Nazaré já se despediram deste mundo. Mas o dom da generosidade que neles havia fica na memória e na eterna gratidão pelo que ensinaram e pelo que foram.

Certa vez, num tempo de vacas magras do jornal, Ezequias me chamou e disse que não podia me pagar naquele mês, mas que iria dar um jeito. Falou que estava querendo “ajeitar” seu carro e que decidira deixar para o outro mês. Foi lá dentro e voltou com quatro pneus novos e 120 dólares e me disse: – Toma. Troca os pneus carecas do teu carro e fica com esse dinheiro pra quebrar o galho. No mês que vem a gente se acerta.

Depois ele me abraçou e pediu ao Ricardo para preparar uns uísques. Ficamos bebendo em silêncio.

*Fotos: 2-Governador Artur de Azevedo Henning (o que amassou o jornal) – encontrada no blog da Alcilene. 3 – Jornalista e cantor Humberto Moreira (blog Porta Retrato).

Sebrae conhece experiências de sucesso no desenvolvimento de lideranças na Bélgica e Holanda

Dirigente das unidades do Sebrae Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins seguem até esta quinta-feira (11) em missão internacional na Bélgica e na Holanda. O objetivo da visita aos dois países é conhecer de perto ações de desenvolvimento de lideranças realizadas em instituições europeias. A diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Margarete Coelho, é quem chefia a delegação. A missão é uma iniciativa do Polo de Liderança do Sebrae, realizado por meio de uma parceria entre unidade paranaense e a representação nacional da entidade.

“Essa é uma rica oportunidade de conhecermos experiências bem-sucedidas nos campos de inovação, políticas e processos de ESG e liderança empresarial baseadas em valores de sustentabilidade e diversidade. Os europeus já têm um comportamento mais consciente nesse sentido, pois preferem produtos e serviços de empresas que tenham essas pautas na sua governança”, destacou a diretora de Administração e Finanças do Sebrae, Margarete Coelho.

A transição para a economia verde e pautas de inclusão e sustentabilidade são um caminho sem volta e precisamos dominar as melhores práticas.

Margarete Coelho, diretora de Administração e Finanças do Sebrae.

O roteiro da missão internacional teve início na segunda-feira (8) por meio de um encontro com a delegação do Brasil na União Europeia e com o embaixador Pedro Miguel Costa e Silva. Em um seminário foi discutido o quadro de relacionamento Brasil – União Europeia para Inovação, Desenvolvimento e Empreendedorismo. No período da tarde, a comitiva foi recebida pelo eurodeputado Javier López, presidente da Comissão das Relações da União Europeia com a América Latina, e conheceu o Parlamento Europeu.

Ao longo dos próximos dias, os dirigentes do Sebrae trocarão experiências e visitarão algumas instituições que servem como modelo em inovação, empreendedorismo, além serem centros de referência em liderança como o Cambridge Institute for Sustainability Leadership (CISL), o Centro de Liderança Criativa, a Escola de Administração de Negócios de Rotterdam – Universidade Erasmus e a Academia de Liderança de Amsterdã.

Texto Sebrae Nacional 

Selo Amapá: sucesso de empreendimento amapaense há 56 anos será apresentado durante Web Summit do Startup20, no Rio de Janeiro

Um caso de sucesso que une tradição e modernidade será a representante do Amapá no Web Summit do Startup20, que acontecerá de 15 a 18 de abril, no Rio de Janeiro. Há 56 anos no mercado, a Sorveteria Santa Helena faz parte dos mais de mil empreendimentos que possuem o Selo Amapá, certificado pelo Governo do Estado.

A certificação é feita pela Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá), que qualifica empresas e promove os produtos locais e que cumprem requisitos legais para o funcionamento das atividades empresariais.

A empresária Karla Gonçalves, responsável pela sorveteria, foi apresentada durante o encontro do Startup20, que ocorreu em fevereiro no Amapá. Agora, ela representará o estado novamente e vê a oportunidade com muita responsabilidade.

“É uma empresa tradicional e familiar que já está na terceira geração. Termos sido escolhidos para estar lá é grandioso. As expectativas são muito grandes e, claro, as melhores possíveis. No evento que houve no Amapá nos deu outra leitura, inclusive para outros mercados”, diz Karla.

Selo Amapá

A empresária destaca, ainda, a importância de políticas de valorização do mercado local, como propõe o Selo Amapá. Segundo Karla, a certificação trouxe ainda mais visibilidade e reconhecimento ao empreendimento.

“A gente nunca imagina onde pode chegar. Que tudo isso que o Selo trouxe para nós e para outras empresas incentive mais empreendimentos a aderirem à certificação. Só estar aqui não é suficiente, é possível sonhar alto, sonhar em ganhar o mundo”, celebra.

Startup20

Em fevereiro, o Amapá sediou o maior encontro de Startups do mundo, reunindo as maiores economias no coração da Amazônia para debater economia verde, sustentabilidade e desenvolvimento tecnológico, sendo uma prévia do encontro que ocorre na próxima semana, no Rio de Janeiro.

Durante o encontro, estarão na capital fluminense representantes de startups, agentes públicos, setor privado e referências de inovação em todo o mundo, que irão participar de painéis sobre inovação e empreendedorismo, além de visitas técnicas a hubs de inovação, universidades e centros de pesquisa.

Texto: Gabriel Penha
Foto: Gabriel Penha/GEA e arquivo familiar de Karla Gonçalves
Secretaria de Estado da Comunicação

Memória da cultura amapaense: discurso do professor Antônio Munhoz, no dia da inauguração da Galeria de Arte que leva seu nome, em 2002

Antônio Munhoz Lopes – Foto: site Repiquete no Meio do Mundo

No dia 22 de março de 2002, foi inaugurada no Sesc Araxá, em Macapá (AP), a Galeria de Artes Antônio Munhoz Lopes. Naquela data, o saudoso professor (falecido em 2017) homenageado fez um discurso memorável. Leiam:

“A lei da morte é o silêncio, o esquecimento. E a libertação de tal lei é tornar-se vivona memória dos pósteros. Não almejo tanto. Mas tenho certeza que no futuro alguém lendo esta placa, vai perguntar, com certeza: Quem é? Quem foi? Será uma prova de que não estarei morto completamente, como no verso do poeta (A. Munhoz Lopes)

Dos meu 70 anos de vida, 43 foram vividos, ou estão sendo ainda vividos em Macapá. E desde o início, estive envolvido com a educação e a cultura. E esse envolvimento sempre foi tão grande que, mesmo quando fui delegado da DOPS, diziam que eu dava á polícia local, “um clima de cenáculo literário, pois, segundo uma crônica do Cônego Ápio Campos, no jornal A Província do Pará, “meu escrivão era quase um poeta” e meus auxiliares “aproveitavam as folgas para ler contos e romances” e por incrível que pareça, “os próprios encarcerados eram obrigados a ler, em obediência a portaria baixada, várias páginas de antologia por semana”.

Antônio Munhoz Lopes – Fotos encontradas no blog O Canto da Amazônia

Essa história ficou, por muito tempo, no inconsciente de muitas pessoas, de tal forma que certa vez falando no assunto, disse que tinha sido uma brincadeira do Cônego Ápio e alguém à parte, decepcionado, afirmou: “Ainda prefiro a lenda à verdade”. E não vamos muito longe: no dia 15 de janeiro de 1998, uma carta de Campo Grande, Mato Grosso de Sul, o professor João Antônio Leal Filho me escrevendo dizia: “Lembro-me sim da passagem do Munhoz pela polícia como delegado, um dos melhores que Macapá já teve”. Repetia a história contada pelo Cônego Ápio, com a variante de que, “naquele tempo, todo policial tinha de andar com um romance embaixo do braço. E o mais interessante é que, melancólico e saudosista, o missivista encerra sua carta com uma exclamação: “já não há mais delegados de polícia como antigamente”. Estes fatos mostram que a minha preocupação com a cultura não é de hoje. E também não esqueço as reclamações que sempre fazia, principalmente nas apresentações de exposições de arte e ainda faço quando autoridades estão presentes: de que precisamos de um museu ( o prédio da antiga Intendência está se acabando), uma pinacoteca, uma galeria de arte e um arquivo público para acervos a memória deste pedaço do Brasil.

No antigo Conselho de Cultura chegamos a fazer uma proposta que não foi levada a diante e seria o gérmen da pinacoteca: o levantamento de todas as telas que existem nas repartições públicas, muitas precisando de restauração. Ainda no Conselho de Cultura foi grande o esforço que se fez para a inauguração da Galeria Vicente de Sousa, o pintor nascido no Amapá e que fez da cana-de-açúcar o seu signo por excelência. A galeria foi aberta com uma bela exposição de Manoel Bispo. Mas com a derrocada do Conselho, a galeria desapareceu. Todavia, para mim, o mais importante foram as realizações dos salões de arte, tendo sido o primeiro em setembro de 1963, portanto, há 39 anos, como parte dos festejos comemorativos do 20º aniversário de criação desta unidade federativa. E vale recordar que, em 29 de Setembro de 1963, na Folha do Povo, comentando num artigo denominado “Paleta, Amor e Alma”, a participação de Vicente, no I salão de Artes Plásticas, Isnard Lima dizia: “Vicente, esse moço promete”.

Professor Antônio Munhoz Lopes – Foto: Memorial Amapá

E, de fato, o prognóstico do articulista se cumpriu, pois Vicente foi um nome importante no cenário artístico brasileiro, com a sua fase denominada de canacultura. O II Salão foi aberto no dia 15 de Dezembro de 1966, no térreo do Colégio Amapaense e, no livro de Walmir Ayla sobre Manoel Costa, aparece uma foto do acontecimento. O III Salão foi inaugurado em 13 de Setembro de 1967, com a presença do Governador Ivanhoé Gonçalves Martins. E por este salão recebemos um ofício do Diretor da Divisão de Educação, citando a mostra como “um dos pontos destacados na comemoração do 24º aniversário de instalação do Território Federal do Amapá”. Lembro de que participaram da exposição R. Peixe, Paulo Leite, Fulvio Giuliano, hoje um nome internacional com o seus ícones, morando atualmente em Monza; Carlos Nilson, Manoel Bispo, com dois quadros muito bons: “Retrato de mulher” e “Mulher com flores”; Irenilda Almeida, Donato dos Santos e Paulino do Rosário.

Foto: Sesc AP

Em Setembro de 1983, 16 anos depois, quando éramos diretor do Conservatório Amapaense de Música, hoje Escola de Música Walkíria Lima, realizamos o último salão, que foi uma retrospectiva de 35 quadros de Fulvio Giuliano, ainda como parte dos festejos comemorativos do 40º aniversário do Território, fazendo uma análise da obra do artista italiano, que por muitos anos viveu entre nós.

Por sinal, esta retrospectiva é lembrada num livro que saiu na Itália em 1995 e que tem por título “La Bellezza Salverà il Mondo”. Éramos citados exatamente quando recordamos que o pintor retratava a nossa terra, sem fantasia, mostrando o homem carente de tudo, o homem em sua miséria e solidão, cujos exemplos sofridos mais flagrantes, eram os quadros denominados “Assim Morreu Pracapa” e “Benedito Acabou de Sofrer.” Meus amigos, o tempo foi passando e aqui estamos. Voltando de Belém do jantar dos meus 70 anos, onde consegui juntar meus nove irmãos, Regina Valente e Graça Viana, na abertura da exposição de Flávio Damm, me intimaram: não pode sair de Macapá agora neste mês de março. Não liguei, pois, na verdade, nunca me passou pela cabeça homenagem de tal jaez, o que às vezes remotamente pensava era de que um dia talvez fosse nome de escola, mas quando estivesse morto. Mas nome de galeria de Arte, não, nunca pensei, mesmo porque acho chique demais.

Antônio Munhoz Lopes – Foto: Paulo Tarso Barros

De público e de coração agradeço aos meus amigos do SESC, e é um agradecimento especialíssimo, sobretudo, porque estou vivo. E outro fato que me surpreende é que, muitas vezes, na minha vida de professor, lendo e relendo o poema de Manoel Bandeira, “A Morte Absoluta”, do seu livro “Lira dos Cinquent’anos”, meditei inúmeras vezes nos versos finais do poema, quando o poeta afirma: “Morrer tão completamente / que um dia ao lerem o teu nome num papel / perguntem: “Quem foi?… e ele continua: Morrer mais completamente ainda, sem deixar sequer esse nome”. Agora, posso dizer até com uma ponta de orgulho ou vaidade, que morro, mas não de todo, porque meu nome ficará gravado numa placa com mérito ou sem mérito, não sei mas ficará. E recordo ainda outro poeta, Camões nos Lusíadas, quando fala daqueles “que por obras valorosas / se não da lei da morte libertando”. A lei da morte é o silêncio, o esquecimento. E a libertação de tal lei é tornar-se vivo na memória dos pósteros. Não almejo tanto. Mas tenho certeza que no futuro alguém lendo esta placa, vai perguntar, com certeza: Quem é? Quem foi? Será uma prova de que não estarei morto completamente, como no verso do poeta. E mais uma vez, para os meus amigos do SESC, como para todos os meus amigos aqui presentes, o meu muito obrigado”. 

Professor Antônio Munhoz Lopes
22.03.2002
*Contribuição de Fernando Canto (presidente da Academia Amapaense de Letras).

Capacitação em inteligência artificial oferta 80 vagas gratuitas para estudantes do ensino médio do AP

Por Mariana Ferreira

A Universidade Federal do Amapá (Unifap) está ofertando 80 vagas para um curso de capacitação em inteligência artificial para estudantes do ensino médio do Estado. As inscrições devem ser feitas via internet até o dia 26 de abril.

As turmas vão ser divididas em manhã e tarde no Campus do Marco Zero, na Zona Sul da capital.

Inscreva-se
Veja o Edital

As aulas, de acordo com o edital, devem focar no uso da IA para o desenvolvimento sustentável da Amazônia amapaense.

Os critérios de seleção para a vaga são:

Ordem de inscrição on-line até o preenchimento das vagas ofertadas;
Ter matrícula no ensino médio no ano de 2024
Das vagas 50% do total vão ser destinadas a candidatas do sexo feminino. Além disso, as inscrições excedentes até 20% do número de vagas ofertadas no total, esses candidatos formarão cadastro reserva.

O curso terá duração de quatro meses, com carga horária de 150 horas. As aulas estão marcadas para começar em 29 de abril.

A Capacitação profissional para aperfeiçoamento e desenvolvimento de recursos humanos em Inteligência Artificial com foco no desenvolvimento da Amazônia é ofertada pelo Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas (Dcet), em parceria com o curso de Engenharia Elétrica.

Fonte: G1 Amapá