Reportagem Márcia Fonseca
Perde toda a sua programação local e passa a fazer parte da Empresa Brasileira de Radiodifusão – Rádiobrás, depois teve fase experimental da rádio nacional FM, final da década de 80 é recomprada, mas só sinal do AM.
3ª Fase de 1978-89
A Rádio Difusora, desde o início de suas atividades, teve atuação destacada no campo artístico amapaense, na cobertura de eventos culturais e oficiais da época, e na realização de excursões ao interior do então Território. Porém, em 22 de agosto de 1978, a emissora perdeu toda a sua programação local, e passou a fazer parte da Empresa Brasileira de Radiodifusão – Rádiobrás no qual tinha o objetivo de centralizar a administração de todas as emissoras de rádio e televisão do Governo Federal.
Os novos programas eram enviados pela equipe de comunicação da Rádio Nacional. Locutores e operadores perderam o espaço na emissora. Um dos poucos profissionais que permaneceu nesta época foi Sebastião Oliveira, que apresentava o noticiário de hora em hora, ao lado do jornalista Joaquim Ramos.
“Eu entrei mais pra área jornalística eu era o apresentador da chamada hora cheia, além da locução comercial, além da gravação dos spots da rádio e outras mais. E eu tive graças a Deus essa oportunidade de integrar uma grande equipe formada por grandes nomes como Humberto Moreira, Eraldo Trindade, Joaquim Ramos, Anibal Sérgio, Paulo Silva, Sérgio La Roque enfim. E foi formada uma equipe de jornalismo que tinha como missão informar tudo aquilo que acontecia dentro do nosso estado, dentro da capital que é a Macapá”, relembra Sebastião.
Ao longo do tempo os programas locais voltavam à rede com cunho mais regional. Porém, o que prevaleceu durante este período foi a programação nacional, com profissionais que fizeram sucesso como relembra Sabá Oliveira.
“Nós tínhamos Edelson Moura, Márcia Ferreira e outros grandes nomes que tiveram aqui em Macapá fazendo inclusive a orientação. Mas aqui nós tínhamos os nossos programas. Mas era uma programação estritamente voltada para a população da Amazônia”, completa Sabá.
No início de 1989, o Governo Federal começou a privatizar algumas emissoras da Rede Radiobrás. O então governador Nova da Costa compra a emissora pelo valor de 800 mil cruzeiros. Porém, adquiri de volta apenas o sinal de AM, e devolve assim aos amapaenses, um de seus maiores patrimônios, como ressalta o historiador Célio Alício.
“E de 1978 até 88, são 10 anos de sistema Radiobrás. Em 83 vem em fase experimental da rádio nacional FM, em 84 ela passa a funcionar oficialmente, primeira FM do Amapá. Em 88, 89 o governador Nova da Costa recomprou, a Difusora, mas só sinal do AM, ele podendo comprar FM não. Então a FM passa pro grupo Borges, o grupo de comunicação, a família Borges e o Luiz Mello”, explica Célio.
Durante os meses seguintes a Rádio Difusora de Macapá passou por uma troca constante de direção. Em janeiro de 1991, com o primeiro governador eleito do Estado do Amapá, Comandante Annibal Barcellos, foi nomeado Paulo Silva, que se fez presente neste momento do retorno da Direção da Rádio Difusora de Macapá.
“Os que estavam na Rádio Nacional foram absorvidos pelo ainda território e quando o comandante Barcelos assumiu que voltou a estruturar a Rádio Difusora de Macapá que é hoje é o que é. Mas foi um trabalho hercúleo porque não tinha servidor. Tiveram que iniciar uma nova negociação com o governo e entrar como uma espécie de temporários e precisou resolver tudo isso. Mas deu tudo certo a programação foi se estruturando e voltando”, destaca Paulão.
Ao longo do tempo episódios históricos marcaram a construção deste, que é a maior referência da comunicação no estado, como por exemplo, o desastre natural, onde um raio atingiu a torre da emissora, em maio de 2005. Em pouco menos de 36h teve sua programação de volta ao ar. Assim a Rádio Difusora de Macapá retoma seu espaço, conquista novos profissionais e reestrutura toda programação que se alterou ao longo do tempo, conforme as gestões governamentais.