É proibido peidar dentro do Empório do Índio, diz aviso no balcão – Crônica de Elton Tavares

Ilustração Ronaldo Rony

Peido é ruim. Incomoda tanto o flatulento quanto sua vítima. Mas no Empório do Índio, pasmem, é proibido peidar na parte interna do estabelecimento. O Jorge Ney, conhecido popularmente como “Índio”, proprietário do bar, é conhecido por comentários diretos e francos. E foi taxativo no aviso em seu estabelecimento: “Proibido Peidar”.

Portanto, se você resolver tomar umas no balcão do Empório, é melhor conter a flatulência. Quem quiser se aliviar tem que sair e peidar. Nem mesmo os sócios remidos do Bar como Cleomar, Cuca, Kleber, Gilvana e outros amigos, têm permissão para bufar no recinto.

Afinal, tá lá, escrito.

Dou razão ao Índio, afinal, a temperatura de um peido quando é criado é de 37º. Se o metano é fruto de uma carne com chicória então, sai de perto que, se pegar no olho, cega. A proibição é justa, pois tem gasoso que parece descer abraçado na merda, de tão potente. Se silencioso então, é um ataque surpresa muito covarde.

Sobre o Empório do Índio

O Empório do Índio é um espaço democrático que abriga todas as tribos e pensamentos. A Cerveja é sempre gelada, tem tira-gosto de charque e outros petiscos. Localizado no bairro Santa Rita, próximo ao Fórum de Macapá, o bar possui um ótimo atendimento e preço justo.

Mas peidar lá dentro? Não, pode não.

Elton Tavares

*Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, de minha autoria, lançado em novembro de 2021.

Atleta amapaense concorre prêmio de melhores nadadores masters do Brasil

Lucinilda Nascimento, de 55 anos, possui diversos títulos, entre eles quatro recordes brasileiros e cinco sul-americanos.

Por Lana Caroline

A nadadora amapaense, Lucinilda Nascimento, de 55 anos, está concorrendo ao Troféu Best Swimming 2021, que reconhece os melhores nadadores masters do Brasil na temporada.

O evento, que está em sua 21ª edição, é promovido pela Swim Channel, um canal de serviços da natação do Brasil e Portugal. Os vencedores serão anunciados no dia 31 de dezembro

A atleta possui um cartel recheado de títulos, entre eles quatro recordes brasileiros e cinco sul-americanos, além de possuir vários prêmios Top Ten, concedido às melhores nadadoras masters do ano, e já ter disputado o mundial da modalidade na Hungria, em 2017.

Fonte: Diário do Amapá.

Ademar Bandeira precisa de sangue. Ajudem!

Ademar Batista Bandeira precisa de sangue urgente. A família pede doações de sangue, que devem ser feitas no Instituto de Hematologia e Hemoterapia do Amapá (Hemoap), em nome de Ademar Batista Bandeira, das 8h às 12h. Para quem trabalha, o Hemoap emite declaração de dispensa do trabalho por 12 horas.

Para doar, é preciso ir ao Hemoap e levar seus documentos de Identidade. O instituto finca localizado na Avenida Raimundo Álvares da Costa, no centro de Macapá.

Agradecemos a todos que puderem nos ajudar na doação e divulgação deste pedido. Ajudem!

Confira os públicos atendidos com as vacinas da Covid-19, influenza e tríplice viral nesta quinta-feira (30)

A campanha de imunização contra a Covid-19 segue em Macapá nesta quinta-feira (30). A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) também está disponibilizando as vacinas da Influenza e Tríplice Viral, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal na capital. Os três imunizantes estarão disponíveis em 22 pontos, entre unidades básicas de saúde, pontos de drive-thru e shoppings.

Para os imunizantes contra covid-19, é necessário que o cidadão apresente documento oficial com foto, comprovante de residência, CPF e carteira de vacinação. Para quem possui comorbidade, é preciso de laudo médico como comprovação.

Já para ser imunizado contra a Influenza ou tomar a vacina Tríplice Viral é indispensável a carteira de vacinação para registro e documento de identificação.

Confira os locais, públicos e horários de vacinação:

Unidades Básicas de Saúde

As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que atendem para vacinação funcionarão das 8h às 12h e das 14h às 18h e os imunizantes estarão disponíveis nas UBSs Brasil Novo, BR-210, Novo Horizonte, Marcelo Cândia, Pedro Barros, Pedrinhas, Raimundo Hozanan, Padre Raul Matte, Leozildo Fontoura, São Pedro, Rosa Moita, Lélio Silva, Marabaixo, Cidade Nova, Pacoval e Perpétuo Socorro.

Pontos extras e Drive-Thru

Os pontos de vacinação do Macapá Shopping, Amapá Garden Shopping, Villa Nova Shopping, além dos pontos de drive-thru da Praça Floriano Peixoto, Curiaú e Zerão, funcionarão das 9h às 15h.

Públicos atendidos contra Covid-19

1ª dose: adolescentes de 12 a 17 anos, público em geral de 18 anos ou mais;

2ª dose de Pfizer para quem iniciou o ciclo há 8 semanas

2ª dose de Astrazeneca para quem iniciou o ciclo vacinal há 8 semanas

2ª dose de CoronaVac para quem está no período de recebimento

3ª dose: público em geral de 18 anos ou mais, com ou sem comorbidades.

Intervalo entre doses dos imunizantes contra Covid-19

1ª e 2ª dose

O intervalo entre a 1ª e a 2ª dose de Pfizer é oito semanas para público em geral. Para pessoas imunossuprimidas o intervalo é de 21 dias entre a D1 e a D2. A D2 de Astrazeneca volta a ser aplicada oito semanas após a D1, seguindo a nota técnica do Ministério da Saúde. No caso da Coronavac, o intervalo é de 30 dias, ou de acordo com a marcação no cartão do usuário.

2ª e 3ª dose

O intervalo entre a 2ª e a 3ª dose é de 4 meses para pessoas de 18 anos ou mais, com ou sem comorbidades, idosos e profissionais de saúde. Para pessoas imunossuprimidas o intervalo é de 21 dias entre a D2 e a D3.

Dose de reforço Janssen

A Secretaria Municipal de Saúde informa que não haverá aplicação da dose de reforço com a vacina Janssen. O Município aguarda a chegada de nova remessa do imunizante para a retomada das estratégias de vacinação deste público

Secretaria Municipal de Comunicação Social

Governo orienta sobre cuidados para prevenir o contágio de síndromes gripais

Mantenha os cuidados antissépticos e o uso de máscara – Foto: Maksuel Martins/ Secom

Causada pelo vírus influenza, a gripe é uma doença comum e de fácil contágio. A patologia pode se agravar para grupos de maior vulnerabilidade, como idosos, imunossuprimidos e pessoas com doenças respiratórias crônicas, mas é possível prevenir a doença com medidas simples e que já são utilizadas para evitar a covid-19.

Nesta época do ano, os casos de gripe vêm crescendo em estados como o Rio de Janeiro. No Amapá, esse aumento também é observado: na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte, na capital, os casos aumentaram 138%, segundo levantamento realizado pela direção. De 1º a 21 de dezembro, foram registrados 7.492 casos de síndromes gripais. A unidade precisou abrir uma nova ala para realizar triagens.

Os principais sintomas da gripe são fadiga, desidratação, febre alta, coriza, irritação nos olhos, calafrios, tosse seca, dores nas articulações, dor de garganta e perda de apetite.

A secretária-adjunta de enfrentamento à Covid-19, a médica Maracy Andrade, reforça algumas dicas de prevenção.

Mantenha os cuidados antissépticos e o uso de máscara;
Evite locais fechados e com pouca circulação de ar;
Mantenha uma janela aberta para facilitar a circulação de ar natural. Dessa forma, o vírus tem menos chances de circular no ambiente;
Evitar contato com pessoas infectadas. Caso não haja possibilidade de evitar o contato, o uso de máscaras pode ajudar a conter o contágio;
Evite tocar olhos, boca e nariz, sem antes higienizar as mãos;
Reforçar a alimentação com o consumo de alimentos ricos em vitamina C. Estes alimentos fortalecem o sistema imunológico e ajudam no combate a gripe e resfriado. É possível seguir o esquema de consumo de 2 frutas por diariamente. Abacaxi, laranja, caju, acerola e limão são boas escolhas;
Aderir a vacinação contra a gripe

“Não há como identificar, a princípio, se o caso é de gripe ou Covid-19. Para se prevenir de ambos, é importante manter o uso de máscaras, higienização com álcool em gel e limpeza assídua das mãos. Também é importante cobrir boca e nariz com um lenço durante episódios de tosse ou espirros”, reforçou a médica.

O tratamento para a gripe requer muito descanso e hidratação. Permaneça em repouso até se sentir bem o suficiente para executar as tarefas da rotina, beba bastante água e monitore a temperatura corporal.

“Qualquer pessoa, independentemente de fazer parte de grupos de risco, pode tomar a vacina contra influenza. A composição do imunizante muda anualmente para combater variações”, finaliza Maracy.

Caso ocorra piora nos sintomas, busque atendimento médico nas Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento mais próximas. Se houver necessidade, o paciente será referenciado para outra unidade hospitalar de complexidade.

Fiscalização

Na terça-feira, 28, as equipes de agentes da SVS intensificaram a fiscalização em locais públicos, como feiras, shoppings, supermercados e no centro comercial de Macapá. Por se tratar do fim de ano, esses locais estão mais movimentados que o normal. Nesses ambientes, é essencial que o público mantenha o uso da máscara, utilização do álcool em gel e distanciamento social, medidas básicas para evitar a proliferação dos vírus que causam covid-19 e gripe.

Os agentes também reforçam a importância de manter a vacinação em dia, tanto para covid-19, influenza e outras doenças preveníveis com imunização.

Texto: Karla Santos. Colaboradores: Nathanael Zahlouth e Marcelo Guido.

Show que reúne quatro bandas de Macapá propõe despedida de 2021 com música independente

Banda Stereovitrola é uma das atrações de ‘A Saideira’ — Foto: Stereovitrola/Arquivo

As bandas O Sósia, Stereovitrola, O Janus e Capitão Pupunha são as atrações de um evento cultural que ao público uma despedida de 2021 com arte independente. A programação inicia no fim de tarde desta quinta-feira (30), em um espaço de eventos no Centro de Macapá.

“A Saideira” exige comprovante de vacinação contra a Covid-19 e o uso de máscaras é obrigatório para o público.

Evento terá ainda um show da banda O Sósia — Foto: Divulgação/O Sósia

Previstas para iniciarem as apresentações às 18h, as bandas prometem muito brega, rock e ainda misturas de elementos da música nortista com sintetizadores.

Serviço:

“A Saideira”
Dia: 30 de dezembro (quinta-feira)
Hora: a partir das 17h
Local: Casa Viva (Avenida Almirante Barroso, entre as ruas Hamilton Silva e Professor Tostes – bairro Santa Rita)
Ingresso: R$ 10

Fonte: G1 Amapá.

Música amapaense: hoje (30), cantor, compositor e violonista amapaense Nivito Guedes lança disco “Tucupizeiro”

Hoje (30), a partir das 17h, o cantor, compositor e violonista amapaense Nivito Guedes lançará o disco “Tucupizeiro”. O lançamento do álbum será no canal do artista no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=xyUkDcLonn8

Sobre Nivito Guedes

Nivito Guedes é jovem, mas com rica obra. Ele possui quatro CDs gravados, “Todas as Luas”, “Tô em Macapá”, “Misturando Tudo” e uma Coletânea com canções que participaram de Festivais. O instrumentista também participa de DVDs, como “Especial da Música Amapaense” e “Amapá em Cantos”.

O instrumentista também participou de documentários e videoclipes da música Amapaense. Suas composições também foram gravadas por outros artistas do Amapá, como: Patrícia Bastos, Helder Brandão, Sabatião, entre outros.

TUCUPIZEIRO – Ficha Técnica

Nivito Guedes – Voz e violões Nylon
Miqueias Reis – Guitarras e Violões Aço.
Odilon Acácio – Baixo
Diego Gomes e Nena Silva – Percussões
Walber Silva e Jeffrey Redig -Teclados
Fábio Mont’Alverne – Bateria
Siney Saboia – Trompetes
MC Raffa – Participação especial em “Escravo do amor”.
Tuga Teles – Designer da Capa
Produzido e Mixando: Por Alan Flexa (zarolho Records)
Masterizado: Por Alexandre Kabral Toque Final/ São Paulo

Músicas:

1. Ao Vivo, a cores e se mexendo
(Nivito Guedes)
2. Escravo do amor
(Nivito Guedes/Luiz Pacheco)
3. Façamos alguém sorrir
(Nonato Santos)
4. Lindo na foto
(Nivito Guedes)
5. Lua de isopor
(Nivito Guedes)
6. Pela cauda de um cometa
(Nivito Guedes/Fernando Canto)
7. Só vou viver
(Nivito Guedes)
8. Tô em Macapá
(Nivito Guedes/Sabatião)
9. Tucupizeiro
(Nivito Guedes)
10. Cara de férias
(Nivito Guedes/Fernando Canto)
ÁLBUM TUCUPIZEIRO 1

Elton Tavares, com informações de Nivito Guedes.

Poema de agora: “Evolução” – Ricardo Iraguany

“Evolução”

Jogar-se de cabeça no abismo profundo e imensuráveil das ideias
Cair na rapisódia sideral feito semente
Corroendo o chão
Colorindo a terra
Para alçar
O vôo colorido
Das borboletas desenhadas
Planando desejos
Arbóreo entre as margaridas
Migrar ao Léo, alheio
Distribuir confetes
Saltar em serpentina
Sair das amarras nefastas da hipocrisia
Empunhar o cravo
Deixar o botão da rosa
Escarra o escárnio
E escrever com letras literárias
No cerne do do espaço em branco
Os adágios da evolução

Ricardo Iraguany

O Reconhecimento e a Universidade Equatorial – Por Fernando Canto

Foto: arquivo deste site

Por Fernando Canto

Um dia desses aceitei o gentil convite do professor Robert Zamora, diretor do Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas da UNIFAP para que, enquanto artista e membro efetivo da Academia, falasse sobre o reconhecimento, em evento promovido para homenagear servidores docentes, servidores técnicos e discentes da área.

Fiquei feliz com este gesto, pois reconhecer pessoas pelo seu mérito é tê-las comprometidas e engajadas em uma rede dialética e nem sempre suave, mas que concorre para o sucesso e a qualidade da instituição e dos seus produtos, pois trabalha motivações e estímulos para elevar a autoestima e o respeito, objetivando a vontade de trabalhar e de crescer mais, com inovação, responsabilidade e espírito crítico. O reconhecimento é, então, a gratidão emanada sensivelmente para que o crescimento de todos seja uma realidade.

Unifap, Universidade Federal do Amapá, campus Marco Zero, Macapá — Foto: Jorge Abreu/G1

Acrescento, porém, que nestes momentos sombrios e estranhos pelos quais passa o nosso país, é necessário lembrar as palavras de Mahatma Gandhi quando diz: “Aprendi através da experiência amarga a suprema lição: controlar minha ira e torná-la como o calor que é convertido em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo.”

Mas não se enganem: o reconhecimento e o trabalho são paradoxais. E andam juntos. Gandhi ainda diz que “O alvo está sempre se afastando de nós. Quanto maior o progresso, maior o reconhecimento do nosso imerecimento. A satisfação está no esforço, não na realização. O esforço total é a vitória total.”

Universidade Federal do Amapá teve aulas suspensas em março — Foto: John Pacheco/G1

Reconhecer pessoas é dar a elas e trocar com elas todo o arcabouço humano das informações necessárias ao seguimento da vida intelectual, acadêmica e cotidiana, onde se integram processos e valores, desde os antigos filósofos egípcios, babilônicos, chineses, gregos e árabes nas grandes descobertas das ciências para a humanidade, bem como o papel dos cientistas modernos até a grande revolução tecnológica da contemporaneidade. É bom, então, que o reconhecimento público seja celebrado, que seja ritualizado na academia como merece, ao som da “Música das Esferas” de Pitágoras que também dizia “que os números governam o mundo”.

Ao fechar minha participação li alguns textos poéticos do meu livro intitulado Universidade Equatorial – Uma Aventura Acadêmica, ainda inédito, feito em 2018 para as comemorações dos 30 anos da fundação da Unifap em março de 2020. Trata-se, também, de um reconhecimento meu a essa grande instituição acadêmica que me deu oportunidades de crescimento profissional e intelectual, e que testemunhei sua expansão, participando com meu trabalho desde bem antes de sua implantação, pois fui professor no Núcleo de Educação da UFPA, em Macapá, em 1982 e 1985. Eis os textos:

Sobre o fio que guia o coração e a busca do conhecimento

Toda memória tem um fio amarrado no tempo, mergulhado no escuro do labirinto. Todo fio tem um propósito e um elo: o odor das mãos que o teceram e o fizeram novelo. Todo novelo é um apelo finito, uma voz sem ter grito, uma pista e a certeza que voltaremos à luz.

Um novelo é um presente àqueles que se aventuram, e destemidos vão fundo tatear o oculto, procurar o inculto na escuridão de suas almas.

Mas ali no cosmo de brilhantes matérias o conhecimento estala em explosões de átomos, invisíveis nas esfinges do infinito astral.

E aqui também, na tênue luz do entardecer, mistérios nascem com a lua, quando ela surge no rio, num horizonte de marés, vindas do ventre da terra em simbiótico enlevo entre o planeta e o satélite.

Sobre um destino fundado na dúvida

E como explicar o inexplicável aos duendes que estudam as ciências? E como traduzir o óbvio aos semideuses que isolam a deidade e manipulam fórmulas genéticas?

E como, me diga, Casa do Saber, como não tocar no fio da história para acender os inefáveis paradoxos embutidos nas ciências dos homens?

Como não se submeter a paradigmas cruéis que oprimem e rasgam os instrumentos do conhecimento entre ideologias e armas nascidas do medo e da ousadia, a cada instante.

Sobre o que és

Ah, Casa do Conhecimento/ Rugosa cor de batom velho/ Escondido bicho folharal/ Sílex quebrada nos quadrantes do equador/ Áspera palavra aristotélica/ Rosácea osmose do saber.

– Teus discentes choram por tua sina.

Aldeia do cerrado/ límpido aquífero/ reserva para a sede do planeta/ precioso líquido que escorre em nossos pés.

Ainda que ferva na temperatura do equinócio da primavera e refrigere no das lágrimas de março.

Do equador és Casa de Veredas à escolha dos vendados/ Túmulo do ignóbil/ Avalanche de salsugem/ Espanto do gênero/ Fímbria opaca da espécie/ Quarto de mistério e sonhos/ República de pesadelos e prazos/ Aquário de peixes com cirrose que alimentam pássaros e mergulham na cautela do já entristecido fado, previsto há séculos por mártires sobre o estupro cometido na floresta.

 

Sobre estudos e pesquisas

E como andam teus estudos, Casa do Saber? Como saber, me diga, dos sistemas integrados de informação e dos desafios para o desenvolvimento da ciência? Dos financiamentos, da produtividade? E sobre a escusa ordem política estabelecida para conter os avanços prioritários das nossas universidades? A inteligência artificial analisará as decisões humanas?

Foto: Rodrigo Índio.

Quantas doenças se alastrarão em desproporção ao avanço dos inseticidas mais venenosos? O que dizer do condensado de Bose-Einstein, dos supersólidos, da simulação quântica e do Magnetismo Quântico?

E das doenças parasitárias tropicais? Da leishimaniose e da malária, que por séculos matam os irmãozinhos ribeirinhos que esperam tanto de ti e perdem aos poucos a esperança?

Sobre como sair da escuridão

Dentro de teus muros raras vezes o som dos tambores fecunda a identidade do teu povo, pois a fecundidade ecoa no ar e arrebata danças e sorrisos.

Dentro dos teus muros sempre a fertilidade absorve as sementes no húmus que faz nascer a luz dos teus alunos em breu.

– Alunos, a-lunos [seres sem luz], saiam da escuridão pelo poder da palavra e da indicação solene do conhecimento transmitido [como tradição iniludível da cultura e da filosofia].

– Saiam, saiam, saiam já! É a legítima ordem emanada do tempo e da necessidade, sob a quadratura geográfica do Amapá, embaixo do sol do equador.

L’acronimo ARIADNE, che sta per Advanced Research Infrastructure for Archaeological Dataset Networking in Europe

Sobre a busca da redenção

Preservar o senso de justiça, combater a ordem ultrapassada dos que querem reviver a peste, lembrar sempre do temor das guerras, desenhar a utópica felicidade… são apenas linhas que o esquadro traça, seja pelo lápis, seja pelo fio de Ariadne jogado ao labirinto.

Assim sobreviveremos. Assim caminharemos para além dos paradigmas pensando em novas formas de agir, posto que nenhuma fome espera, qualquer doença surge e toda procura fenece se não quisermos a luz que nos a-sombra e nos convida a sair pela floresta em busca de alimento e cura. Por isso vos convoco:

Foto: site da Aline Kaiser

– Saiam! Saiam!

– Festejemos nossos santos e conquistas, estendamos nossas vestes sem temores, sem esquecer, jamais, nossas tragédias, para que elas nunca mais voltem a ocorrer.

Sobre a estrada que já foi um caminho

Eu te diria ainda, Casa do Saber, que assim como o sol brilha nas manhãs ou tal como oculta a vida em suas entranhas, que permaneça claro o ímpeto de ser, de construir e preservar nossas moradas, feitas com as mãos que o trabalho exige.

E que o brilho abarcante de sua luz ilumine as consciências e a fé profunda de nossas utopias, e o desejo de construção de um mundo melhor para todos.

Antes do milênio nasceu a estrada, aquela que já fora a simples trilha e hoje serve aos passantes como garantia de que seguimos juntos em busca dos significantes sóis das descobertas.

O tempo agora é o juiz mais sábio, pois há o contratempo de secreta angústia que nos impele a cuidar da terra e do alimento antes de qualquer ação distópica que o futuro pode produzir, se formos fracos.

– Salve, então, a terra que alimenta os homens e as mulheres! Salve o novo nascer da vida! Salve o livro que ensina o verbo – a voz de quem produz e reproduz o conhecimento às novas gerações.

OBRIGADO!

*Além de sociólogo, escritor, poeta, compositor, Mestre em Desenvolvimento Regional e Doutor em Sociologia, Fernando Canto é integrante do quadro de servidores da Unifap.

Porreta: Ifap vence competição internacional com robô que dança marabaixo

Com robôs construídos a partir de componentes eletrônicos descartados, resultantes do projeto de extensão “Robótica Alternativa na Escola”, o Instituto Federal do Amapá (Ifap) conquista primeiro e segundo lugares em várias categorias da etapa Final Nacional do Torneio Juvenil de Robótica (TJR) e do International Tournament of Robots (ITR-2021), que aconteceu no período de 11 a 15 de dezembro, no Espaço de Convenções do Expo Center Norte, em São Paulo.

Cadastrado como projeto de pesquisa e inovação, no âmbito da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Inovação (Proeppi), sob a coordenação do técnico administrativo mestre André Luis da Silva e Silva Côrtes, e com execução definida para o período de março de 2019 a dezembro de 2021, o projeto visa o reaproveitamento de componentes descartados para a produção de protótipos de baixo custo. A experiência do projeto deu base para o artigo “O Uso da Robótica Alternativa como Modelo Educacional com Auxílio de Metodologias Ativas e Inovadoras”, de autoria do pós-graduado no curso do Ifap de Informática na Educação, Elender Keuly de Souza.

O artigo tem a orientação do professor mestre André Luiz da Silva Freire (Campus Macapá) e coorientação do técnico com mestrado na área André Luis Côrtes (Campus Santana). A publicação faz parte das ações do grupo de pesquisa em Tecnologia da Informação e Comunicação da Amazônia (GPTICAM). Atualmente, Elender de Souza é estudante do programa de mestrado Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT/Ifap) e coordena o projeto na escola estadual Esther Virgolino, com a colaboração de seus orientadores, do acadêmico de Tecnologia em Alimentos (Campus Macapá), Caio Lemos e com apoio da diretora Francy Cavalcante e da diretora adjunta Solange Correa, ambas gestoras da referida escola.

Contribuição para o meio ambiente

O projeto “Robótica Alternativa na Escola” defende que a utilização de materiais alternativos nos estudos da robótica possibilita o desenvolvimento de habilidades dos conhecimentos na área da mecânica, automação, informática e inteligência artificial, programação e raciocínio lógico, conhecimentos necessários e importantes para o funcionamento de um robô.

O projeto se utiliza de equipamentos de informática que já não estão mais sendo utilizados ou por defeito ou por serem de uma tecnologia já considerada defasada (placas eletrônicas, aparelhos de DVDs e impressoras) para construir carros e robôs educativos autônomos. “Esses equipamentos, uma vez descartados inadequadamente, podem ocasionar riscos para o meio ambiente, pois neles existem elementos químicos como metais pesados altamente tóxicos, prejudiciais à natureza e ao homem”, justificam os autores.

O projeto se utiliza também dos fundamentos da Cultura Maker, que visa o desenvolvimento cognitivo dos alunos e sua autonomia na construção e finalização dos projetos a partir de alguns pilares, como: inovação, meio ambiente, sustentabilidade e inclusão social através da educação. O objetivo é desenvolver a consciência ambiental e ecológica dos estudantes, com a produção de baixo custo, possibilitando o acesso à tecnologia a todos os envolvidos no processo educativo. “É a partir dessa preocupação que surge a robótica construída com sucata eletrônica e materiais alternativos, que vem tomando grande espaço nas escolas amapaenses, melhorando a qualidade de ensino dos alunos, valorizando e respeitando a TI verde, além de baixar os custos, proporcionando aos estudantes com baixa renda acesso aos diversos conhecimentos e saberes.”, afirma o autor Elender de Souza.

Dos resultados dos Torneios

Na disputa nacional do TJR 2021, a equipe alcançou o 1º e 2º lugares no Cabo de Guerra (Nível 4) e no Sumô (Nível 4); 1º lugar no Sumô (Nível 3) e 2º lugar no MMA. Já na disputa internacional do ITR 2021, foram 1º lugar na Dança e 1º lugar no Sumô, credenciando vaga para evento no México.

Ao todo, foram cinco primeiros lugares e três segundos lugares. O acadêmico de Tecnologia de Alimentos e aluno do curso técnico subsequente em Química do Ifap Caio Felipe Lemos se envolveu no projeto robótica alternativa quando foi aluno da escola onde ele é aplicado. Segundo o estudante, a experiência tem representado um divisor de águas. “Esse projeto tem sido um divisor de águas muito grande na minha vida, não só pelos ensinamentos do nosso mentor, professor Elender Keuly, e de outros coordenadores que compõem a equipe do projeto, mas por mostrar o caminho de um curso de graduação na área de tecnologia, por mostrar a nós alunos que podemos chegar a lugares onde nunca imaginamos, como a um mestrado ou doutorado”.

Caio Lemos fala com orgulho das conquistas e da experiência de participar das competições. “Foi o Ifap que me oportunizou participar do evento, por meio do Auxílio [participação em eventos científicos], custeando gastos com relação à estadia, transporte e alimentação. Foi muito gratificante ter a oportunidade de prestigiar e competir com outras instituições, o que nos permitiu adquirir títulos nacionais e internacionais e, paralelo a isso, ter a oportunidade de levar um pouco da nossa cultura do Marabaixo, por meio da dança de robôs, que garantiu o primeiro lugar no torneio internacional. Então eu só tenho a agradecer aos meus mentores e ao Ifap”. Além do acadêmico do Ifap, participaram das competições pelo projeto de robótica alternativa os alunos da Escola Estadual Esther Virgulino Marco Vinício Silva Neves, Luiza Palheta da Gama, Marcelo Ronald Silva de Lima, Letícia Almeida de Barros, Andreyna Claudia dos Prazeres Cabral, Maria Clara Santos Souza.

Torneio Juvenil de Robótica
Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica
Veja o resumo das premiações conquistadas pelo Ifap nessa competição:

• 1º e 2º Lugar no Cabo de Guerra – Nível 4 (Prêmio Nacional- TJR-2021)
• 1º e 2º no Sumô – Nível 4(Prêmio Nacional- TJR-2021)
• 1º Lugar no Sumô – Nível 3(Prêmio Nacional- TJR-2021)
• 2º Lugar no MMA (Prêmio Nacional- TJR-2021)
• 1º Lugar na Dança (Prêmio Internacional- ITR-2021)
• 1º Lugar no Sumô (Prêmio Internacional- ITR-2021)

Credenciamento para evento no México.

Por Keila Gibson, jornalista do Campus Santana

Diretoria de Comunicação – Dicom
Instituto Federal do Amapá (Ifap)
E-mail: [email protected]

Poesia de agora: Sonhos escondidos na gaveta – Ronaldo Rodrigues

Ilustração de Ronaldo Rony

Sonhos escondidos na gaveta

Todos os sonhos
estão escondidos
na gaveta

A pia está
entupida de ideias

Os armários
guardam sentimentos

O aquário está
transbordando de saudade

Ronaldo Rodrigues

Prefeito de Macapá entrega Unidade Básica de Saúde no arquipélago do Bailique

UBS homenageia Manoel Queiroz Barbosa ‘Manoelzinho’, personagem relevante para o distrito.

O prefeito de Macapá, Dr. Furlan, entregou na terça-feira (28) a Unidade Básica de Saúde (UBS) Manoelzinho, localizada no distrito do Bailique, distante cerca de 180 quilômetros da capital. A unidade será referência na região que possui aproximadamente 60 comunidades.

O novo equipamento ampliará os serviços de atenção primária à saúde, facilitando o acesso da comunidade para receber os atendimentos dentro da região.

“Além dos cuidados de saúde, vamos oferecer cursos de capacitação para os profissionais que irão trabalhar na UBS. Desta forma, o paciente não precisa se deslocar para tratamento em Macapá. Com a entrega da unidade será possível trazer ações itinerantes da Prefeitura, uma forma de beneficiar mais ainda a população local”, destaca o prefeito Dr. Furlan.

A obra foi executada pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura Urbana (Semob), custeada com recursos oriundos do Ministério da Saúde enviados pelo senador Davi Alcolumbre (DEM/AP) no valor de R$ 1,2 milhão e contrapartida municipal de R$ 386 mil.

Estrutura

A UBS de porte 2 apresenta as normativas federais do Ministério da Saúde, sendo construída em uma área de 364m². O local possui almoxarifado, salas para expurgo, esterilização, departamento administrativo, vacina, atividades coletivas, observação, curativo e inalação. Além de banheiros com acessibilidade, recepção, cinco consultórios médicos, dois consultórios odontológicos, depósito de resíduos contaminados, comuns e recicláveis.

A construção foi feita com materiais pré-moldados, que garantem a durabilidade do modelo construtivo e ainda proporcionam facilidade para realização de manutenção.

A unidade leva o nome de Manoel Queiroz Barbosa ‘Manoelzinho’, personagem relevante dentro da história da comunidade, conhecido por sua generosidade e por prestar assistência de saúde para o povo bailiquense.

“Um homem de coração bondoso que dedicou a vida à comunidade que amava muito. Trabalhou durante anos como agente distrital, trabalhou ainda na justiça itinerante, foi enfermeiro e parteiro, fazia de tudo um pouco. A inauguração desta unidade é um marco para o povo bailiquense, deixa o nosso coração quentinho pela justa homenagem”, disse emocionada a filha do Manoel Barbosa, Ielana Trindade Barbosa.

Mais investimentos para a região

Durante a cerimônia de entrega, o prefeito Dr. Furlan apresentou aos moradores a lista de recursos destinados ao distrito do Bailique.

“Temos a aquisição da unidade de força terrestre, do senador Randolfe Rodrigues; a construção de passarelas em áreas de ressaca no município de Macapá, da parlamentar Janete Capiberibe; a construção de um centro comunitário, do senador Camilo Capiberibe; a construção de passarelas de concreto e passarelas de madeira, construção de arena esportiva com grama sintética, arquibancada, iluminação e aquisição de cisternas, do senador Lucas Barreto, além da reforma e ampliação da fábrica de gelo colônia de pescadores. Com todos esses investimentos vamos melhorar a qualidade do povo bailiquense”, pontua o prefeito.

O senador Davi Alcolumbre aproveitou a ocasião para parabenizar a gestão municipal e ainda anunciar mais benefícios para os moradores. “Sabemos da carência da população, principalmente na situação das passarelas. Nesta segunda-feira (27), conseguimos empenhar 4 milhões e 300 mil reais para fazer a passarela no próximo ano pela Prefeitura Municipal de Macapá”, frisou.

Novidade

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), a comunidade do Bailique terá suporte de uma ambulâncha, para melhorar ainda mais os atendimentos de saúde no arquipélago.

“Solicitamos ao senador Davi Alcolumbre recursos para compra de uma ambulâncha, com a finalidade de ter uma UTI completa, que fará o transporte dos pacientes que necessitarem. Fomos atendidos e agora estamos dando mais uma boa notícia à população”, acrescentou a secretária de Saúde, Karlene Lamberg.

Ana Cleide Torres e Narah Pollyne
Secretaria Municipal de Comunicação Social

O tempo – Crônica de Elton Tavares (Do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”)

Ilustração de Ronaldo Rony

Há anos, após breve conversa com a amiga, ela disse: “o tempo também é burocrático. Nós é que sempre queremos tudo pra ontem”, comecei a devanear sobre o tempo. Verdade, nem sempre dá tempo.

Aliás, o tempo nos ilude quando jovens, em nome da inexperiência e da que nunca morre, a esperança. Sim, o tempo, com pouco tempo de análise, às vezes engana, confunde e conduz pelo caminho errado. Mas nunca omite, no final, sempre mostra quem é quem e como seria. É, o tempo.

A Bíblia, livro mais vendido da história (para muitos mitologia cristã) diz: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3:1).

Desconfio há tempos que existe uma conspiração que faz do tempo uma espera quase interminável para os que sofrem e um período muito curto para bons momentos. Ah, tempo, dê um tempo!

Ilustração de Ronaldo Rony

O velho astro do Rock, David Bowie disse: ‘o tempo pode me mudar, mas eu não posso reconstituir o tempo’. Verdade! Afinal, tudo tem seu tempo. O tempo costuma despachar lentamente quando queremos que seja rápido e o contrário, quando é o inverso disso.

O tempo traz méritos, vivências, leva e traz amigos, irradia e ceifa vidas. O tempo sabe coisas que a gente não sabe. Sim, ele flui, voa e dá tapas com luvas, mas não de pelica e sim de boxe. Mas o tempo também faz esquecer e, às vezes, até cura dores. Sobretudo, o tempo nos ensina a entender mais sobre o amor.

Enfim, o tempo passa, nós aprendemos e mudamos com ele. Eu até poderia falar mais sobre a loucura e sapiência atemporal do tempo, mas agora não. Meu amigo Fernando Canto lembrou da filósofa María Zambrano, que dizia: “O tempo é o único caminho que se abre ao inacessível absoluto”. E a Camila, com quem o diálogo originou esse devaneio, falou algo que me faz encerrar aqui: “o tempo é o remédio e a agonia de todos nós”.

Ah, só mais uma coisa: é tempo de ser feliz e assim estou fazendo, enfim, em tempo. Pois não tenho mais tempo a perder. É isso. Ótimo resto de terça-feira pra todos nós!

Elton Tavares

*Texto do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, lançado em setembro de 2020.

Poesia que não se esgota (texto poético Fernando Canto) – @fernando__canto

A poesia não se esgota no pensamento porque ela é o esforço da linguagem para fazer um mundo mais doce, mais puro em sua essência;

A poesia procura tocar o inacessível e conhecer o incognoscível na medida em que articula e conecta palavras e significados;

Cada imagem representada, projetada pelo sonho, pela imaginação ou pela realidade, é um símbolo que marca o que sabemos da vida e seus desdobramentos, às vezes fugidios.

Mas nem sempre é o poeta o autor dessa representação, pois tudo o que surge tem base social e comunitária, depende da vivência de realidade de quem propõe a linguagem e a criação poética.

Quando isso ocorre estamos diante da autenticidade do texto poético. E todos somos poetas, embora nem sempre saibamos disso. E ainda que nem tentemos sê-lo.

Fernando Canto


*Do livro “O Centauro e as Amazonas”.